Drama Total em Dose Dupla escrita por Diamond Viper


Capítulo 3
Mergulhando no Drama


Notas iniciais do capítulo

Espero que tenham uma boa leitura! Se leu, deixe um comentário com suas opiniões, críticas, sugestões e elogios!

Leia as notas finais, por favor :)



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Chris McLean estava perambulando por algum canto da floresta. Então, ele para e encara a câmera, iniciando a recapitulação.

 

CHRIS: No último episódio de Drama Total em Dose Dupla, a chapa ficou quente quando os dezesseis campistas enfrentaram o primeiro desafio! Eles competiram numa corrida por toda a ilha, estilo relay. E um por um, todos fizeram sua parte. Só que alguns fizeram bem melhor que outros, né não? — falou rindo. — Foi uma disputa acirrada, com as Corujas Assassinas tendo seus momentos de liderança, mas no fim, os Guaxinins Indomáveis saíram com a vitória. Todd e Ross logo se viram na periferia da equipe, principalmente pela predisposição de Ross de odiar tudo sobre o acampamento Mahquulin. Então, quando a equipe dele teve que encarar a Cerimônia de Eliminação, foi a vez de Ross de dar “adeus”. Não que eu ache que ele tenha se importado muito, ele até prefere! De qualquer forma, no final do desafio, eu anunciei que uma estatueta de invencibilidade está escondida e alguns participantes já estão de olho nela. Será que algum campista vai encontrar a estatueta logo no início da temporada? Como Todd vai encarar a vida no acampamento sem sua dupla? E das duplas que permanecem unidas, talvez mais uma delas seja separada hoje. Nunca se sabe! Quinze campistas continuam. Quem será eliminado, hoje?

 

*Abertura*

 

Era cedo no quarto dia de competição na ilha Mahquulin. Cedo demais. Os primeiros tons de laranja pintavam o céu que estava num estado de “escuro demais para ser de manhã, claro demais para ser de madrugada.”

 

Mas Elly e Sarah estavam de pé. Elas rapidamente tiraram seus pijamas e colocaram umas roupas mais confortáveis. 

 

Elas só tinham Summer como colega de quarto, e vivendo com o Forrest e seus roncos por todos esses anos, ela havia aprendido a ignorar os barulhos. Logo, o casal conseguiu sair pela porta da frente da cabine sem problemas.

 

ELLY: Você está pronta, amor? 

 

SARAH: Pronta. — confirmou com a cabeça. — Vamos encontrar essa estatueta de invencibilidade! — declarou com confiança. 

 

*CONFESSIONÁRIO ON*

 

Ambas Sarah e Elly estavam juntas no banheiro que servia de confessionário.

 

SARAH: É tão bom ter uma namorada que está disposta a seguir meus planos. 

 

ELLY: Claro, funcionamos tão bem porque temos o mesmo objetivo: Dominar esse jogo. 

 

SARAH: Sim! E a Estatueta de Invencibilidade McLean é um instrumento fundamental para chegar longe na competição. Todos os participantes que acham a estatueta conseguem chegar na fusão!

 

ELLY: E a maioria deles até a final. — complementou.

 

SARAH: Verdade. Então, eu estou disposta a tudo para que essa estatueta fique nas nossas mãos. — reiterou. 

 

*CONFESSIONÁRIO OFF*

 

Elas iniciam sua procura atrás do refeitório, nos containers de lixo que ficam lá.

 

SARAH: Por alguma razão, eu não acho que a estatueta está aí. — e deu uns passos para trás. Não queria sujar sua roupa.

 

ELLY: Bem, não custa tentar. Vamos olhar logo, antes que o Chef apareça para preparar o café da manhã. 

 

Com esforço, Elly levanta a tampa do lixão. Então, dali saem dois ou três guaxinins raivosos que avançam direto na cara dela. 

 

ELLY: AAAH! Sarah, Sarah, me ajude!

 

A loira mordeu o lábio inferior, nervosa e enojada de ter que encostar naqueles bichos nojentos. 

 

Então, ela viu uma pedra de tamanho médio no chão. Com rapidez, Sarah tacou a pedra nos bichos que fugiram apressados para a floresta. 

 

Com a aparência desgrenhada, Elly agradeceu a namorada.

 

***

 

As duas procuraram no alto e no baixo, leste e oeste enquanto o sol se estabelecia sobre a ilha. 

 

Após um encontro com um enxame de abelhas e o casaco de pelúcia de Sarah ficando completamente enlameado, as duas estavam sem muita determinação.

 

Elas trocam olhares exaustos, ambas cobertas da cabeça aos pés com sujeira e lama.

 

ELLY: Eu acho que a gente deveria parar por hoje.  — falou. — Estamos procurando há horas e não achamos nem sinal dessa estatueta. — suspirou forte.

 

SARAH: É, eu concordo. — pendeu os ombros. — Os outros campistas devem acordar a qualquer momento. E eu não sei você, mas eu estou faminta.

 

ELLY: Certo. Vamos tentar novamente outro dia. 

 

Elas compartilham um olhar antes de voltar para o acampamento.

 

***

 

Enquanto isso, na cabine das Corujas Assassinas, os membros da equipe estavam se levantando e se preparando para o dia.

 

Ayumi estava dando risadinhas, igual uma criancinha, indo de um canto para o outro do quarto. Isso chamou a atenção de sua meia-irmã.

 

MAYA: O que você está fazendo? — sua voz estava ainda mais monótona e lenta, pois havia acabado de acordar.

 

AYUMI: Oh, Maya! Que bom que você acordou. Vem ver o que eu fiz! 

 

MAYA: Eu sou obrigada? — e coçou o olho.  — Affz, tá bom.

 

Ayumi conduziu sua meia-irmã até a janela da cabine. Agora, o batente estava com várias pedras coloridas.

 

MAYA: Hm… e o que é isso, exatamente? — inclinou a cabeça, confusa.

 

AYUMI: Como assim? São cristais, Maya! — respondeu como se fosse óbvio. — Você sabe, eu trouxe eles lá de casa, da janela do meu quarto.

 

MAYA: Ah. Certo. Eu não presto muita atenção nisso. — bocejou.

 

AYUMI: Mas você deveria! Esses cristais são para ajudar nossa equipe no próximo desafio de invencibilidade. — explicou. — Citrino amarelo vai trazer prosperidade à nossa equipe, quartzo verde traz sorte e boas energias, a jade também ajuda…

 

Maya interrompeu com um enorme bocejo.

 

MAYA: Muito interessante. — falou monótona. — De qualquer forma, não deveríamos nos preparar para o café da manhã? 

 

AYUMI: Certo. Precisamos comer bastante para ficarmos energizadas para o desafio! Mesmo sendo a comida do Chef Hatchet.

 

***

 

No lado masculino da cabine, Todd havia se vestido e estava saindo pela porta quando Liam alcançou ele.

 

LIAM: Ei, Todd. Onde você vai?

 

TODD: Hm… para o refeitório? Tomar café da manhã? — respondeu, confuso. — Não que eu esteja com vontade de comer o mingau do Chef pelo terceiro dia seguido, mas também não posso ficar sem comer.

 

LIAM: Tá, mas espere um pouco. Meu irmão está terminando de se arrumar, você sabe, ele é lento para tudo. — alfinetou o irmão. — Aí, nós três podemos ir juntos. A trilha é longa.

 

Todd pensou um pouco e então negou.

 

TODD: Não, obrigado. Eu realmente estou com fome… vou ir me adiantando. — respondeu e logo saiu pela divisória. 

 

Liam ficou parado, meio confuso. 

 

*CONFESSIONÁRIO ON*

 

LIAM: Não sei o que o Todd está fazendo, mas não faz sentido nenhum. Assim que voltamos da casa da árvore, ele foi dormir e não falou com ninguém. Ontem, ele não falou com ninguém. E quando eu perguntei se ele queria ir comigo até o refeitório, ele se negou. — listou. — Eu sei que ficar sem seu namorado numa temporada de duplas é difícil, mas ele não pode se isolar. Fazendo isso, ele só faz as pessoas quererem votar nele. 

 

*CONFESSIONÁRIO OFF*

 

Quando Todd chegou no refeitório, Chef Hatchet estava acabando de servir o café da manhã. O menu do dia era “ovos mexidos”. 

 

Todd não se importou, apenas comeu e focou num canto do refeitório para esperar o tempo passar.

 

*CONFESSIONÁRIO ON*

 

TODD: Tem mais de um dia que o Ross foi eliminado e ainda assim, continuo me sentindo mal. — começou. — Eu sei que ele provavelmente está mais feliz, relaxando numa banheira ou algo assim. Mas eu realmente não esperava que o jogo começaria assim, com minha dupla sendo a primeira eliminada. Agora eu preciso convencer a minha equipe que eu estou disposto a continuar nesse jogo e não devo ser eliminado. Mas sem o Ross aqui, eu nem sei se isso é verdade. — admitiu, pendendo os ombros.

 

*CONFESSIONÁRIO OFF*

 

Nesta hora, Elly e Sarah chegaram no refeitório. Famintas e sujismundas. Elas logo enfiaram colheradas de “ovos mexidos” na boca, iguais abutres quando encontram uma carcaça.

 

SUMMER: O que aconteceu com vocês? 

 

Elly hesitou, mas começou a falar quando Sarah interrompeu.

 

SARAH: Não é da sua conta. Agora nos deixe comer em paz. — enfiou outra colherada na boca.

 

SUMMER: Oh. Então tá. — ela ficou atordoada com a grosseria.

 

ELLY: Ignora ela. Ela fica raivosa quanto está com fome. — ela comeu mais um pouco e observou seus arredores. — Cadê seu irmão? Ainda está dormindo?

 

Summer deixou uma risada escapar.

 

SUMMER: Ele é tão previsível assim? É, claro. — confirmou com a cabeça. — Mas eu vou ter que acordá-lo, se não ele vai perder o café da manhã. 

 

ELLY: Você vai andar a trilha inteira até a nossa cabine? 

 

SUMMER: Bem, eu não tenho outra opção. Pior que o Forrest sonolento é o Forrest com fome.

 

ELLY: Ainda bem que eu não sou você. — e continuou comendo.

 

***

Então assim ela fez. Summer subiu a trilha num galope, reduzindo a jornada em vários minutos. Ela adentrou a cabine arfando e viu seu irmão deitado, roncando à plenos pulmões.

 

SUMMER: Eu não acredito nisso. Forrest! — ela berrou o nome do rapaz.

 

De qualquer forma, ele apenas resmungou e virou para o outro lado.

 

FORREST: Só mais cinco minutinhos. 

 

SUMMER: Não, nada de cinco minutinhos, Forrest. Você já perdeu a maior parte do café da manhã! 

 

FORREST: O quê?! — e de supetão, ele se levantou. — Por quê você não me chamou antes? 

 

SUMMER: Porquê não é minha responsabilidade te acordar. Você tem 18 anos. Acorde por conta própria. — respondeu.

 

FORREST: Ah, qual é, você sabe que eu preciso comer. — ele foi colocar a blusa, mas errou o buraco da cabeça. 

 

SUMMER: Você sabe que as outras pessoas estão notando, né? O resto da equipe vê que você é o último a acordar todos os dias e é o que mais come a comida do Chef.

 

FORREST: E daí? — sua voz estava abafada pelo tecido da blusa. — Eu sou um dos melhores nos desafios, então eu posso. — justificou. 

 

SUMMER: Nós tivemos apenas um desafio e você nem foi tão bem assim.

 

FORREST: Eu fui melhor que você, que não sabia pilotar um quadriciclo! — ele finalmente acertou o buraco e conseguiu botar a cabeça para fora.

 

SUMMER: Olha aqui, seu… — ela aumentou o tom de voz.

 

Mas não conseguiu completar a frase, pois os ruídos do sistema de alto-falantes foram ouvidos. 

 

CHRIS: Atenção, atenção! Me encontrem no cais em quinze minutos para o próximo desafio de invencibilidade! — sua voz anunciou. — Ah, e eu já ia me esquecendo: Vistam seus trajes de banho! — falou sugestivamente. — Câmbio e desligo!

 

SUMMER: Ugh! Vá comer alguma coisa antes do desafio. Vá rápido, ainda temos que trocar de roupa para o desafio. — ordenou.

 

Forrest normalmente retrucaria e os irmãos gastariam minutos discutindo, mas vendo que o tempo estava passando, ele acatou imediatamente, saindo correndo pela trilha.

 

***

 

Os quinze campistas que restavam se encontraram no cais. Lá, também estavam Chef Hatchet e Chris McLean, sorridente como sempre. 

 

Ao lado de Chris, tinham dois baús grandes. Um com adornos roxos e outro com decorações azuis.

 

DANNY: Ooh, o que tem nesses baús, McLean? 

 

CHRIS: Você vai descobrir logo logo, Danny.

 

DANNY: Espero que seja comida. A comida do Chef já está ficando passada. 

 

CHEF: Ei, o que você falou da minha comida? Repete!

 

Mas Danny só engoliu em seco.

 

CHRIS: Preste atenção aqui! — estalou os dedos. — Vamos ao desafio de invencibilidade de hoje, que tal, hein? 

 

Os campistas abriram bem os ouvidos.

 

CHRIS: Pois bem, para o desafio de hoje, nós vamos dar equipamento de mergulho, estilo scuba, para vocês explorarem as águas da baía em busca de uma chave que abre o baú da sua equipe. A primeira equipe a abrir seu baú, vence o desafio e ganha invencibilidade. Simples, não? 

 

LIAM: Okay, agora é a hora que você previsivelmente conta que tem umas “surpresinhas” esperando por nós na água? 

 

CHRIS: Sim, a hora é agora. — tossiu um pouco. — Primeiro, infelizmente, algum ser maligno e sem coração encheu o fundo da baía com várias chaves. Mas lembrem-se, apenas uma chave específica abre cada baú. — explicou.

 

LIAM: Só isso? Eu pensei que seria pior. 

 

CHRIS: Ah, mas é claro que tem mais! Também convidamos alguns amiguinhos para participar do desafio. Como enguias elétricas e tubarões famintos.

 

LIAM: Agora sim faz mais sentido. 

 

Um estagiário passou com uma caixa, entregando um capacete de mergulho e um tanque de oxigênio para cada campista. 

 

SOPHIE: Eerr… não obrigada. — Ela ia devolver o capacete, mas o estagiário já havia passado para o próximo campista.

 

CHRIS:  Agora, só porque eu estou me sentindo bonzinho, cada capacete tem um sistema de comunicação. Então vocês podem conversar com seus colegas de equipe para coordenar uma estratégia para encontrar as chaves. — ele adicionou. — Então é isso. Vamos começar o desafio. Preparados? 

 

O apresentador pegou uma buzina e apertou com gosto para sinalizar o início do desafio.

 

Imediatamente, todos os campistas saltaram na água. Todos menos Sophie, que seguiu no cais, sem nem ao menos colocar o capacete. 

 

CHRIS: Ei, o que você acha que está fazendo? — apontou o dedo para a menina.

 

SOPHIE: Mergulhar não é minha praia. A Yoyo vai fazer o desafio por mim e por ela. — explicou.

 

CHRIS: Você sabe que não é assim que funciona. 

 

SOPHIE: Eu vou ser punida? 

 

CHRIS: Não, mas seus colegas de equipe vão ter mais dificuldades com apenas seis deles realizando o desafio contra oito da outra equipe. 

 

SOPHIE: Meh, não é problema meu. — ela jogou o capacete, que bateu com um baque na madeira do cais. 

 

A garota então foi andando pelo cais, de volta ao acampamento.

 

CHRIS: Estratégia interessante. — coçou o queixo. — Ainda bem que eu não sou ela!

 

O apresentador então fixou o olhar na câmera.

 

CHRIS: Bem, será que as Corujas Assassinas vão conseguir dar a volta por cima e vencer esse desafio? Ou será uma vitória fácil para os Guaxinins Indomáveis? Eu não sei, mas vocês podem descobrir! Só continuar assistindo, quando retornamos dessas mensagens dos nossos patrocinadores!

 

*Intervalo*

 

Os participantes estavam na água, boiando na superfície. Cada equipe estava reunida no seu próprio círculo, criando estratégias. 

 

SARAH: A estratégia é simples. — começou. — Se encontrar uma chave, traga de volta para  a superfície e tente abrir o baú. Não tentem complicar.

 

DANNY: Quem te declarou a líder da equipe? — ele questionou.

 

SARAH: Você tem alguma estratégia melhor? — e recebeu silêncio. — Eu presumi. Então vamos. 

 

Os membros da equipe Guaxinins submergiram. Exceto Summer, que não conseguiu descer mais do que meio metro e foi se debatendo de volta para a superfície.

 

ELLY: O que está acontecendo ali? — ela perguntou pelo rádio. Sua voz estava abafada pela estática. 

 

Todos os membros voltaram para a superfície. 

 

SARAH: O que houve, Summer? — ela tentou perguntar num tom neutro, mas ela estava claramente aborrecida.

 

Summer tinha uma expressão tristonha no rosto. Seu irmão então respondeu por ela.

 

FORREST: Ela tem medo do oceano. Mar aberto e coisas assim. Ela não consegue mergulhar. Mas ainda assim, ela quis tentar.

 

E Summer confirmou com a cabeça.

 

SARAH: O quê? Isso daqui não é o oceano! É a Baía de Hudson! 

 

FORREST: Sabe, Sarah, eu acho que a fobia da minha irmã não vê muita diferença entre um oceano e uma baía. — ele encarou Sarah e colocou uma mão no ombro da irmã. 

 

SARAH: Então vamos fazer o quê? Se ela não mergulhar, nossa equipe vai ficar desfalcada! 

 

FORREST: Deixe ela ficar aqui na superfície. Aquela garota, Sophie, também não está participando. Nós ainda estamos em vantagem. — argumentou. 

 

Sarah ia retrucar, mas encontrou o olhar de Elly, desaprovando.

 

SARAH: Tá. Vamos continuar o desafio, nós sete. 

 

Então, Sarah, Elly, Danny, Becky, Alex e Xander mergulharam. 

 

SUMMER: Obrigada, Forrest. — sua voz estava miúda, mas o tom era genuinamente grato.

 

FORREST: Deixa disso. Agora tira esse capacete e vai se sentar no cais. 

 

Então, Forrest também mergulhou.

 

*CONFESSIONÁRIO ON*

 

SUMMER: Meu relacionamento com o Forrest… é complicado. É claro que ele é um tremendo babaca na maior parte do tempo, mas ele é meu irmão mais velho. Ele me protege, às vezes ele consegue ser sábio. Acho que ele não sabe, mas eu o respeito. Às vezes. Ocasionalmente. — esclareceu. — Foi legal da parte dele me defender no desafio. Ele não é tão ruim assim. — e esboçou um pequeno sorriso.

 

*CONFESSIONÁRIO OFF*

 

A vários metros abaixo da superfície, os membros da equipe Corujas Assassinas procuravam por qualquer sinal das chaves. Ainda sem sucesso. 

 

De repente, Liam sente uma coisa roçando na sua mão. 

 

LIAM: O que diabos é is-

 

Ele recua com um grito abafado, tomando um choque de uma enguia elétrica. 

 

Logo, ele sente outra coisa roçando nele. Mas era seu irmão, Zack, tentando escapar de um tubarão que estava rondando a área.

 

*CONFESSIONÁRIO ON*

 

LIAM: Ugh! O Chris é completamente inacreditável. É claro que eu sabia que teríamos desafios com enguias elétricas e com tubarões, mas os dois no mesmo desafio? Virou bagunça!

 

*CONFESSIONÁRIO OFF*

 

Maya e Ayumi estavam explorando o fundo da baía em dupla. Seus movimentos quase sincronizados.

 

AYUMI: Ei, acho que estou vendo algo! — a menina anunciou. 

 

Mas o que ela viu não era uma chave. Era um tubarão enorme que rodeou e rodeou a dupla, diminuindo a circunferência do seu círculo com cada volta.

 

MAYA: Atenção, atenção, — ela falou para o sistema de comunicação intra equipe. — Ayumi e eu estamos sendo rodeadas por um tubarão. 

 

Ela recebeu “Zack e eu também” vindo da voz de Liam. 

 

MAYA: Ótimo. — em tom sarcástico. — Alguém está livre para continuar a procura? Yolanda? Todd? 

 

A menina não precisou esperar muito, até receber a resposta sozinha. 

 

O corpo de Todd passou, ascendendo em linha reta para a superfície e com uma dezena de enguias elétricas agarradas nele.

 

MAYA: Bem, eu suponho que o Todd está fora da comissão para o desafio de hoje. Yolanda? 

 

Ela aguardou por alguns segundos. E então ela ouviu os ruídos do sistema de comunicação.

 

YOLANDA: Eu consegui! Eu achei uma chave! 

 

Com uma chave em mãos, a menina foi rapidamente para a superfície. Ela enfiou a chave no buraco e chacoalhou com força.

 

E nada. 

 

YOLANDA: Abortar! Não era a chave certa. — ela avisou para o resto de sua equipe, via o rádio. — Vou retornar para a água. Câmbio. 

 

E assim, a menina mergulhou novamente.

 

***

 

Danny e Becky estavam explorando as águas, com as mãos dadas. De repente, Becky viu algo de canto de olho. Danny acompanhou o olhar dela e também viu. 

 

Estava longe e a água era turva. Mas poderia ser uma chave.

 

DANNY: O último a chegar é a mulher do padre! — anunciou e largou a mão da namorada, nadando rápido.

 

BECKY: Oh, seu canalha! — e então começou a nadar igualmente rápido.

 

Os espíritos competitivos do casal estavam ardendo, ambos em busca da mesma chave. Eles estavam tão perto.

 

Mas algo chegou neles primeiro. 

 

Uma enorme enguia elétrica. Era tão grande que alcançava os dois ao mesmo tempo e então os zapeou. 

 

Foi um choque tão forte que os fez recuar, temporariamente incapacitados.

 

DANNY: Argh! O que foi isso?

 

A resposta chegou rápido. Logo o casal foi rodeado por uma, cinco, dez enguias elétricas. 

 

Becky engoliu em seco.

 

Enquanto isso, Forrest nota uma chave e com determinação, nada até ela. 

 

Ele surge perto do cais, onde sua irmã esperava, com uma expressão desapontada no rosto.

 

SUMMER: Você encontrou a chave? — sua expressão então virou um sorriso.

 

FORREST: Não sei. Por quê você não testa por mim? — então entregou a chave para ela.

 

Quando ela insere a chave na fechadura, o baú permanece teimosamente fechado.

 

SUMMER: É a chave errada. — E o desapontamento retorna a seu rosto.

 

No entanto, sua expressão muda para a surpresa, quando ela vê os corpos de Danny e Becky boiando na superfície, com várias enguias enroladas neles.

 

SUMMER: O que houve com eles? 

 

FORREST: Hm, não sei… talvez eles tenham sido atacados por enguias elétricas? — respondeu de forma irônica.

 

SUMMER: Volta pra debaixo d’água antes que eu taque esse baú na sua cabeça, seu idiota! — e deu uma risadinha.

 

***

 

Enquanto isso, Yolanda seguia insistente. A única membro livre das Corujas Assassinas. Ela já devia ter tentado umas dez ou doze vezes. 

 

E como uma boa colega de equipe, ela narrava cada tentativa para seus companheiros. 

 

YOLANDA: Não foi essa. Vou tentar novamente. Câmbio. 

 

Passado alguns minutos, outra vez, ela ressurge determinada. Seus cabelos pingavam água e suas mãos agarravam mais uma chave.

 

YOLANDA: Não se preocupem, time. Eu tenho certeza que é esta. — falou com confiança, apesar da sequência de fracassos que as últimas chaves trouxeram.

 

Debaixo d’água, Liam e Zack trocaram um olhar cético.

 

LIAM: Essa é o que? A décima quinta chave?

 

ZACK: Eu já perdi a conta. Mas pelo menos ela é persistente. Meu treinador diz que isso é bom. 

 

A admiração relutante pela determinação de Yolanda era evidente.

 

Maya e Ayumi trocam um olhar esperançoso, com os dedos cruzados em oração silenciosa pelo sucesso de Yolanda.

 

AYUMI: Talvez os cristais funcionem. — pensou em voz alta. — Talvez esta seja a chave certa.

 

MAYA: Esperemos que sim.

 

Yolanda insere a chave na fechadura do baú da equipe, com o coração batendo forte no peito. Ela girou a chave.

 

YOLANDA: Por favor, por favor, por favor...

 

A fechadura se abre com um som satisfatório. 

 

YOLANDA: Equipe, a vitória é nossa. Câmbio e desligo. 

 

Com um sorriso, ela fez uma pose vitoriosa em cima do cais. Summer pendeu os ombros, com a derrota do seu time.

 

***

 

Um tempo depois, todos os quinze campistas estavam reunidos no cais. Chris se aproximou deles.

 

CHRIS: Bem, o desafio chegou ao fim. Parabéns, Corujas Assassinas. Vocês venceram o desafio, apesar de todos os contratempos. Isso significa que vocês ganharam a invencibilidade e estão salvos. 

 

Os membros da equipe dão um abraço coletivo.

 

*CONFESSIONÁRIO ON*

 

SOPHIE: Viu? Eu sabia que minhas habilidades eram supérfluas nesse desafio. E a Yolanda trouxe a vitória. Eu nunca dou ponto sem nó. — sorriu, contente consigo mesma.

 

A câmera então dá um zoom-out para revelar que Yolanda também estava dentro do banheiro que seria de confessionário.

 

YOLANDA: Você é tão inteligente, amor. 

 

SOPHIE: Eu sei. — e dá umas batidinhas no topo da cabeça de Yolanda.

 

*CONFESSIONÁRIO OFF*

 

CHRIS: É claro, isso significa que é a vez dos Guaxinins Indomáveis estrearem na Cerimônia de Eliminação. Vejo vocês ao pôr-do-sol.

 

O apresentador girou nos calcanhares e se afastou. Os campistas se dispersaram.

 

***

 

Enquanto a tarde rolava, os membros dos Guaxinins Indomáveis iam e vinham da cabine.

 

Num momento, Sarah, Elly, Becky e Danny foram os únicos na cabine. E mesmo em partes distintas do alojamento, a divisória entre os quartos era tão fina, que era impossível não ouvir o que o outro casal estava conversando.

 

DANNY: Ugh, nós temos que ir pra Cerimônia de Eliminação na segunda rodada do jogo? Isso é tão humilhante. Me faz me sentir como um perdedor. 

 

BECKY: Você não é um perdedor, querido. 

 

DANNY: Eu sei que não. Mas graças aos outros fracassados da nossa equipe, nós corremos riscos de ser eliminados.

 

De repente, eles ouviram três batidinhas na divisória. A porta rangeu e lá estavam Elly e Sarah.

 

SARAH: Oi, não pude deixar de ouvir vocês. Você sabe, paredes finas.

 

DANNY: O que você quer, Sarah? — seu tom de voz já demonstrava a animosidade que ele criou em relação a loira.

 

SARAH: O mesmo que você. Deixar a equipe mais forte para a próxima rodada.

 

ELLY: Não queremos ficar indo à Casa da Árvore todo episódio. Precisamos fortalecer nossa equipe.

 

SARAH: Sim! E embora vocês dois não tenham sido de grande ajuda no desafio de hoje…

 

A loira começou, antes de levar uma cotovelada nas costelas, cortesia de sua namorada.

 

SARAH: Vocês são peças indispensáveis para a equipe. — e deu uma tossida para disfarçar a dor.

 

ELLY: O que a Sarah está tentando dizer… é que queremos trabalhar com vocês. 

 

SARAH: Temporariamente! — adicionou.

 

ELLY: É, no voto de hoje. Pelo menos, ao princípio.

 

BECKY: Incrível! Mas em quem vamos votar? 

 

SARAH: Na pessoa que não conseguiu nem mergulhar, é claro! 

 

BECKY: Oh… entendo. Uma pena, ela parece uma garota legal. De qualquer forma, só temos quatro votos. Vocês tem mais alguém?

 

Foi nesse momento que Danny se pronunciou.

 

DANNY: Epa, epa, você tá botando seus carros na frente dos bois. Eu não concordei em votar com elas. — falou para a namorada, como se Sarah e Elly nem estivessem ali. — Eu não vou aceitar trabalhar com uma pessoa que me chamou de pervertido e você não deveria aceitar também!

 

SARAH: Ugh! Ainda esse papo? — grunhiu com frustração.

 

BECKY: Mas, Danny, nós precisamos garantir que os votos não estejam indo na nossa direção. Isso é o mais importante. 

 

ELLY: Ela tem razão, Danny.

 

O rapaz levou a mão ao queixo e coçou, em silêncio.

 

DANNY: Hm. Talvez eu considere. Se ela pedir desculpas.

 

SARAH: O quê? 

 

DANNY: Eu disse que eu quero que você peça desculpas, loirinha. E admita que você não tem culhões para ser a líder dessa equipe. Nós perdemos o desafio de hoje.

 

Sarah imediatamente virou para a namorada.

 

SARAH: Eu vou bater nele, Elly. 

 

DANNY: Viu, ela me ameaçou! Cadê as câmeras? Elas estão filmando isso? 

 

E logo o quarto virou uma cacofonia de vozes elevadas e discussões.

 

*CONFESSIONÁRIO ON*

 

ELLY: Eu não entendi como a conversa tomou esse rumo. De repente tudo virou um pandemônio. Affz. Só espero que os dois ainda considerem votar conosco.

 

*CONFESSIONÁRIO OFF*

 

Alex e Xander tinham comido o que Chef Hatchet havia servido de almoço, então eles saíram do refeitório. 

 

Quando a trilha se abriu, Xander indicou andar para um lado.

 

ALEX: Ei, o que você está fazendo? A trilha para a cabine é para esse lado. — apontou para a direção oposta.

 

XANDER: Eu não estou indo para a cabine. — respondeu sucintamente.

 

ALEX: O que? Por quê? Nós precisamos falar com os outros, conversar sobre o voto de hoje. 

 

XANDER: Por quê? — cruzou os braços. 

 

ALEX: Para garantir que os votos não estejam vindo na nossa direção! — apontou o óbvio.

 

XANDER: Meh, eu realmente não me importo. Você sabe que eu não queria estar aqui. Se me eliminarem, estariam me fazendo um favor. 

 

ALEX: Você não sabe o que você está dizendo, Xander. 

 

XANDER: Será que não sei? — e começou a se afastar, adentrando mais a trilha.

 

Logo, Alex se viu sozinho e fez um som de frustração.

 

*CONFESSIONÁRIO ON*

 

ALEX: Não sei como convencer o Xander que eu só quero o bem dele. Que eu posso ajudá-lo. Mas ele não me escuta. Ugh! — apertou o nariz, frustrado. — Mas eu não vou desistir. Eu prometi à minha tia que eu ia ajudá-lo, então eu vou. 

 

*CONFESSIONÁRIO OFF*

 

Os irmãos, Forrest e Summer, estavam batendo um papo no lado masculino da cabine dos Guaxinins Indomáveis. O resto do alojamento estava vazio, exceto por eles. 

 

SUMMER: Ugh, eu ainda estou me sentindo super mal pelo desafio de hoje. Eu queria ter ajudado mais. — ela admitiu.

 

FORREST: Não se preocupe, Summer. Eu sei que sua fobia é real. Eu não ia deixar você entrar em pânico e sei lá, morrer afogada no meio da baía. 

 

SUMMER: Eu sei, eu sei. Ainda assim, eu estou com uma sensação ruim.

 

FORREST: Já eu estou me sentindo ótimo! Eu fui de grande ajuda para equipe, como sempre. — flexionou os músculos. — Eu encontrei uma chave, o que é mais que os outros fizeram. 

 

E a menina revirou os olhos. 

 

SUMMER: De qualquer forma, eu estou preocupada com o voto de hoje a noite.

 

FORREST: Eu já sei em quem eu vou votar. — falou sucintamente. 

 

SUMMER: É? Em quem? — a curiosidade tomou conta dela. 

 

FORREST: Vou votar na Sarah. — respondeu sem hesitação.

 

SUMMER: Na Sarah? Ah, eu não sei se é uma boa ideia…

 

FORREST: Por quê? Tem algo estranho nela e eu sinto que ela não gosta de mim. 

 

SUMMER: Não é como se você não fizesse por onde, né, com seus roncos de trator.

 

FORREST: Não importa. O que interessa é que você deveria votar na Sarah também. 

 

A menina morde o lábio inferior.

 

SUMMER: Não sei não, Forrest. Sarah e eu somos colegas de quarto. Acho que eu deveria tentar ser mais amigável com ela antes de pôr um alvo nas costas dela. 

 

Ela viu o olhar incrédulo do irmão.

 

SUMMER: Eu sei, às vezes ela é um pouco mandona e grosseira…

 

FORREST: Um pouco? — franziu as sobrancelhas.

 

SUMMER: Mas ainda acho cedo demais. — concluiu.

 

FORREST: Pois eu acho que é o momento certo. E eu repito: você deveria votar nela também. 

 

*CONFESSIONÁRIO ON*

 

FORREST: Olha, eu amo minha irmã, mas às vezes ela confia demais nos outros. A Sarah pode parecer amigável agora, mas tenho um pressentimento ruim sobre ela. Chame isso de intuição ou cinismo ou algo assim, mas ela simplesmente não me parece confiável. Se a Summer não percebe, é problema dela. Espero estar errado, mas não vou correr nenhum risco.

 

*CONFESSIONÁRIO OFF*

 

Mais tarde, com o sol baixo no céu, Xander estava sozinho, num canto qualquer da floresta e com um cigarro na mão. Ao lado dele, tinha uma garrafa de vidro completamente vazia.

 

Aproveitando a solidão e quietude. 

 

Até que ouviu um farfalhar das moitas e repentinamente Sarah apareceu.

 

SARAH: Te achei! Ha! Parece que a Elly estava certa. — exclamou com satisfação. — Maconha? Isso é tão retrô, hoje em dia as pessoas usam outras drogas.

 

Ela logo se sentou ao lado do rapaz.

 

XANDER: Sarah? O que diabos você está fazendo aqui?! — falou tossindo com susto. 

 

SARAH: Eu estava te procurando, duh. Eu sabia que você estaria em algum canto da floresta fumando escondido do Alex. 

 

XANDER: Ugh! A Elly me dedurou? Ela vai se ver comigo.

 

SARAH: Ela não te dedurou. Eu sou a namorada dela. Eu tenho direito a saber tudo que ela sabe. Não é como se ela tivesse contado para uma pessoa estranha.

 

Xander revirou os olhos.

 

XANDER: O que você quer? 

 

SARAH: Eu preciso do seu voto, é claro. Elly e eu já conversamos com outras pessoas, mas tenho medo de que elas são… instáveis. Então eu preciso garantir mais votos. Logo eu vim falar com você e a Elly está conversando com o Alex.

 

Essa última frase fez o rapaz quase ter um troço.

 

XANDER: A Elly está fazendo o quê?!

 

SARAH: Relaxa, ô, Zé Droguinha. Ela está conversando sobre o voto. Nós não vamos contar sobre você ter fugido do PROERD.

 

O rapaz concordou com a cabeça.

 

SARAH: De qualquer forma, não é como se o Alex não saiba, né? Ele precisa ser muito idiota. Você acha que ele não percebe o seu cheiro de drogado?

 

XANDER: O que os olhos não veem, o coração não sente. 

 

SARAH: Touché. Agora, posso contar com você no voto de hoje?

 

XANDER: Se você e sua namoradinha não me dedurarem, sim. 

 

SARAH: Ótimo.

 

XANDER: Em quem você quer votar mesmo? 

 

A loira se aproximou dele, respondendo num sussurro.

 

*CONFESSIONÁRIO ON*

 

SARAH: Tá, tá, eu sei que vocês em casa devem estar se perguntando por que meu alvo é a Summer. Ela é uma garotinha no canto dela e ela não causa problemas. Ok, mas ela é ruim nos desafios. — falou sem papas na língua. — Se ela fosse minimamente decente, eu tentaria recrutá-la para uma aliança. Mas fizemos dois desafios e ela foi inútil em ambos. Até o irmão irritante dela é mais valioso. — ela segurou o nariz e suspirou. — Eu preciso deixar a equipe forte e evitar a Cerimônia de Eliminação. Eu quero minimizar minhas chances de ser eliminada.

 

*CONFESSIONÁRIO OFF*

 

Os oito membros dos Guaxinins Indomáveis subiam a escadaria para o andar principal da casa da árvore. A luz fraca da lua iluminava o cenário.

 

O apresentador, Chris McLean, ficou satisfeito ao ver os oito sentados nos tocos de madeira. Ele então pegou uma travessa com sete marshmallows e iniciou seu discurso.

CHRIS: Sejam bem-vindos, Guaxinins, a sua primeira cerimônia de eliminação. Aqui é o lugar do jogo onde vocês não querem estar, pois se estão aqui, significa que estão em risco de serem eliminados. Em minhas mãos, tenho uma travessa com marshmallows. Estes marshmallows representam vida neste programa. Se você recebe um marshmallow, você está salvo. Caso contrário, você deve descer as escadas, ir até a praia e embarcar no Barco dos Perdedores. — ele explicou com seriedade. — Vocês sabem, o de sempre. 

Os campistas se entreolharam.

CHRIS: Pois bem, podem votar! 

*CABINE DE VOTAÇÃO ON*

ELLY: Eu espero que todo mundo faça o combinado. Mas conhecendo esse povo, eu duvido. — suspirou e escreveu o nome de Summer no papel.

SUMMER: Hoje eu voto na Becky. Ela é quem eu menos conheço das meninas, já que ela dorme junto com os rapazes. E hm, ela ficou de fora de parte do desafio, tudo bem que foi por quê ela foi eletrocutada, mas eu não consigo achar nenhum motivo melhor para votar em outra pessoa. — escreveu o nome de Becky rapidamente.

*CABINE DE VOTAÇÃO OFF*

CHRIS: Os votos foram feitos. É hora então, da distribuição de marshmallows. O primeiro marshmallow pertence à… Alex!

O rapaz dá um soquinho no ar, de comemoração, e pega seu doce.

CHRIS: Também tenho marshmallows para Xander, Danny e Elly!

Cada um deles coleta seu marshmallow.

CHRIS: Forrest, você também está salvo.

O menino fica ligeiramente surpreso por não ter recebido votos, mas logo pega seu doce.

CHRIS: O próximo marshmallow vai para… Sarah! 

Ela calmamente se levanta, vai até a travessa e toma um marshmallow para si. Então ela retorna ao seu assento.

CHRIS: Becky e Summer. Eu tenho duas campistas e um marshmallow. Qual delas vai seguir na competi-

DANNY: Espera aí! Quem votou na minha princesa? Hein? Fala se for homem! 

Ele se levantou do assento e começou a gritar, para ninguém em particular.

DANNY: Quem votou na minha Becky vai se ver comigo.

Summer fechou um dos olhos, com medo de levar um soco. E também orando esperançosamente pela sua permanência no programa.

CHRIS: Senta aí, ô Romeu do Paraguai. Fica relaxado. — ordenou. 

Então, Danny acatou a ordem e se sentou novamente. Becky acariciou o braço do namorado.

CHRIS: Não precisa choramingar, até porque sua namorada continua no programa. — jogou o marshmallow na direção de Becky. — Foi mal, Summer, mas você foi chutada. 

Danny deu um abraço de urso em sua namorada, ao passo que Summer pendeu os ombros. Seu irmão colocou uma mão nas costas, tentando consolá-la. 

Sarah e Elly trocaram um olhar e sorriram de canto de boca.

Summer virou para seu irmão.

SUMMER: Foi mal, Forrest. Eu pensei que ia durar mais tempo com você. — falou com a voz estranhamente aguda de emoção.

FORREST: Está tudo bem. Pelo menos o acampamento vai ficar mais bonito sem sua cara feia por aqui. — retrucou, mas com um sorriso triste.

SUMMER: Tente não dormir demais e perder todos os desafios. — rebateu.

Os dois terminaram a troca de farpas com um abraço. Logo, Summer desceu a escadaria.

Então, o apresentador mirou a câmera.

CHRIS: Ah, o amor fraterno. Existe algo mais lindo? Sim! Mais um episódio de Drama Total. Que vocês poderão ter aqui, no mesmo canal e no mesmo horário. Não percam a continuação dessa temporada, no próximo episódio de Drama Total em Dose Dupla!




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Notas finais do capítulo

Bem, tivemos a segunda eliminação. O que acharam da Summer?

Os personagens de Summer e Forrest foram inspirados nos irmãos Katara e Sokka de Avatar: A Lenda de Aang. Pelo menos em aparência e no backstory de serem indígenas órfãos (embora Katara e Sokka ainda tenham o pai). Enfim, eu também quis trazer personagens com nomes que remetiam a natureza, então Summer = Verão e Forrest = Floresta, embora escrito um pouco diferente.

Por fim, como Forrest vai lidar com o jogo sem sua irmã? Sigam lendo para descobrir!

Por favor, deixe um comentário! Até a próxima!



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