A Minha Maneira escrita por angelicola


Capítulo 32
Pra não viciar


Notas iniciais do capítulo

DEIXEM REVIEWS NO FIM DE TODO CAPÍTULO, POR FAVOR. QUERO SABER SE VOCÊS TÃO GOSTANDO E TAMBÉM TER NOÇÃO DE QUANTAS PESSOAS ANDAM ACOMPANHANDO A HISTÓRIA.
BEIJOS E OBRIGADA!!



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Marquinhos e a moça que o acompanhava, afastaram-se e rapidamente Rodrigo e eu ajeitamo-nos na maior euforia, e logo saímos do carro. Minha cara estava no chão de tão envergonhada que fiquei.

Puta que pariu... mais uma vez nos pegaram no flagra fazendo coisas desse tipo.

 

— Você não perde tempo, hein Rodrigo? - Marquinhos comentou, rindo.

— Desculpa aí cara... por ter transado no seu... carro. Foi mal! - Rodrigo falou coçando a cabeça, completamente corado.

— De boa... Tudo bem que agora meu carro vai ficar com cheiro de sexo... mais do que já tá!

— Já transaram aqui também? - Rodrigo olhou para Marquinhos e para a moça ao lado dele.

— Mas é claro primão. Por quê acha que pedi pro meu pai esse Dobló? - ergueu uma das sobrancelhas e depois olhou para mim - Confortável né Déborah?

— Éeeerrr... - falei cabisbaixa, ainda envergonhada, mas um breve sorriso de lado escapou de meus lábios.

— Depois fala que sou eu o comedor! - Rodrigo falou diretamente Marquinhos e depois voltou o braço pela minha cintura, beijando meu rosto.

— E não é ? - Marquinhos começou a rir novamente e não conseguimos resistir a risada dele que era hilariante - Bom, essa aqui a Eloíze, minha namorada!

— Oi. - falou meio tímida, mas sorria.

— Oi! - a respondemos, e logo comecei a repará-la...

 

Ela aparentava ser uma jovem de uns 19 anos e bem atraente. Marquinhos deve sempre agradecer à Deus por conseguir namorar alguém extremamente bonita - já que ele dá em cima de todas as garotas nas festas que ele vai.

Eloíze usava um vestido branco, uma sandália preta bem charmosa e alguns acessórios. Tinha os olhos castanhos-mel, pele bem clara e cabelos negros. Muito bonita mesmo.

 

Marquinhos já ia levar Eloíze para a casa dela e entramos novamente no carro, pois o combinado era de Marquinhos e Rodrigo levarem-me até perto de casa. Até aí tudo normal. Chegando em casa, lá estava minha mãe dormindo no sofá, à minha espera. Odeio fazer isso com ela. Tipo, saio pras festas e ela fica me esperando... Quem curte isso? Praticamente ninguém.

 

— Mãe, mãe... - a chacoalhei levemente - Cheguei! - falei sussurrando.

— Que horas são, filha? - levantou-se do sofá, bocejando.

— Quase 4h30. - olhei para o relógio de parede na sala.

— 4h30? - arregalou os olhos - Chegou tarde, hein? A festa tava boa demais é? - perguntou incrédula.

— Muuuuuuuito! Agora vamos subir, vai? Só vou tomar um banho e cair na cama. Dancei pra caramba! - dei um sorrisinho de lado, mordendo meu lábio inferior.

— Vamos, vamos. Acho que dei uma cochilada antes de você chegar, mas... vamos - ela falou subindo as escadas e logo a segui.

 

...

 

No dia seguinte, acordei depois do almoço e logo liguei para Rodrigo. Eu pretendia chamá-lo para ir na praia comigo, pois eu nem conseguia suportar ficar dentro de casa por conta do calor - mesmo com ventilação na maior parte dos cômodos. E também eu já morria de saudades daquele gato-gostoso-safado! Só não entendi porque ele demorou tanto pra atender o telefonema.

 

Oi, amor. Pode falar.

— Tava ocupado?— perguntei incrédula, num tom de voz calmo.

— Nem tanto... eu só tava jogando Guitar Hero mesmo. - pausou — E aí? Tudo bem?

Ahhh, tá tudo normal. Só a saudade que tá enorme! Topa ir na praia comigo?

— Tudo bem. Em qual?

— Bom... lá no Sul, pode ser? Acho melhor as praias de lá!

— Beleza. Passa aqui então? É mais perto do ponto na avenida.

— Tá. 14h30 hein?

— Firmezinha... - pausou - Ei...

— Que foi?

— Te amo.

— Ai, bobo. Eu também te amo. Agora vou me arrumar tá? Beijos.

— Beijos.

E desliguei.

 

Ultimamente nossas conversas em ligações são assim. Ainda acho meio estranho ficar falando: te amo, beijos e tals pro Rodrigo. Não que eu não o amo, ao contrário... eu o amo MUITO mesmo. É que, só de pensar que há um pouco mais de 1 mês atrás eramos somente amigos, quero dizer, melhores amigo e não passávamos de simples abraços e confissões... agora está indo bem além disso, de beijos e até sexo! Nossa, dá até um friozinho na barriga, pensando nisso... em ontem!

Mas acho que estamos sendo levados demais pela diversão, desejo e até "tesão", do que pensar sério nas consequências. Bom, transamos somente 2 vezes e espero que nada aconteça comigo... ou dentro de mim. O importante que usamos camisinha e não aconteceu nada de anormal com ela - eu acho.

Sei que muitas garotas engravidam na 1 vez e que abortam ou enfrentam, mas tomara que eu não seja uma dessas. Não mesmo.

 

Logo fui até o meu guarda-roupa e peguei um sunkine verde de bolinhas - grandes - pretas. Bom, eu adoro esse tipo de estampas. Também peguei um shorts jeans bem básico, uma camiseta branca e uma havaianas azul. Daí, fui direto pro banheiro tomar uma ducha morna pra não ter que ficar com o corpo todo grudento e o cabelo todo seboso.

Tipo, mesmo nascendo no litoral, não curto tanto praia, mar, água salgada, sol, etc... não me considero uma "peixinha" no mar. Sou muito frescurenta pra essas coisas...

 

...

 

Quando eu estava quase saindo de casa, avisei minha mãe que eu iria em alguma praia do Sul com o Rodrigo e logo fui pra casa dele.

Marquinhos nem estava mais lá - já que o mesmo tinha que dormir no sábado depois da festa. E assim que abri a porta da casa - que estava encostada -, lá estava Rodrigo jogando Guitar Hero que nem um louco com uma guitarra nas mãos.

 

— E aí? Falta muito pra acabar? - falei sentando-me no sofá.

— Oi Débby. Quase... mas depois eu continuo. - ele mexeu em alguns botões, parecendo salvar o jogo, ou sei lá, porque estava tudo em Inglês e não sou muito boa nisso. E como ele estava em pé, inclinou seu corpo e me beijou. - Só vou me arrumar tá?

— Você não cansa de jogar isso não? - falei olhando pra guitarrinha.

— Eu não. - sorriu - Vicia muito rápido.

— Vicia mais do que eu? - mordi meu lábio inferior.

— Aí não! - levantou-me pelas mãos e voltou o braço em minha cintura - Já decidiu em que praia vamos?

— Pode ser no Curral mesmo?

— De boa. Se quiser ir me esperando lá fora, enquanto coloco uma bermuda, dou comida pro Caleb e fecho a casa...

— Ai, deixa eu dar comida pra ele hoje? - pedi com um jeitinho doce.

— Vamos lá então.

 

Ele me deu um selinho bem demorado e puxou-me pelas mãos novamente até seu quarto, também no 2º andar.

Bom, Caleb o porquinho da Índia de Rodrigo. Ele o ganhou de presente de seu pai, no começo do ano passado. Eu mesma quem escolhi esse nome super nada haver pro animalzinho, mas como Rodrigo pediu minha opinião, gostei, ele gostou e pronto. Caleb é fofo igual ao dono, adora receber uma carícia pra ficar relaxado e doce.

Enquanto eu alimentava o roedor, Rodrigo já estava pronto e quando descemos as escadas, fiquei relembrando do meu pobre ratinho branco que um dia já tive. Eu tinha apenas 10 anos quando o ganhei de uma colega de sala de aula. Eu era tão desligada, mas tão desligada que nem um nome coloquei no bichinho. Depois de quase uns 2 meses, fui relaxando, esquecendo de dar comida pra ele durante uns 3 dias de correria... e quando fui vê-lo novamente na gaiola - ela ficava pendurada na área de casa - tadinho... MORTO. Duro que nem uma pedra. Minha mãe também nem teve tempo de prestar atenção no coitado por conta dessa correria - pois estávamos mudando para a casa onde estou morando agora.

Sei que era de minha responsabilidade cuidar e alimentar ele, mas eu era uma criança... eu nem sabia o que era ter responsabilidade. Por isso não me dou bem cuidando de animais pequenos e tão quietos assim.

Só pedi pro Rodrigo pra mim dar comida pro Caleb, pra matar um pouco a saudade do meu ex-roedor morto e praticamente assassinado por mim! Mas sou apaixonada por gatos, pena que minha mãe não gosta e por isso não tenho um. Ou 3, 5...

 

...

 

Rodrigo e eu pegamos um ônibus das 16h, e chegando na praia do Curral - um dos bairros daqui do Sul da Ilha - estendi uma canga minha roxa com detalhes em laranja, sobre a areia da praia num lugar próximo da sombra de uma enorme mangueira e logo fui tirando minhas roupas. Rodrigo começou a fitar meu corpo de cima à baixo de uma maneira TÃO maliciosa e com um sorriso abobado nos lábios, que me deixou um tanto sem jeito.

 

— Pára um pouco com isso... - pedi, cabisbaixa.

— Com isso o quê? - pausou, ao reparar meu jeitinho - Você tá gostosa demais meu!

— Bobo... hoje você tá me deixando meio sem jeito... me olhando assim. - resolvi sentar-me ao lado dele na canga.

— O que aconteceu com a minha Déborah Gomes de antes? A Déborah sem-vergonha e abusada...

— Acho que não aconteceu nada com ela... - falei em 3ª pessoa.

— Será mesmo? Quero tirar a prova de que no aconteceu nada com ela. Claro, se você dormir em casa hoje! - voltou seu braço esquerdo sobre meus ombros e beijou meu rosto.

— Tá pensando em transar de novo Rodrigo? - murmurei, o encarando.

— E porquê não? Mais uma coisa que tá me viciando. - pausou - Você não gostou da noite de ontem, é isso? - perguntou cabisbaixo.

— Eu amei a noite de ontem - falei lentamente, separando as palavras - Mas preciso conversar com você sobre isso...

— O que foi? Coisa séria? - falou num tom de voz preocupada.

— Não é nada sério... bom, mais ou menos. Só acho melhor a gente conversar melhor sobre isso... transar.

— Bora conversar então lá no mar?

— Se você não ficar tentando me afogar, como sempre... tudo bem.

— De boa. Não quero te machucar amor. Muito menos te deixar nervosa!

— Ruum...

 

(...)


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Notas finais do capítulo

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