The Reason escrita por Kathe Black, Katherine Black


Capítulo 16
15. Impossível resistir a tentação




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Pov Bella

       Perdi a conta de quantas ligações recusei. Perdi a conta de quantas vezes precisei desviar o assunto com Renesmee por telefone para não lhe dizer que eu e o irmão dela não estávamos juntos. Longe dele era fácil resistir a tentação, seguir a razão e não deixar me levar por impulsos, mas frente a frente, com ele me tocando e beijando com tanta volúpia, era impossível.

        Minhas mãos ganharam vida própria e se embrenharam em seus curtos fios acobreados. Ao mesmo tempo que sua língua explorava toda a minha boca. O senti mais relaxado e a contra gosto o vi se afastar, encerrando um beijo com um selinho.

        - É, pelo visto Emmett tinha razão. – ele sorriu satisfeito passando a mão no canto da minha boca provavelmente limpando o batom borrado. Olhou para o reflexo dele no espelho atrás de mim e limpou os resquícios de batom que também estavam espalhados em seu rosto. – Tive minhas dúvidas se não ia ganhar um chute também ao fazer isso.

         - Emmett? O seu primo te mandou fazer isso? – o sangue e oxigênio começavam a circular normalmente pelo meu corpo, me permitindo pensar com clareza. – Sai daqui. – ditei entre dentes.

         - Vou sair sim, mas primeiro quero que me confirme que a gente reatou.

         - Não. – grunhi e as mãos dele já estavam na minha cintura, colando nossos corpos. – Me solta

          - Se quisesse se soltar, já estaria solta. Não estou usando nem um pouco de força física pra te prender aqui. Vai, confessa que me ama e que também estava morrendo de saudades de mim.

           - Nem em sonhos. – grunhi, cruzando os braços no peito. Ele curvou o pescoço, roçando seu nariz ali. – Par-para...- queria ser mais firme, juro que queria. Mas, meu corpo me traia e correspondia aos toques dele.

Tombei minha cabeça para trás, dando mais acesso a ele ao meu pescoço. Como sentia falta disso.

          - Ocupado. – ele disse com a voz firme e só então me dei conta que alguém estava batendo na porta do banheiro.

          - Edward? – a voz indagava surpresa por ouvir a voz dele. – Desculpe, achei que tivesse visto a Bella entrar aí. – pisquei algumas vezes até me dar conta que era a voz da minha mãe.

           Ele levou o dedo indicador a boca, um sinal para que eu ficasse em silêncio. – Ela foi pro quarto da Rebecca, eu acho. – ele respondeu, mentiu, na maior cara de pau. Mas, o que eu esperava que ele fizesse? Estávamos em uma comemoração do batizado do nosso afilhado, minha família inteira estava ali fora e partes da dele também. Dizer que estávamos trancados juntos no banheiro era a coisa menos sabia a se fazer. Nem devíamos estar aqui dentro.

         Todo e qualquer resquício de sanidade desapareceu quando ele me suspendeu no ar, me fazendo abraçar sua cintura com minhas pernas, chocando meu corpo contra a parede fria de azulejos.

         - Quero ouvir você dizer. – disse firme, com a boca a centímetros da minha. – Eu não vou fazer se você não pedir, se não disser o que nos dois sabemos que você quer.  Estou fazendo muita força pra não fazer o que desejo tanto, tudo depende de você Bella. Você me diz o que quer ou não.

        - Me beija Edward, eu quero que você me beije.

~☆~

       Joguei um pouco de água no rosto, tentando aliviar os pontos febris que entregavam a nossa atividade ali dentro. Edward mantinha o sorriso malicioso no rosto, enquanto fechava os botões de sua camisa.

      - Vamos sair de mãos dadas ou eu saio primeiro? - interrogou, beijando meu ombro exposto.

      - Isso, vamos sair de mãos dadas daqui e ver o que o seu sogro tem a lhe dizer. – falei sarcasticamente.-  Aposto que ele vai amar treinar a mira com um alvo em movimento.

       - Melhor eu ir primeiro. – ele concluiu.

       - Sabia decisão. - respondi, mas antes de sair ele me beijou novamente.

     Tomando cuidado para não ser flagrado, mesmo que a essa altura todos já tenham notado o nosso sumiço, não gostaríamos de deixar tão óbvio que estávamos juntos ali dentro. Molhei novamente minha mão na água fria, e passei na minha nuca.

      A razão voltando a minha mente. Me dando conta de como errado e arriscado isso foi.

      Três minutos após Edward sair daqui, Rachel invade o lugar animadíssima.

      - Esse lugar fede a sexo. – ela debochou,  franzido o nariz.

      - Cala a boca - falei jogando um pouco de água da torneira nela. – Não acredito que estava esperando ele sair.

       - Não seja má, Bella. Eu estava te dando cobertura, ok? Me conta, foi boa a reconciliação?

       - Rachel Black! – repreendi, mas já dava risada da situação. Ela continuava a me olhar esperando por uma resposta. – Foi ótima. – respondi.

        - Sabia que você não ia resistir a ele. – murmurou. - Agora vamos, e só pra constar eu disse aos meus tios que você tinha pedido pra se deitar um pouco pois estava com dor de cabeça. – ela tirou uma chave do bolso e me entregou – De um jeito de entregar essa chave a Rebecca na frente do tio ou da tia, pra deixar mais verdadeira a minha história.

         - Você é demais, Rachel. – agradeci

        - Você também vai me cobrir esse semana, então não precisa agradecer.

      Saímos dali e seguimos direto para o quintal onde todos estavam. Edward já não conversava mais com nenhuma mulher, o que me levantou a hipótese que ele estava fazendo aquilo também pra me provocar ciúmes. Como sempre, ele acompanhou meus movimentos com o olhar. Entreguei as chaves a Rebecca, que fez questão de perguntar se a dor de cabeça tinha passado para que todos ouvissem.

      Pelo visto não era só Emmett que tinha se aliado a Edward, minhas primas também.

     - Bella, eu ainda não dancei com a madrinha. – Edward se aproxima, Rachel sai do meu lado deixando o espaço livre para que ele coloque um braço em torno de minha cintura – Acho que existe algum tipo de tradição nesse sentido, não é mesmo Rebecca? – ali eu confirmava minhas suspeitas, eles todos eram cúmplices.

      - Com toda certeza, Edward. O padrinho da criança tem obrigação de dançar com a madrinha – eles piscaram um para o outro.

        Não havia ninguém dançando no momento. Mas ele fez questão de me levar até bem perto da caixa de som, e me guiar durante a dança.

       - Senti tanto a sua falta. – ele suspirou – Nunca mais quero passar tanto tempo sem nem ouvir a sua voz.

       - Senti sua falta também, Edward. – confessei.

       - Nunca mais aquilo vai se repetir, te dou a minha palavra. – dizendo isso ele posiciona sua mão na lateral do meu rosto, me puxando delicadamente para um beijo suave.

     Quando o beijo encerrou, escondi meu rosto em seu peito. Incapaz de olhar diretamente para qualquer pessoa nesse momento. Repeti uma centena de vezes que não iria voltar com ele durante esses três meses longe, mas na primeira oportunidade aqui estou eu, mole feito marshmellow em suas mãos capazes de me levar ao céu.

     Eu o amo, muito mais do que já amei qualquer pessoa nessa vida. Essa era a verdade. A única verdade que importava no momento, o fato de nos amarmos.

 

 

 


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