A Vida de Alice escrita por Lari_pink, Na_Cat


Capítulo 9
Nova Vida


Notas iniciais do capítulo

Esperamos que gostem!
Nos falamos lá embaixo!



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Alice não tinha a mínima noção do tempo, tudo que fazia era gritar e se debater sobre um velho colchão,, enquanto seu corpo tão pequeno queimava. Ela sentia uma dor excrucitante que abrangia seu corpo como um todo, sem eu peito seu coração batia tão forte, que parecia querer saltar fora do corpo.

Em nenhum momento Claude saiu de seu lado,e sempre falando palavras de consolo, tentando acalmá-la. Pouco a pouco, e o que parecia uma eternidade para a jovem, o fogo foi diminuindo, até que seu coração deu um pulo e uma última batida surda em seu peito. Então ela abriu os olhos...

                Alice fitou o teto estarrecida, não se lembrava da claridade, da luz, das cores, não se lembrava de absolutamente nada : apenas do fogo que a consumiu.  Ela olhou ao redor, e avistou o homem que falava com ela em uma voz estranhamente familiar.

                - Como está menina?

Algum sentido de preservação em Alice despertou e ela saltou tão rápido que não passou de um borrão e se agachou em posição de ataque, os dentes a mostra, rosnando para o vampiro a sua frente, que continuava a fita-la amigavelmente.

                 - Calma Alice... Eu sei que tudo é estranho nesse momento, mas procure se acalmar, pode ser perigoso! Garanto que não lhe farei mal algum.

Alice” esse era seu nome afinal? Não lhe soava comum, nem mesmo familiar. Ela só sentia estranheza, mas apesar do receio e da confusão, levantou-se tão rápido quanto seu salto anterior.

                - Quem é você? Quem sou? Eu...eu me sinto confusa. – Ela balbuciou e admirou-se com sua voz doce e melodiosa.

                - Calma menina, vou te explicar tudo, sente-se aqui. – Claude fez um gesto para a cama. Ela hesitou por um instante, sua cabeça rodava em diversos pensamentos, de uma forma inexplicável, ela conseguia pensar com clareza em muitas coisas ao mesmo tempo.

                - Eu me chamo Claude, e você se chama Mary Alice. Vou te contar como nos conhecemos.

E assim Claude o fez, disse para ela como se conheceram no Sanatório, e como a trouxe até ali. Explicou que ela não conseguia se lembrar de nada, pois ficava em um quarto escuro, e era tratada com fortes remédios – optou por ocultar a terapia de choque, não queria assustá-la com assunto que não mais faria diferença.

                - Agora Alice, devo te contar o que você se tornou... e também o que sou. – Dessa vez Claude contou exatamente toda a verdade, não se abstendo de nenhum detalhe. Alice não se assustou realmente, não lembrava de uma vida como humana,sendo assim não tinha há exata noção da anormalidade á qual fora transformada.- Bem, agora que tudo está explicado,eu vou te ensinar como viver e como se alimentar. A nossa dieta é composta especificamente por sangue, como eu te expliquei, mas Alice, eu devo enfatizar á você, que eu opto por viver essa vida com o possível que a dignidade me permite.

                - Como assim? – Alice, que até então tinha ouvido a conversa a maior parte do tempo em silêncio, interrogou.

                - Não podemos fugir de quem somos, e tão pouco  ficar sem nos alimentar. Mas eu valorizo a vida humana e por isso não acho certo sair por ai, matando pessoas sem me preocupar. São pessoas quem têm família, amigos, empregos, e não merecem ser arrancadas de repente de seu dia a dia.Entende isso, Alice?

Ela apenas afirmou com a cabeça, não conseguia sentir familiaridade com o sentimento que Claude tentava lhe passar, mas acreditava em tudo que ele estava lhe dizendo.

                - Sendo assim – ele prosseguiu – eu procuro os mendigos, os renegados, pessoas que causam tumulto ou ladrões, de certa forma eu acabo fazendo um bem à sociedade, mesmo que de forma destorcida. – ele fez uma careta engraçada que divertiu a menina, que riu. Um tintilar de sinos.

                - Agora, vamos sair que vou te ensinar.

Eles correram pela floresta escura - já era tarde da noite, até chegarem nas proximidades da cidade mais perto. Claude observou o movimento, e Alice atrás dele, estava ansiosa e distraída: ficou fascinada como a forma que correram tão rápido, a impressão é de que estavam voando.

Claude sussurrou tão baixo que seria impossível aos ouvidos humanos  percebê-los,e disse à Alice para observá-lo e depois fazer igual.

Com agilidade, o vampiro esgueirou-se por uma viela escura onde estavam um grupo de arruaceiros bêbados, comemorando um roubo que haviam feito. Claude ouviu quando disseram que no assalto fizeram vítimas – entre elas uma criança. Aquilo o chocou, e foi o suficiente para que firmasse sua decisão.

Ele surgiu por entre as sombras, e o grupo o afrontou, “todos são valentes quando alcoolizados” ele pensou. Sem titubear, se movimentou com rapidez e atacou o maior dos três ladrões, quebrou seu pescoço e tomou seu sangue, em um gesto tão gentil que parecia que o estava beijando.

Alice observou a tudo com imensa atenção, e então se moveu para junto deles, os  outros dois que estavam paralisados pelo medo, se deslumbraram com sua beleza tão magnífica e juvenil. Agindo exatamente como Claude lhe ensinou e mostrou, ela tomou o primeiro. Foi dominada por seus instintos e achou até que fácil. Apesar do gosto estranho –causado pelo álcool  - o sangue acalentou sua sede, e foi incrivelmente prazeroso. Claude permitiu que ela se servisse do outro homem, e depois de caçarem, voltaram para casa.

O resto da noite se passou tranqüila, Alice fez todo o tipo de pergunta que lhe ocorria. E Claude a respondia com a  paciência de um pai ensinando ao seu filho pequeno.

                Uma semana se passou, Claude e Alice conversavam animadamente quando de repente, ela parou o que estava dizendo, seus olhos saíram de foco e ela viu como se fosse um sonho: Uma mulher de cabelos vermelhos correndo pela floresta, como se procurasse algo.

Durou meros segundos , e então ela acordou seu transe.

                - Menina, o que foi? – perguntou Claude aflito, já que chamara várias vezes por ela, sem sucesso.

                - Eu..Eu não sei bem. – ela gaguejou, confusa.

                - Conte-me, você parecia estar “sonhando”? Não sei se é bem isso. Você se distraiu?

                - Não, Clau – como Alice o chamava carinhosamente  - eu não estava distraída, é que eu vi uma cena, uma mulher...foi estranho – ela não sabia como explicar á ele – era como se eu estivesse a vendo bem diante dos meus olhos....

                - UMA VISÃO! – Claude exclamou excitado – É isso! Menina, você pode ter visões!

                - O que? Como assim? – ela estava curiosa.

                - Eu já vi isso antes, quando eu ainda morava na Europa conheci um velho vampiro que podia ver o futuro.

 

 

                 - O futuro? – Alice sentiu uma empolgação com a notícia.

                - Sim! Mas não é uma coisa que se pode invocar, entende? Ela simplesmente acontece! Acho que é como um dom , alguns vampiros adquirem habilidades depois que se transformam. Pesquisei a respeito, mas ninguém sabe definir porque isso acontece a apenas alguns  poucos de nossa espécie.

Alice ouviu tudo com muita atenção e curiosidade.Até que Claude finalizou dizendo:

                - Vamos aguardar, para saber se vai se repetir, mas só com o passar do tempo, vamos conseguir definir um padrão para essas suas visões.

 

xxXxx

                Um mês se passou, em uma rotina agradável. Claude ensinava tudo que sabia para Alice; a vida de vampiro, a caçar, a ler, escrever, sobre tudo. Contou-lhe sobre sua vida na Europa, sua vida antes da transformação.O relacionamento era genuinamente de pai e filha. Apesar da sede avassaladora de Alice, Claude se esforçava para torná-la o mais civilizada possível, e estava tendo progressos visíveis.

Estavam apreciando o céu, e Claude falava para Alice sobre astronomia, quando novamente ela foi tomada por uma visão: Um homem loiro, jovem e muito bonito, urrava de raiva, e jogava Claude contra uma parede. Enquanto a mulher – a mesma ruiva da primeira visão – segurava Alice pelo pescoço, e a erguia do chão.

Outro flash: Alice corria pela floresta, enquanto deixava para trás a cabana em que viviam, completamente tomada pelas chamas.

 

                - Alice? – Claude a chacoalhava levemente pelos ombros, tentando tirá-la de seu devaneio.

                - Aconteceu de novo! – ela falou apavorada.

                - O que você viu? – ele percebeu o terror na feição de Alice.

                - Você... vai... morrer... – as palavras mal passavam de um sussurro.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nota das Autoras:

NÃO NOS MATEM pelo suspense! Hahahahahaha

Mas foi inevitável terminá-la aqui, e deixar mais fortes emoções para o próximo!

Não se descabelem, nem nos xinguem ele virá antes de sexta, provavelmente no feriado postaremos o duelo de JamesxClaude! =(

Mais detalhes sobre a vida de vampira de Alice e suas adaptações virão nos capítulos seguintes..

E um recadinho paras TEAM JASPER que estão desesperadas pelo romance: Calma meninas! Prometemos que está chegando..talvez daqui há 2 ou 3 capítulos! *dancinhadavitória*

Bem, acho que vcs perceberam que finalmente conseguimos começar a responder os reviews mais antigos!

No fim de semana terminaremos todos!!

Estamos MUITOOOO , mas muito mesmo, felizes pelo sucesso do capítulo do anterior.Que bom que voc~es gostaram! Esperamos a opinião de vocês nesse aqui, ok? =D

Sabemos que ficou curtinho, mas no feriado vem a continuação!! o/

Um beijo carinhoso às novas leitoras, e um MAIOR AINDA para nossas fiéis companheiras! Amamos vocês!

Aproveitem o feriadooo! Uhull!


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