Antes do para sempre escrita por Cupcake de Brigadeiro


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente, eu não iria postar, porém eu gosto de escrever. Bem, além disso, esse capítulo é recente, eu escrevi ontem mesmo, porque como falei nas notas da história, eu comecei a escrever a Fic aproximadamente em agosto de 2020, e vim escrevendo pequenos fragmentos desde então. Claro que nunca vou realmente postar tudo, porque eu tenho muitos lapsos, não consigo me manter tão constante em absolutamente nada na minha vida e talvez seja por isso que eu tenho tantos problemas atualmente. Espero sinceramente que vocês gostem, foi um capítulo que escrevi relativamente rápido, porém deu trabalho porque a Katniss é alguém de 34 anos nessa história. Dedicado carinhosamente para a Gio, que comentou no cap passado, muito obrigada pelo carinho. Qualquer comentário que vocês fazem é muito importante e especial



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Julho marca quatro meses de tentativas. Está muito calor, é pleno verão e hoje é feriado, mas é aniversário do filho mais novo de Delly. Nem consigo acreditar que Angelo está completando 3 anos. 

— Thomas, pare com isso, você não pode comer os doces da festa — chamo atenção do mais velho. Delly não poupou esforços, teve um atrás do outro. Thomas tem 5, Henry tem 4 e hoje Angelo completa 3. — Por favor, não insista.

Ele me respeita mais do que o próprio pai. Se bem que acho difícil qualquer pessoa ser menos respeitada do que John. Ele é uma manteiga derretida sempre, enquanto Peeta consegue encontrar um bom ponto de mediador entre as crianças. Quanto mais lido com os filhos de Delly, mais também tenho achado essa mediação. Além disso, eu estou sempre com eles, então é necessário que eles me respeitem.

— Tia, se eu pegar um, não vou chatear ninguém! — O empurro carinhosamente para fora da cozinha, e ele faz um muxoxo. — Ok, eu aceito.

— Se vier de novo, eu vou contar para sua mãe. Ela disse que se você ficar insistindo não vai poder ir na padaria — Delly me deixou livre para ameaça-lo como eu quisesse sob seu nome, então usei um golpe baixo, mas eficaz. Ele assente e sai de casa, indo para o jardim.

Eu e Peeta estamos tentando, e não falamos sobre o tema abertamente. Quando fico menstruada, eu choro muito e fico todos os dias do meu período na cama, saindo apenas para ir ao banheiro. Mal consigo comer. Então quando passa, eu me escondo por dois dias na floresta, tendo ido até o rio e dormido lá. Quando volto para casa, voltamos para a nossa rotina.

 

Peeta tem feito mais exercícios, praticado terapia e trabalhado mais também. Ele cozinha, eu caço, Haymitch bebe. Não fazemos todos os dias, mas temos uma frequência, é na proporção que fazíamos antes que eu aceitasse. Não quero que seja desconfortável, não queremos que seja apenas na intenção de termos um bebê. Porém não é fácil.

— Me ajuda a estender essa toalha, amiga? — Delly pede minha ajuda e eu prontamente cumpro minha função. — Céus, eu amo a Effie. Ela me deu essa toalha de natal, e não é linda?

Sorrio, porque de fato é. Tem estampas de árvores, mas o fundo é todo em verde musgo, minha cor favorita. Ajudo com a posição dos copos de papel azuis e os pratos dourados, além de ficar com a boca com um gosto horrível de tanto encher balões coloridos, que ajudo a posicionar no jardim de sua casa. Tenho uma boa experiência nisso, já que estive presente em todas as festas de aniversário de seus filhos desde que nasceram e ela fez questão de celebrar todos os meses de cada um até quando completaram um ano de idade. Peeta diz que eu sou ótima.

— Você tem estado tão pensativa, o que aconteceu? — Delly pergunta, se sentando ao meu lado, enquanto organiza as lembranças que outras crianças vão levar para casa depois da festa.

Dou de ombros. Mas sinto meus olhos irritantemente ficarem marejados. Fico com raiva de mim mesma. Ela não diz nada, apenas coloca uma mão no meu ombro, dá um aperto e então tira.

— Isso tudo vai passar. Fique tranquila. 

Seu tom é baixo, delicado e reconfortante. Sabe que estamos tentando, mas não fala nada a respeito.

— E se nunca acontecer?

— Eu não tenho essa resposta. Talvez nem Peeta. Mas você precisa ser paciente, Katniss. Nada das coisas que realmente valem a pena nessa vida vieram no momento que quisemos. Nem o seu relacionamento com ele, minha amiga — olho para ela, que já estava me olhando com carinho. — Temos apenas o agora.

(…)

Muitas coisas são muito mais simples quando dizemos para outras pessoas. Não é fácil colocar em prática. Mas eu estava conseguindo lidar bem. Então, na hora do parabéns, eu e Peeta ficamos perto da mesa do bolo — que evidentemente ele quem fez, com quatro andares, recheado de chocolate e blueberry, a fruta favorita de Angelo. Henry pede para ficar nos ombros de Peeta, e é claro que ele deixa, enquanto o marido de Delly coloca o aniversariante em seus ombros e Thomas, sendo o mais velho, sobe em uma cadeira ao lado da mãe. 

Fico feliz que tem quem esteja tirando fotos desse momento. Até que eu sinto que estou tomada por uma tristeza enorme em pensar que posso não conseguir dar isso para Peeta um dia. E se eu nunca ficar grávida? Parece uma punição para mim, depois de ter me recusado por tanto tempo ter um filho. Eu mereço o castigo, Peeta não.

Consigo forçar um sorriso, cantando junto com todos os convidados e Angelo sorri com todos os dentes miúdos. Sinto uma das mãos de Peeta se entrelaçarem com as minhas, e ele me olha sorrindo.

— Um dia vai ser a gente — ele balbucia, beijando minha cabeça. Quando pisco, duas lágrimas caem dos meus olhos. — Henry, preciso colocar você no chão. 

O menino está tão radiante pelo irmão que concorda, saindo dando uma estrelinha e Peeta me abraça, me guiando pelo meio das pessoas, até que estejamos na porta da nossa casa, longe dos outros. 

— Sinto muito por ainda não ter conseguido engravidar. Parece que a injeção que tomei todos esses anos me afetou de alguma forma e — não consigo terminar, porque ele me beija. É um beijo casto, sereno, o bastante para me acalmar 50%.

— Katniss, meu maior sonho eu já realizei. Esse sonho é você. Não preciso que a gente tenha filhos para eu ficar mais feliz ou realizado. Você é tudo o que eu já quis um dia.

Suspiro, encostando a testa em seu peito.

— Está sendo muito difícil para mim. Sinto que também é por mim que quero ser mãe. Sinto que reprimi esse sentimento por vários anos e estão vi do à tona agora — ele me escuta, em silêncio. Podemos ouvir os gritinhos animados das crianças brincando e se divertindo no quintal de Delly, os adultos rindo e interagindo entre si, dividindo seus conhecimentos e experiências. 

— A única coisa que eu posso fazer por você é garantir que eu estarei aqui. Não vou à lugar algum, a menos que você esteja junto comigo.

Olho em seus olhos, e ele olha dentro dos meus. É verdade o que ele está dizendo, e eu… eu acredito. Isso acalma meu coração. Seguro sua mão e entramos em casa. Butter estava participando da festa, recebendo salgados das crianças e doces também, então não estranho não vê-la pela casa.

Não sei como acontece, mas logo eu e Peeta estamos sem roupas. Ele beija meu corpo como se eu fosse de vidro, mas seu corpo vem de encontro ao meu como as ondas batem nas pedras em um dia de tempestade. Grito seu nome, marcando sua pele na mesma proporção que chamo por ele. É diferente do que tem sido das outras vezes.

Sou preenchida por ele, e também faço com que sinta o que eu sinto. Mexo junto com ele, o trazendo para mais perto de mim com um braço. O beijo de verdade, beijo seu maxilar, seu pescoço. Sou agradecida por tudo o que me proporciona todos os dias. A alegria que ele demonstra sentir pela simples razão de estarmos juntos. 

Quando acaba, sinto o vazio que fica, e isso me deixa inconformada. Eu quero mais. Quero porque eu o amo, porque eu gosto de fazer isso com ele e sinto que negligenciei um pouco nesses últimos tempos. Mas o que eu quero a mais não envolve isso, apenas.

Vamos para o banho, e o abraço enquanto a água cai sobre nós dois. Não choro, eu só o abraço, fazendo carinho em suas costas, que podem me carregar. Que eu quero que um dia coloque uma criança em cima delas, da mesma forma que ele faz com os filhos de seus amigos.

— Você se queimou de novo — noto, passando as mãos por seu braço. Ele dá de ombros, como se não fosse nada. — Poxa, eu posso cuidar disso.

— Você tem outras coisas para se preocupar. Está tudo bem. Foi quando eu esbarrei em uma panela sem querer.

O dou um empurrão, mas ele ri, vindo para perto de mim de novo. Quando nos vestimos, ele vai se deitar enquanto eu vou até a caixa de medicamentos. Butter aparece enquanto estou passando a pomada para queimaduras, e se joga em meu travesseiro, em uma suspirada longa e cansada. Nós dois rimos. Com a mão que não está mobilizada por mim ele tira dois dos muitos confetes que ela tem pelo corpo. A gata é muito boa com crianças, todos amam ela.

— Está melhor? — pergunto, massageando todo seu braço. Ele sorri, assentindo. Eu sorrio, me sentindo feliz por ter ajudado. Butter mia, e se deita na cabeça dele. Rimos de novo. — Eu mal comi. Estou um pouco enjoada, porque precisei limpar um vômito do Henry mais cedo. Tinha pedaços de frango e tudo. Não vou conseguir comer nada por uns três dias.

Me deito na cama, Peeta ainda está rindo com uma mão na testa. Parece que ele quer dizer algo, mas não diz. Abraço Butter e vamos dormir, mesmo que ainda esteja cedo.


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Notas finais do capítulo

Bem, com o capítulo anterior nós passamos de 400 visualizações, estamos em quase 500, o que me deixou feliz. Sejam todos muito bem vindos nesse espaço, espero que gostem ♥



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