Kim Seungmin:

Foi transformado junto aos seus oito amigos aos seus 23 anos no ano de 1323, portanto hoje ele possui 723 anos.

Após alguns anos do retorno do Hyunjin o Kim Seungmin entrou em sua era sombria.

Para ele viver sem sua amada era aterrorizante, fora que ele sentia tudo de forma intensa e por conta de seus dons, não era só a sua dor que ele podia sentir, ele sentia seu clã inteiro devastado, era tanta dor, e ele não sabia como agir diante daquilo...

Ele entendia que, se quisesse, poderia manipular os sentimentos de todos, mas isso seria justo? Sua amada não merecia ter seu luto vivido por eles?

Não, ele não poderia fazer algo assim, todos eles deveriam sentir sua perca.

Essa dor foi algo que o Kim não suportou e por isso em uma noite qualquer ele simplesmente se foi sumindo na escuridão.

...

Seus dons:

Audição mega aguçada (além do normal para um vampiro)

Sensibilidade/Identificação dos sentimentos alheios

Controle de emoções, sensações e sentimentos

Introdução

"Eu usei e abusei desse controle, fiz coisas terríveis a todo tipo de gente vai por mim, eu agia como um câncer no meio de mortais e imortais porque afinal sentimentos todo ser vivo ou caminhante morto tem acredite."

Trecho retirado da obra original: Transformação — Mansão SKZ

Cap. 13 Estranho é não ter você.

...

Todo ser carrega dentro de si uma bomba atômica pronta para explodir.

Sentimentos são como pólvora e eu sou o fogo que fará tudo explodir e acredite em mim, eu não poderia me importar menos com essas pessoas, não me importava antes, agora então.

Mas eu tenho um plano para fazer quem levou minha princesa embora pagar caro por isso.

Eu posso até não conseguir tocar em você Valentinne, mas sei exatamente em quem tocar para te atingir.

Nada trará a minha amada de volta e eu sei bem a dor que isso causa em meu clã, então não pense nem por um instante sua vadia que o seu clã não sofrerá também.

Agora, vamos ferir alguns orgulhos e levar ao inferno algumas almas.

Alice, meu amor, se estiver me olhando agora, eu sugiro que desvie o olhar, e nunca se esqueça que eu sempre irei te amar.

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Seu desejo é saber como voar.

Seungmin’s POV:

Em minha mente existe apenas um objetivo: me vingar daquela que levou minha amada!

E é com isso que eu tenho trabalhado esses últimos tempos, desde que saí da mansão os únicos sentimentos que me aporrinham são os meus próprios e isso me fez perceber que eu preciso dessa vingança ou eu nunca terei paz.

Tenho observado, eu sou muito bom nisso devo admitir, e após olhar bem para o clã da Valentinne a ideia perfeita veio até mim, e agora eu só precisarei encontrar as peças necessárias para executar o meu plano, e enquanto eu me vingo, me certificarei que aquela vadia perca bem mais do que membros de seu clã.

Ela perderá o que a faz ter a ilusão de ter algo em sua existência patética, e eu assistirei a tudo com todo prazer.

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Anos depois.

Por meses o vampiro observou as rotinas do clã da Valentinne, ele estava obcecado por vingança e não sossegaria até conseguir nem que fosse bagunçar um pouco a vida daquela maldita vampira.

Entre suas idas e vindas ele descobriu uma feiticeira, essa que conhecia o Senhor que sempre os ajudou, mas diferente dele ela era sem escrúpulos e trabalhava com as trevas então ele foi até ela para conseguir algo que desse eficiência aos seus planos, porém a mulher não gostou nada de saber que havia chamado a atenção de um vampiro.

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— Por que está tentando se esconder de mim? — O vampiro falou sentado no parapeito da janela da feiticeira, fazendo ela quase enfartar de susto. — Se me ajudar, eu não farei mal a você Mirthris, sua vida não me importa, mas quero que me faça algo que eu possa usar em humanos para que o sangue deles matem vampiros, e adivinhe só? Você está louca de vontade de me ajudar.

Assim que a feiticeira ouviu a doce voz do vampiro, ela sentiu dentro de si seus sentidos mudarem, o medo dele passou a ser um desejo enorme em servi-lo como se a vida dela dependesse puramente da satisfação daquele ser em sua frente.

— O que quiser que eu faça Kim, eu farei por você.

— E é assim que se fala feiticeira, prepare um veneno mortal aos vampiros, mas inofensivo aos humanos, vou matar alguns sanguessugas e me divertir no processo.

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Não demorou muito o vampiro com cara de poucos amigos tinha em mãos um elixir feito com uma erva nociva aos vampiros e sangue tirado de pessoas mortas, o que também era fel a esses seres, mas por conta do feitiço que os misturou nada fariam aos humanos, assim como ele havia pedido a feiticeira.

Neste tempo em que esperava o elixir ficar pronto, ele observou o clã da Valentinne mais de perto ainda, seus hábitos foram mentalmente gravados e o vampiro usou seus dons para ir manipulando o cenário ao seu redor.

...

Flash Back On.

O Seungmin estava em um bar onde a havia vampiros e humanos para todos os lados, e estes humanos que seriam alimento de qualquer forma mal sabiam o que os esperava.

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— Sabe, — O vampiro se aproximou de um dos pupilos da Valentinne — Você odeia sua mestra, tem repulsa por ela e está louco para matá-la.

Aquelas palavras fizeram o jovem vampiro entrar em um transe.

— Eu detesto a minha mestra.

— Sim, claro que detesta, ela é odiável, ser repugnante.

Aquilo nem sequer divertia o Kim, pois a menção a vampira que matou sua amada o deixava imerso em um ódio profundo.

— Eu quero matá-la!

— E você vai, mas antes você vai me trazer aqueles dois ali. — O Seungmin apontou a um casal de humanos. — Traga-os aqui sim? Mas não os machuque, você até simpatiza com eles, não é?

— Sim, é sim, eu já volto!

Não demorou nada o vampiro voltou com os dois que sorriam sabe-se lá o porquê.

— Simpáticos, vai servir. — Assim que eles encostaram no balcão, os olhos do Kim ficaram vermelho vivo. — Por que vocês se odeiam tanto? E por que querem se cortar com cacos de vidro?

Assim que o vampiro se calou o casal começou uma discussão, ambos quebraram garrafas que pegaram no bar e começaram a sangrar fazendo os vampiros no local enlouquecerem com o sangue exposto e começarem a se alimentar não só da dupla, mas de todos os humanos ali fazendo uma verdadeira chacina no local.

— Não! — O Kim falou firme e o vampiro que estava já sobre seu efeito parou com suas presas a mostra. — Você não os quer, está satisfeito e vai embora agora mesmo, me encontre aqui em dois dias, você ficará muito ansioso por me encontrar, e não falará para ninguém sobre mim ou o que viu aqui, você não sente vontade de falar sobre nada disso e também irá querer evitar a Valentinne a todo custo.

O vampiro o ouviu e convencido do que sentia se foi do bar e o Kim ficou ali vendo a animosidade daqueles vampiros imbecis.

— Patéticos..., mas me servirão bem para o propósito.

Enquanto eles se embriagavam no sangue daqueles humanos, o Kim despertava neles coisas como fome, desejo, adrenalina, e os convencia a voltarem ao bar em alguns dias, e assim que induziu a todos ali ele saiu do bar enfrentando a noite.

Flash Back Off.

...

Tudo estava se encaminhando como ele planejava e enquanto ele esperava pela feiticeira, ele continuava a fazer como era de sua vontade, ateando fogo nos sentimentos alheios por onde passava fazendo suas vítimas sucumbirem das mais diversas formas possíveis provando que sentimentos não passam de explosivos.

...

— Sabe o que você mais deseja?

A humana com ele estava em pé na beirada do para peito da janela de seu quarto com medo da altura que via a sua frente, mas também com convicção que estava amando a adrenalina.

— O que eu desejo?

— Saber como é voar... — o olhar dela foi de desespero por um instante e aquilo fez o vampiro sorrir. — Mas antes você também deseja me alimentar, então deite sua cabeça para o lado e me sirva.

Antes de terminar de falar ele ficou em pé com seu corpo colado no da moça ali com ele, e ela já colocava seus cabelos para o lado deixando para o vampiro seu pescoço desnudo para que ele se alimentasse e antes de se cravar nela ele pensou que aquilo seria excitante se não fosse tão entediante.

— O tanto que você me deseja... — Ele falou rente ao ouvido dela, de longe para aquele vampiro o sabor do desejo impresso no sangue de suas vítimas era o melhor de todos. — Você me quer entrando em você?

— Sim... — a resposta dela saiu junto a um gemido e o vampiro riu desdenhoso.

— Vou entrar, me sinta por inteiro.

Enquanto ele a bebia ela sentia seu corpo em chamas como nunca sentira e seu sangue era delicioso na boca do vampiro.

Ele sempre amou se jogar de lugares altos, pois aquilo o trazia paz, mas também amava ver outras pessoas se lançando nas alturas, a forma como caíam era fascinante para si, então quando ele se deu por satisfeito do sangue de sua vítima ele a abraçou com força para a induzir uma última vez.

— Você deseja tanto voar... voe para que eu veja, será lindo.

Ele soltou seu braço do corpo daquela que acabara de lhe servir por alimento e ela apenas se lançou do parapeito daquela janela o que encheu os olhos do vampiro com a vista que tinha, parecia que ela caia em câmera lenta e o movimento do seu belo vestido assim como o de seus cabelos ao vento era fascinante para ele, assim como os panos da cortina branca que balançavam como se pudesse segurar a que caía, mas não podiam, era tarde demais para aquela jovem.

Após observá-la por um breve momento ele se jogou atrás dela.

— Você morrerá, mas saiba que está muito linda, e que me serviu prazerosamente, você tem um último desejo?

Ela o olhou confusa e até mesmo assustada, mas nem tanto, ela voava para ele e aquilo a deixou satisfeita.

— Você me beijaria enquanto voamos?

Aqueda estava no fim e o pedido daquela jovem o fez lembrar de sua amada, então ele resolveu conceder o desejo dela a pegando no ar e virando o corpo dela por cima do seu, ele a beijou com ternura, e ficando na vertical ele chegou ao chão com ela em seus braços em um beijo lento e intenso, e assim que se separou ele virou o pescoço dela em suas mãos e ela caiu no chão sem vida.

— Você só não queria morrer na queda, esperta.

E com suas mãos por dentro do seu sobretudo, ele saiu dali caminhando como se nada tivesse acontecido.

...

Agora com tudo pronto, a feiticeira usou o jovem rapaz que o vampiro deixou a sua mercê para o avisar que tudo estava pronto e que ele já podia ir ao seu encontro.

— Finalmente! — O vampiro que estava em sua casa sorriu quando ouviu o jovem. — Já vou até ela, mas antes me diga; sabe o que você mais deseja, meu jovem rapaz?

...

— Fez os testes como pedi?

— Claro que fiz Kim, mas nem precisava, eu já usei isso antes.

O vampiro não confiava nem um pouco na feiticeira, então levou um homem junto a ele, esse que sentia que deveria seguir o vampiro até o inferno se preciso fosse.

— Dê a ele a quantidade certa para que eu veja como devo usar isso.

Assim como ordenado ela o fez, colocando o elixir em uma dose de licor e deu ao homem que segurou o copo um tanto confuso.

— Beba isso e me diga que gosto tem.

Ele bebeu e com um semblante satisfeito encarou o vampiro.

— É um licor Bénédictine, e original, dá para sentir as notas de zimbro, cravo, limão e mel misturados a maçã, tomilho e canela.

— Então você é um alcoólatra especialista? Muito bem! — O vampiro tinha um semblante curioso. Estava na hora de ver se aquilo funcionaria mesmo. — Pode entrar Louis.

Outro vampiro entrou ali, ele era um dos do clã da Valentinne e apenas seguia o Kim, com devoção e assim como o humano ali com eles, este vampiro iria até os confins do inferno pelo que o chamou.

— Você está tão sedento, há quanto tempo não se alimenta?

A boca do Louis secou na hora, ele sentia sua garganta arder e suas presas saltaram com tamanha rapidez que fez o Seungmin sorrir.

— Calma meu amigo, eu trouxe seu lanche, — O Kim pegou no braço do humano e o jogou para o outro vampiro. — Beba-o até a última gota, você não quer parar por nada.

A feiticeira olhava tudo espantada, mas, ao mesmo tempo tranquila, e sem nem pensar, o vampiro instigado pelo outro começou a beber aquele humano infeliz.

O Kim olhou a feiticeira como quem a avisasse sobre o que faria a ela caso não funcionasse.

— Apenas observe Kim.

O vampiro começou a agonizar, ele queria soltar o humano e parar de ingerir aquele veneno, mas ele simplesmente não podia, e quando acabou tanto ele quanto o homem que bebeu até a última gota, caíram no chão, duros e sem vida.

— Perfeito, onde está o restante do elixir?

— De quanto você precisa?

— O suficiente para oito vampiros e uma quantidade extra simbólica.

Ele disse com uma expressão vazia e ficou assistindo-a colocar o mesmo conteúdo usado anteriormente em oito frascos distintos de tamanho pequeno e mais um pouco em um frasco ainda menor e em seguida os deu ao vampiro.

— Um frasco para cada um, foi exatamente a quantidade usada para derrubar esse tal de Louis, e esse aqui é o que servirá de souvenir.

Ele os pegou e os colocou no bolso de seu sobretudo, porém o fato dela ter falado o nome do vampiro morto o colocou em alerta, com toda certeza ela daria com a língua nos dentes sobre o tempo passado juntos e a quantidade de vampiros que ele matou, pois aqueles oito serão apenas as cerejas do bolo, enquanto ele esperava ele matou alguns outros e ela sabia disso o que poderia colocar seu próprio clã em perigo caso ela falasse daquilo com alguém, e isso não era algo que ele poderia permitir que acontecesse, afinal aquilo tudo era a sua vingança particular.

— Ótimo, você fez um bom trabalho aqui, Mirthris.

— Então acabamos?

— Sim, acabamos.

— Tenha uma boa vingança Kim, e nunca mais me procure, não quero me envolver com vampiros rancorosos nunca mais.

O Kim apenas a observou, uma feiticeira que trabalhava com as sombras estava com medo dele e aquilo o fez notar o quão sombrio ele esteve esses últimos tempos.

— Eu já vou feiticeira, mas antes, me diga, — A feiticeira o olhou assustada, pois ela o ouviu falar aquilo inúmeras vezes nos últimos tempos. — Sabe o que você mais deseja Mirthris?

— Você disse que não me mataria!

— E não vou, você apenas irá voar lindamente essa noite.

...

Caminhando pelas ruas frias e escuras, ele sentiu por dentro do seu bolso aqueles oito frascos.

— E se eu os levar para a mansão e tomá-los com o meu clã? Isso certamente acabaria com nossas dores.

Ele pôde se ouvir nitidamente e assim que terminou de falar, ele ouviu a voz de sua amada princesa em sua mente em uma conversa que tiveram dias antes dela morrer.

“— Prometa que vai me esperar para sempre Minnie? E que nunca vai esquecer o nosso amor...”

— Eu prometo Alice, vou esperá-la pela eternidade se preciso for e a amarei com todo o meu amor pelo mesmo tempo.

...

Agora ele se encontrava no bar costumeiro onde ele tinha ficado de encontrar o jovem vampiro do clã da Valentinne, seu olhar estava perdido, mas sua audição captava tudo o que estava acontecendo, não que isso fosse interessante para ele, pois pelo vampiro todos ali mereciam estar mortos... e é como estarão em breve.

...

— Ah, você chegou... — O Seungmin encarava o jovem vampiro. — E pelo que vejo ainda quer muito fazer mal a Valentinne.

— Sim, eu ainda quero, eu os chamei Kim, os oito assim como me pediu e agora? O que faremos?

— Vamos observar.

Todos os clãs sabiam da obsessão da Valentinne pelo clã Bang SKZ, mas apenas o Seungmin havia notado que a vampira havia escolhido oito rapazes com semblantes que lembravam aos de seu clã inclusive a si para fazer de seus pupilos, então já que ela não os tinha ela externava seus desejos com estes desafortunados.

E eram eles que adentravam o bar, naquela noite fria e sombria e os encarar fez o Seungmin pensar no quão doente a assassina de sua amada era, pois era um fato, aqueles vampiros lembravam bem aos oito do clã Bang SKZ a quem a Valentinne aprisionou com a eternidade.

Eles pareciam famintos, tudo estava perfeito.

— Garçom! — O Vampiro chamou o homem atrás da bancada. — Está na hora, sirva-os como te pedi.

Momentos antes de todos os vampiros chegarem, o Seungmin preparou as bebidas que seriam dadas aos humanos que esta noite morreriam para poder matar algo valioso da vampira que ele tanto odeia.

Tudo estava correndo bem.

...

— Ora, ora se não é o Kim Seungmin! — O vampiro que seria a sua cópia falou sorrindo, mas seu sorriso era puro sarcasmo. — Veio beber com reles vampiros como nós?

— Na verdade, vim sim, e você está tão sedento que mal consegue se aguentar, aliás, todos vocês estão e olha que incrível, naquela mesa ali tem oito vítimas para suas presas afiadas, vocês querem tanto bebê-las até o fim, sentem o queimar em suas gargantas? — Os vampiros haviam caído, todos agora estavam sentindo exatamente tudo que era sugerido pelo Seungmin e ele se sentia frio como nunca. — O que estão esperando para satisfazerem seus desejos? Vão a caça!

Eles foram e não demorou muito cada um dos oito vampiros estava tomando o sangue envenenado de suas vítimas.

Eles começaram a sentir o veneno os matando lentamente, e quando notaram já era tarde demais.

— Uma pena que vocês não consigam parar de bebê-los, vocês nem querem soltá-los, são incapazes.

Conforme eles tomavam de suas vítimas, ambos morriam aos poucos e no fim pares de corpos caíam sem vida pelo bar.

— Todos estão chocados, não é? — Ele se dirigia aos demais humanos e vampiros ali que observaram tudo horrorizados. — Esse bar tem uma vista incrível no terraço — Ele falou se sentando ao lado de uma bela moça, e ele acariciou os cabelos dela a fazendo ficar fascinada pela beleza do vampiro. — Sabe o que vocês mais desejam? Tudo o que mais querem agora? É saber como é voar! Então por que não vão ao terraço e realizem os sonhos de vocês? E para vocês amigos — Ele se voltou aos vampiros. — Matem o desejo de arrancarem as cabeças uns dos outros enquanto se jogam lá de cima.

Sem mais nada dizer, ele viu humanos e vampiros caminharem ansiosos por realizarem seus desejos e não demorou muito alguns corpos caíram do lado de fora do bar fazendo sons estrondosos quando batiam no chão.

— Uma chuva insignificante. — Ele olhou para o dono do bar e o vampiro que ainda estavam ali com ele. — Hoje o senhor pode encher a cara, não sirva mais ninguém, apenas feche seu bar e mate sua imensa sede pelo álcool servido a sua clientela inútil, e aqui — ele colocou uma bela quantia em dinheiro no balcão — Você não terá prejuízos então não se preocupe e apenas satisfaça seu desejo meu bom homem, e você... — o outro vampiro o encarou —leve um recado para sua mestra...

...

Na mansão da Valentinne o jovem vampiro foi até o aposento dela, ele levava em suas mãos uma enorme caixa com as cabeças dos oito vampiros queridos por ela a abrindo sobre sua cama e em seguida contou a ela tudo o que aconteceu em uma calma terrível de se observar, e ao final de seu relato ele foi até sua janela e subiu no parapeito.

— Meu desejo Valentinne, sempre foi saber como era voar para longe de você.

Ele se jogou e enquanto caía ele mesmo arrancou sua cabeça.

A vampira sentiu um ódio crescente a tomar por completo, ela observava a caixa aberta sobre sua cama com aquelas oito cabeças quando notou um pequeno frasco junto a um bilhete e os pegando se pôs a ler...

“Para você uma pequena lembrança do que sua existência representa a todos que a rodeia, você é um veneno disfarçado de cura, e no fim acaba por matar tudo em sua volta, faça um favor e beba-o, ou apenas guarde a lembrança daquilo que levou de você os donos de seu amor tortuoso.”

Ao ler aquilo, ela sentiu uma dor queimar dentro de si, pois, no fundo, ela sabia que agora estava ainda mais longe de conquistar os alvos de seu amor doentio, e sem os seus pupilos que de certa forma a confortava por serem idênticos a eles ela estaria ainda mais perdida em sua rejeição.

— Eu vou matar você Kim Seungmin! Isso não ficará assim, você me paga!

...

Quando sua vingança acabou, o vampiro tirou da posse de sua rival um número considerável de vampiros, deixando o clã da Valentinne muito defasado, e a vampira com ainda mais ódio pela mulher que ela jurava ter roubado de si seus amores verdadeiros.

...

Mesmo tendo feito algo para se vingar, as sombras não largaram o jovem vampiro e ele continuou sua saga por mais algum tempo, fazendo suas vítimas desejarem as coisas mais horrendas, fossem elas humanos ou vampiros, porém sua indução favorita sobre os desejos alheios ainda era a que os faziam acreditar ter o sonho de voar.

...

Anos depois.

O vampiro estava sentado a uma altura vertiginosa em uma montanha, afastado de tudo, ele pensava em sua amada e suas veias ardiam de raiva por tê-la perdido, por não ter sido capaz de tê-la protegido, mas principalmente de saudade, e não só dela, mas de todos os outros também e todos aqueles sentimentos estavam longe de passar um dia.

...

— Você sabe que eu te ouvi chegar não é Channie?

O outro vampiro deu um sorriso de lado, singelo, mas muito feliz por ter finalmente o encontrado.

— Sim, eu sei Minnie, mas eu não estava me escondendo.

— Claro que não, você veio me resgatar... — ele encarou seu líder — Você soube das merdas que fiz, não soube? E ainda sim, vai me querer em seu clã? Depois de tantas mortes atreladas a mim? Eu carrego muito mais sangue nas mãos do que um vampiro comum que só mata para se alimentar.

— Não me importo, nós não nos importamos, só queremos você de volta, então por favor volte comigo.

— Não posso voltar, a Valentinne está atrás de mim, ela irá retalhar vocês, não posso permitir isso.

— Minnie me ouça, se ela vier, estaremos prontos, mas no momento soube que ela está na Dinamarca, então ela não virá tão cedo.

Eles se olhavam nos olhos e muitas coisas foram ditas por ambos sem que nem um som saísse de suas bocas.

— Senti sua falta velhote.

— E eu a sua cachorrinho — ele estendeu a mão para o outro que a segurou e em seguida eles se abraçaram. — Vamos voltar para casa.

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O Seungmin voltou e todos o receberam com todo amor, mas tudo o que ele viveu levou anos para o deixar em paz novamente.

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Sentimentos são bombas dentro de cada ser, e estão sempre prontas para explodirem e causar todo tipo de estrago possível, e desde que ele voltou sempre que ele se sentia prestes a explodir com seus próprios sentimentos ele parava no parapeito da janela mais alta possível da mansão onde vivia, fechava os olhos para ouvir ainda mais o universo e livre se atirava das alturas para sentir-se voar e aquela passou a ser a sua forma de libertar-se da escuridão dentro de si.

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