A História de Nós Dois escrita por SouumPanda


Capítulo 2
Um passo adiante




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Estava ficando estranho como me sentia estando mais distante de James, porém para ele foi fácil ver outras pessoas se aproximarem, e ser chamada para o projeto com o Dr Thornton me deu com o que me ocupar. Mas ainda assim não parava de pensar em como meu coração pulsou no beijou com James e como aquilo de certa forma mexeu comigo, com medo de perder ele se aquilo se prolongasse eu estava o perdendo do mesmo jeito.

Estava terminando de me trocar após ultima cirurgia, peguei minhas coisas e estava saindo do hospital quando escutei a voz de James me chamando e o vi dando uma breve corrida em minha direção. Sorri o vendo e apertei meus dedos em ansiedade e meu coração acelerou.

— Nossa, parece que faz um século que não nos falamos. - Ele dizia ajeitando o jaleco no ombro. - Pressionei os lábios, sorrindo sem graça.

— Temos estado muito ocupados. - Falei sem graça, mesmo sabendo que estávamos na mesma ala o tempo todo. - Mas como você está?

— Estou bem... - Ele fez uma pausa e suspirou pressionei os lábios. - Sinto sua falta Sarah. - Nos encaramos e encolhi o ombro ajeitando a bolsa e jaleco.

— Sinto sua falta James. - Minha voz era baixa quase um sussurro. - Podíamos marcar um jantar ou tomar chá. - Olhei para o relógio.

— Claro, seria ótimo. - Ele estava incomodado e percebi que engoliu seco. - Então, eu ...

— James, eu tenho que ir, podíamos se falar depois. - Meu coração pulsava, o cheiro dele estava invadindo minhas narinas e sentia meu rosto queimar. - Eu ...

— Posso te levar e podíamos conversar, faz três semanas que não conseguimos conversar e nós temos que conversar Sarah, precisamos. - Ele dizia afobado e o encarei e concordei. Acompanhei até o seu carro, senti sua mão deslizar pelo meio das minhas costas para me direcionar e vi cada pelo do meu corpo e poro dilatar e engoli seco sentindo todo meu sangue se concentrar onde ele me tocava.

Estava a caminho do meu apartamento, e por mais que James dissesse que tínhamos que conversar, era um silencio constrangedor entre nós, não conversamos sobre o beijo, muito menos depois dele, eu não conseguia saber o que ele pensava e o quanto se arrependeu. Confesso que em noites fiquei pensando o quanto queria o beijo e o corpo dele comigo, mas principalmente sua companhia.

— Então... Tem saído bastante? - Minha pergunta o fez rir.

— Você sabe melhor que eu, que neste plantão que pegamos está impossível. - Ele suspirou com cansaço. - Parece que o Dr Thornton quer tirar nosso couro, não sei como tem sido para você fazendo aquela pesquisa, praticamente dois turnos com ele.

— No geral não é tão ruim, ele como supervisor é exigente isto é, mas como pessoa é tão jovem quanto nós, porém com ainda mais responsabilidade, imagine a pressão sobre ele tendo tantos internos sobre sua responsabilidade. - Eu dizia em tom compassivo ele abriu um sorriso. - O que foi?

— Incrível como você consegue ver o melhor de tudo e todos mesmo quando a maioria das pessoas somente reclamaria. - Ele pressionou os lábios. - Eu tenho que te perguntar algo. – Estávamos no semáforo parados e nos encaramos – Por que não?

— Porque não? – Pressionei os lábios e franzi a testa. – Precisa ser mais que  isso se tem que me perguntar e quer uma resposta.

 - Porque não podemos ver onde iriamos se fossemos juntos. – Ele suspirou. – Eu quero você Sarah, eu amo sua amizade, mas quero te amar de outras formas. – Ele segurou brevemente minha mão, estava petrificada. – Eu estou falando sério, desde o terraço eu me pego pensando em como foi aquilo foi maravilhoso e queria mais. E você simplesmente me afastou, se não podíamos ter algo além da nossa amizade por medo de nos magoarmos e perdermos nossa amizade, o beijo nos afastou antes disso. Eu quero ficar com você não sei se você me quer, mas se me quiser eu te quero. – Nos olhamos passei a língua pelos meus lábios secos, o sinaleiro tornou a abrir e ele dirigiu em silencio até a frente do meu prédio.

— James... – Nos olhamos minha respiração estava pesada. – Eu também pensei no beijo. Mais do que eu queria. – O ar estava pesado, pude notar um brilho em seus olhos azuis. E instantemente seus lábios se uniram ao meu, era um beijo intenso no qual eu mal conseguia respirar, em um só movimento subi em seu colo onde sentia o volante pressionando minhas costas, seus braços abraçavam meu corpo uma de suas mãos subia até minha nuca me fazendo sentir calafrios por todo corpo, seus dedos emaranhavam em meus cabelos ele me afastou o suficiente para conseguir beijar ternamente meu pescoço. Quando levemente meu corpo pressionou a buzina o que nos assustou. – Quer entrar? – Sussurrei entre o beijo, e ele apenas afirmou não querendo parar o beijo, eu ria e fui me desvinculando dele e desci ajeitando a roupa indo em direção à porta e entrando no mesmo, o prédio era pequeno entre as casas, tendo apenas o meu apartamento e mais um no andar inferior. Quando entramos no apartamento, ele me pressionou entre a porta e seu corpo era como uma muralha sobre o meu, e em um pequeno impulso minhas pernas estavam em torno do seu quadril e ele me direcionou para o quarto, colocando suavemente sobre a cama senti seus lábios indo beijando meu corpo, se perdendo entre meus peitos e a ponta da sua língua descendo para  meu ventre e logo encontrando meu clitóris e ali se deleitando. Nossos corpos se tornaram um, era como se ele já soubesse onde beijar, onde tocar, o vendo ali diante de mim, vi que seu corpo que parecia ter sido esculpido pelas mãos de Deuses do Olimpo. Minhas mãos deslizavam por ele, meus dedos contornavam seus músculos, ele se colocou sobre mim, quando seu membro entrou em mim, era como se me rasgasse, mas não doía ele me preenchia, ele soltou um gemido que parecia um rosnado, minhas pernas tremiam em torno do seu quadril enquanto ele não parava seus movimentos, elevando minhas pernas e seus lábios desciam beijando as mesmas até seu curvar e nossos lábios se unirem em um beijo intenso. Era surreal estar ali com James, após terminarmos, ficamos em silencio podia ouvir seu coração acelerado e seu corpo relaxado, meu corpo parecia estar flutuando, nos olhamos sorrindo como bobos um para o outro, ele se curvou beijando o topo da minha cabeça e acariciando meu ombro, me alinhando nele, até pegarmos no sono.

Sentia o cheiro de ovos e de café pelo apartamento, quando meus olhos focavam pela claridade vi que estava sozinha, me enrolei no lençol e aos poucos fui ganhando foco no que tinha acontecido, pisquei algumas vezes vendo as roupas de James pelo chão junto das minhas, suspirei profundamente. Como eu iria encarar ele naquele momento, meu corpo estava em choque, coloquei uma camiseta e a calcinha rapidamente, ouvi seus passos e quando me virei o vi parado na porta somente com seu samba-canção baixo, engoli seco e meu corpo tremeu.

— Bom dia. – Ele disse sorrindo, ajeitei meu cabelo desalinhado e pisquei algumas vezes, como ele era tão lindo, como tinha aquele corpo todo? Qual tempo arrumava para manter tudo aquilo?- Espero que tenha dormido bem.

— Bom dia. – Minha voz era baixa. – Como um anjo, espero não ter se mexido muito e lhe causado estranheza. – Fui a sua direção e naquele momento como o cumprimentaria? – É... – Ele me puxou pela cintura selando nossos lábios delicadamente, fazendo um breve carinho em meu rosto.

— Há tempos não dormia tão bem, obrigado. – Ele disse entre o beijo. – Fiz café para a gente, tomei a liberdade, achei que acordaria com fome. – Ele me abraçou apertado como se eu quisesse fugir.

— Claro vamos tomar café. – Fomos para a cozinha e sentamos na bancada ele não parava de sorrir e me peguei sorrindo ao ver sua afeição. – Está tudo bem?

— Sarah, acho que desde o momento que passei minhas horas ao seu lado, confesso que imaginei ter momentos assim com você. – Ele tomou seu café e me encolhi sorrindo. – E foi melhor do que pensei, espero que tenha sido para você.

— Claro, foi maravilhoso, e agora? – Limpei minha boca e o encarei. – Não quero ficar com essa incerteza de adolescente James, somos adultos. – Suspirei. – O que faremos agora? O que somos?

— Primeiramente, bons amigos. – Ele deu a volta ficando ao meu lado. – Jamais quero que perca o que tínhamos.  Mas sei que podemos melhorar.  – Ele me abraçou e mordiscou minha orelha. – Quero que seja minha namorada Sarah. – Me afastei o suficiente para poder vê-lo. – Quero que conheça meus pais, minha família. E quero que se sinta bem o suficiente para que eu possa conhecer a sua. – Abri um sorriso e afirmei com a cabeça. Ouvi meu celular tocando na bolsa que foi jogada no sofá na noite anterior, nos olhamos e ele negou com a cabeça beijando meu pescoço, mordi meus lábios querendo um pouco da noite de ontem, mas fui indo em direção a bolsa enquanto sentia seu corpo me abraçar, seu volume crescer e pressionar minha bunda, suspirei fundo para atender o telefone, vi o numero do Dr Thornton.

— Alô. – Saiu mais como um suspiro, pressionei os lábios contendo um leve gemido sentindo as leves mordidas que James distribuía pelo meu pescoço.

— Dra Sarah, espero que esteja bem na sua folga do plantão. – Ele dizia cordialmente. – Estou interrompendo algo?

— Não Alexander, pode falar, por favor. – Eu tentava fazer com que James parasse, mas era inútil. Mas o vi arquear a sobrancelha ao me ver chamar Dr Thornton pelo seu nome.

— Meus pais gostariam de te chamar para um pequeno almoço no final de semana, comentei que será seu final de semana de folga, e como faz tempo que meus pais não te veem.

— Claro,claro. – Disse apressada. – Alexander, preciso desligar estão tocando a campainha, depois me mande o endereço.  – Desliguei o celular e franzi a testa olhando James que imediatamente cessou seus beijos.

— Porque o chama pelo nome? – Ele questionou se afastando e o encarei rindo da sua afeição.

— Sério? Faz dois minutos que me pediu em namoro e está com ciúmes do Alexander?- Não conseguia conter o riso. – Os pais dele e os meus são velhos amigos, lembro-me dele quando era mais nova porém não tinha muito contato até agora. Somos conhecidos, não queríamos que os outros internos soubessem, por isso mantemos isso apenas no pessoal. – Ele arqueou a sobrancelha e vi o incomodo em seu rosto.

— Não é ciúmes, mas poderia ter me dito desde o começo. – Ele se afastou indo em direção ao café e servindo mais. – Mas tudo bem, entendo os motivos, não é fácil eu entender, quem dirá os outros. – Ele forjou um sorriso. – E onde ele te chamou para ir agora?

— Não foi ele, os pais dele na verdade, me chamaram para almoçar no final de semana. – O olhei e sentei na sua frente. – Mas se isso te incomodar posso recusar o convite, falarei para ele que sou sua namorada, passei minhas pernas em torno do seu quadril e empurrei meu quadril de encontro com o dele. Beijei delicadamente seu peitoral, descendo meus dedos até seu o elástico do seu samba-canção, passando o dedo por dentro sobre seu púbis e ele puxou o ar entre os dentes.

— Quero que fale para todos que é minha namorada. – Ele disse se curvando e me beijando. – Sua beleza Sarah deixa qualquer um impressionado, mas principalmente sua fé nas pessoas e seu bondoso coração. Os outros internos já me disseram o quanto te acha linda, então acho de extrema importância gritar para toda Londres e Inglaterra que você é minha. – Ele me pegou no colo me levando para o quarto, me colocando na cama. Ele me enchia de beijos e não demorou em me encher dele dentro de mim, James era perfeito, era engraçado, atencioso, sabia conversar, principalmente te escutava, não tinha como não se apaixonar por ele. E eu sabia da sorte que tinha em ter ele ali comigo, totalmente em mim. 

Tinha se passado alguns dias que estava namorando com James, era quase impossível manter as mãos dele fora de mim, porém estava cheia de compromissos com Alexander devido a pesquisa, não conseguia conversar com Alexander se não fosse das pesquisas, James queria que eu anunciasse nosso compromisso como se isso fosse mudar algo. Mas eu tinha prometido que assim faria, pois era nítido o incomodo que sentia. Estávamos suturando e fechando a ultima cirurgia do dia, Alexander nos observava quando tocou em minha mão me direcionando, o olhar de James era nítido, nos encaramos e voltamos a olhar para o que fazíamos, levou mais uns 40min para terminarmos, quando saímos ele abriu a porta como se quisesse socar ela, fui lavar as mãos e Alexander me acompanhou.

— Sua sutura está perfeita, tenho certeza que este paciente ficará grato de não ter uma cicatriz tão aparente. – Ele dizia esfregando as mãos. – Você  gosta de cordeiro?

— Oi? – Nos encaramos e sorri. – Claro, gosto. – Suspirei e quando ficamos a sós pressionei os lábios. – Alexander. – O vi se aproximar. – James e eu estamos namorando. – Ele não demonstrou nenhuma reação imediata e depois sorriu torto.

— Fico feliz, é nítido o quanto ele gosta de você. – Ele tirou a blusa da cirurgia e o encarei. – Espero que ele não se importe com nosso tempo junto, que é extremamente importante para a ciência claro.

— Nisto não teremos problemas. – Encolhi os ombros. E terminei de lavar as mãos e sai o deixando ali sozinho, sentindo seu olhar em mim. Troquei-me no vestiário e logo James entrou no mesmo sorrindo e me abraçou, selei nossos lábios e me afastei brevemente. – Sabe que não devemos fazer isto aqui. – Disse entre os beijos.

— Acredite tem pessoas que fazem piores, em lugares piores. – Ele disse se afastando e indo pegar as coisas em seu armário. – Vamos jantar juntos hoje? Podíamos sair para jantar.

— Hoje tenho o projeto com Alexander então não sei exatamente até que horas ficarei presa. Mas amanhã prometo que sou sua. – Me aproximei selando nossos lábios.

— Onde vocês ficarão hoje? – Fomos saindo andando pelo corredor. - Posso levar seu jantar pelo menos.

— Na biblioteca da universidade, tenho que pesquisar uns artigos. – Paramos diante da porta do hospital e ele me segurou pela cintura selando nossos lábios. – Mas de toda forma podemos se ver no final da noite? Queria muito dormir com você esta noite. - Mordi o lábio e o vi abrir um sorriso.

— Vou contar as horas para isto. – Ele beijou meu rosto e foi em direção ao carro e me virei indo em direção à universidade.


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