A Garota Que Ficou Para Trás - EM HIATUS (JULHO) escrita por Willow Oak Acanthus


Capítulo 9
Capítulo VIII - Novembro


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura ♥



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Ponto de vista de Sam Winchester.

Arregalo os olhos e coloco as mãos na cabeça por um segundo, mas recupero a pose de quem está agindo naturalmente. Harvey sai do carro primeiro, seus cabelos compridos e escuros com um chapéu preto por cima, óculos escuros e o braço cheio de tatuagens a mostra. Amélie sai depois, com um vestido meio hippie dos anos setenta e os cabelos ruivos soltos. Ambos parecem estar voltando do próprio woodstock, se isso fosse possível.

Harvey se apoia na porta aberta do carro, e me encara bem no fundo dos olhos.

Quando vou abrir a boca para tentar inventar alguma coisa, Dean sai pela porta da frente com um sorriso imenso no rosto.

—Ei! Harvey, não é? – O pai de Hazel tira os olhos de mim pela primeira vez e olha para Dean, que o cumprimenta com a mão e um sorrisão no rosto como se fossem amigos de longa data. Se é por confusão ou constrangimento, o cara fica meio sem jeito.

—Culpado. E você é...? – Amélie parece tão confusa quanto todos nós, e eu começo a entrar em desespero. O que é que ele está fazendo?

—Sou Dean Winchester. Nos conhecemos em circunstâncias ruins, mas é tudo água debaixo da ponte, não é? Eu não pude deixar de notar sua caranga! É de que ano? – O olhar de Harvey passa de confusão para orgulho quando bate de leve em seu carro, com carinho.

—Essa belezinha está comigo desde de 69, já rodou o país umas três vezes...- Dean aumenta o sorriso e o ar de interessado.

—Caramba, quase a mesma época do meu Impala, de 67. Posso ver o motor? Nunca vi o motor de um Mustang antes. Eu sou mecânico, a propósito, se precisar de um já sabe onde encontrar, não é? – Harvey dá uma risadinha. Percebo Amélie olhando nervosamente de mim para a janela do meu quarto, e então percebo: Hazel está esperando o Dean enrolar o Harvey para poder atravessar a rua.

Meu corpo gela.

—Querido, por que não mostra para ele? Eu vou guardando as coisas enquanto isso. E posso trazer umas cervejas para vocês, se quiserem...- Ela sorri para Harvey, o medo implícito em seus olhos.

—Não precisa, meu amor. Obrigada...- Quem vê ele falando assim..nem imagina. Ele se vira novamente para Dean – Vem rapaz, dá uma olhada nisso aqui...

Agora é a deixa. Harvey e Dean se enfiam atrás do capô do carro, que tampa a visão deles momentaneamente. Hazel, que já havia descido para o andar de baixo, sai pela porta sem fazer barulho e anda na ponta dos pés até o próprio gramado, enquanto meu coração está acelerado, e Harvey e Dean estão tagarelando sobre carros e peças.

Amélie abre a porta da própria casa, discretamente, e deixa a filha entrar. Quando fecha a porta, vejo ela dando um suspiro de alívio, que eu também dou.

—É, é raro encontrar essa mangueira...- Harvey pigarreia e acende um cigarro – Bom, foi legal conversar com alguém que entende dessas coisas, garoto. Mas eu preciso entrar, temos muitas coisas para descarregar.

—Claro, claro. Obrigada mesmo, Harvey. – Dean aperta a mão do sujeito, que retribui o aperto e parece olhar para o meu irmão com um certo respeito.

—Não há de quê, rapaz...- Harvey volta a olhar para mim, quando Dean vem em minha direção. Seus olhos castanhos me fitam com um olhar bem claro de ameaça. Para não piorar nada, não retribuo o olhar da maneira que gostaria. Até faço um aceno com a cabeça, educadamente, e vou para dentro de casa.

O punho fechado, as unhas cravadas na carne para me controlar.

XXX

—Vocês precisam tomar mais cuidado, Sammy...- Dean diz, jogando as chaves no sofá – Se o cara sequer sonhar que a filha dormiu aqui...

—Eu sei, você tem razão, Dean. – Suspiro, aliviado e com as costas na parede – Obrigado, ok? Se não fosse por você...

—Vocês estariam fritos, eu sei...de nada. E, só por curiosidade...como é que vocês pretendem fazer isso funcionar? – Passo as mãos pelos cabelos, inquieto. Dean se senta no sofá, o olhar preocupado.

—A gente vai manter tudo em segredo, por enquanto. Eu queria falar com o cara, mas aparentemente isso só pioraria tudo. Vou fazer do jeito dela, por enquanto...- Meu corpo todo se tenciona, e o meu irmão percebe meu nervosismo. Estou inquieto.

—Se eu entendi a situação direito...ele bate nela, é isso? – Dean questiona, tentando entender tudo. Assinto, olhando para baixo.

—Nela, na esposa...ele é um monstro, Dean. Se você visse...- Mas a minha voz morre.

O meu irmão fica pensativo por um tempo.

—E deixa eu adivinhar...agora que estão juntos, se ela aparecer machucada, você vai perder a cabeça. Estou certo? – Dean se levanta e cruza os braços, diante de mim.

—Você não perderia? – Os olhos de Dean são muito expressivos. Ele fica tenso.

—Perderia, sim. Mas, Sammy...eu quero que me prometa uma coisa. Se a garota, por acaso, aparecer machucada...você vem a mim primeiro. Você fala comigo, entendeu? E aí a gente resolve... – Ele enfia o indicador no meu rosto – Do jeito certo. Entendeu?

—Entendi. – Respondo, muito ciente de que, se vier a acontecer, não vou hesitar em resolver tudo com as minhas próprias mãos.

XXX

Corro escada acima, e vou até a minha janela, ofegante.

Vejo Hazel em seu quarto, aparentemente bem. E ela não me vê, está olhando para outra coisa. Antes que eu me sinta aliviado, seu pai entra no quarto.

Minhas mãos apertam o parapeito da janela com tanta força quando ele fecha a cortina que minhas unhas chegam a sangrar.

XXX

Ponto de vista de Hazel Laverne.

—Ferdinand perguntou de você. Mostrei uma foto sua e ele disse que você cresceu muito... – Meu pai se senta ao meu lado, enquanto minha mãe está apoiada no batente da porta, a respiração acelerada.

Está preocupada comigo. Está com medo.

—E foi tudo bem? Na viagem? – Tento fingir interesse.

—Foi sim, sua mãe até pôde rever umas amigas do passado, não é amor? – Amélie assente, colocando o cabelo para trás da orelha. Parece um pouco melhor de quando a vi pela última vez. Mais corada, alimentada.

—Foi muito bom. Até fizemos um som, seu pai e eu! – Meu pai sorri para ela.

—Tivemos que voltar antes do previsto, Ferdinand tinha questões para tratar...enfim, eu te trouxe isso aqui... – Meu pai me dá uma caixa, mal embrulhada em papel pardo.

Sempre que eles viajam, me trazem algo. E voltam com um humor muito bom também, como se eles até fossem pessoas normais.

Talvez eu seja o problema deles, afinal.

Abro o embrulho, e fico surpresa ao ver uma edição de 51 do The NY post, meu jornal preferido de todos os tempos. Eu tenho uma pilha de jornais antigos, eu os coleciono e eles sabem disso. Geralmente, eles encontram esses jornais em antiquários e me trazem quando podem.

—Obrigada, vocês dois. Eu gostei muito... – Digo sorrindo, e vou até a caixinha onde guardo todos os jornais para acrescentar a mais nova estrela da minha coleção.

Meu pai sorri e depois sai do meu quarto, deixando eu e minha mãe a sós. Ela se senta na minha cama e segura a minha mão:

—Eu vou tentar ficar limpa, Hazel. Da heroína...eu vou ver um médico ou coisa assim... – Os olhos da minha mãe são iguaizinhos aos meus, chega a ser assustadora a semelhança. Dou um suspiro...queria acreditar nisso, de verdade. Mas é sempre assim.

Ela tem um momento bom com o meu pai, revive os bons tempos, volta renovada e quer parar com a heroína.

Mas aí a vida real bate. E ela não suporta.

Sorrio, mesmo assim. Quero que ela tente quantas vezes precisar.

—Fico feliz, mãe. Mesmo...- Ela coloca os meus cabelos para trás da orelha, e faz carinho no meu rosto.

—Você gosta daquele garoto? Gosta para valer? – Ela me pergunta de repente, bem baixinho. Ela não é idiota...ela me viu saindo da casa dele e até me ajudou a entrar em casa sem o meu pai perceber.

Meu coração acelera só de me lembrar dele.

—Gosto, muito mesmo... – Ela sorri meio triste.

—Ah, principessa...seu pai logo cansa desse joguinho, sabe? Ele acha outra coisa para ficar concentrado...até lá...cuidado, ok? – Assinto.

Eu sei, e ela sabe, que é preciso ter cuidado.

Se quisermos sobreviver.

XXX

Quando ela sai e eu fico sozinha, abro a cortina devagar. E lá está ele, na janela, todo tenso.

Quando me vê, se apressa a buscar algo. Não demora nem trinta segundos, e Sam me mostra um papel escrito:

“Você tá bem?”

Seu olhar é preocupado. Sorrio, e me apresso a pegar um papel eu mesma.

“Está tudo bem

Ele parece mais tranquilo, e eu mal posso esperar para vê-lo na escola amanhã.

Mal posso esperar para sentir o seu abraço novamente.

XXX

Novembro.

A maioria das provas já acabou, e Sam e eu conseguimos esconder tudo muito bem durante o mês que ficou para trás. Nos encontramos milhares de vezes em segredo, e nos falamos o menos possível na escola, porque não queremos que as pessoas erradas saibam sobre nós.

Tem sido difícil, fisicamente difícil. Mas não temos outra opção.

Meu pai tem ficado ocupado com um trabalho que ele encontrou, como mecânico, o que deve estar acabando com o ego dele. O que não significa que ele não esteja de olho em mim, é claro. Ele não pode nem lembrar que o Sam existe que fica transtornado, imerso em aversão.

Estou colocando as minhas coisas no armário, o corredor do colégio cheio de alunos por conta de estarmos perto da hora da saída, e Sam está me olhando do outro lado do corredor, também guardando suas coisas. Ele veste um moletom azul marinho, e sorri para mim, fazendo o meu corpo inteiro se arrepiar.

—Ei, e aí Laverne, tudo bem? – Fecho o armário e me deparo com Travis Danverson, um garoto loiro de estatura baixa que está na mesma classe de Inglês que eu.

Estranho sua interação comigo, porque nunca nos falamos antes.

—Tudo, o Sr.Smith pediu para me dar algum recado? – Especulo. Poderia ser isso. Ele sorri e faz que não com a cabeça.

—Não, sem recados. Eu estava pensando, você gosta de “Kansas”? Eles vão tocar na cidade, e eu tenho dois ingressos. Sempre te vejo com fones de ouvido na cabeça... – Troco o peso do corpo de uma perna para a outra — Então sei que gosta de música. Quer ir comigo?

—Agradeço o convite, mas não, obrigada...- Coloco a mochila nas costas e começo a andar pelo corredor, dando as costas para ele. Já estou do lado de fora no estacionamento, quando ouço Travis dizer, bem alto:

—Para alguém que tem uma mãe como a sua, você se faz de difícil demais, Laverne! – Paro de andar e fecho os olhos por um segundo. Algumas pessoas dão risada, e eu me viro e encaro Travis.

—E para alguém com menos de 1,70 de altura, você é convencido demais, Danverson. – Respondo. Os caras do time de basquete se matam de rir, e eu sinto o rosto fervendo de raiva. Não demora nada para que eu aviste Sam, os punhos cerrados a poucos metros da confusão toda, mais do que pronto para intervir, mas eu o censuro com o olhar.

Se ele trocar uns socos com Travis, todo mundo vai saber. E aí vai tudo por água abaixo.

Travis fica com o olhar ferido por ter sido humilhado, mas a coisa toda acaba aí. Saio andando e as pessoas que antes estavam prestando atenção nisso se dissipam, e vou em direção ao ginásio, que sempre fica vazio a esse horário. Não demora nada para Sam entrar pela porta, quase espumando de raiva.

—Aquele filho de uma puta merecia um soco naquela cara dele...- Ele começa, a narina inflada e os punhos fechados. Suspiro e me encosto na parede.

—Sam, eu sei. Eu lidei com ele, ok? Eu sei me defender! – Ele anda de um lado para o outro, a veia do pescoço saltada.

—Eu sei que sabe! Mas, caras como Travis, só aprendem quando levam uma surra...- Caminho em direção a ele, e seguro o seu rosto com as mãos. Olho no fundo dos olhos cheios de fúria dele, e tento acalmá-lo.

—Você precisa se controlar, Sam...- Ele respira mais fundo.

—Esse sou eu me controlando, El. Acredite...- Ele diz entre dentes. Passo as mãos nos seus cabelos e acaricio a sua nuca, porque sei que isso amolece ele. – Odeio que ele tenha te desrespeitado daquela maneira.

—Ei, esquece isso, ok? Esquece isso...- Sam me olha com o olhar de cachorrinho abandonado como se pedisse com os olhos “Por favor, por favor! Me deixe arrebentar aquele idiota, só um pouquinho!”. Suas mãos vão direto para a minha cintura, sua testa encosta na minha e ele vai me empurrando devagarzinho, até que eu esteja presa entre a parede e o seu corpo. 

—O seu pai não deu sinal de trégua? - Ele quer saber. Sacudo a cabeça negativamente.

—Não pode nem lembrar que você existe...chega a ser bizarro...- A respiração dele está pesada.

—E está tudo bem? Na sua casa? Ele não relou em você, né? Você prometeu que me contaria, El...- Seu olhar é suplicante. Desde que tudo começou, Sam me faz essa pergunta constantemente.

—Está, juro. Ele parece um pouco mais calmo, ultimamente. E sim, eu te contaria...- Respondo, sem saber se eu mesma acredito em mim ou não. Por mais que tenha prometido, tenho muito medo do que pode acontecer se o Sam e o meu pai perderem a cabeça um com o outro. Não gosto nem de pensar no assunto.

Sam assente, e começa a me beijar, sempre intenso, sempre voraz. 

Acima de tudo, sempre gentil.

—Eu quero que isso acabe logo, é uma tortura para mim! - Ele diz isso enquanto beija o meu ombro, me fazendo ter vontade de fazer de tudo com ele bem aqui e agora. Tenho tido muito essa vontade ultimamente - Eu quero que todo mundo saiba que você é minha, Hazel.

Quando ele diz esse tipo de coisa, a vontade piora consideravelmente.

—Logo todo mundo vai saber...- Digo baixinho. Seus olhos ficam escuros por um momento, lascivos. Ele olha para a minha boca enquanto diz:

—Diz, Hazel. Diz o que todo mundo vai saber...- Sua voz rouca faz o meu coração disparar. 

—Que eu sou sua...- Digo pausadamente, e observo o seu olhar se acalmando. Está satisfeito com a resposta.

Em uma fração de segundos, Sam segura as minhas coxas e me ergue, fazendo com que eu entrelace as pernas ao redor do seu corpo e apoie minhas costas na parede. Estou usando uma saia hoje, então a minha calcinha e o jeans dele são a única coisa no caminho entre nós dois. Ele respira ofegante, e eu também. Ele me encara, sorrindo.

—Eu amo te ver assim, El. Toda minha...- Seus lábios pressionam os meus, deliciosamente, sua língua sentindo a minha devagarzinho. Ele cessa o beijo por um momento, e eu quase choramingo por isso. Ele olha rápido para a porta do ginásio de maneira furtiva, e torna a me olhar - Posso fazer uma coisa? - Ele sussurra, o quadril muito encaixado com o meu, o olhar muito lascivo e o corpo tencionado.

—Pode fazer o que quiser...- A essa altura eu já perdi a cabeça. Ele volta a me beijar, com mais voracidade dessa vez. Ele me coloca no chão, devagarzinho, e eu me sinto decepcionada por um segundo, sentindo falta do seu quadril.

Mas só por um segundo. Sam separa os nossos lábios, ergue o meu rosto com a mão, me fazendo encará-lo, o que eu faço. Sua respiração se mescla com a minha quando a sua mão percorre a minha coxa, subindo devagarzinho, seus dedos mal encostando na minha pele. Arfo com mais intensidade, e seus olhos não desviam dos meus. Sua mão agora percorre o interior da minha coxa, e ele sempre está atento as minhas reações, deixando claro com o olhar que se preocupa com o que estou sentindo. Prendo a respiração por um momento quando os seus dedos colocam a minha calcinha de lado e ele me toca diretamente no meu clitóris.

Meu corpo se contorce. Nunca fizemos nada desse tipo, é a primeira vez que ele toca em mim desse jeito. E eu estou adorando cada segundo.

Sam move os dedos devagar, sabendo exatamente onde e como movê-los. Eu nunca me toquei antes...não saberia dar prazer a mim mesma.

Mas ele sabe. Me sinto molhando os seus dedos conforme a coisa sai de controle, e eu acabo fechando os olhos e gemendo baixinho. 

—Olha para mim, não tira os olhos dos meus...- Ele pede, sussurrando. Obedeço.

Sua imensidão verde com a minha, sua mão se movendo devagar. Minha respiração fica descompensada, meu quadril se move devagarzinho, o meu corpo inteiro se arrepia e eu me sinto ficando quente, dos pés a cabeça.

Meu deus...e se alguém entra aqui? E por que é que a ideia de sermos pegos me excita tanto? Será que é isso que fez com que ele perdesse um pouquinho de controle, ele gosta disso? 

Sem tirar os olhos dos dele, ele parece tão excitado quanto eu. Seus dedos me tocam com mais intensidade, apenas no clitóris. Ele não vai inserir os dedos em mim...ou vai?

Eu quero que ele insira os dedos em mim? O que é que eu quero? Se ele fizer isso, será que vai doer?

Mas ele não faz isso. Apenas continua me tocando de maneira suave, sem nenhum sinal de tentar me penetrar com os dedos.

A sensação contínua da textura da pele do seu dedo em contato suave com o mais íntimo de mim enquanto ele me olha fundo nos olhos, acaba sendo demais para mim. Uma sensação completamente desconhecida me acomete por completo, como uma corrente elétrica que perpassa o meu corpo por dentro. 

Sam...- Acabo gemendo o seu nome quando sinto espasmos dentro de mim, meus olhos se fecham involuntariamente, e eu mordo a minha própria boca tentando aguentar o tamanho da sensação que me cobriu.

Me sinto mais molhada do que nunca, e ele me beija com muita vontade explicita em seus lábios. Ele ajeita a minha calcinha, e retira a mão dali delicadamente, segurando a minha cintura com suas mãos, o olhar satisfeito sobre mim.

Estou completamente bagunçada. O cabelo, pernas trêmulas para além do que é explicável, lábios inchados, e com certeza o rosto vermelho e arfando sem parar.

—Ver você gozar assim para mim foi a coisa mais linda que eu já vi em toda a minha vida...- Ele sussurra, beijando o meu pescoço.

Meu peito ainda sobe e desce sem parar.

—Eu nunca...tinha tido um orgasmo antes...- Ele sorri, devagarzinho. 

—Todas as suas primeiras vezes vão ser minhas. - Ele sussurra - E as minhas serão suas.

—E quando é que eu vou poder te fazer gozar assim? - Questiono, ficando imediatamente vermelha e constrangida pela minha ousadia. Minha cabeça não está raciocinando direito. Ele sorri mais ainda, aquele tipo de sorriso cheio de más intenções.

—Logo. Quero te matar de vontade, antes... - Ele beija o meu pescoço, e diz, com a testa colada na minha, sua respiração mesclada com a minha - E tem mais um coisa que eu quero que você tenha hoje, pela primeira vez. Quero que me escute com atenção, Hazel. 

Ele me olha profundamente, e leva a palma da minha mão ao seu peito, onde fica o seu coração.

—Eu te amo, Hazel... - Sinto suas batidas acelerarem quando ele diz isso. Uma sensação incrível me toma por completo.

Um tipo diferente de euforia.

—Eu também te amo, Sam...- Se pudesse, guardaria nossas palavras em uma caixinha. Guardaria esse momento inteiro, se fosse possível.

Nesse momento, tive a certeza de que dentro da torrente de sentimentos infortúnios que me acometiam, amá-lo, de forma imprudente e avassaladora era o único barco à deriva ao qual eu estava disposta a subir e tentar, mesmo que em vão, me salvar.

Amá-lo é a minha salvação.

 


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Notas finais do capítulo

Vou me retirar em silêncio, depois dessa.
Carry on, Hunters.



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