Donatello Divindragg A Guardiã Amazona escrita por heitorsantos123


Capítulo 2
Capítulo II - Os Divindragg


Notas iniciais do capítulo

Fala galera, segundo capítulo fresquinho pra vocês, boa leitura.



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Capítulo II – Os Divindragg

Sophia Divindragg

Felizmente depois da partida de Poseidon, Zeus não veio me incomodar e nem tive problemas com Anfitrite e Tritão, embora foi graças aos meus preparativos que até então, não tivemos problemas e estamos vivendo tranquilos, mesmo que não tivéssemos uma vida muito glamorosa e confortável. Como prevíamos, após o nascimento de Donatello, Anfitrite e Tritão tiveram a confirmação que nosso relacionamento havia gerado um fruto, isto enfureceu mãe e filho, e ela jurou que essa afronta de Poseidon iria ser limpa com o meu sangue e o de Donatello.

Meu amor Poseidon já havia me alertado que ela não está tão disposta a aceitar um novo filho dele, ainda mais nesse momento que Poseidon havia terminado o casamento em definitivo com ela. E mesmo que isso tivesse ocorrido antes mesmo da minha criação, ela estava me culpando, como se eu tivesse influenciado Poseidon a terminar o relacionamento deles e ficar comigo. E o pior é que aquela deusa maluca havia conseguido influenciar e convencer a Tritão que eu era a culpada de todo o mau que havia caído sobre eles, sobre o reino de Atlântida e sobre o próprio mar. 

E mesmo com a proteção que meu pai Hefesto me fornecia, as Amazonas, Poseidon e mãe Hera, eu ainda não estava completamente segura dos ataques e tentativas de assassinato que a antiga soberana do mar pudesse fazer contra mim e meu amado bebê. Embora Poseidon fosse muito poderoso, ele ainda não era onisciente, e se fossemos ao seu reino, talvez pudéssemos aumentar as chances de Anfitrite conseguir nos ferir, afinal o mar é muito vasto e com muitos seres, mesmo em Atlântida ou a cidade de Rodes, eu não estaria segura, a ex-imperatriz do mar e Tritão tem muita influência lá. Minha melhor opção de segurança seria no próprio Olimpo, ao lado da mãe Hera e de meu pai, entretanto, havia um enorme problema, minha criadora, Atena.

Um dia está maravilhosa deusa foi minha “mãe”, creio que ela em um dia qualquer estava se sentindo só, tendo apenas a companhia de seus muitos livros, nesse momento ela foi tomada pela vontade de ter uma discípula a qual ela pudesse transmitir seu enorme conhecimento e sabedoria, mas eu creio que talvez ela estivesse querendo sentir algo que fosse mais próximo dela, algo que compartilhasse mais do que apenas o desejo pelo conhecimento, um fruto dela, um filho como os outros deuses tiverem, algo semelhante ao que ela teve com seu pai, Zeus.

Mas como ela havia feito a escolha de ser uma deusa donzela e não se apaixonar por outros deuses ou mesmo os mortais, ela procurou o deus que havia criado a primeira mulher mortal, meu pai Hefesto, deus da tecnologia, dos ferreiros, artesãos, escultores, metais, metalurgia, fogo e dos vulcões. Desta forma, eu fui a primeira de minha espécie, da qual Hefesto e Atena batizaram de Divindragg, que poderíamos traduzir como: Divino Dragão.

Embora houvesse outros que eram semelhantes a mim, mas não havia iguais, diferentemente dos outros meio-dragões, semideuses, mortais ou mesmo imortais, eu não fui gerada de forma convencional, por atos carnais, poderíamos dizer. Assim como Pandora foi criada por Hefesto a pedido de Zeus, eu também fui criada a pedido de Atena, mas ao invés de água e barro, eu fui criada do sangue e carne de um Dragão Abissal, denominada de Tiamate, uma Dragoa fêmea, que um dia foi assassinada por meu pai Hefesto em uma enorme batalha.

Assim eu “nasci”, embora os deuses me considerassem uma semideusa, eu era algo totalmente novo, não me assemelhando com nada que já houvesse sido criado ou nascido nesse mundo, nem com os Imortais, Monstros do Tártaro, Criaturas Divinas, Semideuses, Mortais, entre qualquer outro. Mas eu tinha semelhança com todos eles, semelhante aos meio-dragões eu tinha asas, poderes de metamorfose, uma força enorme, entre outras habilidades comuns aos filhos nascidos de Dragões Abissais e Humanos.

Eu também me assemelhava aos semideuses de Hefesto e os Anões, herdando várias habilidades divinas oriundas da centelha divina que Hefesto colocou na minha criação e embora Atena não tivesse tido outros filhos, eu tenho poderes que herdei dela. Mas mesmo tendo sido “fruto” de dois deuses, eu não era uma, afinal eu não nasci imortal, eu estava aos poucos envelhecendo, ainda tinha necessidade de me alimentar, beber e dormir que são necessidades que apenas os mortais têm.

E como os meio-dragões que mais se assemelhavam a mim, eles eram todos estéril, inférteis, algo que eu não era, uma vez que consegui produzir um descendente. Outra diferença era que embora eu envelhecesse, aparentemente era em um ritmo mais lento que os mortais, mesmo agora com meus mais de trinta anos, eu aparentava ter apenas dezoito anos, meus criadores preveem que eu possa viver alguns milênios sem ajuda de nada.

Uma última diferença entre a maioria dos anteriores e semelhante à Pandora, é que nenhuma de nós duas fomos um bebê, recém-nascido, ela foi criada adulta e bonita, aparentando ter por volta dos vinte anos, já eu fui criada aparentando ser uma pequena garotinha, por volta dos dez anos. Acredito que os motivos para isso foi que Atena não estava disposta a ter que limpar minhas fraudas, mesmo que tivesse servos para tal finalidade. Entretanto, a principal prova que eu era um ser único no mundo, não me assemelhando a nenhum outro era o sangue que percorria em minhas veias.

Não era o mesmo que os Imortais, não havia Icor, o sangue dourado dos Imortais. Eu também não tinha o sangue azul-escuro do qual os monstros vindos do Abismo do Tártaro tinham, os meio-dragões compartilhavam do sangue azul-escuro dos Dragões Abissais. Já as criaturas criadas pelos deuses e as outras raças de mortais, tinham um sangue vermelho, como os semideuses, humanos, Elfos, Anões, Semi-humanos, Tritões, etc. Eu fui o primeiro ser a ter nascido com um novo tipo de sangue, um sangue verde, do qual meu pequeno Don herdou de mim.

Atena me “criou” ao decorrer dos anos, ela foi meu espelho e minha inspiração, ela deixou-me dividir o mesmo espaço que ela, eu morava no mesmo palácio que ela, no quarto ao lado do dela, fazíamos refeições juntas, passei a maioria do meu tempo ao lado dela, com ela me doutrinando o tempo todo, ela me ensinou quase tudo que eu sei, sobre o mundo, sobre as belezas das criações dos deuses, sobre tudo aquilo que estava sobre a superfície terrestre do planeta água, sobre como lutar e até mesmo como usar seus poderes divinos, acho que poderia dizer que ela me criou como se estivesse fazendo um trabalho, uma experiência.

 Embora ela me deixava chamá-la de mãe e me chamasse de filha, ela não me deixava ter contato físico nenhum, nenhum carinho e afeto, os meus primeiros quinze anos de vida que passei ao seu lado eu nunca senti o calor de seu corpo e o sentimento dela tocar em mim, até mesmo suas palavras não tinham carinho e compaixão, normalmente eram instruções, ela nunca me repreendia com veemência por errar, ela me explicaria centenas de vezes se fosse necessário, entretanto, quando conseguisse êxito, não havia felicitações, somente ela iria para o próximo tópico e continuaria me ensinando.

Hoje eu consigo notar que ela me criou para ser uma cópia, exatamente como ela, praticamente uma estátua de perfeição e frieza, entretanto, felizmente eu não só tinha ela a quem me ensinar e espelhar, eu tinha meu pai, Hefesto, que sempre me aconselhou a não bloquear e excluir meus sentimentos, especialmente os amorosos. Ele me acolheu e cuidou de mim, junto de Aglaia, sua esposa, eles foram os mais próximos de amor paterno e materno ao qual eu já tive acesso em meus primeiros anos de vida. Além de todo amor ao qual eles me forneceram, Hefesto me ensinou a trabalhar nas forjas desde cedo, o que acabou sendo meu maior trunfo posteriormente.

Estava nesse lugar isolado, próximo de uma pequeníssima cidade chamada de Japurá, muito longe da cidade de Temiscira, onde ficava a capital do reino das Amazonas, uma pequena casa construída no alto de uma pequena montanha, esse meu novo lar temporário, era humilde e muito simples, eram apenas três cômodos pequenos, as paredes eram feitas de pedra e barro acinzentado em suas paredes, o telhado era baixo e havia muitas goteiras, os poucos móveis que eu tinha eram simples, feitos basicamente de madeira rustica e pouco trabalhada, mas como eu sei que tenho que trocar de lugares todos os meses, não era muito inteligente focar meu tempo em melhorar estes pequenos lugares.

 — Mamãe. — escutei a voz do pequeno Don me chamando, agora com mais de oito meses, ele já conseguia engatinhar tranquilamente pelos pequenos cômodos da nossa casa.

— Querido, o que foi? — tirei meu olhar dos vários papéis dos quais estive escrevendo e lendo.

— Binca... brinca. — pediu ele animadamente, enquanto balançava um pequeno brinquedo feito de madeira, uma escultura de uma vaca em miniatura, tão pequena que ele poderia segurar facilmente com suas mãos pequeninas.

— Com toda certeza, eu posso fazer uma pausa desse serviço chato para dar uma atenção ao meu bebê. — levantei-me de minha mesa e sentei-me no chão ao lado de Don.

— Brinca. — disse ele feliz me entregando seu primeiro brinquedo.

— Qual é o som que a vaquinha faz? — perguntei para ele, enquanto “andava” com o brinquedo no chão, imitando como o animal andaria.

— Muuu... muuu. — ele imitou o mugido como eu já o havia ensinado antes.

— Por Hera, que coisa mais fofa. — disse com voz dengosa, embora não gostasse de fazê-la, às vezes ele era fofo demais para suportar à vontade. Peguei-o em meu colo e o abracei com força, enquanto ele ria feliz com minha demonstração de ternura. — Exatamente, ela faz esse som, enquanto está mugindo.

— Muu… muuu. — ele fez o som de mugido novamente, enquanto apontava para a vaquinha na minha mão. Entreguei novamente o brinquedo para ele, enquanto o deixava sentado em meu colo.

— Vou te contar uma história sobre a vaquinha.

Mesmo que ele não pudesse lembrar dessa história, muito menos entender sobre ela, ele ainda era um dos poucos que poderia me ouvir falar e eu amava compartilhar meu conhecimento, acho que isso foi o que mais herdei da minha criadora, e poder compartilhar esse conhecimento com meu amado filho era ainda melhor.

— A vaca foi criação de nossa deusa mãe Hera, sendo um de seus símbolos sagrados, o escorpião, pavão, e a romã também são seus símbolos, embora estes últimos dois representem o orgulho e fertilidade, a vaca é especialmente representação de abundância e prosperidade, uma vez que boa parte da alimentação do mundo inteiro é derivada desse animal em especial.

— Hera. — balbuciou o pequeno Don.

— Sim, nossa senhora Imperatriz, mãe Hera. — Don havia aprendido algumas palavras, entre elas foram respectivamente nessa ordem, mamãe, papai, oi, Donatello, Hera, tchau, Sophia, deuses, dragão, amor, água, brincar e por último Poseidon. Aos poucos estou o ensinando novas palavras, mas estas palavras ele já conseguia ter uma boa pronúncia, embora muitas vezes ele ainda não saiba exatamente o significado. — Foi ela que te deu esse presente e cuidou de nós, durante seu nascimento.

— Mamãe. — balbuciou ele animadamente, enquanto balançava seu brinquedo. Acho que ainda era muito cedo para ele entender exatamente o significado das palavras, por enquanto ele só consegue repetir.

Aos poucos fui recordando o dia do nascimento do meu pequeno amor, nascendo no antepenúltimo dia do outono, ano de 2977 D.G, Depois da Gigantomaquia, no dia 19 do décimo mês, incrivelmente o mês de Hera. O tempo já estava um pouco mais frio, o que me mostrava que o outono ameno e nevoado estava se encerrando e o frio do inverno chegaria com força novamente, nesse final de ano. Eram por volta das cinco horas da manhã, do dia dezoito, eu dormia tranquilamente em minha cama, quando comecei sentir os primeiros sinais da chegada do meu pequeno amorzinho, começando com as contrações bem leves, mas foram suficientes para me fazerem acordar.

— Acho que você está um pouco adiantado, seu pequeno apressadinho. — sorri, enquanto acariciava a minha barriga enorme. — Netuno e Haziel. — chamei alto.

Fora da minha pequena casa, haviam dois anjos dos quais foram incumbidos de me protegerem, eles sempre variam um pouco, além desses dois, normalmente sempre fico aos cuidados de Vulcano, Nuriel, Muriel ou Juno, mas com o fim da minha gravidez estava se aproximando, e logo Donatello viria ao mundo, Poseidon mandou seu anjo mais confiável para me proteger o tempo todo. Hoje estavam me protegendo um anjo de Terceira Classe e um de Segunda Classe, Netuno, o anjo principal e mais poderoso de Poseidon, ele era o principal líder dos anjos criados pelo rei dos mares para servir no abismo combatendo as criaturas abissais. Enquanto Haziel era o segundo anjo da Imperatriz Hera, somente abaixo de Juno, que seria o anjo de Terceira Classe de Hera.

Um anjo é um ser celestial enviado para o plano mortal para promover as ordens do seu deus, para a felicidade ou infelicidade, são soldados e mensageiros, foram criados com o ideal de combaterem os monstros que estavam saindo do controle no Tártaro, ou seja, a são dificilmente encontrados vagando pelo mundo. Estão combatendo os monstros nas profundezas do abismo ou estão servindo os deuses no monte Olimpo. Sua beleza e presença sublimes podem levar espectadores boquiabertos a se ajoelharem perante eles. Ainda assim, anjos também são destruidores e o aparecimento deles prenuncia a condenação com a mesma frequência que sinaliza a esperança.

Criados do poder divino dos deuses, Anjos são formados pela essência astral dos deuses e são, portanto, seres divinos de grande poder e premonição. São divididos em três classes, os de Terceira Classe são os mais poderosos, cada deus só pode criar um, eles possuem grande semelhança na aparência com o seu deus criador, possuem 3 pares de asas saindo de suas costas e são terrivelmente poderosos.

Os de Segunda Classe estão em maior número, por exemplo, Atena tem mais de uma centena, eles são facilmente distinguidos por terem 2 pares de asas. E por fim existem os anjos de Primeira Classe, são os mais numerosos e menos poderosos, Hefesto me disse que tinha mais de três mil deles, estes são caracterizados por terem apenas um único par de asas e são os mais fracos, embora sejam mais fortes que a maioria dos monstros e demônios comuns.

Os anjos agem como a vontade dos seus deuses e com uma devoção incansável as ordens do mesmo, não levando em consideração exatamente um código de ética. Um anjo mata criaturas malignas ou benignas sem remorso, mata monstros e até semideuses, mas não podem atacar outro Imortal, mesmo mandado por seu deus criador para fazer tal função. Como são a “incorporação da lei e do bem”, isso gera normalmente um sentimento de superioridade em um anjo, um sentimento que vem à tona quando a tarefa de um anjo entra em conflito visando outra criatura, o que normalmente não acaba bem para a pobre criatura.

 Mesmo quando um anjo é enviado para ajudar os mortais, ele é enviado não para servir, mas para comandar conforme as ordens recebidas de seu criador. Os deuses enviam seus anjos entre os mortais apenas em resposta as mais terríveis circunstâncias. Eles possuem uma natureza Imortal, anjos não precisam comer, beber ou dormir, não envelhecem, diferente dos deuses que os criou, eles não conseguem evoluir, ficando atrelado aos seus deuses, só podendo ficar mais forte com a evolução do criador.

Eles possuem sua própria consciência e vontades, então podem se reproduzir com outras raças mortais, gerando uma raça mista, os meio-anjos, mais conhecidos como Nefilins. E por fim, eles podem ser destruídos completamente, quando decapitados eles apenas deixam de existir, sem poderem ir pro submundo.

— Chegou o momento? — escutei uma voz áspera e grossa do lado de fora, eu reconheci facilmente, era a voz de Netuno, que realmente era a mesma voz de Poseidon.

— Sim, chegou o momento.

Lentamente me levantei e caminhei até a porta, abrindo-a e me deparando com um ser que com toda certeza não era um humano, mesmo que fosse um ser humanoide, para começo de conversa, ele tinha mais de 3 metros de altura, ele usava uma armadura de ferro completa, exceto pelo elmo, onde eu podia ver seu rosto com clareza, seus cabelos eram longos e lisos, com uma cor vermelha forte, sua pele branca como mármore, dois pares de asas douradas que emitiam uma claridade, elas estavam saindo de suas costas e se quando abertas se estendiam a mais de 3 metros de cada lado, embora nesse momento estivessem recolhidas, era difícil distinguir em seu rosto se era feminino ou masculino, embora fosse um rosto muito bonito, seus olhos eram totalmente dourados, sem pupila e íris.

— Ótimo, leve ambos diretamente ao Olimpo. — ainda me incomodava um pouco como Netuno era idêntico com Poseidon, exceto que ele era mais alto que Poseidon na forma mortal dele, com mais de 3 metros de altura e tinha três pares de asas de plumagem verde-escuro saindo de suas costas e seus olhos era totalmente verde-escuro, sem pupila ou esclerótica. Coloquei uma manta sobre as minhas costas, para me proteger da madrugada fria do final do outono, havia muitas árvores sem folhagem ao nosso redor, mas ainda não havia começado a nevar. — Estarei indo para Atlântida, meu senhor, precisa ser informado.

— Entendido. — caminhei lentamente para mais próximo do Haziel, já que por ser tão alto, ele não poderia entrar facilmente dentro da pequena e baixa casa. — Senhorita Sophia, está pronta para ir?

— Sim, vamos lá, chegou a hora da verdade.

Eu estava apreensiva, muito, eu realmente não tenho certeza se sobreviverei ao parto ou se ele será bem-sucedido, sou um espécime único no mundo, teoricamente aqueles que eram próximos da minha estrutura biológica eram os meio-dragões e eles eram inférteis, além disso, raramente suas mães sobrevivem aos seus partos, sempre perecendo pela dificuldade de gerar esse hibrido poderoso. Sem contar que nem mesmo temos o mesmo tipo de sangue, os seres abissais ou seus descendentes normalmente tem sangue azul, mas o meu sangue era um líquido numa cor verde

— Não se preocupe, a minha senhora Hera, prometeu que ela própria fará o parto. — Haziel tentou me tranquilizar, e realmente me tranquilizava, afinal lady Hera, era uma deusa do nascimento e da fertilidade, especialmente conhecida por ser protetora dos partos e das mulheres. — Ela me disse que Hebe também prometeu que estaria presente durante o parto.

— Melhor ainda.

Isso me deixava ainda mais confiante, Hebe como deusa da juventude, estando presente para proteger e garantir um parto mais seguro para mim. Sendo deusa da juventude, seu papel na renovação da vida é poderoso e com certeza nada é mais importante na renovação da vida como o próprio nascimento. Nesse momento senti um chute forte na minha barriga, Donatello estava ficando impaciente para nascer.

— Parece que o pequeno príncipe está animado. — sorriu Netuno, vendo aquele rosto idêntico ao Poseidon, me fez sentir mais calma também. — A princesa Rodes estará nos acompanhando.

— Acho que tenho um bom time para me ajudar. — respondi sorrindo levemente.

Algumas situações da vida eram realmente interessantes, mesmo Rodes sendo filha de Poseidon e Anfitrite, irmã de Tritão, ela não odiava meu filho e muito menos a mim, na verdade, estava mais que disposta em ajudar a cuidar de nós e ajudar inclusive no parto do meu filho. Sua ajuda era muito mais que bem-vinda, sendo uma deusa da cura aquática, seu apoio divino era extremamente reconfortante.

— Boa sorte, minha querida. — disse Netuno se despedindo.

— Obrigada. — ele brilhou levemente e desapareceu.

Haziel se aproximou e tocou meu ombro com delicadeza, senti uma claridade ofuscante vir dele, instintivamente fechei meus olhos e senti uma leve vertigem, tão rapidamente quanto ela veio ela se foi, quando abri novamente meus olhos, já não estava mais no mesmo lugar que a poucos segundos, estava em um lugar diferente, a energia divina que exalava no ar era totalmente diferente a qualquer outro lugar a qual já visitei, sentir essa energia novamente me trazia um sentimento nostálgico, afinal foi aqui que vivi meus primeiros quinze anos de vida.

Mesmo que tivesse crescido aqui no Olimpo, eu não conhecia esse lugar, era o palácio divino ao qual lady Hera residia, o lugar era extremamente belo, muito bem proporcional, havia colunas e pórticos imponentes em um mármore branco polido, a simetria e harmonia eram belos o equilíbrio e rigor das formas também, o chão era lustroso e não havia um grão de poeira em lugar nenhum.

— Juno. — Uma voz feminina e bonita, porém imponente chamou minha atenção.

Quando me virei, avistei uma mulher muito conhecida por mim, era mãe Hera, a majestosa imperatriz do Olimpo, é uma visão impressionante que transcende a mera mortalidade. Ela aparenta ter por volta dos 25 anos, uma juventude eterna que irradia com uma beleza etérea. Olhos azuis, como o firmamento, emanam sabedoria e autoridade. Sua pele era branca como a neve, seus cabelos negros, como a mais profunda noite estrelada, caem em ondas suaves, enquadrando um rosto celestial, seu cabelo era cumprido, descendo por suas costas até a altura da sua cintura.

Seu corpo escultural e voluptuoso, exala elegância, enquanto roupas douradas e vermelhas adornam sua figura divina, sua altura era de cerca de 1,75m, destaca-se, conferindo-lhe uma presença imponente, cada movimento de Hera é uma dança graciosa, refletindo sua posição como a Imperatriz soberana do Olimpo. Vê-la novamente, me fez recordar meu passado, quando a vi pela primeira vez, eu notei o quão poderosa e incrivelmente bela era a Imperatriz dos deuses, que comandava o Olimpo, com sua presença imponente e graciosidade.

Em suas mãos, um majestoso cetro de um metro e meio de comprimento, de uma ponta na outra, esculpido a partir do resistente Adamanto. A energia divina que percorre o metal confere-lhe uma tonalidade vermelha brilhante, carregado pela essência divina da deusa. Uma notável joia vermelha, reminiscente de uma romã, adorna o topo do cetro. Esta joia emite um brilho suave, assemelhando-se à tonalidade característica da fruta, adicionando uma aura de divindade à arma. O conjunto exala uma imponência divina, sendo um símbolo vívido da deusa.

Outra figura humanoide e com o dobro da nossa altura chamou minha atenção, eu a conhecia muito bem, várias vezes ela ficou responsável por cuidar de mim. Era Juno, o anjo de terceira classe que representava Hera, ela era idêntica à mãe Hera em sua aparência, exceto por sua altura e seus seis pares de asas com uma plumagem dourada, mas nesse momento elas tinham desaparecidos completamente.

— Sim, minha senhora. — assim como Netuno, o anjo de terceira classe de Hera, Juno e a deusa tinham a mesma voz.

— Vá buscar Hebe, por favor. — ordenou a Imperatriz, Juno fez uma breve reverência e despareceu em um brilho. Hera voltou-se a mim e caminhou para mais próximo de mim, enquanto sorria levemente. — Vejo que finalmente chegou o momento, minha menina.

— Sim, minha senhora. — respondi o mais respeitosamente que conseguia, enquanto me preparava para ajoelhar e saudar devidamente a Imperatriz.

— Espere. — ela segurou meus ombros levemente, me impedindo de curvar-me. — Não há necessidade de formalidades hoje, poupe suas forças, vamos ter uma árdua batalha pela frente.

— Obrigada, por tudo. — agradeci.

Afinal eu sabia que ela estava fazendo algo extremamente importante por mim, acho que se tivesse que passar pelo parto sozinha, eu provavelmente não conseguiria, por ser um espécime único, ou ainda por liberar minha energia e ser notada por algum monstro ou pior ainda, ser notada por Anfitrite ou Tritão. Sem contar que só dela estar me permitindo vir para o Olimpo e ter o parto aqui, ela estaria se envolvendo em uma briga com a minha criadora, Atena.

Desde o dia que Hera apareceu no reino das Amazonas e conversou comigo, prometendo que iria me ajudar e fornecer apoio, eu jurei que sempre a honraria e protegeria seu nome com honra, o que me tornava uma de suas devotas. As devotas eram uma espécie de sacerdotisas que servem os propósitos e honram os ensinamentos de Hera, mesmo que não estivesse servindo em um de seus templos, suas devotas eram menos exigidas que uma sacerdotisa, qualquer mulher pode tornar-se uma, desde que honre a deusa e seja fiel ao seu marido. Eu não era casada com Poseidon, mas sempre fui fiel a ele, na verdade, ele foi único homem ao qual tive um relacionamento amoroso.

— Deixe para me agradecer quando estiver segurando e amamentando o pequeno Donatello. — sorriu Hera docemente.

— O que essa ingrata faz aqui?! — senti meu sangue gelar ao ouvir essa voz novamente, aquela voz fria e calma de sempre.

Quando me virei eu pude revê-la novamente, era minha criadora, ela não havia mudado nada, nesses últimos anos que não a vi, eu e ela éramos muito parecidas fisicamente, já que quando fui criada por meu pai, Hefesto fez questão de criar meus traços de aparência idênticos ao de Atena, mesmo que a própria não fizesse muito questão disso. A deusa Atena personifica a beleza divina, uma combinação graciosa de características físicas que exala confiança e sabedoria em cada aspecto.

Sua postura perfeita e orgulhosa irradia confiança e autoridade, enquanto sua aparência jovem, cerca de 19 anos, equilibra harmoniosamente juventude e discernimento. Sua estatura imponente, com 1,72m, ostenta uma pele branca como a neve que lhe confere uma presença majestosa, complementada por um corpo esbelto e magro, sem excessos de busto, emanando uma aura de serenidade e sabedoria.

Seus olhos profundos, violetas, destacam-se em contraste com os cabelos negros e lisos que atingem os ombros, criando uma aparência distinta e cativante. Vestindo uma túnica branca, simples e elegante, adornada com poucas joias, Atena exibe uma expressão serena e imperturbável, carregando consigo uma aura de sabedoria refletida em seu semblante impassível

— Eu a convidei. — Hera entrou na minha frente e encarou a deusa da sabedoria calmamente, enquanto sorria brevemente.

— Eu a bani do Olimpo, por me desrespeitar e desobedecer, ela não tem mais direito de pisar em nosso lar. — insistiu Atena calmamente.

— Eu dei a ela esse direito, temporariamente.

— Devo insistir em pedir para que retire esse estorvo daqui.

— Por favor, eu preciso de ajuda, mãe. — tentei me intrometer e implorar para que ela me ajudasse nesse momento.

— Não me chame assim. — ela ergueu um pouco a voz. — Você não é minha filha, não mais, você é apenas um produto defeituoso de um experimento que fiz e infelizmente não deu certo.

— Independente, eu a quero aqui. — a aura de Hera ficou mais intimidante e seus olhos brilhavam levemente. — Eu irei ajudá-la em seu parto, sendo a Imperatriz do Olimpo, você não pode se intrometer em quem convido aqui, garota.

— Não posso interferir em quem você convida, mas há regras que devem ser seguidas, eu a expulsei e a bani pelos meios que são concedidos a mim, pelo meu direito como uma das deusas maiores do Conselho Olímpico.

— Por acaso ficaste surda?! — disse Hera impaciente. — Eu sou a Imperatriz, eu sou a regente do Olimpo, recue agora, ou teremos problemas mais sérios.

— Mesmo a Imperatriz deve seguir ordens do conselho, eu...

— Saia daqui. — uma voz ecoou soberana, interrompendo as palavras de Atena. Era Poseidon, ele caminhou pesadamente até próximo de Atena. E eu vi pela primeira vez em toda a minha vida, Atena recuar alguns passos para trás, com a presença imponente que Poseidon irradiava, tão poderosa que senti minha pele formigar. — Não estou no clima para brincar com você hoje, muito menos quero ouvir suas porcarias hoje. — Poseidon pisou tão duramente no chão que ele rachou sobre os pês do deus dos mares.

— Acha que tenho medo de você?! — a voz de Atena parecia levemente trêmula, algo que jamais pensei que ouviria em minha vida. — Você violou e tirou Sophia de mim, assim como fez antes com Medusa...

— Não se preocupe. — Rodes, se aproximou de mim, a deusa da cura aquática, ela me apoiou pela cintura e sorriu levemente, tentando me acalmar um pouco, podia sentir uma aura doce e gentil emanar dela, tentando me acalmar e energizar. A deusa Rodes personificava a essência da cura e renovação, uma visão encantadora que evoca a sensação de águas curativas e rejuvenescimento, seus poderes criavam uma impressão geral de serenidade e bem-estar. — Papai resolverá tudo.

Rodes, deusa da cura aquática, ela se destaca com uma altura graciosa de 1,50m, revelando uma pele branca como a neve que realça sua beleza divina. Seu corpo escultural e farto complementa sua presença, emanando uma aura de saúde e vitalidade. Os olhos, de um verde-claro penetrante, harmonizam-se com os cabelos preto-azulados que caem em ondas até a altura da cintura, acrescentando uma pitada de mistério à sua aparência.

Vestindo roupas clássicas gregas, como túnicas fluidas que destacam sua graça divina, Rodes exibe uma expressão calma e sorriso gentil, irradiando benevolência e cura. Sua postura ereta e orgulhosa transmite confiança, enquanto, apesar da aparente juventude, seus olhos revelam uma sabedoria que transcende a idade aparente de 23 anos.

— Eu já mandei sair. — interrompeu Poseidon. — Não irei falar uma terceira vez. — suas íris expandiram, os olhos de Poseidon brilharam totalmente verdes, sem esclerótica ou pupila. Sua voz quase saiu como um sussurro. Atena hesitou novamente, seus olhos roxos pareciam incertos, ela me olhou brevemente. Então ela fez algo que jamais pensei em ver, ela se virou e caminhou para fora do palácio de Hera.

— Bárbaros, vocês dois se merecem mesmo. — insultou ela, enquanto recuava e ia embora.

— Sinto muito pelo piso, Hera. — desculpou-se Poseidon para a Imperatriz.

— Não foi nada de mais. — ela estalou os dedos e as rachaduras no chão simplesmente desapareceram. — Essa menina continua teimosa como sempre, não consegue ser verdadeira com seus sentimentos.

— Meu amor. — Poseidon andou rapidamente na minha direção e segurou minhas mãos docemente, enquanto sorria largamente para mim. O que me deixou com o coração bem mais leve e calmo. — Finalmente nosso pequenino está chegando.

— Sim, ele está animado. — respondi sorrindo, mas nesse instante senti uma nova contração, no qual me fez gemer levemente de dor, eu sabia que as dores da contração poderiam levar até 35 segundos no começo.

— Estou preparada, vamos conseguir ter sucesso nesse parto totalmente novo de qualquer outro que já fizemos, tudo vai acabar bem. — me tranquilizou Hebe.

Hebe, a deusa da juventude, exibe uma estatura elegante de 1,68 metros, revelando uma pele tão branca quanto a neve que destaca sua divina juventude. Seu corpo escultural e farto, acompanhado de um rosto oval e faces coradas, evoca uma beleza celestial. Os olhos castanhos brilham com vivacidade, enquanto seus cabelos loiros, quase brancos, caem lisos até a cintura, adicionando um toque etéreo à sua aparência. Vestida em túnicas delicadas e adornada com abundantes joias, Hebe emana uma expressão sorridente e jovial, refletindo a essência de sua divindade associada à juventude.

Com uma postura perfeita e orgulhosa, a deusa aparenta ter meros 18 anos, ou até menos, capturando a essência da eterna juventude. Hebe personifica a vitalidade e o vigor da juventude, irradiando uma aura de frescor e vivacidade. Sua presença transmite uma sensação única de renovação constante, criando uma impressão geral de beleza intemporal e alegria juvenil.

— Vamos levá-la para uma das salas. — ordenou Hera. — Já que estamos todas aqui, está na hora do trabalho duro começar.

— Tudo vai acabar bem, não se preocupe. — disse Poseidon sorrindo docemente, tentando me acalmar, sua voz transbordava confiança, o que me acalmou ainda mais.

— Sophia, minha querida, você está prestes a trazer um novo ser ao mundo. — ela voltou-se para mim. — Confie em mim, estamos aqui para guiá-la.

— Eu confio, mãe Hera. — ela já vinha me protegendo de tantas formas, que jamais duvidaria dela. Eu já estava ofegante por causa da dor. — Obrigada por estar aqui, obrigada a todas vocês.

— Estamos todos juntos nisso, Sophia. — Sorriu Rodes me abraçando docemente de lado. — Você é forte, vai superar isso, eu estou louca para ver meu irmãozinho mais novo.

— Exatamente, em breve teremos um novo membro para alegrar o Olimpo. — concordou Hebe sorrindo docemente. — Aposto que ele será tão lindo quanto você é.

— Estarei aqui fora aguardando ansiosamente, por você e nosso pequeno Donatello. — disse Poseidon docemente, enquanto segurava docemente meu rosto e beijava meus lábios com ternura. — Até logo.

No recinto celestial, onde as deidades se reuniam para testemunhar o nascimento, um silêncio tenso pairava no ar entre as deusas. Sophia, a mãe mortal, enfrentava desafios inesperados enquanto Hera assumia o papel de parteira divina. As deusas Hebe e Rodes, em seus papéis auxiliares, mantinham uma aura de concentração. Sophia, sujeita às dores extremas do parto, revelava uma resistência notável.

Hera, com sua sabedoria divina, aplicava técnicas ancestrais para facilitar o processo, fazendo a jovem semideusa ficar em diferentes posições e fazer diferentes técnicas de respiração para equilibrar a força e o desgaste que Sophia fazia, mas mesmo assim, a dificuldade persistia. O Olimpo, normalmente imbuído de serenidade, agora refletia a tensão do momento. Entre murmúrios de preocupação e trocas de olhares apreensivos, Hera permanecia determinada.

As deusas auxiliares, Rodes e Hebe, mantinham-se prontas para intervir se necessário. A deusa da cura aquática, Rodes, oferecia energias revitalizastes, enquanto Hebe, a deusa da juventude, irradiava uma aura de força e esperança que aumentava a vitalidade nesse momento crítico. Enquanto a batalha entre vida e morte se desenrolava, as deusas observavam, cada uma revelando emoções únicas. Em meio a uma atmosfera carregada de incerteza, o destino do nascimento pendia no equilíbrio celestial, desafiando até mesmo os deuses a controlarem o imprevisível desfecho.

Depois de várias horas, ainda continuavam a trabalhar no parto. Hera, a experiente parteira divina, aplicava seus conhecimentos milionárias, buscando equilíbrio entre intervenções divinas e a natureza do processo. Os gemidos e rugidos de Sophia ecoavam no Olimpo. O Olimpo, acostumado aos triunfos divinos, testemunhava agora a luta pela vida de dois semideus, mãe e filho. Poseidon, aguardava as notícias junto de outros deuses, o pai, aguardava com impaciência e apreensão.

Nesse cenário de incerteza, a divindade da vida confrontava-se com o imprevisto. A cada intervenção divina, a natureza reagia, desafiando as expectativas celestiais, o destino dos semideuses pendia na balança entre a mortalidade e a vida, em uma cena onde o poder dos deuses era testado pela fragilidade da existência mortal. Sophia, em sua singularidade, transcendia as expectativas até mesmo das três experientes deusas. Sua natureza única, meio-dragão e originária de uma espécie desconhecida, adicionava complexidade ao parto divino.

 Hera, com sua sabedoria ancestral, percebia nuances que escapavam à compreensão comum dos deuses. A sala celestial pulsava com energias mistas, uma sinfonia de elementos divinos e a essência mortal da mãe semideusa. O Olimpo testemunhava o nascimento de algo que não tinha paralelo em sua vasta história, assim como o próprio Planeta Água. Após mais de 23 horas de luta entre a mortalidade e a vida, atingia seu ápice, revelando-se uma encruzilhada cósmica.

Cada respiração de Sophia era como um eco do universo, ecoando a promessa do nascimento de uma linhagem única, destinada a desafiar o entendimento divino. E assim, o nascimento de um semideus, meio-dragão, meio-divino, transformava-se em um marco na história do Olimpo, desenhando o início de uma jornada que transcenderia os limites estabelecidos pelos Imortais. A tensão se mistura com a expectativa enquanto Hera inicia o processo, combinando sabedoria divina e compaixão.

— Empurre, Sophia, você está quase lá. — incentivou Hebe.

— Já saiu boa parte da cabeça, força. — disse Rodes. Sangue verde de Sophia manchava os lençóis brancos de sua cama, mostrando que havia muitos ferimentos internos em Sophia, causados pelas partes draconianas de seu filho.

— Último empurrão, com toda força. — pediu Hera. Sophia, com toda determinação e força que lhe restavam, fez o seu melhor para dar tudo de si.

— "Aaaaah!" — um grito alto e longo se ouviu, mas logo se transformou em um rugido assustador de um dragão, tão alto e longo que fez as paredes do palácio de Hera tremer até sua estrutura e o Olimpo todo ouvir.

Então as quatro horas e vinte e um minutos do começo da madrugada do dia seguinte, após 23 horas de trabalho de parto, no dia 19 do mês de Hera do ano de 2,977, o choro de Donatello Divindragg foi ouvido pela primeira vez nesse mundo, enquanto ele estava envolto do sangue verde de Sophia e nos braços de Hera, o bebê estava chorando alto e com muita força.

— Há sangramento grave em Sophia, Rodes, assuma imediatamente com suas habilidades de cura. — ordenou Hera, enquanto com uma tesoura de ouro puro, cortava o cordão umbilical e se afastava com Donatello em seu colo.

— Sem problema, está tudo sobre controle.

Rodes, a deusa da cura aquática tomou a frente, enquanto convocava água límpida e pura, água divina da melhor qualidade, e usava de suas habilidades divinas de cura para curar os ferimentos internos de Sophia, da qual havia se ferido por conta das partes Draconianas de Donatello, suas pequenas asas, cauda e do chifres de dragão em sua cabeça, as próprias asas também tinham espinhos pontiagudos afiados, assim como a pequena cauda draconiana, que fizeram grandes estragos internos em Sophia, essa era a razão que as mães dos meio-dragões raramente sobreviverem aos partos. As partes de dragão era majoritariamente verde, com preto em vários lugares.

— Um pouco de vitalidade. — Hebe tomou a iniciativa em mandar um pouco de sua energia divina em forma de vida, para ajudar a Sophia a não perecer, mas com a ajuda de ambas as deusas, Sophia não estava mais em risco de perder sua vida.

— Meu bebê, ele está bem? — Sophia desesperadamente perguntou, ela estava muito ansiosa, por ouvir o bebê chorando com tanta força, ela só podia pensar que talvez houvesse algo de errado com o filho.

— Não se preocupe, o pequeno Donatello está mais que bem, ele chora forte e é lindo demais. — disse Hera com ternura, enquanto se aproximava da mãe cansada, com um pequeno embrulho em seus braços.

— Como ele é tão lindo. — disse Rodes sorrindo, seus olhos estavam marejados. Mas não de tristeza, sim, de pura felicidade em ver seu pequeno irmãozinho pela primeira vez, sendo entregue aos braços de sua mãe.

— E posso sentir uma vitalidade e saúde poderosos emanando do pequeno. — assegurou Hebe, o que tranquilizava Sophia.

— Como você é tão lindo, olha só esses olhos de duas cores e esse cabelo branco e preto, sua parte draconiana é verde, diferente da minha branca, mas nós dois temos algumas escamas pretas. — admirou Sophia a beleza do pequeno meio-dragão.

— Está na hora de amamentar o pequenino. — orientou Hera, para que ele finalmente pudesse parar de chorar. Assim fez Sophia, revelando um de seus seios e deixando o pequeno filho se alimentar.

— Ele suga com força. — sorriu largamente, embora ainda doesse um pouco. O pequeno ficou alguns minutos se alimentando. Enquanto as deusas sorriam e admiravam o momento único de mãe e filho, algo que era um momento tênue e puro de amor maternal.

— Sophia, gostaria de dar um pequeno presente a vocês dois, caso me permitisse.

— Claro, seria uma enorme honra, lady Hera. — respondeu Sophia respeitosamente.

— Eu queria presenteá-los deixando Donatello beber dos meus seios, isso o fara crescer forte e grande, assim como Héracles. — Hera, com expressão majestosa, ofereceu gentilmente a seu protegido Donatello o presente de seus poderes e proteção.

Sophia como a grande estudiosa que é, com certeza conhecia as vantagens de deixar Donatello provar da amamentação divina, esta união entre mortal e divino traz consigo benefícios inigualáveis, era só observar as vantagens milagrosas que o leite de Hera fez a Héracles, um exemplo de força e resistência, fruto dessa aliança entre deidade e humanidade. A amamentação de Hera nutrirá Donatello com a essência divina, promovendo virtudes extraordinárias, como um dia fez com Héracles.

— Seria a maior das honras, recebermos tal presente de mãe Hera.


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Notas finais do capítulo

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Até a próxima sexta.



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