Histórias Cruzadas escrita por Adnoka


Capítulo 17
✧✦ 16. — A primeira incursão — Changbin e Seungmin (SeungBin).


Notas iniciais do capítulo

Avisos: ⚠️Este capítulo possui menção a assassinato (nada horrendo ou mega detalhado)⚠️ E ⚠️Menção a crianças capturadas⚠️

Lembrando que é uma Fic com enredo sobrenatural (apesar dos romances), então coisas assim também aparecerão.

Desejo uma boa leitura.



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Como da última vez que estiveram juntos os irmãos fizeram uma caçada muito estilo Seo Changbin, desta vez eles sairiam em uma incursão completamente ditada pelo mais novo, e o Kim faria questão de mostrar ao seu mano que o seu lado do muro também era intenso e prazeroso, e bem agora eles estavam na Essence Coffee fazendo suas pesquisas.

[...]

— Binnie…

O caçador que estava quase cochilando, levou um leve susto ao ouvir seu nome em meio aquele silêncio ensurdecedor da biblioteca onde estavam.

— Hum, oi Seung?

— Você estava dormindo Binnie, é sério maninho?

— Não, claro que não, tá maluco? — Ele coçou um de seus olhos se entregando.

— Claro, eu tô maluco… — o mais novo ria da cara semi amassada de seu irmão. — Binnie me passa esse livro grande a sua esquerda, por favor maninho.

Ele pegou o maior livro que tinha ali uma vez que todos aqueles livros eram grandes e o passou para o seu irmão.

— Me desculpe maninho, vou ficar atento prometo, é que não tenho dormido bem, e também eu já sei o que iremos caçar… é uma bruxa.

O Seungmin sorriu, era mesmo uma bruxa que eles caçariam o que mostrava o quanto seu irmão era mesmo bom no que fazia, mas não era uma bruxa qualquer e nisso seria onde ele pegaria o seu irmão.

— Não está dormindo bem? Por acaso tem algo haver com o Lúcifer te vigiando a noite toda? — Ele viu seu irmão mais velho se encolher e teve a certeza de que era, sim, esse o motivo. — E a propósito, você sabe que tipo de bruxa iremos aprisionar?

O Changbin o olhou incrédulo.

— Aprisionar? Sério Seungmin? Essas coisas a gente não aprisiona, a gente mata e ponto final, ou você está querendo sarna para se coçar no futuro quando ela se libertar e arrancar suas vísceras? — Ele olhou para o nada e o Seungmin sorriu por entender que viria algum pensamento engraçado em seguida. — Por que bruxas mexem tanto com vísceras? Uh, é nojento.

O Seungmin sorria ainda mais pela cara de nojo do Changbin.

— Não fuja do assunto rei do inferno irmão, mas respondendo sua pergunta, bruxas não são criaturas, são pessoas que usam magia, e nós não matamos pessoas, e no caso, bruxas possuem um vasto conhecimento, essa, por exemplo, é uma Druidisa, mexe diretamente com a natureza e você saberia isso se tivesse lido o livro que passou a manhã inteira servindo de escoro para seu braço que apoiava sua cabeça, que nitidamente não estava aqui e sim no demônio gostosão.

Os olhos do Changbin se arregalaram, druidas eram osso duro, e ele sabia disso.

— Então serão vísceras de animais? Essa bruxa é a branca de neve do mal? — Ele tentava desviar do assunto lúcifer e o Seungmin percebeu. — E eu nem vou comentar que os letrados são mais estranhos do que imaginei por aprisionarem essas coisas apenas para obter conhecimento, eu hein, sinistro.

— Seo Changbin. — O Seungmin largou o livro e encarou o irmão. — Fale do Christopher comigo, você precisa se abrir e não precisa ter vergonha ou medo, eu jamais contarei ao demônio do orgulho que você arriou as suas quatro rodas por ele, não daria meu irmão de bandeja para o diabo, apesar de eu achar que é bem isso o que você quer.

— Caralho, tu é chatão, sabia? — O mais velho estava nitidamente mexido e era exatamente o que o mais novo queria, fazê-lo contrastar seus sentimentos. — Ele fica me vendo dormir e acha que eu não sei, na verdade, ele escondia antes, mas passei a receber café na cama com uma rosa vermelha na bandeja todo dia e um mínimo bilhete, e isso está me matando Seung, então pensei; se eu não dormir, ele não poderá fazer essas coisas e com isso estou evitando dormir há dois dias.

— Meu Deus, um casal juvenil, — Ele afagou os cabelos de seu irmão — Olha eu só apoiarei essa relação se você me disser que é o que realmente quer, mas poxa, venhamos e convenhamos que o Lúcifer está mesmo se esforçando Binnie, você não pode negar isso, e por favor volte a dormir, é um pedido, mas também uma ordem.

— Tu tá do lado de quem oh, moleque cumprido?

— Do seu, maninho, e dá para ver que você tem algo aí dentro por aquele demônio, só não quer assumir.

O Changbin fez uma careta que o Seungmin jurou ser impagável.

— Só porque você namora um anjo Minnie, não significa que eu tenha que ter algo com um também, ainda mais um caído.

O Changbin estava nitidamente irritado.

— Até onde sei você não é preconceituoso Binnie, o fato dele ser um demônio o incapacita de amá-lo?

— Amor? — O Changbin solta o ar pela boca — Ele só quer sexo e olhe lá.

— Te levando café da manhã todo dia? Não é muito esforço para apenas uma transa?

— Você já deu uma boa olhada no seu maninho aqui? — O Changbin apontava para seu próprio corpo o que fez o Seungmin rir. — Sou gostoso pra caramba Seung, eu valho o esforço tá.

Os dois se olharam por um instante e em seguida caíram na risada juntos.

— Presunçoso… Bom, maninho eu ainda não estou namorando o Yang, e tenho pensado muito que a qualquer momento posso perdê-lo para sempre e confesso que isso está me matando, pois eu sei que o amo, estou procurando um jeito de poder deixá-lo comigo pelo tempo que ele quiser, e sabe? Estou aproveitando o que temos da melhor forma, e é bom, eu queria que você sentisse o mesmo.

— Você está se ouvindo? Quero dizer, da parte de você com o Yang beleza, inclusive vou te ajudar com isso e nem adianta se opor, o anjo luzinha realmente demonstra que gosta de você, então isso vale a pena, mas no meu caso? Ele quer me matar, vingar o filho, só encontrou em mim uma forma de diversão e é orgulhoso demais para assumir o contrário, e também…

O Changbin parou, aquela conversa o estava injuriando, e ele nunca se julgou bom em expressar o que sentia.

— E também?…

— As pessoas que eu me apego sempre me deixam Seung, as que amo, então, simplesmente se vão das maneiras mais terríveis, e você sabe um pouco disso, não? O papai? A mamãe? Você? A Marry… O Thomas… — O semblante do caçador foi ficando frio e escuro. — Se eu me apegar ao Christopher, meu destino certo será a tristeza, o abandono, ou pior, uma perca de forma brusca e irremediável.

Ali o Seungmin entendeu seu irmão, ele já estava gostando do demônio, mas seu medo não o deixava assumir seus sentimentos; na verdade, seu medo o impedia de sequer tentar senti-los.

— Mas vocês já se beijaram… O que você sentiu não vale o risco?

— Não, — ele foi assertivo na resposta — ainda mais se isso for ferir o Chris de alguma forma.

— E eu achando que era só tensão sexual, Binnie, você gosta mesmo do Lúcifer… — O Seungmin pegou suas anotações e as colocou no bolso de seu casaco. — Vamos Binnie, você precisa de um pouco de ação, para organizar essa sua cabecinha dura.

Eles se levantaram e iam saindo da biblioteca.

— Ação… Nem vou poder matar a bruxa — ele resmungava. — Ela vai jogar vísceras de coelho na gente, você vai ver só, e aí vomitaremos sangue até a morte, nojento.

— Se chegar nesse ponto, Binnie, nós queimaremos a ela e ao feitiço visceral, pode acreditar em mim.

O Changbin sorriu por gostar mais da parte de tacar fogo em algo.

— Pega um café para a gente mano, preciso de cafeína durante a viagem.

[...]

A dupla de irmãos encontrou a druidesa morando em uma parte afastada da cidade, onde de fato possuía uma vasta área natural com flora e fauna abundantes, logo, ela terá tudo ao seu favor.

Aquele caso veio a eles, pois ela estava cometendo atos escusos já há um tempo, geralmente druidas tinham um real respeito ao valor da vida, trabalhavam com curas poderosas, responsáveis pelos ritos druídicos e em tempos mais antigos, druidas agiam como juízes. A palavra druida significava “aquele que tem a sabedoria do carvalho” e tudo isso o Changbin aprendeu na biblioteca aquela manhã, antes ele confundia druidas com xamãs, e o Seungmin achou fofo saber dessa confusão de seu irmão uma vez que eles não têm nada a ver um com o outro.

— E por que ela está matando crianças? Ela endoidou ou algo assim?

— Espero que a gente descubra isso em breve Binnie.

Eles continuaram observando a cabana da bruxa.

— E nós vamos prendê-la com isso? Minnie isso é cipó?

— Mais ou menos isso Binnie, é um encantamento poderoso que anula e prende um portador de druidismo sem dar a ele escapatória.

— Certo Batman, acessório maneiro, quero um para mim depois.

— Eu te darei um Robin.

— Hey… — O Changbin estava pronto para dizer que, na verdade, dos dois ele que era o Batman, mas o Seungmin o interrompeu.

— Shiiiu, vamos pegá-la.

[...]

*MiSung*

— E nessa aí eu nem vou precisar tocar… — O Minho falou sarcástico aparecendo do nada, o que fez o coração do anjo se acelerar — Dá para sentir a ira dela daqui.

O Jisung apenas o olhou por cima do ombro.

— Não vai nem dizer “oi”? Francamente Jisung, você está manchando a imagem dos anjos, bravinho e mal educado assim, seu papai vai te colocar de castigo, ou eu mesmo posso fazer isso…

O Jisung não o encarou, ele temia não ser uma boa ideia olhar para o demônio.

— Quero você longe dos meus cuidados, e definitivamente longe de mim.

O Minho sorriu, ele sabia que o anjo estava nervoso devido ao último encontro deles.

— Isso tudo por conta do beijo? Você não gostou Sunguie? Para mim só faltou língua, mas podemos resolver isso dessa vez e eu te garanto, você vai amar.

O Demônio estava adorando causar na mente do anjo.

— Não se atreva Minho, não encoste em mim nunca mais, e não me chame assim, não somos íntimos.

— Deve ser frustrante desejar algo tanto assim e ter que manter uma falsa postura. — O Demônio se aproximou bem do anjo ainda de costas para si e deu um selar no pescoço dele, e pôde sentir o Jisung se arrepiar. — Mas não se preocupe guardinha, hoje eu não estou aqui por sua causa ou pelos seus macaquinhos pelados.

O anjo apenas observou o demônio da ira se afastar, haviam duas crianças amarradas em uma espécie de tronco de madeira, estavam uma de frente para a outra, vendadas e com muito medo.

Mais uns passos desleixados, porém, muito atraentes aos olhos do anjo da guarda que o encarava, o Minho tocou naqueles dois pequenos seres e o Jisung se perguntou se elas estavam protegidas por algum anjo da guarda, pois nada o impediu, e então o demônio tirou suas vendas, e em seguida se materializou ao lado do Jisung.

— A bruxa já corrompeu a alma desses dois em busca de trazer seus filhos de volta, eles já pertencem ao inferno, por isso não teve anjos para me impedir. — Ele levou sua mão ao queixo do Jisung o fazendo o encarar. — Quando você for meu anjinho, vai adorar o que meu toque fará nesse seu corpo delicado.

E sem esperar uma resposta, ele levou seus lábios ao do anjo que estava petrificado, mas não os selou, parando com os seus lábios milímetros afastado dos lábios cheiinhos do anjo.

— Aproveite o show.

E assim ele sumiu dali e dessa vez ele realmente se foi.

— Maldito demônio! Por que eu me sinto assim perto desse insolente?

[...]

*SeungBin*

— Olha ali Seung, duas crianças prontas para virarem oferendas.

— Merda, ela já começou o rito. Rápido Bin, solte as crianças, eu vou atrás da Bruxa.

O Changbin pegou no braço do irmão.

— Tá maluco, Seung? Quer morrer mano?

— Pare com isso, você não precisa me proteger, Bin, eu sei o que…

O Changbin só teve tempo de pular no seu irmão.

— “Grymoedd natur yn eu dinistrio” — Tradução: Forças da natureza, destrua-os.

A bruxa veio para cima deles lançando seu encantamento e por sorte ao se jogar daquele jeito sobre seu irmão o Changbin os tirou da mira dela, mas ela evocou a natureza, então antes que eles conseguissem pensar, ramos saíam do chão e os prendia com força.

— Ah porra! — O Changbin fazia força para se soltar. — Pior que vísceras de coelhinho, cipós fortes; estamos ferrados, Minnie, não consigo me soltar.

O aperto aumenta e o Seungmin começou a balbuciar algo.

— “Os yw allan o gysylltiad â'r swyn, gosod ni rhad ac am ddim” — Tradução: Se desfaça o encanto, liberte-nos.

Os ramos se afrouxaram, e eles conseguiram se soltar.

— CARALHO, tu é um bruxo Minnie? Wow que irado.

O Changbin sabia que seu irmão possuía um vasto conhecimento, mas aquilo? Ele acabou de proferir um encantamento.

— Tem muita coisa sobre mim que você ainda precisa ver maninho, vamos, prenda ela.

Os dois avançaram na bruxa e ela tentava os acertar, mas em vão, até que quando o Changbin se aproximou dela ela o encantou fazendo seu corpo paralisar.

— Matarei seu irmão se não me deixarem em paz.

Ela falou para o Seungmin que parou onde estava, calculando seu próximo passo.

Gritos foram ouvidos e ao olhar para onde as crianças estavam elas haviam desaparecido.

— Mas o quê?

A bruxa perdeu sua atenção, libertando assim o corpo do caçador de seu encantamento, que por sua vez avançou sobre ela e a prendeu pelos punhos, mas foi tarde demais.

O corpo da bruxa caiu sobre o corpo do Changbin que ficou sem saber o que havia feito de errado até olhar as duas crianças atrás da mulher caída, havia respingos de sangue neles e o caçador pôde ver a estaca de carvalho fincada nas costas da bruxa.

As crianças estavam ofegantes e tinham ódio no olhar.

— Ela ia matar minha irmã para trazer sua filha de volta e depois mataria a mim para trazer seu filho, maldita!

O mais velho rosnava ao falar e, no fundo, o Changbin se compadeceu, pois se viu criança quando teve que matar ao padre, senão ele seria o jantar daquele vampiro maldito.

— “Cysgu” — Tradução: Durmam.

O Seungmin falou passando a mão por cima daqueles dois, e o Changbin jogou o corpo da bruxa para o lado.

— Sinistro… Me ensina?

— Claro, se realmente quiser.

— Claro que eu quero aprender a abracadabrar pessoas por aí.

— Você não perde o jeito né? Sempre uma piada.

— Foi maneiro, meu irmão é um mago! Mas e aí essas crianças? Foram enfeitiçadas?

Nesse momento uma luz forte se fez presente e dela saiu o que eles reconheceram por um anjo.

— Não é feitiço, foi a Ira que os tocou.

Os dois olhavam assustados.

— E você quem é?

— Sou Han Jisung, sou o...

— Nosso anjo da guarda… — O Seungmin falou em baixo tom se lembrando daquele nome ter sido mencionado pelo Yang.

— Nosso o quê? — O Changbin falou incrédulo. — Anjo da guarda é uma ova, e se for isso mesmo tu falhou feio amigo.

— Você é sempre impulsivo assim Changbin, e não, eu não falhei, se tivesse falhado vocês estariam mortos antes de alcançarem os sete anos.

O Changbin arregalou os olhos e ficou o encarando.

— Se o demônio da ira os tocou Jisung, o que poderemos fazer para ajudá-los?

— Você já o conhecia Seung? Sério que até do nosso anjo da guarda sou o preterido?

— E também sempre dramático. — O Jisung disse se referindo ao Changbin.

— Não eu não o conhecia, mas o Yang diz tê-lo visto nos protegendo e...

Um frio tomou conta do Seungmin, não era para ele ter mencionado o anjo da virtude, pois tecnicamente o Yang está escondido para não ter que voltar aos céus.

— Não se preocupe Seungmin, eu sei que você e o Yang, bem… estão juntos e essas coisas.

O Changbin sorriu.

— Falei que vocês estavam namorando.

— Não brinque com seu irmão, você só não está com lúcifer ainda por ser um grande cabeça dura, mas saiba que aquele anjo caído jamais desistirá de você.

O Seungmin sorriu largamente e o Changbin o repreendeu com um olhar.

— Tá anjo da guarda.

— Pode me chamar de Jisung.

— Que seja, então Jisung, se você nos guarda, por que tanta merda acontece com a gente?

O anjo seguia olhando para as crianças desacordadas.

— Teremos tempo para falar disso depois, na verdade, agora que vocês sabem da minha existência, aparecerei com mais frequência, e seja o que o meu pai quiser.

— Pai? Seu pai? Tipo o senhor todo poderoso Deus?

— Uhum…

— Puta merda.

— Changbin! — O Seungmin o repreendeu, mas sorriu pelo jeito maluco do irmão. — Respeite o nosso anjo.

— Obrigado Seungmin, e não se preocupe Changbin está tudo bem, querido.

O Changbin o mediu com um olhar julgador.

— Querido… que íntimo…

— Estou te guardando desde que nasceu Changbin, a você e ao seu irmão, eu os tenho em um grande amor, mas amor de família, amigo, entende?

— Ah, tipo um tio?

O Jisung sorriu.

— Eu te proíbo de me chamar de tio Changbin, mas é... tipo isso, ou um irmão, na verdade, acho que irmão se assemelha mais, afinal somos todos filhos do pai.

— Cruzes, não vai pregar a palavra aqui vai?

— Changbin, eu sei que está nervoso, está tudo bem, eu não vou fazer mal algum a vocês nunca, eu os protejo mocinho, esse é o meu trabalho, e eu os amo também.

— Desculpe, você tem razão, estou nervoso.

O Seungmin sorria, mas também prestava atenção no anjo que tocava o topo das cabeças das crianças.

— Elas são órfãs, a bruxa matou os seus pais na frente deles; por isso, Ira os tocou, para que elas se vingassem e maculassem ainda mais suas almas.

— Caral… — ele ia proferir um palavrão, mas se lembrou do anjo ali com eles e tentou se conter por respeito. — Caramba, a ira é sinistro também.

— E ele tenta tocar você e o seu irmão desde sempre.

— Iiih oh lá… mais um ser no nosso pé Seung, e viu só? Desde sempre.

— E é dele que você nos protege desde sempre Jisung?

— Também Seungmin, — o anjo se virou para os irmãos. — Você vai levá-los aos letrados?

— Sim, essa é a ideia.

— Deixem-nos com o Jackson Wang, ele saberá o que fazer.

— Está bem.

— Vocês estão de carro certo?

— Sim, estamos.

— Peçam a alguém para vir o buscar depois, as crianças precisam de ajuda urgente, peguem-nas no colo.

Como dito pelo anjo, cada um deles pegou um dos irmãos.

— Vejo vocês em breve.

O anjo colocou as suas mãos em cada um dos ombros deles e em um instante os irmãos estavam na entrada da instituição dos letrados.

— Ooow cara, o que foi isso?

— O Jisung nos teletransportou para cá, vem Binnie, vamos ao laboratório do Jackson.

— Vai na frente maninho.

[...]

Quando chegaram, o Jackson estava pendurado de ponta cabeça em uma barra suspensa, ele usava apenas um moletom cinza e seu dorso aparente chamou e muito a atenção do Changbin.

— O cara tá lendo de ponta cabeça… tá aí, desse tipo de nerd eu gosto.

— Deixa meu cunhado ouvir isso.

— Não enche Minnie.

Eles adentraram o local.

— Hey Minnie, a que devo a honra cara. — Ele fecha o livro que lia e salta da barra de forma fluida, o que chamou ainda mais a atenção do Changbin para aquele belo corpo. — Ow e trouxe seu irmão gostosão junto, prazer Seo, sou o Jackson Wang.

— O prazer é meu.

Os dois se engoliram com os olhos, mas logo o Jackson se voltou as crianças.

— Toque da Ira, vocês falaram com o Jisung? Finalmente.

O homem acenou para que eles deitassem as crianças nas macas e assim eles fizeram.

— Nem vou comentar o porquê você falou isso sobre o Jisung, mas conversaremos depois Wang, você cuidará deles amigo?

— Claro, e para estarem aqui provavelmente são órfãos com um propósito, então em breve eles serão letradinhos.

— Meninas também podem ser letradas?

— Graças a Deus, hoje em dia sim, mas quer saber? Por mim apenas mulheres seriam letrados e o Minnie sabe minha opinião, elas são bem mais duras na queda.

Ele falou mais contemplativo e os irmãos apenas o encaravam.

— Bom amigo cuide desses dois, depois passo aqui para ver como estão.

— Pelo estado deles eles ficarão mais ou menos um mês sob meus cuidados, então volte sim e traga esse bonitão junto.

O Changbin sorriu e mordeu o lábio involuntariamente.

— Não se anime Jackson Wang, meu irmão namora o Lúcifer.

O Changbin queria morrer.

— Ow, então estou encrencado, pois eu também quero namorar ele. — Ele falou aquilo piscando para o Changbin que ruborizou.

— Tchau Wang, seu atirado.

— Tchau Minnie, tchau Seo Changbin.

— Tchau Jackson.

[…]

Os dois foram para a casa do Seungmin e o carro que estava na floresta foi pego pela equipe dos letrados.

[...]

— Vocês juntos são fofos, credo.

— Ser fofo é ruim, Changbin? Eu sempre achei que era algo legal, quando o Minnie me chama de fofo eu gosto.

— Olha só para isso, claro que é algo bom cunhanjo, só falei credo por que é demais para mim.

— Aaah… — O anjo da virtude sorria, e o Changbin sorriu também, ele não aguentava ver os olhinhos do Yang se fechando no sorriso.

— Bom, meu maninho está entregue, já fechamos o relatório, então agora eu vou.

— Mas já Binnie? Nem jantamos ainda.

O Changbin foi até seu irmão e o beijou na testa.

— Tudo bem, eu estou sem fome, na verdade, a incursão foi eletrizante, eu gostei, mas agora quero ir para casa tomar um bom banho e tirar essas roupas, e não se esqueça maninho, você precisa me ensinar encantamentos em celta galês.

O Seungmin o olhava admirado.

— Então você conhece o dialeto que eu usei?

— Claro, maninho, seu irmão pode ser mais da força bruta, mas eu também sei das coisas.

— Tem certeza que já vai? Podemos pedir japonês.

— Não, eu já vou mesmo, deixarei os pombinhos comemorarem a vitória de hoje.

— Comemore também Binnie! — O Yang falou sorrindo.

— Comemorarei, em casa, nu e tomando uma loira absurdamente gelada.

O letrado sorriu com a carinha que o anjo fez ao ouvir seu irmão mais velho.

— Nos vemos em dois dias, então? — O Seung perguntou.

— Sim, vamos finalmente procurar uma casa para gente.

Eles se abraçaram e o caçador partiu.

— Ele está tão tristinho.

— É, ele está em conflito Yang, mas acredito que logo tudo se ajeita.

[...]

Enquanto o Changbin ia para sua casa, seu celular tocou.

— “Alô,” — Ele atendeu sem reconhecer o número.

— “Oi Changbin, sou eu o Wang,” — A voz do outro lado estava receosa.

— “A que devo a honra Jackson?”

— “Eu estava pensando, não gostaria de sair para curtir a noite comigo?”

O Changbin riu ladino, a ideia era perfeita, o Jackson era um tremendo gato, e no final ele não ficaria sozinho em casa, melhor, nem para casa ele voltaria, o que seria ótimo para evitar encontrar com o Christopher.

— “Eu gostaria muito, na verdade, onde você está? Posso passar e pegar você.”

— “Estou na Essence Coffee, estou te esperando.”

— “Chego em dez minutos.”

[...]

Quando o Changbin chegou a cafeteria ele notou que ela estava praticamente vazia, devia ser o horário, e então ele avistou o letrado, ele estava de costas para a entrada e o caçador foi até ele.

— Te fiz esperar muito Wang?

Os olhos do Changbin arregalaram quando encarou o que o estava esperando.

[...]

*2Chan*

— Na verdade, Changbinah você veio até que bem rápido, está mesmo afim do Wang?

— Christopher? Mas que merda é essa? Você não fez mal ao Wang não né, seu maníaco?

— Relaxa, eu também o achei um tremendo de um gostoso, não farei mal a ele, só queria te ver e se fosse eu te chamando você não viria, não é? — O demônio encarou o caçador. — Sente-se, escolha algo, é por minha conta.

O Changbin pensou seriamente em simplesmente sair dali, mas encarando aquele lindo demônio em sua frente, se sentiu incapaz, então se rendeu e sentou, e acabou pedindo um frapuccino de chocolate meio amargo.

— O que pensa que está fazendo Christopher? Você estava me vigiando?

— Sim, eu estava, e preciso dizer que não gostei nada de como olhou para o Wang, e agora? Bom, agora estou em um date com meu namorado.

O Changbin olhou incrédulo, mas decidiu não entrar naquilo.

— Não vai dizer nada?

— Não.

O Christopher o olhou como se procurasse uma brecha.

— Só por essa noite Changbin.

O Changbin pegou sua bebida que acabou de chegar e o encarou.

— O quê?

— Seja meu namorado por essa noite inteira e se ao amanhecer você tiver convicção que não podemos ficar juntos eu desapareço, mas se eu perceber que tem em você uma pontinha que seja de sentimento verdadeiro, eu continuarei tentando entrar em sua vida.

— Você só pode estar brincando, é sério, Chris? Uma noite inteira para me fazer decidir sobre seja lá o que isso for?

— Sim, e se você disser que não quer, não gostou ou não se sentiu bem em ser meu namorado, eu desapareço.

— Vai finalmente me matar se eu disser não?

O demônio pareceu sério demais.

— Eu nunca farei mal a você.

— E por quê?

— Porque eu te amo… — O Changbin se sentiu congelar e queimar ao mesmo tempo, com a declaração do rei do inferno, e ambos ali tinham um universo inteiro de coisas gritando dentro de si, mas nada mais foi declarado por nenhum deles. — E então, vai me dar essa chance?

O Changbin queria assumir que também tem sentimentos pelo demônio, mas não conseguiu.

— Só por essa noite, mas sem trapaças, não use seus poderes em mim e pela manhã te darei minha resposta mais sincera.

— Fechado, mas é para agir como se fossemos mesmo namorados.

— Fechado.

E ali começaria uma batalha onde o Christopher tentaria de todas as formas convencer ao caçador que eles nasceram um para o outro e, no fundo, ele torcia para que o Changbin não resistisse mais a ele.

✶✫⊶⊷ ⊱⊰ ✧✦✧✦ ⊱⊰ ⊶⊷✫✶


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Notas finais do capítulo

Eu não consigo mesmo escrever pouco. Tive que me controlar muito para não ir além nesse capítulo, (o maior da Fic até agora) mas acho que ficou bom no fim.

Acontece que com os outros personagens aparecendo, acaba que tem mesmo que ser mais extenso né?

Sobre a linguagem dos encantamentos Druidas o dialeto é "celta/galês", e não, eu não tenho muito conhecimento disso, apenas vivencia com jogos que eu gosto muito, então fiz uma pesquisa para tentar trazer algo consistente, mas, pode sim conter erros de tradução, porém acredito eu que não tenham.

Algo a declarar? Bom, eu mesma não... =P

Espero que vocês tenham curtido.

Tenham uma belíssima semana, bebam água e se cuidem bem!

Obrigada por lerem "Histórias Cruzadas", e não esqueçam; se está curtindo, deixe seu voto, comentem, e vamos ajudar a engajar a Fic! (mais uma vez obrigada!)

Beijoka da Adnoka!



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