Quinta era escrita por Sora Inu


Capítulo 1
Tudo que já escrevi




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Paço municipal de SBC - 20:00h
Sexta feira 06/07/2018


Guilherme (24):
Está na calçada, beirando a rua, olhando para as pessoas que estavam ali, bebendo,
fumando, conversando.
—(Argh)... Cadê ela? -E olha para os lados procurando.


Ao longe ele vê a garota vindo, estava chegando sozinha, então, ele correu até ela.


Sabrina (19):
Vinha em direção ao espaço aberto, quando viu Guilherme correndo em sua direção,
mudou o caminho para ir ao seu encontro.


Ao chegarem um no outro, não teve palavras, apenas um sorriso sem graça por
parte dos dois é um abraço.


**


A cena congela.
Voz ao fundo:
—Eu tenho dó de quem for animar isso aqui hahaha. Vamos parar a cena um pouco
aqui; você não esperava que essa história fosse uma narração, não é verdade? Mas
vamos ao que importa, você está vendo aquele merda ali, abraçando a garota... A
garota maravilhosa, olha que linda... Droga, quase me perdi, voltando, aquele cara
ali, ele é o meu "corpo". Meu nome é Sora e eu vivo dentro dele. Ele me empresta o
corpo e em troca eu permito ele usar a energia demoníaca de mim. Sim, eu sou um
demônio. Voltando para a história, ela começa aqui.


**


A cena volta a passar


Guilherme:
—Cuidado. -Diz puxando Sabrina para trás, ele ouve um grito dela.
Uma linha negra passou no local onde ela estava cortando tudo em seu caminho,
desde o chão até as nuvens.
—Você está bem?


Sabrina:
—Não. -Solta, quase em um grito. -Minha perna... -Um pouco ofegante ao falar.


Guilherme:
Olha para a perna dela e vê que foi cortada. -Ah, Droga... Eu resolvo, calma. -
Guilherme ainda abraçado com a garota, segura ela apenas com o braço esquerdo e
coloca a mão direita em sua na coxa. Os olhos do garoto começam a ficar negros, o
sangramento na perna de Sabrina para e é substituído por uma "Nuvem" negra, que
liga a perna dela com a parte decepada, puxando de volta e ligando as partes, como
se nunca tivesse acontecido nada.
—Está doendo ainda?


Sabrina:
Mais assustada do que antes. -É... Não, está tudo bem. O que está acontecendo?


Guilherme:
—Eu... -Guilherme para de falar e troca de posição com Sabrina, colocando suas
costas, onde havia nascido asas, na frente dos projetis que foram lançados na
direção de Sabrina, os projeteis apenas se quebraram ao bater nas asas.
—Vamos sair daqui. -Fala abraçando-a com força e batendo no chão as asas com
força o suficiente para jogar os dois uns 3 metros de altura, o que ele utiliza para
pegar impulso e voar.


**


Sora:
—Tenho certeza que você está gostando até aqui, mas vamos lá, existe alguns
problemas, o Guilherme não tem o corpo forte o suficiente para usar a minha
energia por muito tempo ou com muita força. Ele está aprendendo ainda a controlar
e se ele exagera, ele acaba se prejudicando de alguma forma. Ele ali voando com a
Sabrina, que por sinal é linda... Continuando, ele ali voando é algo bem fora do
comum, ele nunca tinha conseguido controlar energia para criar asas, mas eu já
tinha dito que ela possível, ele sempre desmaiava antes de conseguir. Nesse
momento você já deve estar achando que ele gosta dela. Vou dar spoiler hahaha.
Sim, ele gosta dela. Vamos continuar por mais um pouco.


**


Guilherme:
Voou até o alto de um prédio, onde dispersou toda aquela energia negra, seu corpo
estava soando muito e ele estava ofegante, claramente esgotado.
—Acho que aqui está tudo bem.


Sabrina:
—O que está acontecendo? -Perguntou ainda assustada, quase sem reações.


Guilherme:
Caiu de joelhos, ainda ofegante e tossindo.
—Eu não sei, é você que estão atacando, me diz você o que está acontecendo...


Sabrina:
—Como eu vou saber? E você, o que você é?


Guilherme:
—Você tem certeza que não sabe? Acho que você devia estar muito mais assustada
do que isso... Parece que você já está acostumada com demônios...


Sabrina:
Cruzou os braços e virou de costas.
—Eu conheço um pouco sobre, só isso.


Guilherme:
—Tá, não é hora de discutir isso, eu ainda tenho que saber como te deixar a salvo.
Levantou, ainda curvado o corpo pelo cansaço.
—Você fez algum...
Foi interrompido por um projétil que acertou suas costas com força o suficiente
para atravessar o corpo e sair pelo seu peito. Sem pensar, arrancou o projétil de seu
corpo, correu e abraçou Sabrina novamente, chegou na beira do prédio e já jogando
seu corpo, dobrou os joelhos para usar aquilo de impulso e ter um disparo do seu
corpo.


**


Sora:
—Olha o que aquele imbecil está fazendo.... Puta merda mano...
Vamos pensar um pouco, ele já está esgotado, não devia usar mais nada da minha
energia, porém ainda assim ele está prestes a dar uma explosão pelas pernas, vai
ser obrigado a criar asas, e outra, para onde ele está indo? Eu odeio quando ele age
assim sem pensar, e tudo porque ele gosta dessa menina...
Nem ele mesmo sabe as respostas, mas estava prestes a agir...
Agora vamos para um outro problema, a garota... Um corpo humano não iria
aguentar ser disparado dessa forma, no ar existe pequenos artefatos que em uma
velocidade muito grande, ganham força para atravessar um corpo, e não só isso a
pressão, o impacto...
Ele ia matar essa humana... Bom, eu Sora, gostei dela também, não posso negar, e
como devem ter percebido, eu posso usar minha energia para além do corpo do
Guilherme, existem condições, mas não vem ao caso agora, então, eu envolvi ela em
minha energia...
Não da maneira que eu queria, droga...
Continuando, foi da maneira necessária para que o impacto não destruísse os seus
órgãos. Não deixei o Guilherme criar asas também, eu criei uma esfera em volta dos
dois assim que ele pulou, infelizmente as pernas dele foram bem feridas com isso,
mas eu resolvo depois, e para onde iriam? Bom, isso eu não tinha como mudar...
Vamos continuar acompanhando os acontecimentos.


**


Guilherme (Em pensamento):
—Se eu apenas impulsionar tanta energia nessa parede ela vai ruir e eu não vou sair
do lugar... O que eu faço... Já estou caindo... Droga... Acho que eu falhei...


Sora (Na cabeça do Guilherme):
—Faz, eu seguro a parede, vai dar tempo de você ser impulsionado, vai explodir tudo,
mas vai funcionar.
Guilherme (Em pensamento):
—Tá, vamos.
Suas pernas ficaram cobertas pela nuvem negra, e ao ficar completamente na
horizontal ele se impulsiona. O barulho criado é imenso e ensurdecedor, uma
explosão de ar racha as estruturas de construções próximas ao prédio que estava, e
a cobertura daquele prédio, foi pulverizada.


**


Sora:
—Aquilo foi a fuga mais bonita que eu vi em anos!! Há tempos não via uma dispersão
de energia tão grande, nem mesmo para atacar... Sabe, o Guilherme sempre perde
as noções de o que pode suportar...


Estou certo que nessa hora você já deve ter se perguntado, “ahh, mas você não é um
demônio?” ... Até revirei os olhos aqui, fora a voz de bosta que fiz para te imitar...
Sim... Eu sou!! Maaas agora uma lição para você, demônios não são maus... Você
foi ensinado assim... Demônios são uma raça, assim como humana, e temos os
maus e os bons, assim como todas as outras.
Eu já fui um arcanjo, e hoje sou um demônio, mas não vem ao caso, apenas saiba
que nem todos são ruins. ABRE SUA MENTE PARA A VIDA!


Enfim, voltando... Do que eu estava falando mesmo? Ah sim, claro, a imagem... A
imagem. O Guilherme deu aquela explosão de energia, mas... Ele não tinha mais
como suportar o desgaste em seu corpo, eu protegi o corpo de Sabrina, é assim que
o Guilherme desmaiou, eu criei uma esfera de energia ao redor dos dois, assim eles
podiam suportar o impacto, não se separarem, e não acontecer nada caso eles
batessem, o que aconteceu bastante, em alguma coisa. Vamos ver mais um pouco
disso aí.


**


Guilherme:
Após o impulso, desmaiou e o corpo da Sabrina e dele foram envolvidos em uma
esfera de energia, essa esfera se provou resistente o suficiente para destruir
qualquer obstáculo a frente sem sofrer impacto. A distância percorrida foi enorme,
demorou uns 2 minutos em uma velocidade absurda para que chegassem ao chão e
assim como um meteoro caindo, fez um estrago enorme quando encostou no solo.
A aterrissagem foi em algo que parecia uma praia, a esfera se desfez e estavam em
uma cratera, o garoto deitado de barriga pra cima, como se tivesse dormindo, e a
garota estava deitada por cima, porém Guilherme estava desmaiado e Sabrina em
choque, sem ter reações, de repente desmaiou por cima do corpo do garoto.


**


Sora:
—Sim, foi eu quem apaguei ela, melhor do que deixar ela em choque ali, não
reclamem, vocês não tem ideia melhor.
Olhando bem ali, até que eles formam um casal bonitinho, mas me parece uma
história bem clichê, um demônio é uma mortal... Tenho certeza que você já leu ou
assistiu isso antes...
MAS!!!! Não fecha essa porra de livro ainda (ou filme, sei lá como você está vendo
essa história, eu sinceramente preferi ter vivido, mas como não vai dar pra você
fazer isso... Aliás, só se fizerem um jogo, seria sensacional!!!! Caralho, alôo Konami!!
Capcom!! Alguma qualquer aí, me faz um jogo hahahaha) ... Parecia ser uma história
clichê, mas.... A desgraçada linda ali, não é humana.... Vamos continuar.


**


Algumas horas depois, o sol estava nascendo já.
Sabrina:
Acorda, se levanta e olha para o alto da cratera em que estavam. (Em pensamento):
—Um demônio... -Volta a olhar para Guilherme. -Por que ele está me protegendo, não
sei se devo confiar, não faz parte do ciclo natural... Mas ele parece tão sincero em
tudo...
A garota anda até um pouco atrás da cabeça do Guilherme (em pensamento):
—Bom, vamos ver o que acontece.
—Guilherme, Acorda seu preguiçoso! -Fala se inclinando para que ele pudesse ver o
rosto dela ao acordar.


Guilherme;
Abre os olhos e vê o sol que o cega por alguns segundos, e em seguida vê a garota
que havia se inclinado sobre ele.
—É tão bom quando posso sonhar com você. -Fala ainda meio adormecido.


Sabrina:
—Mas isso não é um sonho. -Fala voltando a ficar com o corpo reto.


Guilherme:
Acorda em um pulo que o já deixa sentado.
—Que? Sabrina? O que... O que você está fazendo aqui?


Sabrina:
Se assusta, porém fecha os olhos e abre um lindo sorriso.
—Você me trouxe para cá, alias... Você sonha comigo? -Quase gargalhando.


Guilherme:
Fica completamente constrangido, mas finge que não, e meio que ignorando ela,
tentando mudar o assunto olha ao redor e vê que estão em uma cratera.
—Parece que vai ser difícil sair daqui. -Apoiando as mãos no chão para se levantar.
Ao se apoiar na perna expressa um pequeno grunhido, e quase cai.


Sabrina:
—Você está bem? -Fala segurando o braço do garoto para que ele não caia.


Guilherme:
Olha para ela.


**


Sora:
—Olha pro brilho no olho desse infeliz... haha
Sabe nem disfarçar, eu não acredito...
Ele nunca quis que ela soubesse o que ele gosta dela, ele tem medo que ela vá em
bora, sempre que eu questionava ele sobre essa garota a resposta era a mesma, "Eu
não posso obrigar ela a me amar", e eu falava que, não precisava obrigar ela, era só
contar para ela... "Eu não quero que ela se afaste, deixa ela aqui como minha amiga,
eu não preciso de mais que isso, eu preciso ver ela bem. Eu estou aqui, rodeando-a
com o meu amor, e torcendo pela felicidade dela". Sabe, apesar de ele ser um idiota,
eu admiro muito ele, é o melhor idiota que eu já tive a honra de conhecer.
Mas, então... Lembra que o Guilherme fodeu as pernas? né...
O mais incrível é que ele realmente se faz de forte... Vocês não tem noção do quanto
de raiva e admiração eu tenho por esse monte de lixo, ele se esforça mais do que
devia para fazer aquela garota não ter medo...
Vocês vão entender, vamos continuar.

 


**


Guilherme:
—Droga, as pernas, tá... Tudo bem, eu consigo.(Em pensamento)
—Eu estou bem, só acho que ainda estou meio tonto pela... É... Viagem. -Falou
enquanto mudava a expressão de dor para um sorriso confiante ao mesmo tempo
em que se levantava.
(Em pensamento):
—Desculpa Sora, você vai precisar se esforçar dessa vez, mesmo com as pernas
destruídas eu preciso ficar de pé.


Sabrina:
Abraçou o garoto.
—Então, o que vamos fazer?


Guilherme:
Confuso e meio estático pela surpresa do abraço:
—É... É... -Respira, fecha os olhos e retribui o abraço. -Eu não sei ao certo, mas vamos
sair desse buraco antes de qualquer coisa.


Sabrina:
Solta ele, sorri.
—Ótima ideia, então, vamos?


Guilherme:
começa a andar em direção as paredes e subir nelas, apesar de estar se desfazendo
por ser uma areia fina, ela estava consistente o suficiente para ser escalada com um
pouco de esforço.
—Parece que vai dar para subir, vamos!


Sabrina:
Acompanha a ideia e começa a tentar escalar a parede.
—Essa ideia até parece boa, mas não sei se vai dar certo.
Diz ao escorregar algumas vezes e não conseguir sair do lugar.


Guilherme:
—Vai tentando, você consegue, eu sei disso.
Escorregando um pouco na areia também, mas consegue ir subindo aos poucos.


Sabrina:
—Tá, eu vou.
Fala com um olhar destemido e subindo novamente, mas dessa vez conseguindo ir
aos poucos assim como o garoto estava indo.


**


Sora:
—Ainda bem que deu para eles subirem ali, se não o Guilherme ia querer sair voando,
o que não está em condições...Pelo menos eles saíram de lá, sabe... Eu acho que
essa é a parte chata, quero dizer... Olha bem, eles vão descobrir que estão na praia
de uma ilha qualquer, e basicamente vão andar mata a dentro até encontrarem um
templo, durante o caminho eles procuram comida, se assustam com barulhos que
não são nada de mais onde o Guilherme protege Sabrina, conversam sobre nada
onde termina em risadas, acham um rio onde, se divertem, brincam, eles começam a
se aproximar muito um do outro de uma maneira linda, como em um filme...
Vamos pensar assim, coloca uma música, tipo... "You'll Be In My Heart -Phil Collins"
ou em português "No meu coração você vai sempre estar -Ed Motta".
Plágio do Tarzan? talvez, mas isso é um problema de direitos autorais pra quem for
ter que animar isso, pra mim não muda nada. boa sorte haha.
Então, passando essa música você imagina eles tendo todas essas cenas, tenho
certeza que você consegue, até por que, foi tão lindinho de ver, acho que você não
quer perder.
Enfim, chegando no templo, eu vou deixar que a história continue.


**


Sabrina:
—Que lindo! Olha o tamanho desse lugar, o que será que é?
Fala, toda animada e olhando com brilho nos olhos aquela enorme construção.


Guilherme:
—Ca... Ra... Lho!! -Fala pausadamente surpreso. -É o templo de Uriel.
Colocando a mão na boca.
—Caralho Sora, quem é Uriel? Porque eu sei disso? (Em pensamento).


Sabrina:
—Uriel? O arcanjo da morte?
Olha para Guilherme mais surpresa ainda enquanto pergunta.


Guilherme:
—Sim.
responde indo em direção a entrada do templo.


Sora (Na mente do Guilherme):
—Uriel é um dos meus irmãos que eu matei... Isso não é bom, Gabriel vai saber que
estamos aqui, fica perto da Sabrina.


Guilherme:
—Que? -Fala em voz alta.


Sabrina:
—Aconteceu algo? -Olhando para ele.


Guilherme:
Com as duas mãos em frente ao peito e palmas para fora acenando.
—Ah, Não, não. -Colocando a mão esquerda na nuca e ainda acenando com a direita. -
Eu só pensei um pouco alto. -Ele olha para o alto do templo.


Sabrina:
—Vamos entrar e ver o que tem lá dentro!
Fala já correndo em direção a entrada


Guilherme:
—É! Isso aí, vamos lá...
Fala baixo e desanimado, Sabrina não ouve suas palavras, já estava longe.
—Parece que minhas pernas estão boas já, ótimo trabalho Sora.
Fala andando em direção da entrada do templo. Ao chegar, vê a garota parada
encarando uma porta enorme.
—Que lindos desenhos. -Fala com um brilho no olho.


Sabrina:
—Tubarões, são tão lindos.
Com o mesmo brilho no olho de Guilherme.


**


Sora:
—Uma pausa aqui, para explicar umas coisas dessa porta.
Uriel, arcanjo de luz e comissário da morte. É complicado, não o matei por mal, só
que ele quis defender Gabriel quando eu fui fazer uma visita no céu...
Enfim, essa porta é uma das suas armadilhas, ninguém deve entrar no templo de um
arcanjo sem ser visitado.
Esta porta mostra para você algumas coisas que você gosta muito, e não consegue
desviar o olhar, e isso com o tempo, te leva até a morte, pois você perde todas as
"necessidades", digamos assim, Você fica travado em um êxtase de prazer com a
visão que não precisa de mais nada, não sente sede, fome, sono, nada...
Mas, temos um bônus com Guilherme... Primeiro que sua mente é confusa, para um
caralho... Segundo que o que ele mais gosta está do lado dele, então né... E por fim,
ela falou.
Ela ter falado sobre tubarões quebrou o êxtase que o Guilherme estava, por que ele
dá mais importância para ela, do que para ele mesmo. Ou seja, ele a ouviu, percebeu
que não era tubarões e se livrou da prisão que estava.


**


Guilherme:
—Tubarões são... Que?
Falou enquanto seus olhos voltavam ao normal.
—Tubarões? -Virando sua cabeça para ver Sabrina. -Não é isso que tem nessa porta.
Volta a olhar para a porta, vendo ela normal, uma enorme porta de madeira.
—Sabrina, vamos abrir isso e entrar, vem!


Sabrina:
—Tubarões, são tão lindos.
Ainda sem desviar o olhar da porta.


Guilherme:
—Que? Sai dessa... Vamos!
pega em seus ombros e entra na frente de seus olhos, mas ela desvia dele para
continuar olhando a porta.
—Ah, então essa porta é o problema? Tudo bem então. Me desculpa por isso Sora.


**


Sora:
—Eu já disse que odeio esse filho da puta? Eu tinha acabado de conseguir curar cem
por cento as pernas dele, e o que ele faz? Destroça a porra do braço... É um
desgraçado mesmo...


**


Guilherme:
Olha para o braço, respira fundo, fecha os olhos.
—Tá bom, vamos lá, isso vai doer, mas eu suporto. -Começa a criar a energia negra
em seu braço. -Eu suporto. -Abre os olhos. -Eu suporto. -Puxa o braço para trás, se
posicionando para um soco. -Eu suporto. -Leva o ataque adiante, indo em direção a
porta. -Por ela! -Acerta a porta, a energia se acumula após o acerto e cria um brilho
enorme que vai se concentrando no local onde acertou, ao sumir, cria uma explosão
gigantesca fazendo com que a porta comece a rachar e se desfazer em pedaços ao
chão.


Sabrina:
Um pouco confusa e tonta quase cai, porém Guilherme a segura em um abraço.
—O que houve?


Guilherme:
Fala com um sorriso no rosto.
—Nada, está tudo bem, eu estou aqui.
Sabrina sorri e desmaia.


Sora:
—Ela ficou um pouco esgotada com isso.


Guilherme:
—Sim, pelo menos ela descansa um pouco. E meu braço, você consegue fazer algo?


Sora:
—Consigo deixar ele no lugar, mas vai demorar para se recuperar, seu corpo ainda
está fraco, hoje parece que você está tentando se matar.


Guilherme:
—Eu sei, eu sei... Mas é uma boa causa, enfim, temos ainda o braço esquerdo e agora
as pernas estão boas, acho que da para se virar com isso, afinal, Uriel não está mais
aqui, então temos um certo tempo livre.


Sora:
—Mais ou menos, não se esquece que ainda pode ter diversas armadilhas dentro do
templo, acho que era melhor ir embora.


Guilherme:
—E como eu explico para ela isso?


Sora:
—Não explica, você não deve explicações para ela, ela é só uma pessoa.


Guilherme:
—Não é bem assim, você não sente nenhuma ligação com ela?


Sora:
—Não.


**


Sora:
—Na verdade, é estranho, ela tem uma energia nela, só que é muito distante, é como
se algo bem lá no fundo da sua alma estivesse querendo aparecer de volta, mas é
impedido...Eu não sei ao certo, mas não quero que isso seja entendido pelo
Guilherme.


*


Guilherme:
—Bom, consigo usar o braço para puxar ela até aquelas arvores? lá vai ser mais
seguro.


Sora:
—Você pode tentar, eu não garanto nada.


Guilherme:
—Inutil...


**


Sora:
—Vamos deixar a cena rolando ali de fundo, afinal, não acontece nada de mais, o
Guilherme leva a garota para uma sombra, senta do lado dela e fica ali, olhando ao
redor, esperando que nenhum animal selvagem apareça. E, alerta de spoiler, não
aparece nada. Mas também, não foi por isso que eu vim falar com vocês, estava eu
pensando aqui, que tal um joguinho, quem acha que o Guilherme morre levanta a
mão. o/ ... Brincadeira, vamos lá poxa, quero todos vocês rindo, pelo menos a gente
se distrai um pouco enquanto está tudo um tédio... isso dura algumas horas, pelo
menos foi tempo para o braço ficar melhor, já dava para mexer quando ela acordou.


***


Guilherme:
—Eu estou com tanto sono... Acho que o Sora pode cuidar das coisas aqui se eu
dormir... Será?
Falou enquanto se deitava e quase instantaneamente dormiu. Os dois haviam
dormido, e ao acordarem estavam abraçados, de frente, seus rostos estavam tão
perto que seus nariz atravessaram um ao outro e suas bocas estavam quase
encostadas, acordam os dois ao mesmo tempo, ainda meio tontos, riem e fecham
os olhos sem se mexerem, após alguns segundos percebem acordam assustados e
se afastam.
—Desculpa. - Virado de costas para a garota.


Sabrina:
Escondendo o rosto com as mãos e constrangida.
—Tudo bem.


Guilherme:
Se levanta e vai até a garota, que está abaixada de costas, a abraça.
—Você está bem?


Sabrina:
Solta os braços de Guilherme, se levanta, vira e o abraça.
—Está tudo bem.


Sora (Só para Guilherme):
—Parece que ela gosta de você.


Guilherme (Só para Sora):
—Cala a boca.
E abraça forte a garota.


Guilherme:
—Vamos mesmo entrar nisso ai?


Sabrina:
Se solta dos braços de Guilherme e anda até a entrada do templo, olha para cima,
vendo as estruturas, altas.
—Eu sinto que eu preciso, tem algo me chamando lá dentro.


Guilherme:
—Bom, se é isso que você quer, vamos!


Sabrina:
—Você acha que tem algum problema a gente entrar?


Guilherme:
Com as mãos abertas em frente ao peito acenando como negativa.
—Não, não é isso, é só que não sei quais armadilhas Uriel deixou lá dentro e eu não
quero que se machuque.
durante a fala vai seguindo o movimento de baixar o braço direito e levar o esquerdo
até a nuca, onde finge coça-la e abaixa a cabeça, terminando a frase olhando para o
chão.


Sabrina:
Se aproxima do garoto, coloca as mãos nas bochechas dele, ergue sua cabeça e
olha em seus olhos.
—Não se preocupa, não importa o que tenha lá, vamos juntos enfrentar o que for!


Guilherme:
Sem reação, olhando nos olhos da garota, apenas consegue concordar com a
cabeça, mas ainda sim não fala nada.


****


Sora:
—É... Eu não tinha reação também... Nessa hora ela pegou até mesmo a mim de
surpresa, mas pelo menos agora eu sabia que podia confiar nela, o que é ótimo,
posso dar mais atenção aos ferimentos do corpo do Guilherme e focar mais ao
redor, para proteger ele.


****


Guilherme:
Olha de banda para o templo, pois não quer tirar as mãos de Sabrina de seu rosto.
—Então, vamos entrar?


Sabrina:
—Já era para estarmos lá.
Soltando guilherme e indo em direção ao templo.


Guilherme:
—Me espera.
Correndo atrás dela.


Sabrina:
Ao perceber Guilherme correndo atrás dela, corre também.
—Eu chego lá primeiro.


***


Sora:
—Esses dois filhos da puta acham que são adolescentes no intervalo da escola,
correndo que nem imbecis... Vou até parar a cena, mas imagina aqueles finais de
anime onde saem correndo os personagens, felizes e a cena trava em um pulo, fica
meio embasada, exceto os personagens principais e da para ouvir risadas ao fundo
enquanto entra a musica, neste caso, coloca "Simple and Clean - Utada Hikaru" (De
novo, alguém ai se vira com os direitos autorais, não é problema meu). Apesar da
atitude infantil deles, eu aceito que façam neste momento, até porque os dois estão
relaxados, perderam o medo e estão se aproximando. E bom, vamos parar um
pouco aqui, acho que é um ótimo momento para fazermos uma pausa, você ir
buscar pipoca, um refrigerante, ou quem sabe, olhar para fora da janela do ônibus e
perceber que você perdeu o seu ponto distraído lendo esse livro, vendo esse filme,
ou sei lá o que fizeram com isso hahahaha...


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