Enquanto iam a sorveteria favorita do Felix e do Christopher, eles conversaram sobre seus sabores favoritos de sorvete.

— O meu é morango e baunilha — O Felix falou tão animado que animou os dois também. — Sério morango com pedaços da fruta é muito perfeito e baunilha pode parecer simples, mas é uma delícia.

— O meu é de creme de avelã e abacaxi ao vinho — O Chan falou um pouco tímido e a Jin-ah entendeu o porquê. — Sabe, são bem gostosos mesmo.

— É impressão minha ou os sabores favoritos de vocês tem a ver com os cheiros de vocês? — Ela sorria os achando ainda mais perfeitinhos.

— Sim fofinha é bem isso mesmo, mas acredite em mim não foi intencional, na verdade quando eu conheci o Lixie e senti o cheiro dele pela primeira vez me lembrei na hora dos sabores dos meus sorvetes favoritos.

— Eu acredito em você sim fofinho.

— Já no meu caso não, meu sabor favorito era coco, coco queimado, mas depois que eu beijei o Bin e o Channie eles mudaram e agora sou viciado em morango e baunilha igual sou viciado neles dois.

Os três sorriam soltos e a Jin-ah se lembrou de quando conheceu o Hyunjin.

— E o seu fofinha, ou os seus sabores favoritos quais são?

— Hum, meu sabor favorito sempre foi chocolate com menta, mas eu adoro experimentar sabores; e morango, doce de leite e café são deliciosos e mexem comigo também.

Ela falou rapidamente para tentar não chamar a atenção deles para o fato do sabor favorito dela ser exatamente o cheiro do Hyunjin, mas não funcionou.

— Lixie amorzinho viu só? A fofinha ama chocolate com menta.

— É amor, nós temos o sabor favorito dela no nosso bando, só vantagens hein vidinha — O Felix piscou para ela e ela pôde ver pelo espelho retrovisor o que lhe deixou ruborizada. — Ah vidinha não precisa ter vergonha e sabe de um segredo?

— Qual Lix?

— Nos períodos de alguns de nós dá pra sentir o gostinho no beijo igual o cheiro, e o do Jinnie é uns dos que mais dá pra sentir.

— Nossa ômega fofa tirou a sorte grande né amor.

— Com certeza Channie.

Eles chegaram e o Chan estacionou o carro.

— Me deixe abrir a porta para você monamour.

A Jin-ah se sentiu corar e pelo que pôde notar eles vão levar a sério os galanteios pois quando o Felix abriu a porta o Chan já estava com a mão estendida para ela que corou ainda mais ao olhar para eles.

— Vocês são assim sempre? — Ela falou sorrindo e segurando a mão que fora estendida em sua direção.

— Acho ninguém é sempre assim vida, mas eu te garanto que por você eu sempre serei o meu melhor.

— Na verdade fofinha o Lix é assim o tempo todo sim, acho que de nós ele é o mais assim na verdade, mas saiba que não só o Lixie, como cada um de nós sempre vamos mimar você e tratá-la como você merece.

— Eu só preciso acreditar que mereço tudo isso.

— Mas é claro que merece vidinha e sabe o que mais você merece?

— O que Lix?

— Sorvete! Vamos entrar e nos esbaldar hum?

Ela sorriu, o Felix a lembrava um sol brilhando o tempo todo e quando entraram na sorveteria avistaram o Kang que foi logo em direção a eles.

— Lix, Channie, vocês por aqui que legal — ele leva o olhar para a ômega e sorri — Oi Jin.

— Oi Kang! — Ela sorri de volta e os dois com ela apenas observam.

— Eu ia tomar sorvete sozinho, posso me juntar a vocês? Se não for problema claro.

A Jin-ah nada disse pois queria ver a reação deles que parecia que seria tensa, porém havia o Lix ali e ele como sempre apenas brilhava com todo seu ser.

— Claro por favor, junte-se a nós estamos em uma pequena comemoração.

— Ah é? E o que estão comemorando?

— Ainda não sei se podemos falar sobre, — Ele encarou a Jin-ah e ela o olhou atenta. — Mas é um motivo incrível vai por mim.

O Chan estava mais quieto, mas sorriu se juntando ao seu companheiro.

— O Lix tem razão, é o melhor motivo de todos.

O Kang apenas deu de ombros.

— Bom eu já peguei o meu sorvete vou sentar ali pode ser?

— Claro já te encontramos lá.

Eles se separaram e os três foram juntos até a bancada escolher seus sabores e a Jin-ah surpreendeu o total de nenhum deles ao pegar uma bola de chocolate com hortelã, uma de café, uma de morango e uma de creme.

— Pegou os sabores dos seus amados vidinha?

Ela enrubesceu, mas sorriu com o comentário.

— Sim, mas foi inconsciente, e também não deu para pegar o que remete a cada um de vocês por que faltou maracujá, melancia, abacaxi ao vinho ou chocolate com avelã.

— Mas não se preocupe fofinha esses foram os que eu peguei, e eu deixo você pegar do meu.

— Me deixa também Channie?

— Claro amor você sempre pega.

— E você Lix pegou de que?

— Dessa vez não fui pelo óbvio não, eu peguei chocolate com amêndoa e coloquei marshmallow derretido e vou dividir com o Channie, por que esse com certeza será nosso sabor favorito daqui para frente.

— Uau! Vocês não param não é mesmo? — Ela sorria encabulada e antes de chegarem na mesa o Chan deu um selar na bochecha dela que sorriu ainda mais para o beta.

— Vendo vocês de longe parecem que são namoradinhos, é fofo. — O Kang falou sinceramente, mas estava um pouco triste pois ainda estava apaixonado pela Jin-ah.

— Você acha mesmo Kang?

— Sim Chan, de verdade, é sobre isso a comemoração de vocês?

Os três fizeram silêncio, mas foi a Jin-ah que os surpreendeu ao responder o Kang.

— Nós estamos em processo Kang, pois foi como eu te disse aquele dia, eu não sabia se queria me relacionar, mas eles foram para mim uma conexão incrível, algo que eu nunca tive antes então essa manhã eu os aceitei como um clã pretendente, então agora eu meio que serei cortejada por eles, é mega estranho eu sei, mas também é algo que tem me feito muito bem, sabe? Tê-los em minha vida tem sido algo maravilhoso para mim.

— Fico feliz por vocês, mas principalmente por você Jinjin, e se você desistir deles eu estarei aqui sabe disso né. — Ele dá uma piscadela para ela na intenção apenas de brincar com os rapazes e a careta do Chan faz todos os outros ali sorrirem.

— Obrigada Kang, mas só para você saber eu sou muito difícil de desistir de algo, ainda mais quando esse algo me faz tão bem.

Tanto o Felix quanto o Chan estavam radiantes em vê-la falando deles e do que tinham, agora sim estava claro para os dois que poderiam falar sobre o assunto com outras pessoas e que ela não se sentiria desconfortável e verdade seja dita foi exatamente por isso que ela resolveu falar pois ela havia percebido o receio deles e ela fazia questão de que se sentissem à vontade para tudo aquilo que estava acontecendo.

Eles tomaram seus sorvetes de forma descontraída e todos os três acabaram pegando um pouco um do outro e a Jin-ah acabou gostando bastante do que o Felix tinha pego dizendo ele ser em homenagem a ela e o Kang ficou com eles até o fim acabando por dissipar a tensão do Chan para com ele pois o mesmo pôde ver que o Kang seria um bom amigo para a Jin-ah e ele era respeitoso com ela, então o beta decidiu não encucar muito mais com a proximidade aparente dos dois.

Quando terminaram ali o Kang se despediu e foi embora deixando eles para trás que diziam que agora iriam caminhar um pouco na praça central da cidade.

...

— Com licença, sabe me dizer se aquela ali é a Jin-ah? — Um alfa interceptou o Kang na saída da sorveteria enquanto os três lá dentro estavam no caixa.

— E você quem é amigão?

— Sou o primo dela, é que fiquei com receio de ir até lá e passar vergonha por não ser quem eu procuro.

— Ah sim, certo é ela sim, espere aqui que eles já saem.

— Ah obrigado, eles vão para a casa agora?

— Me disseram que não, mas porque pergunta?

— Nada, nada. Obrigado amigo vou esperar por eles.

— Certo eu já vou indo, se cuida.

— Falou!

...

Os três saíram aos risos da sorveteria pois a Jin-ah disse não aguentar mais nem um gole d’agua de tanto sorvete que tomaram e os dois com ela acharam graça de vê-la daquele jeito.

— Bom vamos a praça um pouco?

— Vamos sim.

Eles caminharam até ela já que não era tão longe e eles três concordaram que caminhar um pouco seria bom para a digestão.

— Eu passei por aqui algumas vezes desde que me mudei, mas é a primeira vez que eu paro para me sentar aqui, é tão linda e bem conservada.

— Chega a ser romântica de tão linda, não é?

— É bem isso mesmo Lixie.

— Me chame mais assim e eu juro nunca mais desgrudar de você, nunca nunquinha mesmo.

— Meu Deus — ela sorria para o alfa. — Então como devo te chamar?

— Na verdade assim mesmo para eu ter a desculpa certa quando me virem agarrado a você “ela me chamando de Lixie é irresistível” vai ser o que vou dizer a todos.

— E vai colar amor, a fofinha fica mesmo irresistível chamando você assim, vocês são dois lindos.

— Acho que vocês dois que são os lindos aqui — o Chan já ia retrucar, mas a Jin-ah foi mais rápida — Mas se for para ser assim, então nós três somos lindos Channie fofinho.

— Meu senhor, chame o Channie assim mais vezes perto de mim que eu vou agarrar os dois, nossa Jin-ah você é muito fofa vida minha.

— Aii eu já disse que não sou fofa coisa nenhuma.

— E convenceu um total de zero pessoas fofinha.

— Vocês são terríveis.

— Somos, mas ninguém é mais terrível do que aquele que está vindo ali, terrivelmente lindo se é que me entendem.

O Seungmin se aproximava com um enorme sorriso estampado no rosto o que fez a Jin-ah o achar a pessoa mais fofa do universo, mas isso ela guardou para si para evitar mais disputas de fofurisse com eles.

— O que meus três lindos companheiros de alma estão fazendo aqui e sem mim?

Aquilo pegou a Jin-ah, era um fato que ela ainda não tinha falado muito sobre com eles, mas era o fato, todos os lobos dos membros do bando Lee a reconheceram como companheira de alma e assim seu próprio lobo que a dias vinha eufórico dentro de si os reconheceu um a um como companheiros de alma, e essa por ser a ligação mais fortemente romântica existente entre alfas ômegas e betas automaticamente fazia com quem a sentisse se pertencesse de imediato e o real sentimento que ela vinha vivendo com eles era esse, o de pertencer a eles, pertencer a todos do bando como ômega, como mulher, e como pessoa.

— Eu sabia que meu alfa iria passar por aqui para ir dar sua aula então trouxe nossos companheiros amor, para você, tcharaaam, surpresa.

— Minha estrelinha sempre pontual e perfeito.

O alfa que acabou de chegar deu breves selares nos lábios de seus dois companheiros de longa data e quando foi na vez da Jin-ah ele agiu de forma natural deixando um selar um pouco mais longo em sua bochecha.

— Tomamos sorvete puppy e eu senti sua falta.

— Ah meu dengo, tudo bem, eu não estava muito afim de sorvete hoje, eu comi muito do brigadeiro que o Hannie fez com o Lino e para mim já deu de doce por hoje.

— Mas na próxima você vem com a gente não vem?

— Claro que sim, eu prometo denguinho, vocês tomaram os sabores dos outros do bando? Contaram para a florzinha sobre isso?

— Não falamos exatamente, mas ela já entrou na dança sem nem se dar conta.

— Ah fico feliz!

— Da mesmo para sentir os sabores de vocês no beijo?

Eles riram alto a achando mesmo muito lindinha.

— Não de todos minha linda flor, no meu caso por exemplo meu beijo não é salgado ou tem gosto de peixe sei lá.

Todos eles riram e ela os acompanhou, mas muito pensativa.

— Mas se com sorvetes é como se nós saboreássemos cada um do bando, para saborear você nós faríamos uma refeição com frutos do mar?

— Você gostaria de algo assim minha linda flor?

— Claro Minnie, se não incomodar você.

— Ah nós tentamos o mesmo a anos vidinha ele nunc...

— Tudo bem podemos fazer.

O Chan e o Felix brilharam radiante pela conquista que tiveram bem ali graças a Jin-ah, a tradição dos sorvetes era uma brincadeira, mas também uma apaixonada homenagem entre eles, mas eles não tinham nada assim com o Seungmin que apenas disse a eles para tomarem o seu sabor favorito de sorvete que estava tudo bem, mas todos eles e principalmente o Minho pediam muito para eles terem uma noite de frutos do mar para que ele também tivesse ali sua homenagem carinhosa e apaixonada, mas o Seungmin sempre se negou dizendo não precisar e todos o respeitavam mas no fundo aquilo era algo que queriam muito fazer com ele e por ele e aparentemente agora graças a ômega excelente deles eles poderão finalmente ter isso.

— Minnie não precisa fazer algo assim só por mim sério.

Ele foi até ela e a abraçou.

— Faço por nós todos e digo mais, na noite de frutos do mar a sobremesa terá que ser sorvete.

— Uma noite inteirinha com os nossos sabores favoritos?

— Sim estrelinha.

— Nossos sabores são nossos amores, o Linnoyah vai pirar de alegria meu puppy, obrigado por ser tão bom para nós.

— Obrigado por também me querer como seu sabor florzinha — ele sussurrou no ouvido dela que o apertou mais no abraço. — Eu estou feliz também Channie, mas agora o alfa aqui tem que ir, tenho duas aulas para dar e se vocês enrolarem por aqui mais um tempinho eu volto para a casa com vocês o que me dizem? Se der fome podem ir no café será por minha conta só me falem para eu fazer o pix para eles na hora de pagar caso eu não consiga me juntar a vocês a tempo claro.

— A probabilidade de eu ficar mal acostumada com vocês é gigantesca e eu juro que se vocês pensarem em desistir de mim no meio do caminho eu... — Ela parou um pouco e pensou sério — Não, eu nada, mas assim poxa por que vocês são tão legais?

— Não tem a menor possibilidade de a gente desistir de você saiba disso fofinha — O Chan deu um abraço nela que ainda estava nos braços do Seungmin que aproveitou para abraçá-lo também — Por favor não pense nisso está bem?

— Certo fofinho, por favor me desculpem, esse é um péssimo hábito que tenho eu sei, mas vou me policiar com isso prometo.

— O bom é que hábitos podem mudar vidinha — o Felix se juntou ao abraço deles e ela acabou ficando no meio dos três que beijaram o topo de sua cabeça de forma sincronizada o que a levou a sorrir tímida. — E esse seu será o primeiro que mudará sem nem que perceba vai por mim.

— Concordo com a minha estrelinha brilhante, mas agora preciso mesmo ir, vocês pretendem me esperar?

— Vamos mesmo poder ir no café amor?

— Claro Lixie e por minha conta como prometi.

— Já iriámos te esperar mesmo sem o café Minnie.

Os três ficaram boquiabertos, mas imensamente felizes pela manifestação da vontade da ômega.

— Iriam mesmo minha linda ômega?

— Sim meu Minnie.

Mais uma vez ela o chamou de “meu Minnie” e dessa vez foi na frente dos outros e o Seungmin quase desistiu de ir dar suas aulas por conta disso, mas ele nada comentou apenas sorriu para ela que o encarou tímida por se dar conta do que fez, porém ela apenas sorriu de volta sem nada comentar.

— Ninguém vai falar o quão isso foi fofo?

— Lixie eu adorei isso.

— Eu também Channie, eu também meu amor.

— E eu fui, vejo vocês mais tarde lá na cafeteria.

O Seungmin beijou os três novamente e se foi.

— Posso perguntar uma coisa vidinha?

— Claro Lixie!

— Nada de beijo na boca ainda né? — Ele fez uma carinha pidona e ela sorriu para ele.

— Eu não vou estipular nada sobre isso Lixie, mas também não tenho pressa alguma, porém eu vou adorar que aconteça de forma natural quando e se tiver que acontecer.

— Se? Por que se fofinha?

— Nós não namoramos ainda Chan, isso era mais para a gente se conhecer melhor lembra?

— Eu confesso que me esqueço, mas não por mal vida é que sou apressadinho, o Innie me entende bem nisso somos os mais impulsivos.

— Vamos curtir cada momento que tivermos, e se um beijo acontecer eu não vou negar, mas prefiro que seja algo que venha sem nem nos darmos conta sabe? Eu comentei com o Binnie, não sei se estaria pronta para beijar todos vocês e o medo que isso me dá é de que vocês achem que eu tenho preferidos sei lá, eu ainda estou organizando a questão de vocês serem um bando poliamor e que futuramente eu venha ser poliamor também, me entendem?

— Isso te incomoda minha fofinha? Digo, o fato de sermos poliamor?

— De jeito nenhum meu fofinho, só que eu nunca tinha pensado em algo assim para mim e agora estou pensando.

— E quando pensa o que sente vidinha?

— Que diferente de antes, agora eu estou vivendo na minha versão onde sou muito sortuda.

Os três riem juntos e vão  andar um pouco pela praça e é quando o Felix revela a ela que a prefeitura de Mid Vallien contratou o bando Lee para fazer o plantio das flores ali por conta da floricultura do Seungmin ser a melhor da cidade deles e ela achou a praça ainda mais perfeita pelo fato que lhe fora revelado e depois de um bom tempo ali tirando fotos das mais diversas eles se encaminharam para o café pois o Seungmin mandou uma mensagem para o Chan dizendo que em alguns minutos ele também iria para lá; então eles foram para o carro e se encaminharam ao novo destino.

...

— Nossa que lugar lindinho!

Era bem aconchegante tinha uma iluminação baixa o que para a Jin-ah era a perfeição e os lugares com acomodações estofadas e fofas e sua decoração era toda no estilo “aesthetic” enfim, conforto e beleza já estavam garantidos agora só faltava saber se o café do lugar era realmente bom como eles falavam para ela.

— Você gosta mesmo tanto assim de café fofinha?

— Nossa sou viciada real.

— Caramba não esperava por isso, bom veio ao lugar certo então.

— Veremos...

— Tá duvidando?

— Nem duvidando nem desacreditando em você estou apenas querendo ver pra crer no caso aqui beber para sentir.

— Toda graciosa minha ômega, vamos esperar o Minnie?

— Não precisam, já cheguei.

Eles foram ao balcão e fizeram seus pedidos, enquanto esperavam falavam abertamente de seus gostos estranhos o que fazia a Jin-ah gargalhar na frente deles.

— É sério vida não ri vai! — Ela estava em meio a uma crise de riso por que o Felix disse que ainda gostava de tomar banho com seu patinho de borracha e ela amou saber daquilo, mas não podia deixar de achar fofo e muito engraçado pois automaticamente ela imaginou a cena e foi hilário ver em sua mente o Felix em uma banheira com seu patinho que ele disse se chamar Ducky Lucky — Minnie ela está rindo de mim!

O Seungmin se juntou a ela, as risadas dela eram contagiantes e não só para ele pois os outros dois também se renderam ao riso.

— Gente me perdoem, eu tenho problemas com a minha risada, eu sinto muito.

Ela foi parando e enxugando as poucas lágrimas vindas por conta do riso.

— Oi? A fofinha está se desculpando com a gente por rir?

Ela ficou mais séria e eles mais curiosos.

— Bom, antigamente eu não podia rir, sempre que eu dava dessas minhas risadas que por natureza são altas e muitas vezes incontroláveis eu era mandada calar a boca e era muito xingada também, o que eu ouvia era que eu tinha que reaprender a rir ou não rir nunca mais pois minha risada era feia e escandalosa.

— Seu ex vida?

— Também, mas não só ele, outras pessoas que eu amei me zoavam ou brigavam comigo pela minha risada, e o mais contraditório? Era o mesmo se eu chorava, soluçava, enfim, era como se sempre que eu desse sinais de estar viva eu estava incomodando alguém que eu amava.

Os três se sentiram tristes pela declaração dela principalmente por que eles amaram a ver e ouvir sorrir tão abertamente e acharam que aquele era mais uns de seus traumas latentes pois sua expressão tinha ganho um peso e ela realmente achou que os estava incomodando.

— Florzinha?

— Oi Minnie.

— Se eu te pedir você me promete que sempre que estiver comigo e quiser rir, ou chorar você vai? Sem medos, sem ressalvas?

— Um “eu vou tentar” já está bom Minnie? É que sempre que me lembro isso me dói, eu fiquei meses sem rir naturalmente, comecei a segurar meu choro e só chorar sozinha e em minha mente só me perguntava como você ser quem você é, simplesmente sorrir ou chorar pode incomodar tanto assim? Essas não são coisas naturais e comuns a todos afinal?

Ela quis explicar como se sentia com aquilo e eles a entenderam bem, e se revoltaram ainda mais pois a cada coisa que ela dizia que passou, mas eles julgavam que tudo nela era dor e isso só aumentava neles o desejo de protegê-la e amá-la ainda mais.

— Se você prometer e realmente tentar para mim estará perfeito florzinha.

— Minha ômega perfeita pode rir o quanto quiser, e pode chorar se quiser também, eu só espero que chore bem menos a partir de agora.

— Obrigada Channie, obrigada rapazes, sério meu dia foi tão perfeito quanto nosso sorvete e café.

— Então gostou do café minha vidinha?

Ela fez um suspense e eles estavam ansiosos em saber o veredito.

— Eu amei! Lixie! Sério cara, que delicia o café deles, e eu vi que a variedade que eles têm é grande, logo terei que voltar aqui mais vezes.

— Com a gente né?

— Também, mas as vezes poderei fugir e vir parar aqui, desculpem, mas isso não será algo difícil de acontecer.

Eles riram e ela se juntou a eles de maneira tímida.

— Então se ela sumir já sabem!

— Sim Lix nossa ômega estará tomando seu café!

...

Já estava escurecendo e a Jin-ah estava feliz por ter passado o dia com eles e agora no caminho de volta para casa ela os agradeceu e eles acharam que morreriam de fofura e o Chan que pediu para ir atrás com ela a abraçou a aninhando a ele.

...

— Para mim nosso dia foi perfeito fofinha.

— Eu também amei fofinho.

Eles se olharam ao mesmo tempo e quase roçaram seus lábios devido à proximidade deles e a Jin-ah deu graças a deus por não estar tão iluminado ali senão ele a veria virar um pimentão, só que a verdade é que ele estava igualmente grato por que bem agora ele era o próprio pimentão encarnado e o Felix apenas sorriu os olhando pelo retrovisor.

— Chegamos meus lindinhos.

Eles desceram do carro que foi parado em frente à casa dela para que eles pudessem se despedir e enquanto o faziam a própria Jin-ah achou que algo não estava certo pois ela viu que a janela do seu quarto que ela jurava ter deixado fechada estava toda aberta.

— O que foi florzinha?

— Eu não lembro de ter deixado a minha janela aberta Minnie.

Os três olharam e olhando em direção a porta de entrada da casa dela viram q a porta tinha sido mexida pois sua fechadura estava caída.

— Entraram na casa da fofinha. — O Chan falou entredentes e cerrando seus punhos. — Eu vou entrar para ver, tudo bem para você amor?

Ela estava paralisada pois ela já tinha uma ideia de quem teria feito aquilo.

— Tudo sim Channie, mas vamos todos juntos por favor?

— Claro vida nem a pau que não vou junto.

— Então vamos meus queridos.

Eles passaram pela cerca e notaram que o jardim dela estava bagunçado.

— Quebrou minhas flores? Sério? — Ela falou baixinho em uma tristeza que eles puderam sentir ficando ainda mais nervosos com aquilo tudo.

— Você sabe quem foi vida?

— Acredito que foi o Park Seon Lixie.

— Aquele merda!

Eles entraram e no andar de baixo estava tudo aparentemente okay, eles olharam e nada faltava de acordo com a dona da casa a não ser o vaso com o girassol que o Chan tinha dado a ela.

— Vamos ver lá em cima.

Eles seguiram a sugestão do Minnie e aí que veio o susto para a Jin-ah e a revolta para os alfas e o beta.

— Seu lugar de conforto vida... — O Felix falou a abraçando e ela escondeu seu rosto nele.

— Não acredito nisso! — O Minnie estava tentando se manter tranquilo, mas estava muito difícil vendo o que o ex dela havia feito.

— Eu juro que eu vou matar aquele arrombado de merda! — O Chan estava prestes a explodir.

O lugar de conforto dela estava revirado e um forte cheiro de bambu estava impregnado ali e todos sabiam que demoraria a sair; os panos dela estavam rasgados, os travesseiros despedaçados, os colchões furados e as paredes pichadas com vários “ELA É MINHA” “ELA NUNCA SERÁ DE VOCÊS” “EU VOU MARCÁ-LA PRIMEIRO” “ELA NUNCA SERÁ FELIZ COM VOCÊS” “VOCÊ É MINHA ÔMEGA JIN-AH” “EU VOU VOLTAR”.

E eles não a deixaram olhando aquilo a levando para o seu quarto e aí viram mais rastros do ex dela que havia picotado todas as lingeries da ômega e deixado o girassol que ela havia ganho do Chan em sua cama sem seu vaso e com a terra toda espalhada pelo lençol.

— Esse alfa é um psicopata.

— Sim estrelinha e da pior espécie.

— Vamos denunciá-lo a polícia, mas se eu o vir antes eu o mato.

— Calma Channie, primeiro vamos cuidar da nossa ômega sim? — Ele apontou com sua cabeça para ela que estava em lágrimas silenciosas pela vergonha, medo e tudo mais que sentia agora. — Ela é a nossa prioridade agora amor, e quanto ao imbecil do ex dela resolveremos depois, mas acredite em mim ele não vai se safar dessa.

❉ ❉ ❉ ΑΩβ ❉ ❉ ❉