A Garota Que Ficou Para Trás - EM HIATUS (JULHO) escrita por Willow Oak Acanthus


Capítulo 1
Prólogo - De volta a Lawrence.


Notas iniciais do capítulo

Oi você :)
Em 2020 eu postei essa história com o título "The man who lost his soul", com a personagem Hazel e um plot semelhante. Cheguei a terminar ela, amei escreve-la, mas percebi que não gostava de como havia feito ela de maneira corrida e mal desenvolvida (Na minha opinião). Então, estou de volta com a intenção de contar essa história tão importante para mim.

Espero que vocês me acompanhem durante a "Estrada até aqui".

Gente aqui o Sam tá bem novinho, adolescente, então imaginem ele tipo o Jared Padalecki em Gilmore Girls.
A Hazel eu imagino totalmente como a atriz Mackenzie Foy.

IMPORTANTE: Gente, eu coloquei +16 lá na classificação porque simplesmente parece que quando a gente põem +18, parece até que o site esconde a fic, ninguém consegue achar. Acho que é porque nem todo mundo sabe ativar o +18 na própria conta, aí não aparece. MAS a história é +18, então pfvr só leia se for maior de 18 anos. Se tiver menos, dá meia volta. Não é uma história para adolescente, tem muita violência e tem cena de sexo também. É isso. Obrigada.



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SAM WINCHESTER, LAWRENCE – KANSAS.

07 DE JULHO DE 1999.

 

Gosto do parapeito da janela do meu quarto. Quando está ensolarado eu fico tentando enxergar os limites do contorno do sol, e quando está chovendo, escolho uma gota de chuva que escorre pelo vidro e a observo até que suma.

É bom estar em...casa?

Não moro em uma casa há mais anos da minha vida do que posso me lembrar. Boa parte do tempo “minha casa” é o banco de trás do Impala 67 de John Winchester, ouvindo o mesmo maldito álbum do Metallica que meu irmão Dean coloca para tocar de novo, e de novo...e de novo. Motéis de beira de estrada e comidas enlatadas são parte da maioria dos feriados de que consigo me lembrar.

Mas desde um desmaio que sofri na última caçada, convenci John de que eu precisava terminar a escola.

Voltamos para Lawrence em julho, e a maioria do tempo John está caçando nas cidades vizinhas. Ele faz ligações duas vezes ao dia, quando possível. Nos manda cartões fraudulentos pelo correio com dinheiro suficiente para comprar comida e pagar a conta de luz. E é nisso que se resume sua paternidade.

—Você vai sair hoje? – Dou um sobressalto, pego de surpresa pela voz de Dean. Estava distraído observando um caminhão de mudança na casa frente à nossa.

Temos novos vizinhos.

—Ei, você não sabe bater? – Resmungo em vão. Dean não bate em portas nem que sua vida dependa disso. Ele rola os olhos enormes em tons de esmeralda e eu continuo – Não vou...já fui aonde precisava hoje.

Digo isso enquanto olho para um livro que peguei emprestado na biblioteca municipal. Finalmente tenho tido tempo para ler por prazer, já que passei o verão inteiro estudando para recuperar o prejuízo acadêmico e, no meio tempo, decifrando escritos de latim para as caçadas do meu pa...para John. Finalmente posso ler os livros por mim mesmo, com a única intenção de relaxar.

—Você tem agido como um gato assustado, Sammy. Tem algo...errado? – Dean dá uma coçadinha na cabeça, o que significa que ele está desconfortável. Dean Winchester não tem o melhor dos dons com as palavras, e é difícil para ele falar sobre sentimentos, sendo os dele ou os de outra pessoa, então sei quando ele se atrapalha. Ele sabe que há algo de errado.

Sabe disso desde a última caçada.

—Não. Nada de errado. – Falo isso sem tirar os olhos do homem aparentemente bêbado sentado no meio fio enquanto dois homens retiram a mobília do caminhão e uma mulher parece gritar com ele.  Assistir aos novos vizinhos é melhor do que assistir televisão.

—Tudo bem...Se você diz...escuta, vou sair com uma garota e volto de madrugada. Eu deixei macarrão com queijo no forno, e estarei com meu celular por perto. – Suspiro finalmente tirando os olhos dos novos vizinhos, e vejo que meu irmão está trajando a jaqueta de couro marrom de John, que é o dobro do tamanho dele, mas que ele usa de maneira orgulhosa por aí. Seus cabelos loiros escuros estão levemente arrepiados e ele tem sua postura de incerteza. Sei que ele se sente culpado todas as vezes que não está fazendo algo por alguém.

—Tudo bem, se divirta. Eu sei que eu vou! – Digo isso dando um sorrisinho de lado, pegando o livro do chão e o mostrando para Dean.

Moby Dick? É o que? Um livro sobre o pênis da baleia? – Dean não perde a oportunidade de fazer piada com o título do livro. Rolo os olhos e ele ergue as mãos no ar – Ei, não tenho culpa que deram esse nome para o livro. E Sammy...mantenha as armas por perto.

Vejo em seus olhos que ele não está brincando quando diz isso. Suspiro e assinto, sabendo que os Winchester nunca tiveram sorte alguma.

— Pode deixar, Dean. Apenas se divirta, não se preocupe comigo. – Pigarreio e abro o livro no meu colo. Vejo sua silhueta saindo do meu campo de visão e me concentro nas palavras de Herman Melville. O modo como a história é sobre obsessão e vingança faz com que eu revisite minha infância.

E John Winchester. E tudo o que me envolve.

XXX.

15 DE JULHO DE 1999.

Um monstro disforme vaga em uma mata verde muito sombria, confusa e cheia de névoa. Suas garras enormes estão riscando a casca de um carvalho, enquanto a criatura espreita na escuridão o cheiro de sangue humano.

Não...não é o sangue que o motiva. É a carne.

Um garoto de uns onze anos está sorrindo, seguindo a trilha com seu pai. Ele carrega as varas de pescar enquanto o pai segue uma bússola, e então....

O som do trovão me faz despertar de súbito, suando frio e tremendo. Olho para o relógio despertador na beira da cama e vejo que são 3:00 AM. Merda.

Espero que eu não tenha gritado. Espero que...

—Sammy? – Dean entra pela porta do meu quarto com as pupilas dos olhos completamente dilatadas pela escuridão. Está trajando um pijama com a foto de uma pizza na camiseta, e quando eu não respondo, ele se aproxima e se senta na beira da cama – O que aconteceu? Pesadelo?

—Sim...eu...- Minha voz morre. Desde a última caçada, eu tenho tido esses...sonhos.

Premonições. Vejo coisas ruins acontecendo, antes de elas acontecerem de fato. E então acordo aos berros, suado...e assustado. Nunca disse nem a John nem a Dean sobre os meus sonhos. Eles apenas sabem que algo não está certo, então digo que são pesadelos comuns.

—Sonhei com a mamãe. – Engulo seco e vejo Dean abaixando sua cabeça. Dizer isso sempre encerra o assunto.

Ninguém fala sobre Mary Winchester. Todos nessa casa têm pesadelos com ela.

Às vezes me sinto mal por usar essa cartada para omitir o que está havendo, mas não é como se premonições fossem um bom sinal. E a última coisa de que Dean precisa agora é que eu seja uma aberração.

—Vem, vou fazer algo para você beber...- Dean se levanta e fica me esperando, parado frente a porta. Fico imóvel na cama.

—Não precisa, sabe? – Ele bufa irritado.

—Eu sei, Samantha...Mas é falta de educação rejeitar uma bebida quente de madrugada. Levanta essa bunda magrela da cama e vem comigo. – Dou risada, levemente irritado. “Sammy” já é ruim o suficiente... “Samantha” é um insulto.

—Você tem o humor de uma senhora de cinquenta anos, sabia disso? Uma velinha rabugenta. – Digo isso e tomo um tapinha no topo da cabeça.

—E você tem um ninho no lugar do cabelo. Caramba, Sammy! Você nunca mais vai cortar o cabelo? – Dou de ombros enquanto seguimos pelo corredor.

—Vou, assim que você parar de se vestir com roupas três vezes maiores que você!

Touché. — Ele diz baixinho, meio que para si mesmo. Dean começa a preparar um leite quente enquanto me sento na bancada, ainda sentindo calafrios.

E com a plena certeza de que a essa altura o garotinho e seu pai estão, sem sombra de dúvidas, mortos.

XXX

17 DE JULHO DE 1999.

Moby Dick é um ótimo livro. Não é meu tipo de escolha, mas é surpreendentemente cinza em essência, quer dizer...é sobre uma baleia. Mas não é! E é um livro muito pesado, também. O enfio dentro da mochila e visto um suéter azul marinho com pressa, desço as escadas e deixo uma nota de aviso para Dean na geladeira.

Fui à biblioteca e volto logo”.

Passo pelo nosso gramado mal cortado e desigual e vejo que os vizinhos chutaram nosso gnomo de novo. Dou um suspiro, irritado. Foi ideia minha comprar esse maldito gnomo de jardim, e Dean ganha cinco dólares cada vez que algum vizinho o chuta. Como as vezes eu suspeito que é ele mesmo quem o chuta, todos os dólares que ele ganhou de mim nesse meio tempo são trocados que eu roubei dele.

Justo.

Levanto o Sr.Dibles, que é como decidimos nomear o gnomo, e pego minha bicicleta velha que estava encostada na cerca gasta pelo tempo e pela chuva. Estou pronto para montar nela, e coloco o meu walkman para tocar enquanto pedalo pela rua molhada da tempestade da noite anterior.

Head Over Heels começa a tocar, e conforme o som gentil da bateria se faz presente, tento desviar das poças enquanto uma garoa se inicia.

XXX

A sessão de ficção da biblioteca municipal de Lawrence é enorme, o que não se pode dizer da sessão de astronomia. Ultimamente tenho me apaixonado cada vez mais pelo espaço.

Sabe, imaginar que eu vivo em uma pedra flutuante no meio do vácuo eterno que se expande sem propósito algum faz com que meus problemas pareçam pequenos. Até cômicos. Estou passando os olhos pelos livros, a ponta dos dedos nas lombadas de cada um enquanto busco por algo interessante.

Cosmos” de Carl Sagan, parece se destacar dos demais. Está mais gasto, o que significa que foi procurado com frequência. Estou folheando as páginas com certa concentração quando de repente, meio aos livros, vejo uma garota do outro lado da prateleira.

A primeiro momento, paraliso e meus olhos focam nela por estar surpreso. Não estava esperando ver ninguém por aqui em um dia de chuva. Mas então, percebo que há mais nela que faz com que minha atenção se prenda por mais alguns segundos.

Seus olhos estão fixos em um livro grande demais, e ela o segura com dificuldade em suas mãos cobertas por luvas. Seus cabelos castanhos em tom de aveleira são tão compridos que algumas mechas parecem difíceis de conter atrás de sua orelha. A encaro por mais um tempo, porque mesmo quando um relâmpago brilha no céu e o barulho do trovão invade a biblioteca, ela não tira os olhos das páginas.

Ela sequer pisca.

Nunca vi alguém tão compenetrado em uma leitura antes. Me pergunto que livro ela tem em mãos, que é tão interessante ao ponto de fazê-la se esquecer do mundo ao seu redor.

E ela é tão...linda. Mal consigo ver seu rosto claramente, e já sei disso. Simplesmente sei.

Mas não dá para ficar encarando-a aqui de onde estou, do outro corredor por entre as prateleiras e furtivamente como um maníaco faria, não. Então eu saio do corredor de astronomia despretensiosamente e entro no corredor em que ela se encontra, tentando agir naturalmente.

Agora, tenho uma visão mais clara. Mesmo que seja uma visão periférica, já que finjo estar olhando os livros. Ela é muito mais baixa do que eu, e veste um suéter marrom e jeans escuros. Mas seus cabelos estão cobrindo a capa do livro, já que sua cabeça está baixa.

Droga.

E se for o melhor livro do mundo?

Pigarreio, só para ver se ela vai se mexer.

Nada.

Ela continua lendo, como se o mundo pudesse explodir e ela não poderia se importar menos.

Acabo por desistir. Não dá para ver a porcaria da capa, e eu não quero falar com ela, sinto que iria atrapalhar. Vou rumo a administração registrar meu livro e enfio os fones do Walkman de volta na cabeça.

Só posso torcer para conseguir, um dia, descobrir que livro era aquele.

E qual o nome da garota que o lia com tanto magnetismo.

XXX

01 DE SETEMBRO DE 1999.

 Estar de volta no colégio é frustrante e maravilhoso ao mesmo tempo. Eu amo aprender, amo passar cinquenta minutos completamente focado em algo que faça meu cérebro derreter. Amo álgebra, porque consigo deixar a minha mente silenciosa por alguns instantes.

A hora do almoço é a parte frustrante...ninguém fala comigo. Eu sou alto demais para um garoto de dezessete anos, e isso me deixa desajeitado e magrelo, na minha opinião. Acho que isso é só parte do problema...o que acontece, no fim do dia, é que ninguém se interessa mesmo.

Fico jogando o pequeno brócolis no prato de um lado para o outro, remexendo a comida nervosamente enquanto apoio a cabeça em minha mão. Me pergunto se John já ligou hoje...

Não que eu queira falar com ele. Mas é bom saber que ele está vivo.

Mas então algo chama a minha atenção. A garota da biblioteca está sentada à três mesas frente à minha, com um walkman em sua cabeça e fazendo o que deve ser o dever de casa. Novamente, mesmo o barulho e as pessoas do mundo ao redor dela não parecem importar.

Endireito a minha postura enquanto a observo. Ela parece estar estressada com o que está escrevendo, como se não estivesse satisfeita. Um cardigã azul claro cobre o seu busto, e eu só percebo que a encarei por tempo demais quando, pela primeira vez ela se distrai com o que está fazendo e ergue os olhos, que encontram os meus.

Verdes, em tons escuros de musgo em um formato amendoado e pronunciado, assim como as maçãs altas do rosto. Gelo por um momento por ter sido pego a encarando, mas logo abaixo a cabeça fingindo estar de repente muito interessado no prato de comida.

XXX

 03 DE SETEMBRO DE 1999.

Não demora para que eu descubra que a garota do livro gigantesco é filha dos novos vizinhos. Eles são barulhentos demais, e ela passa mais tempo sentada no parapeito da janela do quarto do segundo andar do que qualquer coisa, e isso me incomoda profundamente.

Porque agora, se fico no parapeito da janela, ela pode me ver. E então vai parecer que estou lhe observando, o que não é bem verdade. Esse sempre foi meu lugar para ler...e observar a vida lá fora. O que mais me irrita nessa história toda é não saber a porcaria do nome do livro. Ela o lê na escola, durante a aula de Álgebra e no maldito parapeito da janela. As chuvas estão começando a ser mais escassas, mas ainda assim o tempo segue nublado.

Nublado como o meu humor. John não ligou hoje...

De novo.

XXX

05 DE SETEMBRO DE 1999.

A garota está chorando e gritando com os seus pais. Eu observo tudo das escadas, de onde ela acaba de descer. Sua voz carrega a carga de raiva acumulada por anos, mais afiada e elétrica que mil tempestades. Eu a sigo, e meu corpo atravessa a porta da frente mesmo quando ela a bate, como se eu fosse um fantasma.

A garota vai em direção ao jardim, e quando ela se encolhe no chão e tampa os ouvidos, um grito sai de sua garganta. Por dez minutos ela parece indecisa, olhando para o céu, como se ele fosse responder a todas suas dúvidas. 

A garota decide entrar em um Mustang branco que estava parado na garagem de sua casa, e enquanto ela dá a partida, percebo que ela não parece saber o que está fazendo. Será que sabe mesmo dirigir?

E no apogeu de seu desespero, entendo o que ela quer fazer de verdade. As suas mãos trêmulas mal conseguem segurar o volante, e suas lágrimas aumentam quando ela acelera o carro cada vez mais.

80km. 180 km...

De repente estou no banco do carona e começo a gritar com ela, mas sou apenas um turista invisível. Ela não me vê, não me ouve, como todas as vítimas em meus sonhos.

Em minhas premonições.

Sinto o impacto quando ela fecha os olhos e o carro capota no ar quando ela perde o controle. Vejo tudo em câmera lenta.

Os cacos de vidro no ar, como estrelas. O sangue em sua testa ao bater no volante, com força. O som que o seu pescoço faz ao se quebrar. 

E seus olhos.

Seus olhos abertos e sem vida.

E o ponteiro marca em números vermelhos e brilhantes, que pulsam como um lembrete:02:31hAM.

XXX

Acordo suando e gritando, com Dean tentando me conter.

—Ei, ei! - Meu irmão me dá um tapa no rosto, e seus braços seguram os meus - Sammy!

—Dean! - Consigo sobrepor sua força e me sento na cama, desesperado para ver que horas são. 

O suor respinga no meu rosto, e percebo que meus braços estão completamente arranhados e sangrando. As pupilas dos olhos de Dean estão tão dilatadas que seus olhos estão negros. 

—Que horas são? Dean! Que horas são? - Meu irmão parece confuso, mas vê meu desespero e aponta para o relógio na minha cômoda.

02:10AM.

Me levanto em um solavanco e olho pelo parapeito da janela. Lá vai o Mustang branco, já quase no fim da rua.

Preciso correr contra o tempo. Abro a janela e dou um grito, mas sei que ela não pode me ouvir. Dou um tapa no parapeito da janela, frustrado. Me viro e saio correndo, ignorando completamente o meu irmão. Desço as escadas e procuro desesperadamente pelas chaves do Impala 67.

Dean corre atrás de mim, mas não consegue me alcançar a tempo, dou a partida o mais rápido que consigo e acelero.

Não sei como vou impedir a morte dela. Não sei nem se isso é possível. Mas se é possível tentar, então eu tenho que fazer isso. Eu posso não ser um caçador nato, mas eu quero salvar as pessoas. 

Essa é a única parte do negócio de família que me interessa. 

Tudo depende de um carro preto agora. 

Às vezes, um carro preto e um Winchester são a única coisa que pode impedir uma morte.


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Notas finais do capítulo

Aceito criticas (Mas com gentileza, ok? Eu sou sensível e eu choro kkkk). Brincadeiras a parte estou aqui para aprender.

Comentem! O pagamento da fanfiqueira são os comentários.

Abraços, Hunters.

XOXO, Willow.



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