Capitulo 2

“Frank acorda você tá atrasado!”
Frank acordou assustado olhando para o relógio.
“Nossa por que vocês não me acordaram mais cedo?” – disse se levantando correndo e indo para o quarto.
Frank acabou cochilando no sofá. Era 6:40, tinha que estar na faculdade as 7:00.
Bob e Ray saíram sem esperá-lo, pois também estavam atrasados.
Frank se trocou correndo, mas não deu tempo quando estava perto da faculdade o relógio já marcava 7:30. Ele odiava chegar atrasado então resolveu andar pela cidade já que não teria nenhuma aula importante e não estava com vontade de ir pra casa.
Ele andou até uma parte da cidade onde ele não conhecia e entrou num pequeno restaurante.
“Me dá um café forte” – disse a garçonete.
Estava frio e um café caria bem.
“E pra mim uma vodca”
A garçonete anotou os dois pedidos e saiu.
Frank olhou assustado para o lado e viu um rapaz pálido com cabelos cumpridos bem pretos.

*Com tanto lugar vago ele tem que se sentar bem aqui*

Frank pensou em quanto olhava pro nada.
“Eu nunca te vi por aqui! Olha que eu freqüento bastante essa área da cidade”
“Eu não sou daqui! Sou do outro lado da cidade!”
“E o que você tá fazendo tão longe de casa?”
“Eu estudo aqui perto!”
“Uhm, mas vejo que você não quis ficar na aula hoje”
“Me atrasei e resolvi dar umas voltas na cidade”
“Você é corajoso!”
“Corajoso?”
“Com um assassino em serie solto eu não me arriscaria sair do outro lado da cidade para vir dar umas voltas aqui!”
“Eu nem tinha pensado nisso”
“Qual é seu nome?”
Frank o olhou diretamente, prestando atenção no rapaz de olhos claros.
De repente a garçonete trouxe os pedidos e ele voltou a si.
“Aqui estão os pedidos. Café pro senhor e vodca pro senhor” – Ela colocou tudo na mesa e saiu.
“Você não vai responder minha pergunta?” – disse calmamente tomando um gole da bebida.
Frank parou de beber o café e o olhou novamente.
“Frank!”
“Prazer Gerard”
Ele estendeu a mão e o outro apertou.
“Então você estuda o que?”
“Musica”
“Você sabe tocar? Toca o que?”
“Sei sim, eu toco guitarra, baixo e bateria”
“Uhm, bastante coisa”
“É... meu pai e meu avô são músicos”
“Então esta no sangue!”
Eles ficaram um tempo sem falar nada. Frank terminou de beber seu café e Gerard sua vodca.
“Então tem pra onde ir?”
“Vou pra casa! Eu ia esperar meus amigos saírem da facu, mas prefiro ir pra casa!”
“Posso te acompanhar?”
“Não sei eu moro longe daqui!”
As intenções inicias de Gerard era apenas se alimentar do sangue do jovem, mas com a conversa tinha se interessado muito por aquele belo rapaz de olhos claros, pele branca, cabelos pretos nos ombros, ele era muito lindo e atraente.
Frank tinha gostado de conversar com Gerard, tinha também se interessado muito por ele, mas não deveria confiar nas pessoas assim logo de cara, ainda mais com um maníaco a solta.
“Por isso mesmo, você não deve andar sozinho por ai”
“Eu não sei!”
“Tudo bem, se você não quiser eu fico aqui mesmo!” – ele sorriu.
“Pensando bem, acho que eu ia gostar de ir acompanhado”
“Então vamos?” – com um sorriso ainda maior.
Eles andaram até o ponto de ônibus e pegaram um que ia pro centro.
“Você mora no centro?”
“É perto!”
Por todo caminho os dois conversaram, Gerard deixava suas intenções bem claras. Frank estava meio assustado, mas não deixou de gostar da idéia de ficar com ele.
Depois de uns 20 minutos eles desceram do ônibus, andaram mais um pouco e logo chegaram em frente a casa dele.
“É aqui!”
“E quando eu te vejo de novo?”
“Não sei!”
“Que tal amanhã?”
“Só se for pela manha!”
“Que pena, eu não posso. Só se for à noite”
“Eu não posso eu estudo! Mas você trabalha de manhã?”
“Digamos que eu não posso tomar sol!” – Com um sorriso cínico.
“Você tem problemas com o sol?” – Não entendendo muito.
“É eu tenho um problema, eu não posso nem ao menos receber a claridade do sol”
“Eu já ouvi falar de alguma coisa assim”
“É raro, mas eu não posso sair até que escureça”
“Então a gente pode se ver no final de semana!”
“Vai demorar muito” – se aproximando.
Frank recuou um pouco, mas logo cedeu.
Gerard juntou os seus lábios nos dele lhe trazendo mais pra perto o envolvendo com seus braços.
O beijo estava envolvendo Frank que estava gostando muito. A língua de Gerard ia de encontro à do mais novo, se perdendo em movimentos dentro da boca dele. Gerard chupou de leve o lábio inferior de Frank separando as bocas.
Frank abriu os olhos e o olhou com um sorriso lindo.
“Não vejo a hora de te encontrar de novo!” – Acariciando o rosto do menor.
Frank fechou os olhos novamente sentindo o carinho do mais velho.
Gerard se aproximou de novo e lhe deu um selinho.
“Então a gente se vê no final de semana?” – Frank perguntou sorrindo.
“Eu espero até lá!”
Frank sorriu novamente.
Gerard virou e começou a andar em direção ao ponto de ônibus.
Frank o olhou virar a esquina e depois entrou em casa todo feliz.
Depois de virar a esquina Gerard desapareceu.