Antes do para sempre escrita por Cupcake de Brigadeiro


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, escrevi em dezembro de 2022 ❤️



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Optei por um vestido verde, sem muitos detalhes, indo até meu joelho. O comprimento é confortável, além de ser adequado para a ocasião. É possível ver que estou com uma barriga diferente da que costumo ter.

Pedi para Peeta ir na frente, enquanto eu tento acalmar os ânimos, mas o que consigo é apenas me deixar mais nervosa. Solto o cabelo do penteado todo para trás, e parece que esse vai ser o que mais vou usar durante a gravidez, meu cabelo bem solto. Peeta sempre disse que eu fico extraordinária assim, dessa vez vou ter que confiar que de fato estou.

Desço as escadas até um pouco apressada, sem buscar nada, nem controlar minha respiração. Todos já acomodados na mesa, em uma conversa simples, enquanto fico em silêncio, sentindo o suor frio escorrer pela minha coluna e me deixar angustiada.

— Katniss, está tudo bem? — Peeta pergunta, discretamente, se inclinando em meu ouvido. Acabo tomando um pequeno susto, ficando totalmente arrepiada, e nego com a cabeça. Olho bem em seus olhos tão azuis, tão lindos sob a luz amarelada do lustre na sala de jantar de Annie. — Quer contar agora?

Assinto, sem ter motivo para pensar em remediar. Vou precisar de todo o apoio de todos aqui presentes, indiscutivelmente. Quando era adolescente, eu não pensava muito nisso, a ideia soava absurda demais. Mas hoje, eu não consigo de forma alguma imaginar passar uma gravidez inteira e a infância do meu bebê sem o máximo de ajuda.

— Pessoal, temos que contar uma coisa para vocês — Peeta diz, pegando em minha mão, como sempre faz.

— Finalmente vão adotar um cachorro? Tem nos feito muito bem, o Sea chega amanhã da colônia de férias — dou uma risada com a ideia da minha mãe, pois Annie e Finneas tem um cachorro enorme chamado Sea, e ele passa pequenas temporadas em um Oasis para pet. Ideia de Effie, é claro.

— Seria uma ótima ideia. Mas hoje queremos dizer que — então, antes de Peeta terminar, eu o corto segurando sua mão, entrelaço nossos dedos e dou a notícia. Me impressiono que consigo dizer com delicadeza.

— Eu estou grávida. De três meses, na verdade — ele sorri para mim, e parece que foi planejado. Me olha com carinho, e orgulho por eu ter dito em voz alta sobre isso. As coisas parecem muito mais elaboradas em nossa cabeça, mas ao vivermos, é bem mais simples.

Minha mãe fica literalmente boquiaberta com um sorriso, pega de surpresa, ainda que soubesse que eu queria tentar. Annie ri, batendo palmas e vindo me abraçar enquanto Finneas fica parecendo tentar entender o que aconteceu. Então ele parece um pouco chateado, e não esconde. Afinal, já tem quase dezesseis anos, então suas emoções são bem transparentes.

— O quê?! Mas quando vocês souberam? — Annie pergunta, aproveitando a sobremesa independentemente da animação. — Por isso vieram? E uma semana antes do aniversário do Finneas!

— Eu vou poder continuar dormindo no ateliê, tio Peeta? — Finn pergunta, ignorando a mãe. — Você não vai deixar de me ligar, né? Porque se você se esquecer, eu vou ligar até me atender!

Peeta ri, se levantando para abraçá-lo e dizer que não irá se esquecer, porque uma coisa não anula a outra. Sei que eles dois precisam de um tempo, e eles vão para a sala conversar, enquanto fico a sós na mesa de jantar com Annie e minha mãe.

— Descobrimos há um mês, na verdade. Tentamos por um tempo, e aí aconteceu. Imaginei que fosse acontecer assim que eu parasse de tomar a medicação, mas não foi o caso, o que me decepcionou, mas nas outras vezes eu já havia controlado melhor a ansiedade. Bem, nem tanto, mas… quando eu achei que não poderia mais acontecer, aconteceu.

Explico, sentindo minhas bochechas muito quentes. É um pouco vergonhoso falar certas coisas em voz alta, mesmo que eu já tenha mais de trinta anos. Parece muito estranho ser adulta, pois uma parte de mim ainda é profundamente aquela adolescente apavorada e quase morta de fome de antes dos Jogos Vorazes. Tem dias que eu nem reconheço minha própria imagem no espelho.

— Não sabe o quanto estou verdadeiramente feliz por vocês, Katniss — diz minha mãe, me olhando com sincero carinho e atenção. — Você não será uma boa mãe. Você já é. Está tendo esse bebê no momento certo da sua vida.

— É verdade. Você ainda tem energia, saúde. Além de um marido muito especial. Você merece — Annie estica o braço na mesa e pega minha mão. — Finnick estaria orgulhoso. 

Nem percebo que estou chorando até sentir a necessidade de fungar e dou um soluço. Sinto a felicidade no meu peito, algo que não acontece sempre. Me sinto bonita, ainda que nem esteja me olhando no espelho. Annie se levanta e minha mãe se inclina para poderem ver minha barriga. Não dá para ver muita coisa, mas depois de ter comido o jantar, parece que estou com o dobro do tamanho.

— Katniss, esse bebê vai ser enorme! Que barriga linda e grande. Será que vai ser uma menina para a gente poder fazer os maiores clichês do mundo? — Annie pergunta, vindo sentar do meu lado, e passando a mão na minha barriga, pois viu que dei abertura para isso. 

Minha mãe usa um lenço para secar as inúmeras lágrimas dos olhos, e me abraça pelos ombros. Me sinto ainda mais feliz, o que não parece real. Parece que estou vivendo uma vida paralela. Como eu pude me segurar de viver algo assim? 

— Se quiserem, podem ir para o Distrito 12 nos ajudar. Me ajudar, na verdade. Acho que vou precisar de apoio — digo, sem um sorriso no momento. Sei que entendem do que eu me refiro.

Os pesadelos nunca somem por completo, o medo nunca desaparece por inteiro. Tudo está aqui. Tudo ruim vive constantemente ao lado de tudo o que é bom. A presença delas, de Delly, eu sei que vão ser importantes para mim e também para Peeta.

— Podemos ir em um final de semana por mês, que assim você vê como vai gostar que te ajudemos mais — minha mãe sugere e Annie concorda imediatamente. — Vou querer muitas fotos todas as semanas dessa barriga. Nem posso acreditar que eu vou ter um neto! Céus, Katniss, isso é incrível!

Ela dá uma risada, e é tão sincera que eu e Annie rimos juntas, e isso se torna uma gargalhada. Peeta e Finneas se juntam, e o clima fica ainda melhor, pois Finn traz uma câmera e tira foto de nós três juntas, então uma que cabe nós cinco e Butter. 

— Amanhã irei fazer uma cópia. Vai ser uma boa foto para reabrirmos o nosso livro de memórias, o que acha? — Peeta sugere, enquanto tiro o vestido que usei no jantar para colocar um pijama e ir me deitar. 

— Você sabe que sempre concordo com você. Não poderia ser uma foto melhor, e temos outras para já colocarmos lá — respondo, passando a camisola por meus ombros, cobrindo meus seios sem sutiã. Ele dá uma risadinha maliciosa, me puxando pela cintura com facilidade, por estar na beira da cama. 

— Sabe que foto eu quero sua? — nego com a cabeça, sorrindo, com seus dedos subindo pela minha coxa. — Ah, você sabe muito bem. Você é a mulher da minha vida, Katniss. Eu amo você de qualquer forma. Mas grávida? Simplesmente o que eu sentia conseguiu aumentar, o que eu nem sabia que era possível.

Sorrio, e logo solto um suspiro ao sentir uma das suas mãos em meus seios. Então ele aperta, da forma que sabe que me faz chamar pelo seu nome a noite inteira. Mas não posso abusar da hospitalidade, então preciso me conter.

— Sabe o quão linda você estava no jantar? — e ele aperta meu outro seio, com o mesmo cuidado. 

Corto suas palavras com um beijo, enquanto ele segue mexendo com meus seios e eu me sinto desfazer tão rápido que caio por cima dele na cama, e minhas pernas presas em seu quadril. Peeta tem um sorriso enorme no rosto, sem disfarçar.

— Ninguém vai ouvir se você me beijar — murmuro. Estou cansada pela situação toda, mas não posso evitar. Quando ele fala essas coisas para mim e me desmonta completamente. 

— Já que você insiste… — Peeta sobe a camisola que acabei de colocar e tira de uma vez.

Beija meus seios, um pouco maiores que o normal, como se fossem de porcelana. Eu me desfaço ao simples toque, ao simples ar da sua respiração contra minha pele.

Seus dedos me desbravam, mas eu já sou um plano conhecido, então vai direto ao ponto, sabendo o lugar certo toda vez. Me afundo no colchão e seus dedos se afundam em mim como se não houvesse mais nada no mundo além disso, é só eu e sua boca na minha boca. E não há forma mais tranquilizadora de terminar um dia.

 


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Notas finais do capítulo

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