Devil Slayer Chronicles escrita por Aquele cara lá


Capítulo 5
Devaneios amorosos




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Kuzuha, Excalibur e Noelle estão em uma barraquinha, comendo crepes. O delinquente está vestindo uma camiseta regata preta, uma jaqueta vermelha aberta, calças jeans, tênis preto e com um óculos de sol na cabeça. A jovem está com seu cabelo amarrado em rabo de cavalo com um laço vermelho, usando uma camiseta branca pequena, mostrando sua barriga, com uma jaqueta azul amarrada na cintura, uma mini saia xadrez vermelha e preta, sandálias bege, usando uma gargantilha preta com um coração rosa nela e com suas unhas pintadas de azul turquesa, como seus olhos. Há uma grande cicatriz na nuca dela. A empregada só está usando seu vestido normal.

"Não tá derretendo com isso ?" - Kuzuha pergunta.

"Nah, meu vestido é minha roupa de treino." - Excalibur diz.

"Beleza…" - Kuzuha diz, não pretendendo tocar nunca mais no assunto. Ele nota a cicatriz na nuca de sua amiga. "Que parada é essa aí no seu pescoço ?"

"O assunto more aqui." - Noelle diz, séria.

"Relaxa aí. Eu só ia dizer que você tá bonitinha com essa roupa." - Kuzuha diz.

"Achou que eu só tinha o uniforme escolar ? Jamais ia vestir aquilo nesse verão." - Noelle diz.

"Digo o mesmo." - Kuzuha diz. Ele se relaxa mais na cadeira. "Hah… Folga num diazinho calmo desses é uma delícia."

A empregada está maravilhada com seu crepe. "Retiro qualquer coisa de ruim que eu falei de ruim sobre o Japão..."

"É só um crepe." - Kuzuha diz. "Tch. Odeio doce."

"Tá comendo por que então ?!" - Noelle pergunta, brava.

"Porque duas idiotas me arrastaram pra uma barraquinha de crepe no meu DIA DE FOLGA !" - Kuzuha reclama.

"Se não quer, é só me dar !" - Excalibur diz, brava. Em uma grande mordida, ela come o crepe inteiro do delinquente.

"TÁ DE BRINCADEIRA-" - Kuzuha diz, se interrompendo. "Honestamente, isso foi impressionante demais pra eu ficar puto com você."

"Não é só um crepe !" - Noelle diz, brava. "Como ousa chamar uma das criações mais perfeitas da culinária de apenas 'só um crepe' ?!"

"Porque é só um crepe… ?" - Kuzuha diz, confuso.

"Nunca mais ouse falar do meu paraíso de sabores assim !" - Excalibur diz.

O delinquente respira fundo, considerando simplesmente ignorar a conversa.

"Quero que ouse chamar o meu alimento de banal novamente, seu idiot puant !" - Noelle diz.

Kuzuha limpa sua garganta. "É ! SÓ ! A ! DROGA ! DE ! UM ! CREPE !"

"Perdoe-me." - ??? diz.

O trio se vira e vê um jovem de pele pálida com um belo cabelo curto laranja, olhos azul claro, vestindo uma camiseta azul turquesa, um sobretudo chique branco aberto, uma calça também branca, sapatos chiques pretos, usando luvas também pretas, uma gravata amarela, com uma tatuagem em seu pescoço escrita '666' e segurando um guarda-chuva preto.

"Poderia, por favor, ser menos indelicado com estas belas damas ?" - O jovem pergunta.

"Finalmente, alguém que não é insensato." - Noelle diz.

"Tch. É só você, Alucard." - Kuzuha diz, com um tom de desgosto. "Some da minha vista, burguês safado. A gente não quer nada com você."

"Não me recordo de ter apresentado minha pessoa a um mero troglodita." - Alucard diz. "Mas como a pessoa importante que sou, é raro não me conhecerem."

"Bu-Bu-Bu-Bu-Bu !" - Kuzuha diz.

"Como ?" - Alucard diz, confuso.

"Pô, foi mal. É que meu alarme de bu-bu-bu-bu-burgeses tá apitando." - Kuzuha diz, zombando do jovem.

"Tenha um pouco mais de educação, seu idiot puant !" - Noelle diz, brava.

"Oh ! Francês ?" - Alucard diz, surpreso. "En plus d'être belle, c'est aussi une femme de bon goût." - Ele se ajoelha e beija a mão da jovem.

"Que isso. Ehehehe. Você deve dizer isso pra todas." - Noelle diz, envergonhada.

"Jamais ! Estou falando sério, nunca vi uma dama com tal beleza antes." - Alucard diz. "Seus olhos são como jóias preciosas. Sua voz é como uma agradável canção. Poderia me dar a honra de saber o nome da dama que mexe com meu coração ?"

"O cara rima ? Eu vou vomitar…" - Kuzuha diz, enojado.

"Noelle Vermillion, mas pode me chamar de loirinha, loira, ou sei lá, alguma coisa que eles me chamariam." - Noelle diz.

"Vermilion ?" - Alucard pergunta. "Agora que que mencionou, você não é a filha-"

A jovem interrompe ele imediatamente. "EXATAMENTE. E esse assunto termina aqui."

"Você é importante !?" - Kuzuha pergunta, surpreso.

"O assunto morre aqui !" - Noelle diz, brava.

"Toda essa melação tá fazendo eu perder a fome. Tá afim de vazar ?" - Excalibur sussurra para Kuzuha.

"Daqui a pouco, essas ameaças vão virar ematomas no seu corpo, se você não vazar logo daqui, burguês !" - Kuzuha diz, bravo.

"Posso saber o seu nome ?" - Noelle pergunta, ignorando completamente o delinquente.

"Meu nome é Alucard Von Vladi, mas a madame pode me chamar só de Alucard. Você deve conhecer meu negócio." - Alucard diz.

"Eu conheço, e não curto nem um pouco-" - Kuzuha diz, sendo interrompido por Noelle que dá um soco em sua cabeça.

A jovem limpa sua garganta. "Olha, na verdade, eu sou francesa."

O delinquente solta um suspiro, desapontado. "Minha vida era muito melhor sem essas duas…"

"Eu sei que isso pode ser muito repentino, mas a senhorita gostaria de sair um pouco com a minha pessoa ?" - Alucard pergunta. "Eu sempre acreditei que, ao sair com alguém logo quando o conhece, você passa a entender e conhecer essa pessoa muito melhor. Eu gostaria muito de te conhecer."

"Eu aceito~♥" - Noelle diz.

"O-O quê !? Não ! Ela não aceita !" - Kuzuha diz, surpreso.

"Eu também gostaria de te conhecer melhor, Alucard. Você parece ser uma pessoa muito interessante." - Noelle diz.

"Para de me ignorar !" - Kuzuha diz, bravo.

"Oh, madame ! Não sabe o quão grato estou por ter aceitado o meu convite." - Alucard diz. "Esse é o melhor dia da minha vida-"

O delinquente se levanta, esbarrando nele, põe as mãos nos bolsos de sua calça e dá um olhar sério para Alucard. Os dois começam a se encarar intensamente.

"Fala aí, burguês, o que você quer ?" - Kuzuha pergunta.

"Perdão ? Achei que tinha deixado claro quando disse que gostaria de sair com a madame Noelle." - Alucard diz.

"Não... Eu conheço o seu tipo, você quer alguma coisa." - Kuzuha diz.

"Eu só desejo uma coisa: um pouco de tempo com a madame Noelle." - Alucard diz.

"Kuzuha, para com isso ! Você tá sendo muito babaca agora !" - Noelle diz, brava.

"Fica quieta, loirinha. Esse cara não me cheira a coisa boa." - Kuzuha diz. "Tu tá aprontando alguma coisa, burguês de merda, e eu vou descobrir o que é."

"Eu já lhe disse, troglodita, tudo o que quero é um tempo a sós com a madame Noelle." - Alucard diz. "Agora, eu não deixarei que você difame a madame Noelle à mandando calar a boca !"

"Huh, quer brigar ?" - Kuzuha pergunta.

"Odeio resolver as coisas com os punhos, assim como certos trogloditas, mas caso seja necessário, eu o farei." - Alucard diz.

O delinquente tenta socar o jovem, mas Noelle segura seu punho.

"Me solta, loirinha ! Eu vou arrebentar a cara dele !" - Kuzuha diz, furioso.

"Não vai !" - Noelle diz, brava.

"Essa é nova." - Excalibur diz.

"Se quiser bater nele, vai ter que passar por cima de mim." - Noelle diz.

O delinquente põe sua mão na cabeça dela e solta um suspiro. "Noelle…" - De repente, Kuzuha levanta Noelle pelo pescoço. "Você acha mesmo que eu ligo pra toda essa merda e sentimentalismo ?"

"Solta ela !" - Excalibur diz, brava.

"Solte-a agora, troglodita desgraçado !" - Alucard diz.

"Ugh ! Kuzuha... Tá me apertando !" - Noelle diz, em dor. "É-É sério, tá começando a doer !"

Kuzuha sussurra no ouvido dela. "Não me entenda mal, loirinha. Eu não tô nem aí pra vocês dois. Pensando bem, vamos ver se seu namoradinho ainda vai gostar de você depois que sua cara ficar irreconhecível com uma queimadura de 3° grau 'acidental' ! Gehehehe !" - Ele começa a aproximar sua mão ao rosto dela vagarosamente.

A jovem começa a tremer. "Q-Que frio na espinha ! I-Isso não é tão assustador, mas por que dá tanto medo ?" - Ela olha para o tapa olho dele e se lembra de uma coisa que a diretora disse.

"…sem contar que ele fica estranho, quando o olho abre." - A diretora diz.

O delinquente põe sua mão no rosto da jovem. Silêncio toma o local. Kuzuha a solta, deixando a jovem cair no chão. Ele põe as mãos na cabeça. "Nah, tô nem aí."

"Por alguns segundos, eu jurei que tinha sentido… Não deve ser só impressão minha…" - Alucard pensa.

"Simbora, empregada. Eu vou te mostrar uns lugares com comida boa. Deixa os pombinhos se divertirem juntos." - Kuzuha diz. Ele vai embora.

A empregada o acompanha, animada. "Sério ? Uhu ! Mas vão ter crepes, né ?"

O delinquente solta um suspiro e rola seus olhos. "Sim, vão ter crepes."

"Melhor amigo que poderia existir !" - Excalibur diz.

Kuzuha para de andar. "Só..." - Ele solta um suspiro. "Só não faz nada que você vá se arrepender depois." - Agora o delinquente vai embora.

"Você está bem, madame Noelle ?" - Alucard pergunta.

A jovem concorda. "Sim…"

"Já que a senhorita diz. A propósito, achei um ato muito nobre de sua parte ter ido me defender daquele troglodita." - Alucard diz.

"Não leva ele a sério. No fundo, ele é uma boa pessoa." - Noelle diz.

"Duvido. Covardes que procuram brigas à toa, e com damas ainda por cima, não são boas pessoas." - Alucard diz. "Bom, podemos começar nosso passeio ?"

"Claro~" - Noelle diz.

Algumas horas depois. Kuzuha está sentado em um banco, no shopping, enquanto Excalibur corre inocentemente em volta de uma fonte.

"Whoa ! Eu nunca tinha visto uma fonte dessas, antes ! Que maneira !" - Excalibur diz, maravilhada com a fonte, como uma criancinha com um brinquedo novo.

"Já faz um bom tempo que aqueles dois estão juntos… Aquele cara..." - Kuzuha pensa. "Não ! Para de pensar nele ! Ugh ! Por que é tão difícil assim parar de pensar naqueles idiotas ?! Eu nem gosto da loirinha !"

A empregada está balançando a mão na frente do rosto dele. "Yo~ Tudo legal aí ? Dimensão Terra chamando Kuzuha !"

"O que foi ? Já terminou de brincar na fonte ?" - Kuzuha pergunta, voltando a realidade.

Excalibur põe sua mão em seu queixo, pensativa. "Depois de muita análise, eu cheguei à uma conclusão." - Ela também se senta no banco. "Fontes são chatas !" - A empregada solta um suspiro, entediada. "Não tem nada pra fazer..."

"Aí, empregada. Qual é a desse vestido ?" - Kuzuha pergunta. "Não que seja feio. É só meio… esquisito. Não do jeito ruim."

"Tem alguma coisa normal em mim, cara ?" - Excalibur pergunta. "Eu sou um projeto de ciências bissexual, uma empregada que se veste feito uma gótica, e adoro ser boba. Não sinto absolutamente nenhuma vergonha de ser eu mesma."

"Epa ! Projeto de ciências !?" - Kuzuha pergunta, surpreso.

"Loirinha não te contou ?" - Excalibur pergunta. "Vish ! Então ignora. Se ela não falou, eu é que não vou."

"Vai sim !" - Kuzuha diz. "Não vai me deixar pensando nisso o dia todo !"

A empregada pisca para ele. "Ehe~♥"

"'Ehe' o cacete !" - Kuzuha diz, bravo.

"Mudando de assunto. Por que tá com ciúminho dos dois ?" - Excalibur pergunta, provocando seu amigo.

"E-Eu !? Pfft ! Até parece ! Imagina ! EU, sentindo ciúme de alguém ? Ha ! Eu nem gosto da Noelle !" - Kuzuha diz, nervoso.

"Sei~" - Excalibur diz.

"É sério !" - Kuzuha diz.

"Ei ! Vamos comer mais crepes ! Eu quero do meu preferido, o de morango !" - Excalibur diz.

"…É o único sabor de crepe que você conhece..." - Kuzuha diz.

"Eh !? Tem outro sabor além de morango !?" - Excalibur pergunta, surpresa. Ela começa a balançar seu amigo. "Eu quero ! Eu quero ! Eu quero ! Eu quero agora ! Por favooor !"

"Às vezes, eu me pergunto se você é mesmo mais velha que eu..." - Kuzuha diz. Ele solta um suspiro, se preparando para o inevitável. "…Vamos…"

A empregada puxa ele pelo braço, animada. "Simbora !"

Em uma cafeteria, na cidade. Noelle e Alucard estão sentados em uma mesa, na sombra.

"Então eu disse: 'Me desculpe, senhorita, mas aqui não é a loja de CDs.'" - Alucard diz.

"Ahahaha ! Alucard, você é hilário." - Noelle diz.

"Eu acho que estou sendo um pouco mesquinho, só contando sobre mim. Gostaria que você me dissesse mais sobre a senhorita." - Alucard diz.

"Não, você não tá sendo mesquinho ! Eu tô adorando te escutar. E nem tenho muita coisa pra falar sobre mim." - Noelle diz.

"E-Eu estou pressionando você ? Desculpe, não foi a minha intenção ! Se não quiser falar sobre você, tudo bem, eu entendo." - Alucard diz, preocupado.

"Não, Alucard, não é isso ! É que eu acho as suas histórias incríveis ! Você é divertido, inteligente, engraçado e educado." - Noelle diz.

O jovem fica vermelho. "M-Muito obrigado, madame Noelle." - Ele se lembra de algo e põe a mão no bolso. "Sabe, madame Noelle, sei que é um pouco cedo para esse tipo de coisa, mas…" - Alucard tira um anel de prata, com alguns cristais rosas encrustados nele, do bolso. "…aceitaria este humilde presente ?"

"N-Nossa, Alucard, ele é lindo…" - Noelle diz, maravilhada. "Tem mesmo certeza de que quer dar ele a mim ?"

"Besteira ! Quando se trata de ter certeza com a minha amada eu nunca erro ! Agora, se me permite." - Alucard diz.

A jovem estende sua mão direita. Alucard põe o anel no dedo anelar dela.

Noelle começa a olhar seu novo anel. "É realmente muito lindo. Eu nunca vi uma pedra preciosa tão bonita assim. O que é ?"

"Isto, minha linda Noelle, são cristais de essência concentrada de Laplum." - Alucard diz.

A jovem inclina sua cabeça, confusa. "Laplum ?"

"É uma flor extremamente rara que cresce na Irlanda, de onde eu venho." - Alucard diz. "Dizem que em tempos antigos, acreditavam que trazia boa sorte na fortuna e no amor para as pessoas que carregassem uma."

"Mas é claro que é só um mito." - Noelle diz. "Amor não depende de magia, mas sim de esforço."

"Pois é... É só um mero mito…" - Alucard diz. Ele muda de assunto. "Não acha está música agradável ?" - O jovem começa a estalar os dedos ao ritmo da música.

"Sim, ela é bem calma e… e…" - Noelle diz, começando a ficar sonolenta. Ela fecha seus olhos.

"E-Está tudo bem com você, minha amada Noelle ?" - Alucard pergunta.

Noelle abre os olhos, assustada. "…Onde… ? A-Ah, me desculpe ! Acho que a música estava tão relaxante que eu acabei dormindo. Ehehehe… Eu ando bem cansada ultimamente com o Kuzuha."

"Não, não, minha amada Noelle. Por favor, não vamos lembrar de coisas que nos incomodam." - Alucard diz, com um tom suave.

"Ele não é bem um-" - Noelle diz, estranhamente se interrompendo. "Tem razão, eu não deveria ter tocado no nome dele. Me diz, por que você usa esse guarda chuva ?"

"Minha pele é fraca aos raios do sol. Quando fico muito tempo exposto, ela começa a criar algumas bolhas que coçam bastante." - Alucard diz.

"Coitado… Deve ser triste viver assim…" - Noelle diz, com pena de seu amigo.

"Não há nada que o tempo não te faça esquecer. Dor, sofrimento, angústia, alegria, pessoas queridas, amigos, familiares, amores antigos, traições de um amigo, a morte de alguém importante, um troglodita brutamontes grosseiro..." - Alucard diz. "O tempo é como uma câmara cheia de ar, quando está cheia esquece das preocupações e temores, mas quando percebe que esse ar está acabando, você não pode fazer nada que não seja relembrar dos momentos que tinha o que quis."

"Nossa, isso foi profundo. Eu te entendo." - Noelle diz.

"Sabe, minha amada Noelle, desde que meus olhos avistaram sua beleza, eu me contenho para lhe fazer uma pergunta." - Alucard diz.

"Pode falar." - Noelle diz.

"Não sei se soube da notícia, mas estou fazendo um baile muito especial, com convidados íntimos, e gostaria que você fosse." - Alucard diz. "Como acabei de me mudar, não conheço ninguém. Seria ótimo ter alguém familiar para me fazer companhia."

"Eu não sei..." - Noelle diz, pensativa.

O jovem segura a mão dela e olha profundamente em seus olhos. "Sei que é mesquinho, mas eu lhe imploro, minha amada Noelle."

"Eu... Eu… Na verdade, Alucard, eu adoraria ir, mas não tenho nenhum vestido chique." - Noelle diz.

"A senhorita fica bonita com qualquer traje que usa. Mas se esse é o problema, eu faço questão de lhe comprar um imediatamente." - Alucard diz.

"A-Alucard !?" - Noelle diz, surpresa.

"Vamos, minha amada Noelle ?" - Alucard pergunta. Ele se levanta e estende o braço para a jovem, que o agarra.

De volta ao shopping.

O delinquente está carregando a empregada nas costas. Ela parece desnorteada. Ele solta um suspiro. "Eu sabia que não devia ter deixado você comer tantos crepes… Agora teve uma sobrecarga de açúcar e tá acabada."

"Tantos crepes... Ugh ! Minha barriga… ! Eu comi tantos crepes, mas o meu favorito, por enquanto, é o de morango..." - Excalibur diz.

"Você tá ferrada. Sabe que todos esses crepes vão ter que sair de algum jeito, né ?" - Kuzuha diz. Ele olha para o lado e vê Noelle e Alucard saindo de uma loja de roupas. "Empregada, inimigo às doze horas !"

"Como assim-" - Excalibur diz, sendo interrompida por Kuzuha começando a correr.

O delinquente se esconde atrás de algumas plantas. "Olha ali… A loira e o burguês acabaram de sair de uma loja de roupas, e a loirinha tá com uma sacola enorme na mão."

"O que será que é, hein ciumento ?" - Excalibur pergunta.

"Eu não faço a mínima ideia… Grr ! A existência desse cara me dá nos nervos !" - Kuzuha diz, bravo.

"Pois é, ciumento." - Excalibur diz.

"Me chama de ciumento de novo e você vai ver o que eu vou fazer !" - Kuzuha diz.

"Falou alguma coisa ? Não deu pra ouvir com todo esse ciúme." - Excalibur diz, provocando seu amigo.

"Tch. Não vamos discutir agora. O que importa aqui é não deixar a loirinha andar mais com esse cara, e pronto." - Kuzuha diz.

"Beleza, eu te ajudo." - Excalibur diz. "Só pra deixar claro: quem procura, acha."

"Legal, legal. Agora fica quieta. Tô tentando ouvir a conversa." - Kuzuha diz, não prestando atenção em sua amiga.

"Sabe, Alucard, no começo, eu achava que você seria um troglodita idiota, desajeitado, arrogante, burro e arruaceiro, como certas pessoas que conheço, mas agora que passamos esse tempo junto, sei que você não é nada disso." - Noelle diz.

"Com toda certeza, minha amada Noelle." - Alucard diz.

O delinquente permanece em silêncio, um pouco triste.

"O que tá rolando ? Eles já tão se beijando ?" - Excalibur pergunta, impaciente.

Kuzuha permanece em seu silêncio.

"Yo ! Vê se acorda !" - Excalibur diz.

O delinquente acorda de seu transe. "Eh ? Ah ! Eles tão só batendo papo, ou sei lá."

"Ouviu o que não queria, né ? Eu te avisei." - Excalibur diz. "Cê tá legal ?"

"Tô incrível." - Kuzuha diz, forçando um sorriso. "Eu vou acabar com a árvore genealógica daquele burguês !"

"Eh ? Aquela planta acabou de-" - Noelle diz, sendo interrompida por Alucard, que pega sua mão.

"Não se importe com meras distrações banais. Foque apenas em nossa conversa." - Alucard diz.

"C-Certo." - Noelle diz, envergonhada.

"Alguém já disse que o azul dos seus olhos são tão belos quanto um límpido céu sobre o mar ?" - Alucard pergunta.

"Aw, Alucard, que fofo~♥" - Noelle diz.

"Ela quase te ouviu, idiota !" - Excalibur diz, brava. "E não vai bater no cara só porque ele é mais galã que você !"

O delinquente solta um suspiro de desistência. "Você tá certa. Vamos vazar daqui. O casalzinho conseguiu embrulhar meu estômago."

"Sabe, até que eles são fofinhos. Não é mu tipo, mas eles são bonitinhos, juntos." - Excalibur diz.

"Sabe, até que ninguém pediu sua opinião." - Kuzuha diz. Ele se levanta e acaba esbarrando na planta. "D-Droga !" - Antes que o vaso caísse no chão, o delinquente o pega e põe de volta no lugar. Ele solta um suspiro, aliviado. "Cacete, essa foi quase…" - Kuzuha nota o casal olhando para ele. Ele solta um longo suspiro. "...Porra..."

"K-Kuzuha !?" - Noelle diz, surpresa.

"Yo, loira ! Eu fui sequestrada e trazida pra cá contra a minha vontade !" - Excalibur diz.

"Resultou à espionagem ? Por que não estou surpreso ?" - Alucard diz, com um sorriso presunçoso.

"Espionando ? Você ? Nah, eu não ia me esforçar pra isso." - Kuzuha diz. Ele vai embora.

"Não, perai ! Eu preciso falar com você-" - Noelle diz, sendo interrompida por Alucard.

"Esqueça dele. Esse troglodita não é digno de seu tempo." - Alucard diz.

"Mas ele é meu amigo-" - Noelle diz, se interrompendo e entrando em um estado de transe. "Tem razão, é melhor eu me esquecer dele por algum tempo." - Ela volta ao normal. "Sabe, depois de você me falar o quanto estudou, eu me pergunto: o que um garoto prodígio como você quer com uma garota tão... burra como eu ?"

"Não ouse usar essas palavras novamente ! Você não é burra ! Muito pelo contrário, é uma das pessoas mais inteligentes que conheço !" - Alucard diz. "Eu é que me pergunto, o que uma pessoa inteligente, bonita e interessante como você vê em um cara como eu."

"Aw, Alucard, você é um amor~♥" - Noelle diz.

Kuzuha e Excalibur voltam.

"Kuzuha, que bom que você voltou. Sabe, acho que se vocês se conhecerem melhor-" - Noelle diz, sendo interrompida por Kuzuha, que ignora ela e bate na mesa.

"Aí, burguês !" - Kuzuha diz, bravo.

"Ele tá muito puto !" - Excalibur diz.

Alucard solta um suspiro. "Troglodita, por favor, pare de interromper o meu encontro com a minha amada Noelle. Além disso, está se envergonhando em público."

"Quer saber de uma coisa, burguês ? Meus parabéns ! Você é um tipo de pessoa muito rara." - Kuzuha diz.

"Kuzuha, para já com isso, se não... !" - Noelle diz, brava.

"Como, troglodita ? Não vê que nós estamos nos dando bem ?" - Alucard pergunta. Ele pega a mão de Noelle.

"Não dá atenção pra ele, Alucard." - Noelle diz. "Por que você não vai embora, hein ? Não tá vendo que nenhum de nós te quer aqui ?!"

"Burguês, você é um cara muito especial." - Kuzuha diz. Ele começa a levar a mão até o tapa olho.

"Droga ! Isso não é bom ! Quem sabe o que ele vai fazer, se tirar o tapa olho ! Preciso fazer alguma coisa !" - Noelle diz.

"Você faz parte de um certo grupo de pessoas, um certo grupo de pessoas que conseguem me tirar do sério completamente. E olha que eu sou um cara difícil de irritar." - Kuzuha diz.

"C-Cuidado ! Atrás de você, Alucard !" - Noelle diz, assustada.

O jovem olha para trás. Noelle rapidamente cobre seu punho com seus cristais e soca a cabeça do delinquente com força, o desmaiando.

"Nocaute !" - Excalibur diz.

A jovem solta um suspiro, aliviada. "Essa foi por pouco… Empregada, tira ele daqui."

"Isso aí eu faço com orgulho, loirinha." - Excalibur diz. Ela põe Kuzuha nos ombros e vai embora.

"Desculpa mesmo, Alucard. Olha, normalmente ele não é assim." - Noelle diz. "Sinceramente, não sei o que deu nesse retardado hoje."

"Você é bem forte…" - Alucard diz. "De onde vem tanta força ?"

"É-É que eu fiz, uh… judô quando era criança." - Noelle diz, disfarçando.

"Impressionante. Você nocauteou um oponente resistente com apenas um golpe. Deve ter sido uma aluna exemplar." - Alucard diz.

"Por aí. Ehehehe…" - Noelle diz.

O jovem percebe que já está quase anoitecendo. "Olhe só para a hora !"

"Caramba ! Eu nem vi !" - Noelle diz, surpresa.

"Eu tenho de ir. Amanhã tenho um evento muito importante." - Alucard diz. "Sei que eu te convidei em cima da hora, por isso vou perguntar de novo, você realmente vai vir quando o baile acontecer ?"

"Claro que sim, Alucard." - Noelle diz.

"Isso será ótimo ! Eu adoraria te mostrar minha mansão, trabalho, e tudo mais." - Alucard diz, entusiasmado.

"É ! Com certeza vai !" - Noelle diz, compartilhando do entusiasmo de seu amigo.

"Estou indo. Te vejo amanhã, minha amada Noelle !" - Alucard diz, se levantando e indo embora.

"Tchau, Alucard !" - Noelle diz. Ela respira fundo. "Ihihihi~♥ Ele é tããão perfeito ! Eu adorei nosso encontro !" - A jovem começa a olhar para o teto do shopping, que é feito de vidro. "Hah… Meu coração tá tão feliz, quase explodindo. Não tem como minha vida ser melhor… Mas, uma coisa me deixa pensativa, o que deu no Kuzuha ? Primeiro, ele decide se juntar a organização da forma mais aleatória de todas. Depois, não foi com a cara do Alucard sem ele ter feito nada." - Ela solta um suspiro. "Garotos... Na maioria das vezes, são previsíveis. Quando não são, te surpreendem de uma maneira absurda."

Enquanto isso, em um quarto simples. Kuzuha está sentado em uma cadeira, enquanto Excalibur está sentada na cama.

"Quarto, uh, legal… ?" - Kuzuha diz, confuso.

"Simples e sem nenhuma decoração, do jeitinho que eu gosto." - Excalibur diz. "Mudando de assunto. Você é idiota, hein. O que deu em você, cara ? Tá agindo mais estranho do que o normal. E isso não é só ciúme."

"Eu sei lá. Não vou com a cara daquele burguês." - Kuzuha diz. "Alguma coisa na existência dele me incomoda, mas eu não sei o que é. Não é só porque ele é um burguês. É uma mistura de desgosto, ódio e um monte de outras sensações ruins."

"Vish. Vocês deviam ser inimigos numa vida passada." - Excalibur diz. "Bom, já que eu sou a irmã velha da loira, tenho que apoiar ela."

"Ela é sua irmãzinha !?" - Kuzuha pergunta, surpreso.

"Por mais que ela pareça com a minha mãe, a loira é adotada." - Excalibur diz. "Agora..." - Ela limpa sua garganta. "Por que você tá assim, cara ?! Normalmente você é só um idiota, mas agora tá sendo um babaca total ! Finalmente a loirinha acha alguém que gosta e você quer estragar isso ?! Por favor, né !"

"E-Eu não-" - Kuzuha diz, sendo interrompido pela empregada.

"'Eu não' nada !" - Excalibur diz.

"Calma, empregada..." - Kuzuha diz.

"Escuta, se você extrapolar com a minha irmãzinha, vai extrapolar comigo, entendeu ?!" - Excalibur pergunta.

"Excalibur ! Cheguei do encontro !" - Noelle diz.

"Olha lá o que você vai fazer, hein !" - Excalibur diz.

"Eu sei muito bem o que vou fazer: evitar a dor de cabeça." - Kuzuha diz. Ele se levanta da cadeira com um pulo, põe as mãos nos bolsos de sua calça e vai embora.

"Vai fugir ?!" - Excalibur pergunta, brava.

"Sinceramente, eu não sei pra onde eu vou. Mas uma coisa é certa, não vai ser pra perto daqui." - Kuzuha diz.

Noelle entra no quarto. Ela acaba se esbarrando no delinquente. "Ugh ! K-Kuzuha !?"

O delinquente olha para sua amiga com desgosto "Humpf. É só você." - Ele volta a andar. "Já que eu sou tão problemático assim, não precisa mais me procurar."

"E-Ei ! Não é pra tanto, né !" - Excalibur diz.

Kuzuha chega até a porta.

A jovem o impede de sair, segurando seu braço. "Me diz, por favor, o que tá acontecendo com você. Por que você tá assim ?"

O delinquente puxa seu braço com força. "O que você tem pra falar com um troglodita ?" - Pela última vez, ele vai embora

Noelle o encara, enquanto ele se afasta do local. "...Muitas coisas…"


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