Enquanto Nero conversava com Dante cansadamente sobre a próxima caçada, Vergil pegou-se o encarando. Os cabelos esbranquiçados davam-lhe uma auréola, as feições afiadas qual espada, e os malditos olhos tempestuosos – era outro que nunca poderia escapar da tempestade.

Ao mesmo tempo, Vergil conseguia ver mais alguém por trás do gentil jeito que as pontas do cabelo de Nero enrolam para dentro, por trás das linhas de expressão presas em um eterno sorriso, ou da simples bonança que o rapaz traz no olhar.

Alguma zagala, sacerdotisa ou santa – Vergil não sabia com quem tinha dormido para trazer ao mundo um anjo.