Histórias Cruzadas escrita por Adnoka


Capítulo 15
⊱⊰ 14. — Caçador e Demônio do orgulho: Changbin e Christopher.


Notas iniciais do capítulo

Confissão: Quanto tem 2Chan na jogada, eu vou escrevendo e surtando... Eu sou apaixonada demais neles dois.

Boa leitura amores!



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Depois daquela discussão que o Changbin teve com o Christopher o caçador acreditou que pelo menos por um tempo seria deixado em paz o que o próprio rei do inferno também acreditou ser o melhor a fazer, deixaria o humano em paz, e se esqueceria dele, mas isso se mostrou algo completamente impossível para o anjo caído, pois ele sentia necessidade de estar perto do Changbin e isso o estava assustando em demasia, era uma dependência, uma vontade absurda que o demônio sentia por aquele simples mortal e isso já estava tirando o Christopher do sério.

...

— Mas que inferno!

O rei do inferno gritou sentado em seu trono e os demônios ali com ele tremeram com medo do que viria a seguir.

— Me tragam almas para eu torturar, levem-nas para a minha masmorra e o último que voltar será torturado juntamente as demais almas infelizes.

Ele estava disposto a cometer todas as atrocidades possíveis para tentar tirar o caçador da cabeça.

— Por que INFERNO vocês ainda estão aqui? Quer que eu torture a todos vocês? Não me tentem a isso, eu acho que vou até preferir torturar vocês seus imbecis.

Eles saíram correndo e não demorou nada a masmorra do Christopher já se encontrava cheia com as almas solicitadas.

— Naberius… — O demônio gelou de pavor, mesmo sabendo que não tinha sido o último a chegar.

— Sim mestre.

— Prenda o Agares, afinal ele foi o mais lerdo de vocês. — Um risinho foi ouvido e isso enervou o Lúcifer, que respirou fundo para não matar um deles naquele instante. — E prenda também o Beleth, o farei aprender a não rir do amiguinho.

O último demônio citado entrou em pânico, mas assim como foi ordenado, o Naberius prendeu os dois.

— Agora sumam daqui, vou começar minha sessão de terapia intensa.

A porta da masmorra mal se fechou e todos os tipos de gritos e lamúrias mais intensas foram ouvidas por todo o domínio do reino inferior, e o demônio não economizou com atrocidades que fizeram tanto aquelas almas quanto aos demônios castigados se arrependerem de estarem no inferno.

...

Depois de um tempo que ninguém se atreveu a contar, o Christopher saiu de lá limpando suas mãos repletas com o sangue daqueles condenados.

— Estou de saída Pazuzu, fique de olho em todos, não solte ninguém da masmorra e qualquer coisa me avise de imediato.

— Sim senhor.

Ele se foi do reino do inferno, após se perder em todo o terror que causou o Christopher se sentiu insatisfeito, ele sabia bem o porquê daquilo e entendendo que nada tiraria aquela sensação de vazio de seu ser ele simplesmente se arrumou e saiu indo atrás do que seu corpo, alma e coração realmente desejavam.

...

O Changbin havia chegado de uma caçada que havia feito com seu irmão, a caçada havia sido intensa, mas a dupla de irmãos deu conta de uma forma extremamente eficiente e os dois trabalharam muito bem juntos e ele estava tão feliz que sentia que nada seria capaz de tirar a sua paz, mas logo entendeu que estava completamente enganado, pois aquela voz tirava não só a sua paz, mas sua força, seus sentidos, sua sanidade.

— Eu adoro quando você está no banho! — O Christopher que estava sentado na pia do banheiro do caçador o olhava de cima a baixo com um olhar desejoso, mas também extremamente doce, o que deixou o Changbin em conflito. — Me perderia fácil no seu corpo delicioso.

— Mas que porra… — O caçador não tentou se esconder, pois já havia sido visto desnudo pelo demônio antes, e acreditava que já tinha sido visto até de dentro para fora por ele. — Quantas vezes vou ter que expulsá-lo da minha casa Christopher?

— Ta frustrado por que os seus sigilos não deram certo Changbinah? — Ele falava ainda sentado na pia e balançando seus pés, uma visão adorável se não fosse o anjo caído ali, foi o que o caçador pensou. — Vai precisar de coisa mais poderosa para me deter, eu já disse que te quero e... — O demônio hesitou, ele diria estar se apaixonando pelo caçador, mas decidiu que não faria isso, pelo menos não agora.

— E o que lúcifer? — Ele enxaguava seus cabelos, o que era extremamente sexy para o demônio ali com ele. — Cara, o que eu fiz para você? Tá matei um filho querido seu, então por que você não me mata logo? Está querendo me torturar? Essa é a sua tão temida tortura?

— Você acha que me atinge assim Changbinah?

O caçador foi sair do box, pois havia terminado seu banho e assim que abriu a porta o Christopher se pôs em pé em sua frente e então o caçador respirou fundo tentando ignorar as borboletas insistentes em seu estômago que aquele demônio lhe causava sem precisar muito esforço.

— Não vai me deixar passar? Que infantil cara!

O demônio colou sua testa na do Changbin e eles puderam sentir seus hálitos quentes se chocarem, o caçador pensou até que sentia o próprio inferno vindo do outro, mas ao contrário do que podem pensar aquilo era deliciosamente torturante para o caçador e intimamente ele desejou ficar ali para sempre.

— Você não sente nada Changbin? Meu corpo, minha presença não te causam nenhuma reação?

A voz do demônio saiu tão penetrante que todo o corpo do Changbin se arrepiou, fato que foi ignorado pelo Christopher por ele estar de olhos fechados.

— N-não, e-eu não sinto.

A voz do caçador saiu falhada, mas tão intensa que o demônio jurou se perder por um instante naquele tom provocante.

— Eu não acredito em você Changbinah…

— Não me importo com o que você acredita Lúcifer.

Aquela fala deixou o demônio frustrado, será que era só ele que sentia tudo aquilo?

Então ele abriu os olhos e viu que o caçador estava igual a ele segundos antes, olhos fechados, semblante desejoso, respiração pesada, sim, o caçador também o queria e seu corpo era a prova viva daquilo ele só era orgulhoso demais para assumir e se render e como orgulho é algo de que o Christopher entende bem ele apenas entendeu melhor o objeto de seu desejo e sem mais se importar com os possíveis esbravejos que viriam do caçador o Christopher colou seus lábios no dele, se apertando contra o corpo molhado do outro.

— Já te pedi para me chamar de Christopher. — Sua voz saiu como em um sussurro e com os lábios colados no do caçador enquanto falou pôde sentir aquela boca pequena na sua e ele simplesmente delirou com o que aquele simples momento lhe causou.

— Christopher…

O caçador não estava mais aguentando, cada molécula do seu corpo gritava pelo anjo caído, então em um rompante de coragem e fúria o Changbin envolveu o corpo do Christopher e o tomou em um beijo ardente.

Os lábios se roçavam com desejo e logo as línguas se encontraram um uma explosão, mesmo completamente vestido o Christopher sentia por completo o corpo musculoso que o envolvia e só de passar suas mãos pela pele desnuda do caçador ele sentiu-se ruir, e gemeu desejoso fazendo com que o Changbin mordesse seu lábio inferior em resposta o que ele amou intensamente, amou ainda mais quando foi colocado contra parede e os estalos das línguas puderam ser ouvidos nitidamente por eles.

Aquele beijo estava bom em níveis inexplicáveis para ambos, mas muito diferente do que queriam não era apenas fogo e desejo que os tomavam, a luxúria estava sim mais que presente ali, mas em seus corações eles sentiam exatamente o mesmo e em seus pensamentos o que reinava era a vontade de se pertencer para sempre, não só de corpo, mas de alma.

— O que foi? — O Christopher perguntou quando o Changbin parou o beijo de forma súbita.

— Não podemos… e-eu não posso Christopher.

O demônio segurou o rosto do caçador em suas mãos e o fez o encarar.

— Por que não Changbinah?

— Pare de me chamar assim droga… não piore as coisas caralho.

Ele pegou as mãos do demônio e as tirou de seu rosto, se virando ele terminou de se secar e colocou um calção, seu intuito era ficar nu e tomar uma cerveja gelada como era seu costume, mas estava com visita em casa então achou melhor se cobrir um pouco.

— O que você sentiu quando nos beijamos?

A pergunta do demônio foi direta, ele precisava saber se realmente o caçador o queria também, pela intensidade e entrega do beijo que trocaram a pouco ele sabia que sim, mas ele precisava ouvir isso sair dos lábios dele.

— Não senti nada, foi o momento sei lá, me deixei levar só isso.

Ele mentiu.

— Mentiroso… mal sabe disfarçar. — O Christopher se aproximou dele. — Quer dizer que se eu fizer isso — ele lambeu os lábios do Changbin que deu um pulo para trás. — Você não sente nadinha?

— Você é um adolescente Lúcifer? Está na puberdade ou algo assim? E por que demônios você encasquetou comigo cara?

— Adoro seu jeitinho marrento e orgulhoso, e acho que a gente combina em tudo. — O Changbin revirou os olhos. — Olha que se você revirar os olhos assim para mim novamente eu terei que puni-lo.

Aquela fala alugou uma mansão nos pensamentos do caçador, ele sempre curtiu essa vibe de dominante e submisso, mas era sempre ele o dominante, o que o levou a pensar em como seria bom poder dominar o rei do inferno e até cogitou brevemente como seria ser dominado pelo mesmo e ambos os cenários pareciam perfeitos demais, e assim que pensou nisso chacoalhou a cabeça para espantar os pensamentos e foi pegar sua cerveja.

— Você bebe demônio?

— Isso é um convite Changbinah?

O caçador olhou nos olhos do demônio e o encarou como quem organizasse seus pensamentos.

— Se quiser a merda da cerveja me fale e eu pego uma para você, eu sei que se eu pedir você não vai embora da minha casa, então fique nessa joça, mas não me encha a porra do saco.

— Eu quero uma cerveja sim, seu mandão, mas também quero conversar com você. — Os dois se olharam, o Changbin ruborizou e logo foi pegar uma long neck para o Christopher também. — Então podemos dar uma trégua?

O Changbin abriu a cerveja que daria a ele e em seguida estendeu sua mão e a entregou para o Christopher.

— E sobre o que você quer falar?

O jeito desconfiado do caçador era para o demônio um de seus inúmeros charmes, então ele pegou a cerveja da mão do Changbin com um sorriso de canto o que o caçador julgou deixar o demônio ainda mais atraente.

— Sobre o que ta rolando entre nós, eu poderia fazer diferente Changbin, sim, eu poderia acredite, mas eu quero entender isso e se você conversar comigo sendo sincero, eu acho que poderemos chegar há algum lugar.

— Não Christopher, nós não poderemos, — ele coçou seus cabelos em irritação. — Você não entende, não é? Eu não nasci para essa coisa idiota de sentimentos, na verdade, eu detesto tudo isso e você já me encheu até demais com essa droga.

Ele parou por um instante e viu o semblante do Christopher nebular o que deu um forte aperto em seu peito.

— Continue, estou te ouvindo. — Ele disse frio o que fez algo doer ainda mais no caçador.

— Não tem o que continuar, — ele parecia muito alterado, aquela conversa estava nitidamente colocando o caçador em xeque e o demônio queria ver o que ele tentava tanto esconder embaixo daquela marra toda. — Você quer transar comigo? É só isso, não é? Então vamos resolver isso de uma vez, transamos a noite toda se quiser, aí você desencana e dá no pé, ou resolve que já pode me matar já que conseguiu o que queria, mas não pense que isso vai para algum outro lugar por que não vai…

O demônio estava ficando irado, não era possível que só ele nutria sentimentos pelo caçador a ponto de querer tentar se acertar.

— Eu não vou transar com você Changbinah, a não ser que você seja sincero comigo.

— Então se não acredita no que digo, tome a sua cerveja e caia fora da minha casa, não temos nada para acertar.

O Christopher virou sua long neck tão rapidamente que o caçador ficou preocupado com ele, mas logo se lembrou de quem se tratava e então respirou tranquilo, o demônio bateu com a garrafa na mesa e só não a quebrou porque ele não quis deixar cacos de vidro para machucar o caçador e olhando firme nos olhos alheios ele simplesmente desapareceu.

O Changbin respirou fundo, parecia que algo o sufocava e assim que o demônio sumiu ele tomou um bom gole de sua cerveja claramente frustrado.

— Eu não posso amar você Chris, será que você não entende? Tudo que eu amo sempre me deixa uma hora ou outra, com você não será diferente e eu sei que se eu o tiver eu não vou querer te perder.

Ele se jogou no sofá, mal sabendo que o demônio não tinha saído de sua casa.

— Então é isso meu ursinho, você tem medo que eu te deixe? Tem medo de me perder? — Sem entender como era possível, o rei do inferno sentiu seu coração se encher ainda mais de ternura e carinho pelo caçador. — Vai por mim Changbinah, eu também tenho medo, nem era para eu ser capaz de amar você assim e olha para mim… acho que estou mesmo te amando.

Depois que o caçador dormiu no sofá como de costume, o Christopher o levou para a cama, também como de costume nesses últimos tempos, pois tudo o que ele queria era deixar o seu ursinho confortável como ele mesmo dizia para si. E mesmo sabendo que quando o caçador acordasse ficaria bravo por entender que estava sendo observado, ele se deitou e ficou ao seu lado o observando, ele não arredaria o pé dali nem mesmo se o mundo acabasse, pois para o rei do inferno seu mundo agora tinha nome e sobrenome e se chamava Seo Changbin.

— Durma bem meu ursinho, eu não vou deixar você, eu prometo.

✶✫⊶⊷ ⊱⊰ ✧✦✧✦ ⊱⊰ ⊶⊷✫✶


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Notas finais do capítulo

Sei lá, mas me parece que o íncubo (Hyunjin) está na frente para ganhar a aposta, será que o cupido (Felix) viu essa interação do "casal das trevas?"

Bom é isso por hora, obrigada por lerem "Histórias Cruzadas" não esqueçam de votar (caso estejam curtindo claro) e deixem seus comentários, vou amar saber o que estão achando!

Bebam bastante água tá? E tenham uma semana excelente!

Beijoka da Adnoka!



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