Jogo Perigoso escrita por Gi47


Capítulo 1
One Shot-Capitulo único




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Caroline e Klaus estavam em um baile de máscaras na mansão Salvatore, um muito mais luxuoso que o anterior, todas as garotas usavam vestidos longos e bufantes e todos os meninos usavam terno, pareciam que estavam ainda no século 19, porém, eles ainda estavam no presente, no século 21, e Caroline suspirou aliviada ao perceber isso.

A loira definitivamente não queria ir com o vampiro original naquele baile, a jovem vampira nem queria ter ido ao baile para começo de conversa, afinal, ela sabia o propósito daquilo, e não lhe agradava, então, sem pensar em sua função, que não queria exercer, ela observou o companheiro ao seu lado, sorrindo forçadamente, Forbes não o odiava, nem tinha medo dele, apesar dele ser extremamente perigoso. O problema que ela tinha com ele, é que o loiro a atraía, Klaus a fascinava, ela não queria sentir nada por aquele ser primitivo que tanto machucava pessoas.

O casal parou em uma sacada que tinha uma grade, e ficaram observando as estrelas, e isso fez a garota parar de pensar no loiro ao seu lado. Porém, ela deveria saber que ele não se permitiria ser esquecido por ela.

Caroline então, sentiu os dedos de Klaus esfregando seus ombros, como se quisesse esquente-la, ela não se moveu, ela não disse nada, apenas deixou-se levar, estava frio mesmo para ser esquentada por um homem, um homem rebelde e selvagem como o hibrido.  A loira sentia o toque tentador e vibrante da criatura em seu corpo, enquanto sua pele formigava de prazer. Então, tentando esconder aquilo que sentia, ela olhou para trás, belo erro, pois viu os olhos de Klaus, a devorando com os olhos, e Caroline sentia-se invadida até a alma por ele.

Klaus não resistindo mais a pegou pelo pescoço por trás, fazendo-a dar um gemido, apoiando a cabeça no ombro de Klaus, Caroline estava sentindo prazeres proibidos, e tinha medo de gostar daquilo. Klaus segurou as mãos da loira, enquanto sussurrava seu nome, e os olhos de ambos se encontraram mais uma vez.  Os dois se beijaram, um beijo intenso, delicioso e adorável. E se separaram logo depois. Ambos ficaram lado a lado na sacada novamente, com um silencio desconfortável.  Que não durou muito.

A doce e jovem Caroline estava perdendo a cabeça, estava fora de controle, a vampira sentia vários sentimentos que ela não sabia definir. Para o perigoso e belo Klaus Mikaelson tudo aquilo era como um pecado sem nome, e a  mulher ao seu lado, Caroline Forbes , era como um tigre a ser domada por ele, e mesmo amando vê-la sofrer de prazer com algo tão simples quanto toques, todos os sentidos de seu corpo proclamavam que aquilo  era um jogo perigoso, um sonho sombrio, que ele desejaria que nunca acabasse, ele estava sentindo algo irreal, que ele queria que fosse verdade, afinal, ele sempre quis tocar em Caroline desde que pisou em Mystic Falls novamente, e finalmente tornou-se realidade.

Por outro lado, Caroline Forbes sentia-se em um estranho romance, saído de um misterioso conto de fadas.  Klaus parecia uma fera e ela, parecia Bela, a garota assustada e inteligente que se apaixona pelo monstro. 

— A princesa assustada não sabe o que fazer- ele sussurra em seu ouvido, morde o pescoço dela, rapidamente e chupa o sangue, enquanto, com dor e pavor, a loira se solta dos braços do hibrido, porém, ele segura sua mão- ela foge para longe? - Pergunta sombriamente com sangue escorrendo em seus lábios, depois a gira até ele novamente e continua: - Ou ela se arrisca e fica? De qualquer jeito, não há como vencer, não há como escapar de mim, meu sangue é a única coisa que pode salva-la agora, afinal, mordidas de lobisomens são fatais para vampiros... mas você já sabia disso, então, você esta acabando com minha paciência... faça sua escolha.

Caroline não apareceu abalar-se com essa frase, nem com seu sangue nos lábios dele, ela puxou o terno de Klaus, e encostou a cabeça em seu peito, ela queria mais dele, e ela só estava fazendo isso para ajudar seus amigos, ela não queria se apaixonar ou sentir prazer por ele. E disse: - Tudo que sei é que estou perdida, e eu estou contando o preço disso tudo, minhas emoções estão girando, minhas escolhas estão se virando contra mim e não é culpa de ninguém – ela olhou para Klaus novamente, vendo a expressão de pena que ele tinha em seu rosto, e ela não gostou nada disso, fechando a cara.

— Tem razão, o que estamos fazendo é um crime, e é uma vergonha- Klaus segurou os pulsos dela delicadamente, e a abraçou violentamente pela cintura, prendendo seus pulsos em suas costas

— É verdade, mesmo assim, é um jogo perigoso- Caroline não tentou soltar seus pulsos, mas procurou os lábios de Klaus, e os beijou

— É um jogo perigoso- ambos falaram ao mesmo tempo, sussurrando durante o beijo.

Perdendo a compostura, e deixando seu lado selvagem e animalesco escapar, ele a jogou no chão da sacada, amaçando seu vestido, tirando sua máscara e desarrumando seus cabelos loiros que estavam presos em um coque, Caroline não se importou com isso. Klaus deitou-se em cima dela, desceu gentilmente a manga delicada do vestido que ela estava usando, desceu até os seios pequenos e ainda fartos da jovem vampira, e chupava e mordia um dos mamilos enquanto ela gemia, Caroline segurava a nuca de Klaus, deliciando-se com o que estava sentindo.

Nenhum dos dois falava, nenhuma palavra, todas as palavras estavam em seus olhos, Caroline mordia o pescoço de Klaus, sugando seu sangue enquanto Klaus se deliciava com o corpo dela, enquanto Caroline se curava com o sangue dele, o mesmo lhe dava e recebia prazer, era um trato silencioso. O silêncio falava, alto e claro, todas as palavras que eles queriam ouvir. Com os gemidos um do outro enquanto se penetravam, as roupas de ambos ainda estavam em seus corpos, mas Klaus segurava a coxa de Caroline, e Caroline gemia o nome dele com afinco, os olhos de ambos se encontraram, se beijando enquanto transavam.

O casal estava perdendo a cabeça, estavam perdendo o controle, ambos sentiam sentimentos que não poderiam definir, talvez, prazer, dor, insegurança, paixão. Eles não sabiam, mas ainda assim, aquilo que estavam fazendo era um pecado sem nome, e Klaus ainda via a Caroline como um tigre para ser domado, por isso, tentando conter o que sentia, apertava o pescoço da vampira, e Caroline, sabendo que aquilo que estavam fazendo, não era culpa de ninguém, nem dela, e muito menos dele, também queria avaliar um pouco a confusão de sentimentos que sentia, e por isso apertava o membro de Klaus sob as calças, e com isso, ambos gemiam muito mais alto do  que antes. Aquilo que faziam, era um crime, e uma vergonha, aquilo parecia que era proclamado pelos anjos e era culpa dos demônios, mas, ambos jogavam um jogo perigoso.

Satisfeitos, com o que tinham feito, Klaus se levanta e estica a mão para a loira, para que ela possa se levantar, e ela segura a mão dele, e ele a puxa para perto dele.  Caroline tinha sangue de Klaus, escorrendo em seus lábios, ele queria tirar o sangue dele da boca da vampira, porém, ela estava tão bela, tão monstruosa e tão real quanto ele, que ele ao invés de tirar o sangue do canto dos lábios dela, ele a beija.

Separados do beijo, eles voltam a ficar lado a lado na sacada, nem um pouco constrangidos, mas sim, felizes, claro que eles estavam:  tensos e suados, por estarem jogando um jogo perigoso, mas felizes. Eles se olharam, e Klaus percebe que uma mecha de cabelos loiros estava caindo nos olhos dela, e a tira, colocando os fios de cabelo atrás de sua orelha, Caroline fecha os olhos ao toque dele, e o beija mais uma vez. Então, se separam e Klaus suspira, falando:

— Você já se curou sozinha, enquanto jogávamos um jogo perigoso, não precisa mais de mim, afinal, então, se me der licença, tenho que voltar para Nova Orleans- Klaus estava prestes a sair da sacada, do baile, da mansão, e até da cidade, mas foi impedido pela mão de Caroline, que murmurou, mas ele podia ouvir:

— Eu ainda preciso de você, agora, mais do que nunca- e solta a mão dele, colocando novamente na grade da sacada. Klaus se vira para ela, intencionando perguntar o quer ela queria dizer com aquilo, mas uma voz da porta da sacada, o fez paralisar no lugar e fechar os olhos de raiva: - já vai tão cedo, aberração? - Caroline ao ver quem havia chegado, também fecha os olhos, e aperta as mãos na grade da sacada, querendo que aquilo fosse um pesadelo, mas ela sabia que não era, havia contribuído para que aquilo acontecesse e sentia-se mal por isso.

—Mikael, o que está fazendo aqui? - Klaus, com fúria pergunta, fechando sua mão em punho

— Pergunte para sua ... Princesa assustada- Mikael deu um sorriso malicioso para a vampira loira, provavelmente ouvindo o título que Klaus tinha dado a ela, e parecia que tinha ouvido os gemidos altos que proclamavam também

Klaus virou-se novamente para Caroline, irritado, frustrado e um pouco machucado, e pergunta, agressivo, rude e com a voz embargada:

— Você está por trás disso? - Klaus não queria acreditar nas palavras de seu pai. Caroline sai da sacada, segura as mãos de Klaus e explica, desesperada para que ele a compreenda

— Você havia voltado para cidade, Elena e os outros não gostaram nada disso, então, pediram para eu distrai-lo em um baile como esse, para que eles pudessem encontrar Mikael e pedir para ele mata-lo... de uma vez por todas- Caroline abaixa a cabeça envergonhada com o que tinha feito e consequentemente explicado

— E você concordou com isso? – Ele perguntou baixo, quase um sussurro, e Caroline apenas balança a cabeça positivamente, Klaus então, solta as mãos da loira, e coloca as mãos em seu pescoço, quase sufocando-a, mas afrouxa o aperto, envolvendo o pescoço dela com as mãos, dessa vez gentilmente mudando de ideia, e pergunta com uma mistura de rancor e raiva:

— Por que Caroline Por quê? - Caroline primeiramente ficou assustada, depois, deixou lágrimas rolarem em seu rosto, e levanta a cabeça, olhando nos olhos de Klaus, respondendo:

— Porque você é obcecado por mim, e eu queria dar uma chance para o Stefan- Klaus ficou sem reação ao ouvir aquilo, e não conseguia parar de apertar o pescoço da loira, quase fazendo ela sufocar novamente, porém, sabendo que Klaus nunca a machucaria, ela segura as mãos de Klaus em seu pescoço, e sussurra:

— Eu sinto muito por isso, Klaus, por favor, me perdoe- ela coloca as mãos em seu rosto, tentando traze-lo novamente para sua gentileza que parecia perder aos poucos. Antes que Niklaus Mikaelson pudesse responder qualquer coisa, ele sentiu a garota sendo puxada de seus braços, e a voz de seu pai, ameaçando-a com uma adaga de cabo branco, que ele conhecia bem, o que o deixou furioso:

— Um pouco tarde para se desculpar, você não acha? Vamos matá-la Klaus, vamos matar essa traidora, e vamos ter uma vida nova, uma vida em família, uma vida que você sempre quis, o que me diz? - Mikael fingia companheirismo para com o filho, mas Klaus não queria matá-la, não queria que as coisas acontecessem dessa forma, e grita:

— Não, solte-a, agora- ele ameaçava o pai com os dentes pontudos, mas isso não amedrontava o pai, e além disso, Klaus ainda queria manter a calma em relação a tudo aquilo, porém, foi impossível ao ouvir as próximas palavras de Mikael:

— Ela te traiu, ela te usou, e você não quer que eu a mate? O que houve com Niklaus Mikaelson? - Mikael, pai de Klaus, que sempre nutriu uma relação conturbada com o próprio filho, não poderia acreditar em suas palavras

— Você está aqui para matar-me, Mikael, e não a ela, deixei-a em paz- ele serrou os punhos, tentando salvar a garota que amava

— Há, agora eu entendi, você não está apenas obcecado por ela, você realmente a ama, não é? – Mikael perguntou, e com o silêncio do hibrido, ele teve uma reposta positiva, e continuou analisando a expressão de Klaus, que estava com lágrimas nos olhos, demonstrando sua fraqueza ao homem que sempre o humilhava, o machucava e que sempre o forçava a ser forte, para nunca ser machucado por ele novamente, e ele sentiu que a dor ainda viria naquele momento.

— O que houve com a adorável Camille?  Há eu já entendi, você gosta das duas, não é? Está em dúvidas qual delas escolher, não é? Seja qual for a decisão que tomar, você vai perde-las, Klaus, todos vão sair perdedores nesse jogo, nossa família não ama, tudo que nós amamos vira cinzas, e com elas não será diferente, olhe só para você, garoto, você é fraco, chorando por duas mulheres que nunca o amarão... porque estarão mortas para isso - Ele ameaçou ainda mais a adaga no pescoço da loira, e a mesma fechou os olhos esperando a dor vir, enquanto, Klaus perdia a paciência.

— Agora, já chega- ele pensou alto.

 Então, ele puxa a mão da Caroline, a trazendo para atrás de si, tirando a adaga de cabo branco, feita de carvalho branco da mão dele, e segurando o pescoço de seu pai, o empurrando até a parede, saindo da sacada, e chamando a atenção de todos no baile. Klaus não soltava o pescoço de seu pai, nem por um segundo, invés disso o apertava ainda mais forte no pedaço de cimento, se Mikael não fosse um vampiro forte e experiente, já teria morrido e sufocado como um humano comum.  Por isso, tentando apelar para o pouco de humanidade que ainda sobrava de seu filho, ele falava com ele, com muita dificuldade

— Está assim porque fui enviado para te matar e a sua vadia loira ajudou com isso? Está assim porque traímos você? Eu não entendo porque está agindo dessa maneira sendo que traição está na sua natureza, garoto- falou entre os dentes,

Klaus ameaçou o punhal no coração dele, e respondeu tentando manter a paciência, inutilmente:

— Não, houve um tempo em que você me conhecia, como seu filho, uma época antes das decepções e das revelações de traição. Houve momentos em que a única coisa que precisava era ser meu pai, e ainda assim você me rejeitou, não foi? Eu quero saber porquê? – Lágrimas não paravam de rolar da face do hibrido, enquanto Caroline, se aproximava ficando junto a multidão, observando e ouvindo tudo quando, Mikael o respondeu, Caroline sentiu pena pela resposta do pai do hibrido:

— Eu não sei, eu apenas fazia- Até Mikael pareceu ficar abalado com as próprias palavras, ainda mais, vendo seu filho fechando os olhos, deixando mais lágrimas rolarem

— Houve algum momento, por menor que tenha sido, em que tenha me amado, como seu filho? - Perguntou frio e irritado, já enfiando um pouco da lâmina da adaga no coração do pai, esperando uma resposta

— É claro que não, quem amaria um bastardo, uma aberração, um hibrido ... um monstro como você... como a um filho? - O abalo E a pena que ele sentia da reação de Klaus pareceu sumir, e ele respondia o filho com outra pergunta, com extrema dificuldade devido a dor da lâmina quase entrando em sua carne.

 Klaus deu um meio sorriso em meio as lágrimas, tirou a lâmina da adaga do coração do pai, e se afasta observando a mansão dos irmãos Salvatore, vendo no começo da escada uma corrente que parecia ser para segurança das pessoas não sobrenaturais, Klaus a pegou, gerando surpresas em todos, até mesmo nos irmãos Salvatore  que não fizeram nada, esperando para ver o próximo passo do hibrido

Klaus olhou para a loira pedindo ajuda, e Caroline entendeu, a vampira então, segurou os ombros de Mikael, mordendo seu pescoço, para atordoa-lo e distrai-lo, enquanto resmungava para ela e para o filho:

 - Acha mesmo que uma mordida de vampiro de uma vagabunda como sua namorada, vai me deter? Como eu disse, você é extremamente fraco

— Isso não vai detê-lo, Mikael, mas isso vai- Klaus pediu silenciosamente para Caroline se afastar, e ela o fez, quando ela já estava longe, Klaus envolveu a corrente mais uma vez no pescoço do vampiro, tirando ele do chão, amarrando as pontas da corrente na grade da escada, impossibilitando ele de respirar normalmente

— Escute com atenção, não, eu nem sempre fui um monstro, vou te contar uma coisa, preste bem atenção, papai ... EU SOU O MONSTRO QUE VOCÊ CRIOU- gritou a última parte, enfiando de uma vez a lâmina da adaga no coração dele, surpreendendo até mesmo o Mikael, que levantava a mão em busca da pouca humanidade que poderia restar de seu filho bastardo mais uma vez.

 A corrente caiu, e o corpo já cinzento de Mikael caía no chão, e pegava fogo, virando cinzas, Klaus então, ajoelhando até o corpo, antes que queimasse por inteiro, falava para o que restou do pai:

— Parece que a nossa família também vira cinzas, e não apenas as pessoas que ousamos amar- disse em um sussurro, enquanto seu pai virava cinzas de uma vez por todas. Exausto, ele senta no chão, suspirando e abaixando a cabeça, tentando se acalmar e descansar um pouco antes de voltar para sua cidade, ignorando o olhar de todos nele, exceto na loira que se aproximava dele. Abaixando-se e sentando-se em sua frente.

Levantando a cabeça, ele fala só para que Caroline escute:

— Perseguido por todos, encontrei o ódio em toda parte, nenhuma palavra gentil, nenhuma compaixão em lugar algum, Caroline.... Por que ... por que? - Na segunda pergunta, ele estava chorando, desabando e gritando para a loira, que não ficou nem um pouco assustada.

A loira segura o rosto do rapaz, limpando as lágrimas de seu rosto, e sussurrando:

— Calma, eu estou aqui, Klaus...você não é vilão da minha história, você nunca foi um vilão, apenas foi incompreendido... o mundo nunca lhe deu compaixão, mas eu estou aqui para lhe dar- ambos se abraçaram, e o outro sussurra para a loira:

—  Caroline, fale-me o que sente, por mim, o que sente depois do nosso jogo perigoso- Klaus pega o rosto da Caroline, com ambas as mãos

— Depois do que fizemos eu não sei mais o que sinto... nem por você... nem o que sinto por Stefan, talvez, eu tome minha decisão se me disser quem é Camille? -  perguntou a loira para o hibrido

—  é uma garota de Nova Orleans, uma psicóloga, eu também não sei o que sinto por ela... talvez ...- tentou dizer Klaus com um sorriso no rosto, mas foi interrompido pela loira

— Você a ama? - Caroline foi direta na pergunta, e o casal ainda estava sendo observado por todos os convidados, que queriam saber o desfecho da conversa

—  Eu já te disse que não sei, vocês duas são muito parecidas, é difícil saber, é difícil escolher, mas tem uma coisa que tenho certeza nisso tudo... ela não é você- eles sorriam um para o outro e Klaus continua: - E quanto a Stefan, você deu uma chance a ele?

— Sim, eu dei, e foi bom por um tempo, mas não posso continuar com ele, não depois do que fizemos, não posso estar com alguém enquanto estou apaixonada por outro, a verdade, Klaus, é que... depois dessa noite, só tenho certeza de uma coisa...  Ele não é você- Klaus então, acariciava o cabelo da loira, a mão dele descia até sua mão, e ele a segura, pedindo:

— Venha para Nova Orleans comigo, Caroline, e terá todas as suas perguntas respondias- ele se levanta, e a ajuda a se levantar

— Eu não sei... Klaus... eu preciso pensar- Caroline se levanta, e os dois se encontram

— Você tem a noite toda, minha dama- ele se aproxima da Caroline, e eles iam se beijar, não fosse a voz de alguém que eles conheciam muito bem ser ouvida por ambos

— Desculpe interromper o casal, mas temos assuntos pendentes a acertar- falou Stefan, se aproximando junto com o irmão, Elena e Bonnie, e todos estavam rodeando o casal

Klaus se afasta de Caroline, e vai em direção a porta, mas ele não passa por ela, ele fica em frente a eles, de costas para a porta da saída, e aponta para o que sobrou de seu algoz

— O homem que enviaram para me matar, foi reduzido a pó- ele estende os dois braços e fala olhando para o pequeno grupo a sua frente, que o observavam com medo de seus próximos passos, e fala orgulhasemente – Eu sou imortal, um hibrido, eu não posso ser morto, eu e meu querido pai, jogamos um jogo perigoso, foi um jogo difícil sem dúvida, mas eu ganhei... Vida longa aos vencedores  e que o diabo leve o perdedor- Klaus iria sair, deixar Caroline ali, mas ele virou-se para ela, e fala: - Caroline querida estou esperando uma resposta, eu vou voltar para Nova Orleans, ainda está noite- e enfim, ele ia abrir a porta, mas foi impedido por Damon que o segurou pelo pescoço, e disse:

— Acha mesmo que vamos deixar você sair da nossa cidade, depois de toda essa bagunça que você fez em nossa casa? - Klaus sorri, e o empurra para a parede, fazendo-o se soltar, mas como ele é um vampiro, não tão experiente quanto seu oponente, mas um vampiro forte, ele se levanta e corre até o hibrido, então, Klaus pega o pescoço de ambos, de Damon novamente, e os empurra para parede, como fez com seu pai. E os ameaça

— É melhor vocês voltarem para suas amadas enquanto ainda estão vivos- fala Klaus enquanto seus olhos ficam amarelos e os dentes pontudos

— Acha mesmo que o atacaríamos sem um plano B, Bonnie, agora- Stefan dá um sorriso, e pede para bruxa. A morena levanta a mão, e a cabeça de Klaus começa a doer desesperadamente, soltando os pescoços dos irmãos, ele coloca as mãos na cabeça, grunhido de dor.

Vendo a vulnerabilidade do hibrido eles dão vários socos no rosto dele, enquanto Caroline e Elena apenas observavam, enquanto a loira, via isso, ela havia tomado uma decisão, parecia que ele estava perdendo a luta e Caroline não podia perde-lo.

— Bonnie, pare com isso, todos vocês parem com isso... eu decidi ir com ele para Nova Orleans e preciso dele vivo- ela caminha desesperada na frente dos três, e toma a decisão definitiva, fazendo com que Damon e Stefan parassem de soca-lo, e a olhassem surpresos até mesmo Klaus a observava surpreso com a decisão da loira

— O que? - Todos perguntaram juntos

— Sim, eu tomei minha decisão- ela falava olhando para todos, mas parou em Klaus, observando sua reação- eu ...- Caroline ia continuar, mas foi interrompida por elena

— Espera aí, Caroline, você realmente vai deixar tudo para trás? Tudo o que passou aqui? Suas amizades? Sua vida? Vai deixar essa cidade a qual nasceu e foi feliz pelo Klaus Mikaelson, um hibrido extremamente perigoso? Não acha que é um jogo perigoso esse que quer jogar? -  perguntou a morena segurando os braços da amiga

— como eu já disse, eu escolhi isso, não vou voltar atrás, e não ouse me julgar, Elena, não ouse, sendo que você se apaixonou por dois vampiros tão perigosos quanto Klaus, e eu ainda tive a decência de escolher apenas um- ela disse tudo, apontando um dedo para a garota a sua frente

— como você ousa? - Afastou-se Elena, de Caroline, após ouvir aquilo de alguém que ela confiava

— como eu ouso? Há, Elena, por favor, não se faça de vítima, você é apenas uma garota mimada... – Caroline iria continuar falando, mas a voz de Klaus a interrompeu

— Caroline-  Niklaus a chamou, e quando ela finalmente, o olhou novamente, ele continuou- eu não estou te obrigando a nada, se você não quiser ir, eu entendo

— Não, Klaus, eu quero ir, eu já me decidi- ela tocou o rosto dele- eu amo você

— Então, Caroline, minha amiga, se é isso mesmo que você quer, desculpe-me por tê-la julgado, eu quero que seja feliz, mesmo não imaginando como eu quero que seja feliz, espero que tenha tomado a decisão certa, espero que ele a ame como você merece ser amada- elena falava, já conformada com a decisão que a Forbes tinha tomado

— Obrigada, Elena, e me desculpe por tê-la te chamado de mimada, você é importante para mim, e não quero perde-la, sei que sente o mesmo em relação a mim, mas eu vou ficar bem, eu vou ficar segura, eu o amo, Elena, sempre o amei- ambas se abraçaram por algum tempo, depois se separaram

— Bonnie, minha amiga- a loira se aproximou da bruxa, segurando suas mãos- está convidada para ir a Nova Orleans comigo se quiser, eu não quero me separar da minha melhor amiga

— Obrigada, Caroline, mas não, não quero deixar Elena sozinha aqui, não quero deixar meus amigos sozinhos, e eu não queria que fosse embora, principalmente com Klaus, mas se é isso que você quer, Caroline, eu só lhe peço duas coisas.... Seja feliz e não se esqueça de mim...- Caroline mal deixou Bonnie terminar a frase e já a abraçava, e enquanto se abraçavam, ela continuou- e eu não posso deixar o Enzo, eu o amo... sei que você entende isso- ambas se separaram

— eu entendo Bonnie, sei como é fazer de tudo pela pessoa que realmente a ama- Caroline olhou para Klaus, depois voltou seu olhar para sua melhor amiga, e continua falando:- - sei que não queria que eu fosse, mas eu preciso fazer isso, eu quero fazer isso, jamais a esquecerei Bonnie, e sim, eu serei muito feliz, prometa-me minha amiga que será feliz também- a loira, limpava  as lágrimas da negra, enquanto segurava seu rosto com as duas mãos.

— Eu prometo Caroline, minha amiga, eu prometo- ambas se abraçaram rapidamente, se separando em seguida.

Caroline então aproximou-se de Stefan, segurando suas mãos, suspirando, precisava despedir-se de seu namorado, do homem que a amou durante meses e até anos, e ela nunca conseguia retebruir esse amor do jeito ele merecia. Ela tomou coragem, e dizia:

— Stefan, eu e você nunca vai acontecer, você disse isso para mim, quando nos conhecemos, e naquela época, eu não queria acreditar nisso, eu não podia acreditar naquilo, e por isso, eu lutei muito, para tê-lo, eu lutei para fazer com o que você sentia por Elena desaparecesse e você olhasse para mim, e você finalmente, me enxergou ali, você me amou, e foi.... Maravilhoso, enquanto durou, mas não deu certo.... Não é justo para você, não posso estar com alguém, sendo que estou apaixonada por outro.... Eu sinto muito- Caroline, tentava sorrir em meio as lágrimas que escorria deliberadamente de seu rosto, e o abraçou.

Durante o abraço, eles sussurravam um para outro, conversavam um com outro, e Stefan, a respondia, resignado e conformado com a decisão dela, e até mesmo com término do namoro, ele a amava, mais do que amou  Elena, mas precisava deixa-la ir, precisava vê-la feliz, precisava dar-lhe uma chance dela viver sua própria vida, fora ele, Bonnie, Elena e Damon, não havia mais nada para ela nessa cidade, sua família havia morrido, e ele próprio sabia disso, ele e os amigos já não era o suficiente para que a loira seja feliz:

—  apenas quero que seja feliz, Caroline, apenas quero que se liberte, sei que não existe mais nada para você aqui, sei que precisa de algo novo, e eu a entendo perfeitamente, eu te amo, Caroline, sempre vou amar..., mas você não é minha- Stefan, fechava os olhos enquanto sentia lagrimas descendo sob sua face, mas não se importava

— Obrigada por entender... e eu sinto muito por tê-lo traído está noite- ela abraçou ainda mais o corpo de Stefan, como se aquele abraço apertado fosse um pedido de desculpas, e realmente era.

— Tudo bem, eu já estou acostumado- após isso, eles se separaram, porém, eles ainda estavam olhando um para o outro, e ele continuou: - eu só quero que seja feliz... e quero que seja feliz também, Klaus, meu velho amigo, apesar de tudo- dessa vez ele olhou para Klaus, que estava perto da porta ainda, e o hibrido deu um mínimo sorriso a ouvir isso, e respondeu:

— Foi bom vê-lo também, Stefan, meu bom e velho amigo, apesar de tudo- Caroline sorriu ao ouvir essa pequena conversa, esse pequeno dialogo, antes dela, antes de Caroline eles já eram amigos, e felizmente, apesar da rivalidade, de obstáculos, essa amizade continuava intacta.

O que lembrou Caroline, de outra amizade importante, tanto para ela, tanto para a última pessoa que faltava se despedir, o sarcástico e excêntrico Damon Salvatore, o único e melhor amigo de sua infelizmente falecida mãe, Elisabeth Forbes, mais conhecida apenas como Liz Forbes, a xerife de Mystic Falls.

Lembrando-se dela, ela se aproximava de Damon, com lágrimas nos olhos, era impossível não chorar com a saudade de uma pessoa tão querida, o moreno sendo o amigo que foi para sua mãe, e também sendo um amigo para ela, percebe que ela chorava copiosamente, e ele próprio segura suas mãos, vendo as mãos dadas de ambos, Caroline sorri, e fala:

— Damon, você foi um babaca para mim, e para todas as pessoas de Mystic Falls, durante muito tempo..., mas você mudou, pode ter sido por Elena, por Bonnie, por Stefan, e pode ter sido por mim que tenha mudado, ou possa ser a amizade que tinha com minha mãe, talvez tenha sido isso que o fez mudar em primeiro lugar, para você se tornar digno e nobre de amar Elena... Mas o mais importante é que você foi amigo da minha mãe, você a amava como a uma mãe não é? E eu sei que ela o amava como a um filho, Damon, somos praticamente irmãos... e isso é o suficiente para mim, jamais esquece-lo, só não me decepcione – ambos choravam, e ambos se abraçaram, mas foi um abraço extremamente rápido, e Damon a respondeu:

— Eu mudei sim, e sim, foram todas essas pessoas que me mudaram, inclusive você, mas, a amizade com sua mãe, foi inesquecível...  E pode deixar, não pretendo decepcionar mais ninguém, apesar de que ninguém confia muito em mim..., mas eu prometo que vou fazer o possível para não ser mais o Damon Salvatore de antigamente, se bem, que era muito mais charmoso e sexy no passado, mas enfim... eu também prometo nunca esquecê-la...Loirinha – Damon sorriu, e a loira também.

Caroline foi até Klaus, e pegou sua mão, o puxando até o centro da mansão, enquanto recebia olhares confusos, porém, felizes de seus amigos, e até mesmo do próprio Klaus, que perguntou a ela:

— O que está fazendo? Caroline, precisamos ir embora-  questionou e insistiu a loira, que colocava uma mão na cintura dele, ficando de frente para ele.

— Estamos dançando, ora, Klaus, estávamos em um baile, e não dançamos, isso é errado, eu quero dançar... e quando acabamos, vamos embora, eu prometo

— Está bem- respondeu Klaus, colocando o queixo no ombro da loira, e antes de fechar os olhos, ele pôde observar, Bonnie e Stefan e Elena e Damon, dançando juntos também, sorrindo de lado, ele fechou os olhos.

Aproveitando o momento, Klaus e Caroline, dançavam, com olhos fechados, girando pelo salão suavemente, colados no corpo um do outro, com as cabeças em nos ombros um do outro, eles pareciam que estavam flutuando, pareciam que estavam no paraíso. Não estavam mais jogando um jogo perigoso. Era apenas uma dança romântica e suave que aproveitavam naquele momento, antes de deixaram tudo para trás.  

Até que Klaus quebrou o silêncio, não quebrou o momento, mas a tranquilidade que se instalava naquela dança, e Caroline não se importou,  pois ouviria a voz dele novamente, mas ele havia feito uma pergunta que ela não queria responder, porém, ela sabia que algum momento teria que esclarecer o que sentia:

— Então, Caroline, diga-me, por que escolheu deixar tudo e todos para trás, e ir embora para Nova Orleans comigo? - ele perguntou gentilmente e provocantemente para a parceira de dança

— Eu não sei, Klaus, eu realmente não sei porque eu deixei tudo para trás, por que você acha que eu fiz isso? Diga-me a sua opinião? Diga-me o que acha? - Respondeu e perguntou Caroline, enquanto segurava o rosto dele, intensamente e até mesmo, sensualmente

—  eu acredito que você está indo embora comigo, porque você quer um amor que a consuma, você quer paixão... você quer aventuras... e você quer até mesmo um pouco de ... perigo- o hibrido respondia com um sorriso sedutor e sexy, enquanto, ele dizia a última frase, intensamente e perigosamente, ele puxava mais a cintura da Caroline para si, fazendo seus rostos ficarem a centímetros de distância. Os olhos dele até ficaram amarelos, e os caninos de ambos apareceram.

Eles não dançavam mais uma valsa romântica e suave, mas sim, um tango perigoso, Niklaus a girou para fora da dança e depois a voltou para perto de si. E Caroline respondeu olhando nos olhos de Klaus, que ainda estavam amarelos

— Talvez seja exatamente isso que eu queira, Klaus... ou talvez, eu queira simplesmente me livrar dessa cidade para sempre, e você tenha sido um ótimo pretexto para isso- falou sincera a loira, enquanto segurava o pescoço dele gentilmente, e acariciava os lábios dele com seus próprios, brincando com ele, o provocando, antes de beija-lo rapidamente

—“ Para sempre” é um tempo extremamente longo, minha cara- ele falou, também segurando o pescoço dela, enquanto beijava o mesmo.

— E fico feliz de passar esse tempo com você, Klaus, eu escolhi isso, eu quero isso- eles se beijaram, após isso, eles se separaram, e Caroline falava enquanto, pegava uma taça de vinho: - o que me lembra, Klaus... eu tenho que ir

— Agora, chegou a hora da última  despedida- ela subiu a escada, e batia na taça, levemente para chamar a atenção de seus amigos, que a olharam, ainda tristes e felizes por ela. E ela continuou: - Obrigada a todos vocês por existirem, obrigada a todos vocês por fazerem parte da minha vida... eu amo todos vocês, mas infelizmente, chegou a hora de dizer a adeus.

A loira descia as escadas enquanto ouvia os aplausos de seus antigos amigos, enquanto ela tomava coragem de mudar definitivamente e completamente sua vida, ela não via aquelas palmas como uma comemoração para uma despedida, mas sim, uma comemoração para um recomeço, Caroline Forbes, não precisava mais da cidade ou das pessoas que viviam lá, ela precisava de uma nova vida, de novas pessoas e principalmente, ela necessitava de novas experiências, e até mesmo de novos romances, e eles sabiam disso, por isso, ficaram tão alegres com sua decisão. Pensando em tudo isso, ela volta para perto de Klaus, e o beija, e depois, puxa a mão de Klaus mais uma vez, mas dessa vez, eles saíram para fora da mansão Salvatore.

Ambos entraram no carro do hibrido, e ele a levou para seu apartamento, onde a Forbes pegou suas roupas, objetos pessoais, absolutamente tudo, até mesmo uma capa preta vinda do século 19, que ela viu e pegou, e até mesmo um buquê de rosas murchas que estava em um vaso no centro de uma mesa em sua casa, ela pegou e   certificando-se que não havia esquecido nada, ela fechava a mala, e voltava para o carro de Klaus. A loira optou por não trocar de roupa, já estavam atrasados, e Klaus queria ir embora logo da cidade, e outra coisa, ela queria fazer uma última coisa antes de deixar a cidade que nasceu, cresceu, e até morreu como uma humana e reviveu como uma vampira, para trás, e o que queria fazer tomava tempo. E por isso, decidiu ir com seu vestido de baile mesmo, Caroline olhou para o hibrido, e ele fez o mesmo. Questionando:

— Você está pronta? - Foi doce e ao mesmo tempo frio com a vampira loira

— Ainda não, tem outro lugar que eu quero que você me leve- a loira observou sua reação, e Klaus perguntou novamente:

— Onde? - Segurando o volante, esperando a resposta da Forbes

— Ao cemitério –  Caroline respondeu com um fio de voz, e Klaus confuso e pensativo, dirigia até o cemitério de Mistyc Falls

Chegaram ao cemitério, Caroline desceu do carro com seu vestido vermelho longo do século 19, com uma capa preta de capuz, que lhe dava uma imagem de ser uma vampira dos tempos antigos, dos tempos em que os vampiros eram românticos, elegantes, respeitosos, mas ao mesmo tempo selvagens e primitivos. Porém, aquilo nem importava para ela.

Ela andava pelas lápides, segurando as rosas que havia pego, tentando segurar o choro até chegar no túmulo de sua mãe, porém, quando finalmente chegou na lápide de Liz Forbes, ela enfim, desabou.

Ajoelhou-se no chão, e colocou as rosas, dizendo, enquanto chorava:

— Você foi uma vez, a minha única companheira, você era a única coisa que importava, você foi mais que uma mãe, você era minha amiga e até meu “pai”, até que meu mundo desabou, queria que você estivesse aqui novamente- a loira respirou fundo, e continuou com a voz embargada.

— Queria poder ouvir sua voz novamente, mesmo sabendo que nunca irei- chorando desesperadamente, ela olhou ao redor e viu, imagens de santos e anjos esculpidos, assim como, ouviu sinos de igrejas tocarem ao fundo, fazendo uma trilha sonora fúnebre, e continuou desejando que ela pudesse ouvir

— Sinos de igrejas e anjos esculpidos, frios e monumentais, parecem para você os companheiros errados, você era calorosa e gentil, bom, pelo menos comigo.... Há, mamãe, foram muitos anos lutando contra as lágrimas, por que o passado não pode simplesmente morrer? - Ela levantou-se, já acabando seu discurso fúnebre e sombrio para a pessoa que lhe deu a vida, e continuou a última parte, dessa vez, limpando as lágrimas:

— Mas finalmente vou deixar o passado morrer, mãe, vou sair de Mistyc Falls, vou ser livre dessa cidade, vou seguir em frente e queria muito que estivesse aqui para ver isso, mamãe, mesmo sabendo que temos de dizer adeus, é por isso que vim, para lhe dizer adeus...

— Tente perdoar, me ensine a viver, me dê forças para tentar, não mais lembranças, não mais lágrimas silenciosas, nem ficar olhando para os anos perdidos.... Me ajude a dizer adeus, a você e a essa cidade, me ajude a dizer adeus – enfim, acabando o desabafo, ela segurou a lápide, e beijou-a, sorrindo tristemente.

Ainda com algumas lágrimas ela voltou para o carro de Klaus, sentando no banco passageiro, suspirando, Klaus a olhou e a questionou:

— Você está bem? - o hibrido estava preocupado

— Sim, eu estou- ela foi direta, mas não grossa, ela foi solene e taciturna, dizendo em meia voz, mas com convicção, entretanto, o original não ficou convencido

— Você quer mesmo fazer isso? Não precisa fazer isso se não quiser - Ele pareceu apreensivo, e segurou a mão dela, preocupado que ela mudasse de ideia

— Eu quero um amor que me consuma, eu quero paixão, eu quero aventuras, e quero até mesmo um pouco de perigo- ela falou olhando para ele, sorrindo

— Bela resposta- ele disse sorrindo ironicamente e orgulhoso

Após algumas horas de viagem, enfim, chegaram em Nova Orleans, Klaus estacionou o carro no estacionamento da mansão Mikaelson, e sem bater na porta ou trocar a campainha, ele a abriu, calmamente e despretensiosamente, segurando a mão de Caroline para que ela entrasse com ele.

Ele não precisava bater, ele morava naquela casa, então, ele não entendia o motivo da expressão de surpresa que seu irmão mais velho, sempre de terno, sempre nobre, continha no seu rosto, talvez, tenha sido pela loira ao lado dele, então, ele sorriu vitorioso, ele finalmente conseguiu a garota que tanto luto para ter.

Ele se aproximou perigosamente de seu irmão, ainda com a adaga que ele usou para matar o pai deles, que ele havia trazido para Nova Orleans, enquanto isso, Elijah também chegava perto de Klaus, e antes que o hibrido, pudesse dizer alguma coisa, o nobre vampiro de terno, foi mais rápido e disse:

— Vejo que retornou, irmão, finalmente- o moreno arrumava sua gravata nervosamente

— Não parece tão feliz com isso, nobre irmão- Klaus disse sarcasticamente, levantando um pouco o braço que segurava a adaga em direção ao pescoço do irmão

— Por que demorou tanto? O que aconteceu naquele baile que o fez demorar tanto? Posso perguntar porque foi naquele baile para começo de conversa? - Elijah já notava a ameaça do irmão, e ele se preparava para o ataque do hibrido

— É bom vê-lo também, irmão, e não lhe devo satisfações nenhuma, ao contrário de você, Elijah, diga-me de uma vez se você está ou não está envolvido no que aconteceu naquele baile? - Ele ameaçava o irmão com a adaga de carvalho branco, quase cortando sua garganta, e fazendo um fio de sangue escorrer da pele alva

— Explique-me, Niklaus, o que aconteceu lá antes de me ameaçar com essa adaga de carvalho branco que pode realmente me matar, e se realmente me matar, espero que se arrependa- o moreno sorria, um mínimo sorriso de escarnio

— Nosso pai foi trazido até aquele baile para me matar, convidado por Elena e seus amiguinhos, incluindo Caroline, agora responda-me... está envolvido com isso ou não? E não minta para mim

— Eu não estou envolvido com isso, se quer mesmo saber, Niklaus, agora responda-me... o que fez com nosso pai? Você o matou? E não minta para mim – Elijah tira a adaga da mão do irmão, e a joga no chão, e Caroline a pega rapidamente,

— Sim, tive uma discussão gratificante com ele e depois o matei satisfatoriamente, com um grande prazer- ele sorriu, genuinamente feliz

— Ótimo, então, devemos comemorar isso, com um jantar, sim, já está pronto, sabíamos que você conseguiria a garota naquele baile afinal, Caroline te convida para um baile, e você aceita, fácil, fácil, não é? Estava tão desesperado para tê-la que não pensou se ela tinha segundas intenções não é mesmo? Bom, ela tinha mais do que segundas intenções, e você caiu nelas, não é? Vamos comemorar a morte de nosso pai, que foi merecida

— Comemorar isso? Quer dizer que está feliz por eu tê-lo matado? - Questionou Klaus, estranhando as palavras do irmão mais velho, e ignorando as provocações dele sobre Caroline, porque ele sabia que eram corretas

— Sim, Klaus, porque eu falhei com você, desde que o nosso pai colocou a mão em você, eu deveria tê-lo matado, e eu não fiz isso, eu fui fraco...  Mikael Mikaelson, pode ter nos dado um mundo e um sobrenome, mas não somos os mesmos, nunca seremos, sei que jamais faria tal coisa com Hope, por isso... sim, Klaus, eu estou feliz por você tê-lo matado- agora, o moreno segurava os ombros do irmão mais novo, e Klaus ainda hesitante e desconfiado, concordava com ele, e sorria:

— Ótimo, então, vamos comer- os irmãos foram em direção a grande sala de jantar, onde tinha uma enorme mesa, já pronta para a refeição de todos, e naquela mesa já estavam duas pessoas, Kol e Marcel, ambos estavam de ternos.

— Marcel, você veio, que surpresa- Klaus havia ficado realmente surpreso com a presença do filho adotivo, fazia tempo que ambos não se viam, fazia meses, na verdade

— Eu sou um Mikaelson também, e eu já fui líder dos vampiros que moram nessa cidade, além disso, eu sou seu filho adotivo, eu tive que ser convidado para ver suas vitórias, a morte de seu pai e a conquista da garota que você sempre quis de Mystic Falls... e Elijah sabia disso, por isso me convidou... ou se esqueceu de tudo isso, meu caro... pai? – Disse Marcel, se justificando e perguntando logo em seguida para o hibrido em sua frente, ainda sentando, segurando uma taça na mão, e sorrindo genuinamente feliz para o pai adotivo

Klaus sorriu, orgulhosamente de seu amigo, filho e aliado, e algumas vezes, até inimigo, mas é inegável que o Marcel é tudo isso para ele, e por isso, ele era tão importante na vida dele, e sentou-se ao lado dele para a refeição, respondendo a pergunta do mesmo:

— Jamais se esqueceria disso, meu caro... filho- disse Klaus segurando também uma taça, e fazendo um brinde invisível, sorrindo ironicamente e bebendo o liquido que continha na taça, sangue, obviamente.

— Maravilha, então, vamos todos comer, eu sinceramente, estou faminto- disse kol, servindo-se comida na mesa, claro, que eles são vampiros, e vampiros não precisavam de comida, apenas de sangue, mas eles sabiam apreciar a comida humana e fingir que eram normais

 O jantar acontecia tranquilamente, apesar de estar faltando mulheres importantes para todos os homens que estavam jantando, Elijah sabia que Hope e Hayley estavam em Nova Orleans e estavam seguras, assim como sabia que Rebekah estava na mansão, mas ainda não havia descido para a refeição, Freya estava na lua de mel com sua esposa, e Davina, mesmo que tenha sido convidada para o evento estava em sua casa cuidando de seu filho, e por isso não pôde vir.

 Então, sua preocupação foi para Camille O’ Connel, uma moça importante para todos que a conheciam naquela mesa, ela havia se tornado amiga de todos, e o nobre vampiro original não sabia do seu paradeiro e muito menos se ela estava segura.

Então, afinal, resolveu perguntar para Marcel, já que o negro tinha uma boa relação com a garota:

— Então, Marcel, onde está a adorável Camille está noite? - Perguntou o moreno, soltando os talheres na mesa, e observando-o

— Eu não sei, pergunte para o Klaus- ele disse soltando os talheres também, e olhando para o hibrido ao seu lado, com uma expressão desafiadora. E continuou: - Foi ele que a trocou pela outra loira de Mistyc Falls em primeiro lugar, não é mesmo Klaus? - O hibrido não respondeu, apenas continuou comendo.

Kol começou a rir ao ouvir a resposta do moreno, afinal, era a verdade, ele não estava mentindo, e isso, o fez rir de alguma forma, mas ele disse, tentando justificar a grosseria do outro vampiro:

— Há, desculpe você está por fora, irmão, problemas no paraíso- disse Kol, o mais novo, olhando para Elijah

— Eu estou bem ciente dos acontecimentos recentes, meus caros, mas isso não me responde onde está a adorável loira a qual me referi-? O nobre argumenta, colocando o guardanapo na mesa

— Mais uma palavra sobre a Camille e esse jantar acaba- Klaus olhou sério, para todos até mesmo para a própria Caroline, que concordou silenciosamente, e disse preocupada para todos, e até mesmo um conselho para ela mesma.

—  sabem, é melhor deixar a Camille na pilha dos assuntos a não serem abordados- disse a loira, bebendo seu sangue, ainda preocupada com a reação de Klaus.

— Tem razão, querida, tem razão, vamos obedecer ao grande hibrido Klaus Mikaelson mais uma vez – retrucou o rapaz irônico

— Não, não vamos não... ela não tem razão, e eu também quero saber onde ela está, e quero saber agora- alterou-se Marcel, se levantando e encarando Klaus, que também se levantava, perguntando para o outro o desafiando:

— E porque você acha que eu sei onde ela está? - Perguntou Niklaus, ficando irritado, mas ainda tentando manter a calma, e falhando miseravelmente

— Eu já disse, porque você a trocou por Caroline- o negro falou irritado

— Eu não troquei a Caroline por ela, nós nunca tivemos nada para começo de conversa-

— Vocês se beijaram, vocês trocarem caricias, estava claro para mim que vocês namoraram e se amaram, ou como sempre, você estava apenas brincando com o coração dela, usando-a como segunda opção por não ter conseguido a Caroline? –  Marcel perdeu a paciência, e segurou o pescoço de Klaus, o empurrado contra a parede, e antes que ele pudesse continuar de dizer alguma coisa, Elijah intervêm

— Cavalheiros, não vamos brigar, por favor, não há necessidade, estamos comemorando duas grandes vitórias hoje, e eu adoraria que nada atrapalhasse- Elijah tenta manter a compostura enquanto tenta parar uma briga na sala de jantar, querendo não perder o apetite e a nobreza que sempre se esforçava para ter

— Está bem, você venceu, engomadinho, estou calmo- rendeu-se Marcel, sentando-se novamente na cadeira, enquanto bebia sua bebida

Klaus apenas olhou para ele desconfiado e paranoico e ficou atrás da cadeira de Caroline, segurando a madeira do objeto, observando a todos, enquanto Kol soltava um comentário sarcástico para quebrar o gelo, e a tensão entre eles:

—  . Há que pena, eu queria vê-los brigar, estou entediado- ele sorria, até ver a expressão de Klaus, Elijah e até Marcel sobre ele. Ele ia abrir a boca para se defender e provavelmente fazer outro comentário irônico ou engraçado, mas, foi interrompido, com uma voz feminina, que vinha das escadas da mansão, que se dirigia a ele próprio:

— Você sempre gostou de ver o circo pegando fogo, irmão, por isso que fica tão entediado com a paz, diferente de nós, que a prezamos- falou Rebekah, chegando na sala de jantar, olhando para todos, dando um sorriso para a outra loira, que retribuiu

— Tem razão, irmã, mas está errada em uma coisa, geralmente, eu é que coloco fogo no circo, para não ficar entediado, mas isso ficou no passado, minha linda e doce irmãzinha, pois eu mudei... sou um homem casado agora. – Disse sorrindo, mas dessa vez não chamou toda atenção para si, afinal, todos prestavam atenção na Rebekah com seu vestido preto tomara que caia e um coque chique prendendo seus cabelos dourados, mas não foi a roupa que ela usava que atraiu toda atenção para ela, apesar de todos acharem que ela estava linda, mas sim foi o que saiu de seus lábios que deixaram todos surpresos:

— Acontece, Elijah e Nik, que vocês verão a Cami hoje, eu a convidei para o jantar desta noite-confessou sorrindo, vendo a expressão de todos, Elijah parecia confuso, mas ao mesmo tempo aliviado, Marcel parecia feliz por finalmente saber que ele a veria naquela noite, Caroline pareceu curiosa para conhecer a futura ex namorada de Klaus, Kol parecia indiferente e Klaus, ele estava surpreso e irritado, e perguntou com um pouco de raiva:

— Você fez o que? Rebekah? - Klaus gritou o nome da irmã mais nova, mas ela não sentia mais medo dele, ao invés disso, deu um passo em frente, e disse com orgulho em sua voz:

— Você conseguiu a garota de Mystic Falls hoje, não é? Mas ela estava namorando com alguém da cidade, eu presumo, não é mesmo, Caroline? - Perguntou a original para a outra loira, que apenas respondeu um:

— Sim, eu estava namorando o Stefan e eu terminei com ele- disse olhando para os dois, alternando os olhares, mas parou na mais velha quando voltou a falar- Mas em que ponto você quer chegar?

— Viu?  Ela terminou com Stefan, significa que tem que terminar seja lá o que estiver tendo com a Camille, Nik, nada mais justo do que isso- falou a loira para o irmão

— Não dá para terminar o que não começou... – o loiro tentou dizer, mas foi interrompido pela sua irmã mais nova novamente

— E.… como uma garota que teve o coração despedaçado muitas vezes, por você, principalmente, eu achei que era minha obrigação ajudar a minha amiga, se ela precisar de consolo- falou, sentando-se finalmente, com orgulho do que tinha planejado.

— Muito gentil da sua parte, querida irmã, sério, mas eu e ela não tínhamos nada- falou tentando encerrar o assunto, mas a Forbes segurou seu braço e tentou convence-lo:

— Pare com isso, Klaus, se ela já foi importante para você... se ela ainda é importante para você, precisa terminar o que você tenha começado com essa garota, porque eu não vou continuar com você se a trata-la dessa maneira, não mesmo- ela deu um ultimato para o hibrido, mas não foi o suficiente para ele, então, ele a perguntou:

—   de que maneira, amor? - Perguntou irônico como sempre

—  Como Marcel falou, você está tratando essa garota como sua segunda opção, você está tratando ela como eu fui tratada a minha vida inteira, e eu não quero isso – falou soltando o braço dele, mas segurando seus ombros invés disso, convencendo-o

— Tudo bem, você venceu, eu só não sei se consigo dizer para alguém que ainda é muito importante para mim, que temos que terminar, que eu ainda a amo apesar de sempre amar você- ele olhou para Caroline, suplicando por ajuda, e ela ia dizer alguma coisa, mas foi interrompida pela campainha tocando

— Bom, está aí, sua chance, tente dizer isso a ela-  disse Rebekah com escarnio em sua voz

— Agora, as coisas estão melhorando por aqui- falou Kol um pouco mais alegre, mas recebendo olhares fulminantes de todos, principalmente de Klaus. Que só parou de olha-lo quando finalmente tomou coragem para abrir a porta. Sorrindo tristemente ao vê-la tão bonita, para um evento que iria quebrar seu coração em pedaços.

— Camille, você veio, que bom- disse Niklaus a observando, ela tinha seus cabelos presos em um coque com pequenos fios soltos, um vestido branco, curto até os joelhos e uma jaqueta de couro preta. Ela estava realmente encantadora naquela noite, e todos concordaram com isso, até mesmo Caroline

— Sim, eu disse para sua irmã que viria, Klaus, o que está acontecendo? Eu posso entrar? - a loira concordou e perguntou, confusa, pela expressão de preocupação que o hibrido tinha em seu rosto

— É claro, desculpe-me, entre- falou Niklaus, liberando espaço para a moça passar, e quando ela finalmente entrou, ela viu todos os membros da família do hibrido que ela já conhecia, com exceção de uma moça com um vestido vermelho longo e com os cabelos loiros também, caídos até os ombros, que aparentemente estavam elegantemente presos, mas que foram bagunçados recentemente

— Olá, a todos, quem é ela, Klaus? - Perguntou assim que tomou coragem para perguntar, não para a própria garota em questão, mas para o homem que causará essa confusão nela em primeiro lugar. Klaus ficou parado, paralisado, não de medo, mas de vergonha, ele não queria chatear a psicóloga, falar quem era ela, ele não conseguiria, não naquele momento, não na frente de todos, não na frente da Caroline.

— Eu sou Caroline Forbes, prazer em conhece-la- Para o alivio de Klaus, a própria Caroline se apresentou, vendo o desconforto de Klaus ao dizer uma palavra, então, a Forbes de prontidão fala com a moça a sua frente.

— O prazer é todo meu, Caroline, chamo-me Camillie O’ connel- ela segurou a mão da outra loira, com um sorriso gentil no rosto, e a própria Caroline pareceu se contagiar com o belo sorriso da mulher a sua frente

— Eu sei, Klaus falou tanto de você que parece que eu até já a conheço- disse Caroline, suavemente

— É mesmo? Espero que tenha sido só coisa boa- falou engraçada Cami, tentando quebrar uma possível tensão entre as duas

— com certeza foi, não é Klaus? Apenas coisas boas, de como você é  bonita, inteligente e destemida. Com um coração maior que o sol, e a paciência de uma santa, e ele não estava errado- respondeu tranquilamente Caroline, tentando passar tranquilidade para ele, mas ele não havia se acalmado, pois afinal, não apenas Caroline, mas também Camillie, olhavam para ele. E isso pareceu deixar o hibrido mais desconfortável do que antes.

— É, você está no seu pior pesadelo agora, irmão, a atual e a ex juntas se conhecendo, eu não imagino o que você deve estar passando agora- Falou Kol, brincando com eles.

— Kol, Kol, meu caro irmãozinho, eu pensei que ter um filho e uma esposa, o fariam mudar, acontece com todos..., mas, você continua o mesmo, como consegue? - Perguntou, Rebekah, batendo no ombro do irmão mais novo, sem usar a força, e fez com que ambos rissem.

— Olha, eu só estou sendo espontâneo aqui, eles precisam rir um pouco, e ninguém melhor do que eu, para proporcionar isso- cruzou os braços, fazendo uma expressão séria, brincando com a loira mais uma vez

— Ninguém está rindo, Kol- quem disse foi Marcel, seriamente, que o olhou com irritação

— Crianças, por favor, vamos deixar o casal conversar, sim- reprendeu Elijah, olhando os três com uma expressão dura no rosto, como se educasse seus próprios filhos

 Mas era um momento oportuno para brincadeiras, apesar de já ter se alongado muito, e foi como um pontapé inicial para começar a conversa que deveria ter com a bartender a sua frente

— Klaus, o que ele quer dizer com isso? - Perguntou Cami, olhando para o irmão mais novo do hibrido, e depois olhou para a Rebekah, assim, como observou a Caroline, esperando uma resposta, porém, nenhum deles conseguiu responde-la, então, depois encarou ele, confusa

— Camilie, nós precisamos conversar, a sós- falou o hibrido, segurando as mãos da garota loira, e a puxando para uma outra sala, no seu próprio ateliê, assim, o loiro fechou a porta atrás de si, respirou fundo, e começou:

— Camillie, eu...- mas ele foi interrompido pela jovem

— Você trouxe o quadro, o quadro do artista que queria controlar seus demônios e que vimos pintar na noite em que nos conhecemos- comentou Camillie, sorrindo para os muitos quadros naquela sala, e parando para olhar uma pintura que tinha ela própria desenhada, fazendo isso, ela não deixou ele falar o que precisava, o que na verdade, o deixou aliviado. Niklaus sorriu tristemente, com medo de magoa-la ainda mais

— Sim, eu trouxe, eu precisei fazer isso por você, Cami, não sabia que Rebekah a convidaria, mas mesmo assim, foi ótimo, porque eu a trouxe aqui para... – Klaus enfim, suspirou e ia começar mais uma vez, porém, ele foi interrompido novamente

— Você acha que ele conseguiu? - Questionou e insistiu a loira, olhando para ele, gentilmente, desviando o olhar do quadro que continha ela mesma lindamente pintada por ele, de alguma forma ela soube o motivo daquela conversa, afinal, ela era formada em psicologia, Cami sabia reconhecer monstros, demônios e a dificuldade de controla-los muito bem, e para ela, era por isso que Klaus estava passando.

Não apenas ele, mas ela também estava passando por isso, uma vez que ela tinha os próprios demônios para controlar. Ela o amava, tão intensamente, que apenas desejava sua felicidade, seja com ela ou com a outra mulher que estava do outro lado da porta. Entretanto, aquilo doía mais que exorcizar e controlar seus demônios e monstros interiores, doía mais que o inferno.

— Alguns demônios não podem ser controlados, ao que me leva ao motivo de eu ter te chamado até aqui, esses são mais alguns demônios que tenho que exorcizar, ... Camillie, o que estou tentando dizer é que os demônios que não consegui controlar, estão dentro de mim, destinados a matar tudo que eu acho lindo... e você... Cami... você é linda- ele não conseguiu mais dizer nada, ao ouvir as palavras saindo dos lábios da loira a sua frente.

— Você vai terminar comigo, para namorar a Caroline, não é? - Ela foi direta em perguntar o que ela já sabia ou desconfiava antes de perder a coragem, seus olhos já molhados de lágrimas, mas se recusando a chorar, derrote um demônio hoje, enfrente o diabo amanhã, ela pensava nisso, ela queria ser forte, ela queria suportar aquilo com dignidade, por isso se recusava a chorar

— Eu te amo, você sabe.... Eu só amo a Caroline ainda mais- abaixou a cabeça, não suportaria olha-la naquele momento, jamais teria tanta coragem para isso, ele era o grande mal Klaus Mikaelson, um hibrido que não poderia ser morto, e aí estava ele, não conseguindo olhar para o rosto da mulher que ainda nutria sentimentos para realizar o fim de um relacionamento

— Bom, Klaus. Eu só queria ter feito mais do que servir alguns drinques, e falhar completamente como sua terapeuta... ou como sua namorada- ela deu um sorriso triste, ainda tentando segurar as lágrimas, que já estavam caindo deliberadamente de seu rosto- Mas acho que estou conformada com isso...

— Não pense nem por um momento que você falhou comigo, você segurou minha mão, acalmou minha raiva, você inspira a bondade em mim. E ao contrário de todas as almas, que encontrei e esqueci ao longo do tempo...Eu vou levar você comigo- ele fala intensamente segurando o rosto da loira com ambas as mãos, deixando as lágrimas molharem seu rosto por inteiro

— Eu acho que isso faz de mim imortal- ela ia sair pela porta, acabar com aquilo de uma vez por todas, mas Klaus segurou seu braço, o mais gentil que conseguia, e a puxou novamente para perto dele. Ambos em centímetros de distância um do outro

— Como você pode ficar tão calma, compreensiva e conformada com tudo isso? - Questionou Klaus, alarmado, e com o silencio da outra, ele apenas segura seus ombros e fala novamente, dessa vez, exaltado:

— Pelo amor de Deus, Cami... Me odeie, me bata, grite comigo... mas faça alguma coisa, ou apenas... fale alguma coisa- ele olha para ela, seu rosto tão molhado de lágrimas quanto o dele.

A loira se solta das mãos de Klaus, e coloca uma mão em seu rosto, dizendo suavemente:

— Eu não vou fazer nada disso que me pede, Klaus, você fez sua escolha, e eu fiz a minha...eu apenas desejo a sua felicidade...- ela limpou as lágrimas que escorriam no rosto do hibrido, Klaus segurou a mão dela em seu rosto e a questiona:

— Você vai ficar? - Perguntou em um sussurro

— Vou, vou ficar para o jantar e vou ficar em sua vida.... Vou te ajudar a cuidar de Hope, vou ajudar Hayley, Rebekah e Freya a cuidarem de Hope, quer você queira ou não. Porque eu ainda te amo, podemos estar nos separando, mas eu ainda amo você..., mas não se preocupe, eu não vou tentar separara-los, não sou tão baixa a esse ponto- ela se afastou um pouco dele, pronta para sair daquela sala novamente, mas Niklaus segura sua mão mais uma vez, e aperta sua cintura delicadamente, beijando sua mão, e dizendo, pedindo:

— Não, ainda não, fique mais um pouco aqui comigo, eu lhe peço- pediu olhando em seus olhos

— Você se lembra do versículo da bíblia na lápide do Sean? – Perguntou sussurrando

— “ A luz brilha na escuridão e a escuridão não a supera”- respondeu, o hibrido olhando-a confuso

— Eu nunca fui tola em achar que eu era sua luz- ela abaixou a cabeça por um momento, e depois levantou novamente, acariciando o rosto dele- Mas há luz em você, Caroline, é a sua luz, Hope é sua luz, sua família é sua luz- Klaus soltou a mão e a cintura dela, e a abraçou dizendo:

— Antigamente, você era minha luz, sim, Cami, e sabe disso- eles se separaram, e ele foi em direção a porta, pronto para abri-la, como uma forma de dizer que ela estava livre, e ela percebeu isso, mas antes de ir até ele, e passar pela porta, ela fala:

— Caroline finalmente o escolheu, e você fez sua escolha, não posso esperar menos que isso, então, se antigamente eu era sua luz, agora, é Caroline, afinal, ela não tão frágil quanto eu, não é? - Ela fala com convicção, mas sua voz falha por um momento

Klaus deu um último sorriso para ela antes de abrir a porta, e Camille atravessa a sala rapidamente, parando em frente dele, dando um beijo em sua bochecha, e finalmente, passando pela porta.

 Vendo todos eles levantarem em sinal de respeito, até mesmo Caroline, que ainda estava preocupada com o estado não apenas de Cami, mas, também com o estado psicológico de seu amado Klaus Mikaelson, porém, ainda hesitante de conhecer e acabar gostando de sua rival, a loira de Mystic Falls, apenas ficou parada, ao lado da mesa, observando a cena, apreensiva, enquanto Rebekah, Kol e Elijah vão em sua direção. Tão preocupados quanto ela mesma.

— Ele terminou com você, não é? - Kol Mikaelson, perguntou, vendo confuso a expressão da loira com sorriso no rosto, apesar de estar com lágrimas escorrendo dos olhos dela ainda

— Sim, ele terminou comigo...- ela respondeu solenemente, mas foi cortada por Rebekah

— Eu esperava consola-la quando saísse por aquela sala, mas aparentemente você não precisa de consolo, sinceramente, essa não é a reação que eu esperava depois de um término de namoro, não mesmo- falou Rebekah, um pouco debochada, e um pouco solidária com a amiga

— Isso é porque quando Klaus descobria os seus relacionamentos não tinha tempo para términos, ele já arrancava os corações deles sem demora... e eu sobrevivi por ser como um filho para ele- falou Marcel, segurando o ombro da loira mais velha, que apenas deu um sorriso sarcástico no rosto e respondeu para o rapaz que amava:

— Obrigado, Marcel- falou a Mikaelson sarcástica

— Estou bem, obrigada, Rebekah, mas estou bem- afirmou a psicóloga, suavemente

— Por favor, pelo menos diga-me que ele foi um cavalheiro- falou Elijah preocupado com a Cami, preocupado com seu estado psicológico

— Ele foi mais que um cavalheiro, Elijah, ele foi muito nobre, ouso dizer que até mais do que você- Cami falou confiante, desafiando- o com o olhar

— Perdoe-me, se acho isso difícil de acreditar- desafiou o irmão mais velho para a Cami

— Ele mudou, Elijah, seu amor incondicional por Hope o fez mudar, ver a família dele reunida e sem traições o fizeram mudar, o que ele sentia por mim e o que ele sente por Caroline o fizeram mudar- Cami fez um pequeno discurso para que ele concordasse que ele tinha sido nobre, cavalheiro e educado e não grosseiro, raivoso e paranoico como sempre, até mesmo olhando de relance para a outra loira, ainda apreensiva e hesitante, apoiada na mesa de jantar, Caroline ao perceber o olhar da terapeuta, psicóloga e bartender em sua direção, da um sorriso radiante e meigo. Encorajando a amizade e a afeição entre ambas.

 - Fico feliz que tenha percebido isso em tão pouco tempo em que ficou com ele, e eu que sou irmão dele só percebi agora, então agora, diga-me a razão pela qual ele não sai daquela sala- exigiu Elijah, apontando para o ateliê dele, pelo qual apenas Cami havia saído

— Eu não sei, eu vou lá, vê-lo- se ofereceu Camille, dando um passo à frente, mas sendo parada pelo cavalheiro de terno, o nobre irmão mais velho de Klaus, que sempre estaria de prontidão para anima-lo e ajuda-lo quando precisasse.

 - Não será necessário, já fez o bastante, permita-me- rapidamente, o moreno tomou a decisão, afinal, seu irmão precisava dele.

Elijah entrou no ateliê do irmão mais novo e o encontrou apoiado na janela, ao lado de um copo de bebida, provavelmente uísque, observando seja lá o que tinha lá fora

— Você está bem? Suponho que esteja emocionantemente abalado nesse momento- perguntou preocupado o mais velho para Klaus

— Estou ótimo, Elijah, eu fiz o que tinha que fazer.... Eu terminei o relacionamento com uma mulher pelo qual me apaixonei durante minha estadia em Nova Orleans para poder namorar finalmente uma mulher que sempre desejei da cidade de Mystic Falls, estou pleno, irmão, pela primeira vez estou plenamente feliz- respondeu Klaus, bebendo um gole de sua bebida

— De fato, você está pleno, e ouso dizer, até radiante, mas sua antiga namorada, não está nada feliz com isso- ousou dizer Elijah, se aproximando dele, encorajando uma conversa franca entre os dois.

— Você conversou com ela? Como ela está? Ela está bem? - Apesar De amar Caroline, e ter tomado a decisão de deixar a Camille, ele ainda se preocupava com ela, e ele sabia que havia quebrado seu coração

— Ela está com um sorriso no rosto, mas está em prantos, você a magoou, e sabe disso- disse Elijah, segurando o ombro do irmão, enquanto Klaus ainda apoiava-se no batente da janela

— É o preço que se paga por terminar um relacionamento com uma pessoa que ainda ama, um sempre saí ferido ou os dois, é um jogo perigoso e cruel- disse Klaus com um pouco de raiva, jogando o copo no chão, e virando-se para o irmão mais velho

— Está querendo dizer que ainda a ama? Você terminou um relacionamento com uma mulher que ainda ama? Você fez isso com que proposito? Para poder ficar livre para amar uma mulher que o rejeitou e o traiu, não apenas hoje, mas em vários dias? É realmente um jogo perigoso este que está jogando... e não estou falando de um simples jogo de xadrez- Elijah se enfureceu, tirando a mão do ombro do irmão para poder repreende-lo, quase o enforcando, levando-o para a parede

—Como Mikael uma vez disse: “ a traição está na minha natureza”, e nunca subestime um bom jogo de xadrez, irmão, até os que não apreciam jogos de tabuleiro são atraídos por ele- O hibrido falou com muita dificuldade, já que estava sendo sufocado por Elijah. Porém, deu um sorrisinho de escarnio.

— Você não deveria dar atenção ao que nosso pai diz, Niklaus, e isso é sério...você merece uma mulher melhor do que uma traidora como a Caroline para sua vida, e já que ainda ama a Camille deveria voltar a namora-la, já que ama ambas- Elijah, com pena do irmão tirou a mão do pescoço dele, e coloca as duas mãos em seu rosto, tentando traze-lo para a sanidade

— Eu tomei minha decisão, irmão- afirmou com afinco, se separando das mãos do irmão, e indo em direção a porta, pronto para abri-la

— Mas será que é decisão certa? Camille nunca lhe rejeitou, enquanto Caroline o fez várias vezes- Lembrou-se Elijah, com a cabeça apenas virada para Klaus

— Cuidado Elijah, vou pensar que está apaixonado por Cami, e não hesitarei nem um segundo sequer em dizer para Hayley que você desistiu dela finalmente- Klaus saiu da porta, e fica frente a frente com o irmão, falando numa voz baixa, mas ameaçadora

— Não seja ridículo, Niklaus, eu não estou me apaixonando por Cami, eu ainda amo a Hayley, apenas estou preocupado com você, Caroline e Cami, estou preocupado que os três saiam machucados disso tudo

— Que incrivelmente nobre da sua parte, é por isso que está aqui? Para fazer com que eu mude minha escolha? – Dessa vez quem se irritou foi Klaus, que segurou o pescoço do irmão mais velho, fazendo-o bater na porta

— Não, Niklaus, não quero mudar sua escolha, apenas avisando-o que quando se ama alguém e é recíproco, você se torna vulnerável. Eles têm o poder de te machucar de um jeito que ninguém pode, e como eu sei que você é o mais vulnerável da família, pode sair machucado disso, ou até mesmo machucar quem ama, como eu acredito que você já o fez. Não apenas com Caroline, mas principalmente com Cami- respondeu Elijah o empurrando, ainda com raiva, mas ainda assim, com preocupação pelo irmão

— Não há necessidade de tanta preocupação, meu irmão, como eu já disse uma vez: eu fiz o que eu tinha que fazer e não me arrependo- afirmou Niklaus, voltando a sua postura de antes, e olhando para o irmão para que ele entendesse e respeitasse a sua opinião e claro sua decisão.

— Ótimo, se é assim, que você quer, irmão, gostaria de te avisar que as mulheres que você ama, e a nossa família, nós esperam para o jantar- disse seriamente o nobre Elijah, tentando dar um mínimo sorriso, forçando a si mesmo a aceitar a decisão do hibrido

— Então, não podemos faze-los esperar mais um minuto sequer, não é, meu irmão? Perdemos muito tempo com essa discussão - concordou, saindo do ateliê. Esbarrando propositalmente do Elijah, ao fazê-lo

Enquanto a discussão acalorada e cheia de raiva acontecia no ateliê de Niklaus Mikaelson, o hibrido original, que adorava pintar, entre Klaus e Elijah. Em algum lugar da mansão, do complexo dos vampiros originais, começava uma conversa franca e tranquila entre os interesses amorosos de Klaus, Camillie e Caroline, duas mulheres tão parecidas na aparência, mas diferentes em quase todo o resto.

 Cami não parava de olhar para Caroline, que estava apoiada na mesa de jantar ainda, e a vampira percebia os olhares da amiga/ rival para ela, então, Caroline foi até a outra loira humana, e quis iniciar uma conversa com ela:

— Desculpe-me por rouba-lo de você, Cami, sei que ainda o ama- colocou uma mão no ombro da bartender

— Você não o roubou de mim, ele escolheu você e você escolheu ele, não posso esperar menos que isso, ele pode ser um ser sobrenatural, mas ainda é um ser humano e faz suas próprias escolhas- Cami segura gentilmente a mão de Caroline em seu ombro

— Mas você ainda o ama não é? - Perguntou com um sorrisinho preocupado e reconfortante

— Ninguém deixa de amar alguém de uma hora para outra, acho que a gente nunca deixa de amar de verdade, Caroline. Eu me importo com ele, e por me importar, quero que ele seja feliz. Ele tomou uma decisão, ele te escolheu e vejo o quão feliz ele está, e isso me deixa feliz também- Camille começou com a voz baixa, tremula e com um pingo de dor perceptível. Mas ela sorriu reconfortante para a vampira

— Sim, obrigada por querer a felicidade dele, obrigada por ama-lo enquanto eu não pude, obrigada por ter aceitado a decisão dele e a minha decisão... Amigas, Cami...?- Caroline segurou os braços de Cami, esperando um abraço da garota humana

— Amigas, Caroline, amigas- Cami a abraçou.

O jantar acontecia tranquilamente, apesar de ambas as mulheres romanticamente importantes para Klaus, estarem presentes, e ambas serem apaixonadas por ele, elas se tornaram amigas e por isso, durante a refeição não houveram conflitos entre elas.

Marcel apesar de estar noivo de Rebekah, ainda se preocupava com Camille, por isso, sempre a observava para ver como ela estava, mas ela sempre parecia estar, relativamente bem.

A vampira original, percebia os olhares do vampiro negro para ela, mas não tinha ciúmes, ela havia amadurecido muito, e além disso, também tinha um apreço pela bartender corajosa, por isso, confiava tanto em Cami quanto em Marcel.

 Kol, apenas comia, sem prestar atenção ao seu redor, com certeza pensando nas duas pessoas mais importantes para ele, que ele próprio havia deixado para trás para ir até aquele evento, em consideração a sua família e a Camille, que era uma grande amiga de sua esposa.

Elijah observava seu irmão, Niklaus, comendo tranquilamente a comida, e olhando para as duas mulheres que amava com um sorriso no rosto, mas, o nobre original, percebia que ele sorria mais abertamente e mais feliz para Caroline, então, ele suspira aliviado sabendo que seu irmão havia tomado a decisão certa. Enquanto, o próprio Klaus, segura a mão da sua mais nova namorada, se aproximando dela, e dizendo-lhe em seu ouvido:

— Acho que já está na hora de termos um tempo sozinhos, amor, afinal, eu já estou satisfeito da comida, mas... ainda falta... você sabe:  a sobremesa... e então, o que me diz?  – o hibrido original, sorri sensualmente para Caroline, que após ouvir isso, fica toda arrepiada, ainda mais pelo jeito baixo e sexy que ele havia usado.

— Klaus, meu grande lobo mal, saiba que é falta de educação sair da mesa, antes da sobremesa, eu não lhe ensinei boas maneiras quando eu era mais jovem? - Respondeu Caroline, mordendo o lábio inferior, tentando ao máximo resistir a tentação de beija-lo na frente de todos, cometendo ao mesmo tempo o erro de olhar para ele, aumentando ainda mais sua vontade.

— Há ensinou sim, aparentemente, eu esqueci, você poderia ensinar-me novamente, não é? E quanto a sobremesa, eu posso dar um jeito nisso- retrucou Niklaus, pegando sua taça, que ainda estava na metade, e se levantando, chamando a atenção de todos, que olharam para ele.

— Eu gostaria de fazer um brinde, um discurso...

— Um brinde E um discurso? Com que proposito? Você não vai embora de Nova Orleans, vai? - Perguntou Marcel, um pouco esperançoso e um pouco curioso, Klaus lhe deu um olhar fulminante, sabendo que o seu aliado e o seu rival, ao mesmo tempo, tinha segundas intenções ao perguntar isso... como, por exemplo tornar-se o rei do clã dos vampiros, novamente.

— Não, Marcellos, não pretendo ir embora tão cedo novamente, tenho tudo que preciso e o que sempre quis bem aqui nessa cidade... e é justamente por isso que estou fazendo um brinde e gostaria de fazer um discurso... claro, que estou bem ciente da ausência da Freya, da Davina, do meu sobrinho Athos, da Hayley e da minha própria filha Hope, mas mesmo assim...- antes que pudesse continuar o seu discurso mais uma vez, ele foi interrompido outra vez, por uma porta se abrindo.

Todos levantaram-se para ver quem era, e todos viram Hayley e Hope, todos foram cumprimenta-las.  Quando Rebekah foi cumprimenta-la, a loira a abraçou, e depois, olhou para a morena, e reconheceu o vestido vermelho ombro a ombro que pertencia a ela, e ela apontou, para a hibrida:

— Eu reconheço o vestido que está usando- depois colocou as mãos na cintura, fingindo que estava brava com ela, mas todos sabiam que não

— Eu sei, Rebekah, eu usei esse vestido uma vez, em um baile quando estava ausente, desculpe-me...- Hayley ia continuar, mas a vampira original a impediu, e disse, colocando as mãos no ombro dela:

— Não se desculpe, Hayley... Mikaelsons não se desculpam... apenas quero dizer que ficou muito melhor em você do que em mim, pode usá-lo à vontade, além disso, nós garotas temos que ficar juntas- piscou e sorriu travessa para a Hibrida, sentando-se novamente no seu lugar na mesa. Assim como quase todos, exceto Hayley, Klaus, Hope, Caroline e Elijah.

— Obrigada Bekah... – a morena agradeceu a loira, mas ela já estava distante, então, ela apenas maneou a cabeça positivamente, querendo dizer para a hibrida que aquilo não havia sido nada.

Hayley voltou a cabeça para o nobre original, e ambos sorriam um para outro, perdidos no momento em cada rosto, eles transmitiam tanto amor um pelo outro, como se estivesse apenas eles no mundo.

Elijah por sua vez, não quebrou o encanto dos olhares, apenas permitiu a si mesmo dizer alguma coisa. Uma observação:

— Ela tem razão, Hayley, você está perfeita com esse vestido- ele fala, gesticulando e mostrando para ela e para todos o quanto ela estava bela, perfeita e radiante com aquele vestido novamente.

— Há, bom, eu espero que não esteja falando sério, Elijah, sabe? A perfeição é entediante, nunca temos a chance de evoluir... talvez eu tenha evoluído como um ser sobrenatural, afinal, eu sou uma hibrida, mas, eu acho, que eu não tenha evoluído ainda como a um ser humano- ela respondeu humilde e abaixando a cabeça, sorrindo tímida

— Você é perfeita, tanto como um ser sobrenatural, tanto quanto um ser humano- Elijah afirmou e sorriu, pegando a mão de Hayley e beijando-a, e depois puxando-a até uma cadeira vazia da mesa de jantar.

 A hibrida deixou-se ser levada por ele até o lugar destinado para ela na mesa de jantar, o casal então, parou atrás da cadeira, e se beijaram. Um beijo cheio de intensidade e fogo. Chamando a atenção de todos.

Porém, nem Klaus nem Caroline ficaram muito tempo vendo a cena, prestando atenção na outra convidada que tinha vindo com a Hayley, a Hope. Que sorriu ao ver sua mãe feliz com o homem que ela amava. Mas a atenção dela foi voltada para o outro casal na casa, seu pai e Caroline Forbes, e a loira fez um comentário, querendo quebrar a tensão:

— Eu também reconheço esse vestido que está usando, Hope- comentou por cima, Caroline para a jovem tribida de 15

— Sim, bom, encontrei esse vestido em Mistyc Falls, estava no porão de uma mansão, e decidi usá-lo – justificou Hope, com um sorriso tímido para a mais velha

— Sim, lembra-se Klaus? Do baile da mansão Lockwood, com toda a sua família reunida, há alguns anos atrás, na cidade de Mistyc falls?- sorriu a vampira, olhando para o hibrido original ao fazer a pergunta

— como eu poderia esquecer? Foi naquela noite em que eu me apaixonei perdidamente por você, talvez, até mesmo antes disso- respondeu e sorriu de volta para loira

Hope observava os dois, perdidos no momento em cada rosto, tanto amor eles isolavam naquela cena, como se não houvesse mais ninguém no mundo, nem mesmo ela própria, e para ela, na percepção dela, ela era o suficiente não apenas para seu pai, mas para sua mãe também, ela pensava que era a “número 1”, e para Hope Mikaelson, Klaus Mikaelson e Hayley Marshall significavam o mundo para ela, então, ela espera que Caroline e Elijah, sejam cuidadosos ao abraça-los mas, apesar de tudo que ela pensou, ela não havia ficado com raiva ou enciumada, ela sabia que seu pai e sua mãe se amavam, não romanticamente, claro, eles tinham um respeito  e carinho mútuo  um pelo outro, porém, não eram apaixonados. Depois que tiveram ela, o tempo mudou tudo, a vida deles tinha que continuar, e ela não ficaria no caminho deles.

— Hope- seus pensamentos foram interrompidos pela voz de seu pai, e ela rapidamente virou sua cabeça para ele

— Sim...pai, o que foi? - Perguntou curiosa, afinal, não sabia do que se tratava, e a quanto tempo estavam falando com ela

— Estamos convidando você para jantar conosco, querida- disse Caroline, suavemente

— Apesar que ela não precisa de convites, ela é minha filha e é bem-vinda o quanto quiser, a casa é sua, mas estávamos aguardando sua presença, que bom que veio, sua família espera por você- afirmou com afinco tanto para sua própria filha tanto para a Caroline

— Há, então, tia Freya e tia Davina vieram também? - Perguntou Hope, esperançosa, a tríbida amava todos de sua família, principalmente seus pais, mas ela havia se aproximado muito de ambas, afinal, as três compartilhavam os dons, os talentos e a maestria da bruxaria. E passavam muito tempo juntas treinando a magia que possuem.

— Não, infelizmente não, Freya está em lua de mel com sua esposa e com o Vicent, e Davina estava cuidando de Athos, em casa- respondeu o Klaus, e continuou: - e também pensávamos que vocês não viriam, onde estavam, afinal?

— Bom, Klaus, estávamos em Nova Orleans mesmo mas recebemos uma ligação de Bonnie e viajamos para a cidade de  Mystic Falls, e vimos uma profecia com a Bonnie, parece que vai haver um confronto entre duas mulheres idênticas, e isso não afetará não apenas os irmãos Salvatore como absolutamente todos que estão nessa sala, é por isso que estávamos lá, estávamos preocupadas com todos aqui- quem disse isso foi Hayley, que bebia uma taça de vinho, enquanto sua filha se acomodava na mesa de jantar.

— Isso é impossível, estávamos lá há algumas horas, e não vimos vocês- opinou Caroline, olhando para ambas

— Obviamente, porque fomos embora ontem e sabíamos que vocês iriam naquele baile, e nesse jantar, por isso estávamos preparadas para irmos neste presente momento, estava escrito - respondeu Hope

— Está falando que fomos os culpados dessa profecia? - Perguntou novamente a loira, olhando para a hibrida

— Não, apenas estamos dizendo, que a decisão dos quatro afetará a todos nós- respondeu a hibrida, observando os movimentos da loira que, apenas se resignou e bebeu um vinho

— Bom, já passamos por profecias piores e sobrevivemos, tenho certeza que vamos vencer mais essa- aconselhou Klaus, segurando a taça para recomeçar o brinde, mas parou os movimentos quando seu irmão mais velho, sempre com muita nobreza e elegância, enfureceu-se com ele.

— Por Deus, Niklaus, não vê que temos um problema e precisamos resolve-lo- Elijah levantou-se da cadeira, jogando o guardanapo na mesa.

— Eu sei que temos um problema, e vamos resolve-lo, mas não hoje, e muito menos não agora, eu posso fazer meu brinde, sim...? - Olhou para seu irmão levantado e disse calmamente

— Isso, Klaus, vamos fazer o brinde do grande mal ou do grande lobo mal e vamos esquecer que temos um problema, enquanto isso a profecia se realiza, e vamos perder tudo inclusive nossa filha- revoltou-se também Hayley, jogando o guardanapo na mesa também, mas sem se levantar, apenas se inclinado na cadeira que estava sentada, fazendo seus olhos ficarem amarelos.

Klaus olhou irritado e ameaçador para a moça, enquanto seus olhos também ficaram amarelos, vendo a tensão que se iniciava ali, tanto Hope, quanto Caroline, tanto quanto o resto das pessoas haviam ficando apreensivos e preocupados com uma possível luta entro o homem e a mulher híbridos e fortes. Mas não ocorreu, Camille que estava preocupada também, tomou a iniciativa de pensar melhor e dizer o que era obvio, mas ninguém queria enxergar

— Não, vocês não entendem, Stefan é o culpado de tudo isso.... Se a escolha de nós quatro acarretará em uma profecia, e afetará a todos, e apenas três de nós estamos aqui, e Stefan não está.... Então, ele é que vai tomar uma decisão que afetará a todos, ele é que vai iniciar uma profecia, ele vai nós trair, e quando isso acontecer.... Afetará a todos- quando Cami disse isso, todos os olhares se voltaram para ela. Principalmente o olhar de Klaus e Caroline, nenhum dos dois queria acreditar que Stefan se tornaria um vilão, Caroline o amava ainda e Klaus o considerava um amigo, talvez o melhor amigo dele, além de Marcel e Elijah, que são um irmão e um filho para ele. Ambos se sentiram traídos com o vampiro Salvatore mais novo.

— Mas porque ele faria isso?  Se ele aceitou tranquilamente minha decisão de amar o Klaus e vim para Nova Orlenas, para minha felicidade- Perguntou Caroline, desesperada tentando justificar a possível traição de seu antigo namorado

— As pessoas mudam, você pode ir de um babaca para um nobre e de um nobre para um babaca com muita facilidade nos dois casos- opinou Kol, sem um pingo de ironia ou sarcasmo, mas com um rosto sério- Tanto a família Mikaelson quanto a família Salvatore passaram por isso- ele continuou com a mão no queixo, ainda sério

— Bom, nunca subestime a escuridão até os corações mais nobres são atraídos por ela.... Eu disse isso para ele uma vez, e nunca fez tanto sentindo quanto está fazendo agora- disse Klaus, se recostando em sua cadeira, e bebericando um gole do vinho em sua taça, e continua: - Bom, tenho certeza que estamos seguros se Stefan Salvatore não passar por aquela porta, e além disso, estamos em maior número que ele, então, nós não precisamos nos preocupar com isso, e tudo o que eu disse, fez-me lembrar do meu discurso, que eu vou falar, sem interrupções dessa vez- ele levantou-se, segurando sua taça, e apontando o dedo para todos, para todos ficarem em silencio. E como eles ficaram quietos, o hibrido original, prosseguiu:

— Com essa nova profecia que descobrimos, nos tornamos preocupados, mais preocupados com nossas vidas e com as vidas um do outro, pois somos uma família, todos nós, e nós amamos... então quando essa profecia vier e outros problemas surgirem também, vamos todos proteger um ao outro, porque é isso que fazemos, e é isso que as famílias fazem... pois eu sei que se algo acontecer comigo ou com Hayley, sei que todos vocês vão cuidar de Hope para nós, e sei que vocês farão de tudo para proteger a mim, Hayley e a Hope... Porque somos uma família, e vamos ficar juntos sempre e para sempre, até o para sempre desmoronar... Um brinde à família, um brinde ao sangue e que ele seja mais espesso que a água.- quase  todos aplaudiram, exceto Hope que disse para o pai:

— Como assim, se algo acontecer com você ou com a mãe? Eu acabei de reencontrar minha família novamente e vou perde-la? É isso que está dizendo? - Perguntou para o pai desesperada

— Hope, me escuta, eu sei que nossa vida sempre foi muito complicada devido às inimizades do seu pai, e sei como foi difícil quando ele teve que te deixar, mas agora ele não vai mais embora minha querida, agora ele vai estar por perto, é isso que seu pai está querendo dizer- Hayley disse segurando os ombros da filha, consolando-a

— E quanto a essa profecia? Como vamos vence-la? O que essa profecia fará com essa família? E ainda mais, com o discurso do papai, tem algo acontecendo e não querem me contar-  Hope levantou-se e sai apressada para um lugar distante da casa, no quarto dela.

— Hope, espere- desesperou- se Hayley, tentando correr atrás da filha, mas sendo barrada por Klaus.

— Não, eu vou, eu comecei isso, eu cometi o erro e tenho que conserta-lo agora- disse Klaus, já tentando sair mas Hayley segura seu braço

— E quanto a mim? Vou deixar ela sozinha e chorando? Eu sou a mãe dela, Klaus- a híbrida fala com olhos amarelos e com determinação

— Sim, e eu sou o pai- Klaus disse sério e com um pingo de raiva, e seus olhos também ficaram amarelos, o que fez a moça se assustar e arregalar os olhos. Klaus ao perceber do jeito que disse, se acalma e segura as mãos dela, falando para ela:

— Já fez o bastante cuidando dela por nós dois, chegou a hora de eu faze-lo - Hayley assente com a cabeça, concordando com Klaus, o hibrido solta as mãos da morena, e vai rapidamente em direção a filha, deixando Hayley para trás, preocupada.

Elijah percebe o nervosismo da híbrida, e se aproxima dela segurando seus ombros, amparando- a.

Hayley gostando do gesto, segura as mãos dele em seu ombro. Ela se sente segura ao lado dele, afinal, mesmo que Klaus fosse o pai de sua filha, era Elijah o homem que ela ama.

Klaus encontrou sua filha deitada em sua cama em posição fetal, os cabelos castanhos levemente avermelhados esparramados no travesseiro, e ela de costas para a porta e de costas para ele. Ele então, sentou-se na cama, e a chamou, para conversarem:

— Filha, olhe para mim- pediu gentilmente Klaus

Hope sentou-se na cama, e virou-se de frente para o pai, com os olhos brilhando de lágrimas por ter chorado, Niklaus limpou o resquício de lágrimas que ainda tinha nos olhos dela, e começou dizendo:

— Filha, ninguém está escondendo nada de você, estamos seguros agora, você é a pessoa mais segura e protegida de Nova Orleans, e isso me tranquiliza, e pode ficar calma também porque não vai acontecer nada comigo, e muito com sua mãe.

Hope levantou-se da cama, e ficou de frente para o pai dela, que também se levantou, e disse gesticulando:

— Eu passei a minha vida toda fugindo, com medo de perder minha família, e agora tem essa profecia? Eu estou farta de ter medo e de fugir, pai- ela disse suspirando

— Eu sei disso, Hope, eu sei, mas você sabe porque fugiu a sua vida inteira? – Hope negou com a cabeça, e Klaus a respondeu:

—Por que eu tenho inimigos, eu sou o grande mal, Klaus Mikaelson, e eu não mudava nunca

Hope abaixou a cabeça ao ouvir seu próprio falando que ele era o grande mal, e ele continuou:

— Mas, eu não fui a minha vida inteira assim, meu pai me fez assim, e minha família tentou me mudar, minha mãe, meu pai biológico, Finn, Kol, Freya, Rebekah e Elijah, principalmente o Elijah, todos eles tentaram mudar-me, nenhum conseguiu. E nenhum interesse amoroso que eu tive ao longo da minha existência, nem as mais importantes como: Aurora, Tátia, Katherine, Caroline, Hayley sua mãe, nem a Camille conseguiram me mudar..., mas você nasceu, Hope, e eu finalmente me transformei, a paternidade muda um homem, filha, e eu agradeço por isso – Klaus e Hope se abraçaram, e enquanto o faziam podiam ouvir passos atrás deles, chegou o momento que esses passos pararam, e uma voz feminina e determinada de uma mãe foi ouvida:

— Ele tem razão, Hope, você não mudou apenas seu pai, o grande e mal Klaus Mikaelson você também mudou a Hayley Andrea Mikaelson, sua mãe aqui- Hope e Klaus se separaram e olharam para a hibrida que estava encostada no batente da porta. Mas se aproximava dos dois com um sorriso orgulhoso no rosto, tinha orgulho da filha, não apenas por ter conseguido mudar o pai dela como também ela própria, que não sabia que precisava ser mudada ou salva pela filha. Mas ocorreu de uma maneira natural.

A Hope também a abraçou rapidamente, e depois a mais velha continuou:

— Você tem o poder de mudar positivamente as pessoas que conhece Hope Andrea Mikaelson, sendo apenas a garota doce e gentil que é, mesmo que seja uma poderosa e destemida Tríbida, e por isso, acho que você já é a melhor de todos nós.

A família Mikaelson, Hope, Klaus e Hayley se abraçaram, e os três voltaram para a sala de jantar e ela foi recebida com abraços de toda a família, até mesmo de Cami e Caroline.

 Hope sentiu uma sensação de felicidade em estar cercada por aqueles que amava, e agradecia por ter uma família tão unida e amorosa. Mesmo com todas as ameaças e perigos que enfrentavam, ela sabia que estariam sempre juntos, fortes e unidos. E com essa certeza em mente, ela desfrutou do resto da noite com sua família, cheia de amor, risos e conversas agradáveis.

Mas Klaus e Caroline, ainda queriam ficar a sós, e agora que a maioria dos problemas havia sido resolvido, o hibrido aproximou-se da loira e pegou sua mão avisando para todos mais uma vez:

— Se nós derem licença, queremos ficar a sós, em meu quarto- falou Niklaus sorrindo simultaneamente entre Caroline e o resto de sua família.

Com isso, os dois saíram da sala de jantar de mãos dadas e se dirigiram para um local mais tranquilo, onde puderam conversar e desfrutar da companhia um do outro. Os outros membros da família respeitaram a decisão do casal e continuaram a aproveitar o restante da noite juntos, compartilhando histórias e risos.

Nesse lugar tranquilo, no quarto de Klaus, realmente o casal desfrutava da companhia um do outro. Ambos estavam de roupas intimas e embalados em cobertas, mas eles não fizeram nada sexual. Apenas se olhavam afetuosamente e intensamente um para o outro.

Porém, a intensidade do olhar do casal foi quebrada por uma Caroline desviando o olhar e suspirando em um misto de nostalgia e uma espécie de alivio, atraindo a atenção de Nik que a olhou preocupado e segurou sua mão, questionando com sincera curiosidade

— O que foi, amor? - Disse a palavra “amor” em um tom sarcástico, como sempre, mas a preocupação e o afeto que sentia por ela, estava bem perceptível em sua voz

A loira deu uma risada frustrada e ao mesmo tempo de felicidade, e respondeu em pausas, para que ele pudesse entender o que ela sentia, talvez, para ela própria entender o que ela mesma sentia:

— Bom, Klaus, eu te alertei no jantar que você  estava tratando a Cami do mesmo jeito que fui tratada a minha vida inteira, e aquilo não foi só mais um apelo desesperado para que terminasse com ela como eu fiz com Stefan, para que ficássemos juntos justamente... Eu realmente, sempre fui a segunda opção amorosa para todos que namorei, veja: Matt, sempre preferiu o curto período  de tempo que namorou a Elena  do que a mim mesma; Tyler, sempre preferiu sua vingança contra você do que a mim; Stefan, então,  sempre preferiu  a Elena e até mesmo a Katherine do que a mim, enfim, nunca me senti amada de verdade, até que então...você chegou na cidade, querendo matar minha melhor amiga para quebrar uma maldição, e eu tive medo, Klaus... Mas ao mesmo tempo, eu me encantei por você e Você por mim, e sinceramente era tão difícil para mim admitir o que eu sentia por você... E  então, em todas as vezes em que me convidada para vir morar aqui em Nova Orleans, eu sempre recusava... Mas ... teve aquele baile e tudo aquilo  que aconteceu, tão recentemente.. E você me convidou mais uma vez... E dessa vez eu fiz o certo em aceitar... porque eu amo você, Niklaus MIkaelson, e pela primeira vez me sinto amada verdadeiramente por alguém, afinal, eu amei cada um deles, e eu sei que eles me amaram... Mas sei também que não era um amor puro e verdadeiro como o qual sentimos um pelo outro, então, sim, Klaus Mikaelson, eu amo você, e pela primeira vez sei que você também me ama verdadeiramente e puramente,  e principalmente ardentemente  - cansada, mas aliviada pelo seu pequeno desabafo, ela suspira tomando folego e olhando atentamente para o hibrido, que sorria abobalhado e radiante pela beleza, dela, porém  não acreditando  nem um pouco no que acabara de ouvir, a mulher mais linda daquela cidade nunca foi a primeira escolha romântica para os idiotas que vivem nela, sempre preferiam outras mulheres, enquanto havia uma bela princesa para ser conquistada ali mesmo na frente deles, e o pior é que ele se sentia aliviado ao mesmo tempo, por ele mesmo ter a conquistado, e com tudo isso em sua cabeça ele suspirou, e querendo mostrar que ela era amada,  ele segura sua mão:

— Caroline, você é amada, sempre foi e sempre será e não só por mim, mas por todos os seus amigos, família e até mesmo seus namorados... Eles estavam apenas cegos pela sua luz, Caroline porque você é.… linda, você é forte e você é cheia de luz e de vida e eles eram tão burros para não ver o quão fantástica é você, Caroline, eles eram tão idiotas que nem notaram a mulher incrível que você é, a mulher que eu amo... A mulher mais linda do mundo... Você- Eles se olhavam com tanta intensidade enquanto ele dizia isso, Caroline parecia hipnotizada com lindas palavras, mas ele não tinna acabado, e ele continuou:- A mulher que desejei tanto que fosse minha, e agora é, e se quer saber isso é fantástico... estou feliz Caroline por finalmente ter te conquistado- Com essas palavras ela não aguentou e o beijou. O beijo durou pouco, pois ele começou a rir e levou um tapa no ombro da loira, mas continuava rindo enquanto ela falava:

— O que está fazendo, Klaus? Você quebrou o momento- ela perguntou divertida e fingindo que estava brava e ele respondeu:

— Desculpe, é que me lembrei de algo que eu tinha prometido a você, há muito tempo- ele disse já parando de rir e ficando sério, e Caroline curiosa pergunta querendo saber o que é

— E o que seria? - Ela perguntou olhando para ele

— Eu me tornei seu último amor e nem demorou tanto tempo assim- Caroline sorriu

— Calma, hibrido, ainda temos muito o que viver para nos tornamos o último amor um do outro- quem sorriu dessa vez foi Klaus

— Estou contando com isso, e agora o que faremos? – Klaus perguntou com sorriso no rosto

— Primeiro, aproveitamos o momento e depois casamos em julho- ambos riram, e Klaus fala sério novamente

— Eu te amo Caroline Forbes

— Eu te amo Klaus Mikaelson

Os outros membros da família continuaram a aproveitar o restante da noite juntos, compartilhando histórias e risos. No final, todos se sentiam felizes e gratos por terem um ao outro, e o amor e união dos Mikaelson prevaleceram mais uma vez. E assim, a Camille foi embora, e nas trevas da noite que a cercavam ela sentiu uma sensação estranha, talvez um presságio de que sua vida jamais seria a mesma, um aviso de que a profecia estava mais perto do que ela imagina. E de que ela está mais perto do seu destino do que nunca.

Alguns dias depois

Já era de madrugada no bar onde Cami trabalhava, e apenas ela estava lá, esfregando um pano no balcão antes  ir embora, mas a moça ouviu um carro estacionando e a porta do estabelecimento se abrindo, ela levantou a cabeça e o viu passando pela porta, um homem moreno claro com cabelos loiros escuros e olhos verdes, com uma blusa cinza de mangas longas e jaqueta cinza escura e com uma calça jeans  havia um sorriso malicioso em seus lábios, Camille não podia negar que estava atraída por aquele estranho, mas ela suspeitava quem era aquele homem e aquilo a aterrorizava, apesar de viver diariamente com criaturas sobrenaturais.

Não parando de olhar para a única pessoa daquele estabelecimento, uma linda mulher com cabelos loiros e olhos verdes, tão parecida com Caroline, talvez até mais bela que sua antiga namorada, mas tão parecida ao mesmo tempo, que ele se sentiu atraído por ela, estava hipnotizado por ela, e ele desconfiava quem era ela. E isso não pareceu agrada-lo, ele então sentou-se no banco bem de frente dela, pedindo sedutoramente uma bebida:

— Por favor, eu gostaria de uma bebida, senhorita- ele disse apenas a palavra “senhorita” para chama-la pois não sabia seu nome nem sobrenome, galanteador e sorrindo travesso, como seu irmão mais velho faria em suas condições normais, antes de ser mudado por Elena, ele estava agindo igual ao Damon, mas ele próprio sabia que não estava normal. Então, não se importou com isso

— Estamos quase fechando o bar, senhor- a moça só disse a palavra senhor pelo mesmo motivo, terminando de enxugar um copo, e olhando para ele.

— Eu insisto, apenas um drinque- ele deu um sorriso de canto, querendo provoca-la

— Está bem, o que vai querer? - Cami perguntou guardando o copo, dando toda sua atenção ao rapaz, apoiando-se no balcão

— Uma taça de vinho tinto, certifique-se que seja tão vermelho quanto sangue- Stefan sabia que estava se entregando ao dizer essa frase, ficaria mais fácil para ela saber que ele era um vampiro, e assim, saber quem era ele, entretanto, felizmente, não dava a mínima para isso.

Cami levantou uma sobrancelha, e a cada minuto que passava com ele, a loira tinha cada vez mais certeza de que ele era o antigo namorado de Caroline, e isso mostrava que ela estava mais perto de seu destino, realmente. Camille pegou a taça e a garrava de vinho, colocando na frente dele. Servindo-o e Observando-o cautelosamente.

Após ter colocado o liquido rubro na taça, ela coloca novamente a garrafa no balcão, e dá as costas para ele, querendo sair de perto dele, mas o vampiro a segura pelo braço, o mais gentilmente que pôde, e diz:

— Beba comigo... Camille- ele levanta da cadeira para pegar o braço dela, e lê o nome dela pendurado em sua blusa, como uma espécie de crachá, confirmando o que já desconfiava, ela era Camille O’connell, a ex de Klaus, mas ele não conta para ela, que já sabe sua identidade, mas ainda querendo que ela tomasse algo com ele.

— Estamos no meio da madrugada, eu não te conheço e obviamente você é perigoso- Ela fala dando as costas, soltando-se do aperto gentil dele, mas ainda assim se dirigindo as taças que estavam ali, pegando uma, relutando, se deveria fazer isso ou não, então, Stefan se aproxima dela, e segura seus ombros por trás, assustando-a e sussurrando:

— Se não me conhece, como sabe se sou perigoso? Vamos, eu lhe imploro, apenas beba comigo- Ele pergunta e insiste, falando em seu ouvido, sombriamente, ela vira o rosto para ele, atraída pela beleza dele mais uma vez, e enquanto ela o admirava, ele corta seu próprio pulso, deixando cair seu sangue na taça que ela tinha pego, antecipando que ela aceitasse a bebida, e não queria hipnotiza-la vampíricamente.

— Está bem, por que não? - Ela fala sussurrando, ainda o observando, ele então, a puxa pelos ombros por trás, levando-a até a cadeira ao lado dele, e ele próprio coloca o vinho na taça dela, e ela sorri com o cavalheirismo. Eles fazem um brinde, e ela toma, sentindo um gosto estranho, mas não fala nada. E sorri mais uma vez

— Estou em desvantagem, você sabe meu nome pelo meu crachá, mas eu não sei o seu- ela fala sugestivamente, enquanto ele vê aliviado que o corte que havia feito, já tinha se curado.

— Stefan Salvatore, minha bela dama, prazer em conhece-la - Ele sorria sombriamente, e ela percebe que suas suspeitas estavam certas, mas ela não revela que sabe sua identidade ainda, sorrindo, e bebendo mais uma vez, respondendo

— O prazer é todo meu, Stefan- ele sorri ao ouvir isso, e bebe mais de seu vinho, observando- a, encantando por ela, e fazendo-lhe um convite:

— Dance comigo- ele pede, se levantando, estendendo sua mão para ela. Sorrindo gentilmente

— Não há música- a loira diz, também se levantando

— Pude observar um rádio antigo ali, poderia ligar em um Jazz e nos proporcionar música- Stefan observou, apontando para um rádio que tinha no fundo do armário onde ficam os copos, as taças e as canecas, surpreendentemente ela nunca havia percebido aquilo ali, confirmando que ele era de fato um vampiro que via no escuro. Ela ligou o rádio, se aproximando dele, hesitando, e vendo-a daquele jeito, ele se aproxima dela, tomando a iniciativa, segurando sua mão, e puxando sua cintura.

Ambos dançaram um pouco, os rostos juntos, encostando suas testas uma as outras, uma dança calma, como se eles fossem um casal há anos, mas eles eram dois estranhos. Então, o Stefan, não parou a dança, mas soltou uma de suas mãos das mãos dela, e olha bem diretamente nos loiros da bartender corajosa, tocou e segurou o rosto dela, intensamente.

— É incrível a semelhança ... você é tão linda quanto ela... até mais bonita que a própria Caroline, Klaus cometeu um erro enorme ao deixa-la por ela- afirmou

— Ah, então eu estava certa desde o início, você é Stefan Salvatore, o antigo namorado de Caroline Forbes- a loira havia ficado hipnotizada e encantada com suas palavras, mas se recompôs, e diz alarmada

— Sim, minha querida, e você é a adorável Camille O’Connell, a antiga namorada de Klaus Mikaelson- ele afirma, se aproximando dela enquanto ela se afasta

— O que veio fazer aqui? - Ela pergunta querendo ser corajosa, mas ela sabia muito bem o motivo dele estar ali, ela só queria que ele admitisse

— Bom, você sabe, eu aceitei muito bem a Caroline ter me deixado pelo Klaus, eu o considero meu melhor amigo e queria a felicidade da Caroline, porém, eu ... me senti tão solitário e irritado, fiquei rodeado de pessoas e casais que se amavam, como Damon e Elena e Bonnie e Enzo. Cami, eu estava cercado de pessoas mas estava solitário... e não conseguia suportar a felicidade de outros casais... Juntando tudo isso, algo me fez desligar a minha humanidade, eu não queria, porém, algo dentro de mim me fez faze-lo... e fiquei com tanta vontade de matar alguém... Claro, não podia matar o meu próprio irmão, nem a Elena, muito menos a melhor amiga de ambos... Então, decidi matar o Enzo, eu esmaguei o coração dele, bem na frente de Bonnie e eu curti isso... Mas o peso da culpa veio e vim até aqui... afogar as magoas, e é isso.

—  . Ah, por favor, Stefan, vamos ser francos, você veio aqui para exercer a sua parte da profecia, como um jogo do destino e não para afogar as suas mágoas, pois eu sei muito bem que tem muitos bares em Mystic Falls- a moça apontou-lhe o dedo em riste

— Sim, a profecia e o jogo cruel do destino, você já sabia disso tudo, não é? - Ele questionou retórico e ela cruzou os braços

— Sim, eu sabia, e o que pretende fazer para vencer o jogo cruel do destino que nos foi dado? Matar-me? – Ela afirmou e perguntou se aproximando dele, perigosamente

— Sim, mas você vai voltar a vida no dia seguinte, como uma vampira- ele falou também se aproximando, mas lentamente dela, com os braços cruzados

— Não posso, só se volta como um vampiro se tiver sangue de vampiro no organismo-negou, afastando-se

— E você tem- ele apenas confirma, levantando uma sobrancelha

— O vinho, o vinho que me ofereceu, você colocou seu próprio sangue na bebida, era por isso que o gosto estava estranho, argh, como eu fui burra, isso é um pesadelo – a loira se desesperou e ficou irritada

— Bom, não diria que você foi burra, você estava encantada por mim, é compreensível, meu Deus, eu falei como o Damon, sim, isso é realmente um pesadelo- ele discordou da bartender, mas brincou com ela, querendo quebrar a tensão entre eles e até mesmo tranquiliza-la

— Stefan, você não precisa fazer isso... eu não te conheço, não totalmente... Mas eu sei que você não é assim, ligue sua humanidade, é só o que peço- Cami se aproximava sem hesitação dele. E ele apenas a encarava, com um sorriso falsamente gentil

— Ah, Cami, eu preciso sim... eu tentei lutar contra isso, realmente tentei... só que é forte demais- Ele falava chateado, talvez estivesse fingindo, mas ele de fato tentou sim ligar várias a sua humanidade de volta, porém, sempre uma força invisível o impedia. Camille também não parecia fingir nem um pouco, quando se aproximou ainda mais dele, preocupada. - E você tem razão, nós não nos conhecemos realmente, no entanto, acho que podemos mudar isso, a partir de agora nós podemos nos conhecer mais intimamente- Stefan dizia isso, olhando diretamente para uma veia pulsante do pescoço da loira, parecia faminto, e ela percebia, tentando afastar-se, porém, ele a pegou pelos braços e a empurrou até a parede.

— Stefan, por favor, não faça isso- a loira ofegava encostada na parede, seu peito subia e descia com medo e preocupação, e Stefan sentia ainda mais desejo vendo isso. Entretanto, ele se contatava apenas em morde-la.

— Eu sinto muito por transformar esse seu rosto angelical e em um demoníaco, mas entenda, querida, todos nós temos demônios, e eu só escolhi alimentar os meus na sua beleza angelical. - Ele desculpou-se e justificou-se, mordendo-a finalmente

Camille primeiramente sentiu prazer na mordida, mas logo, o prazer foi substituído por uma dor lancinante e insuportável. Sentia-se fraca depois do que ele fez, entretanto, ela o ouviu:

— Seu sangue é deliciosamente doce, e eu tomaria mais, mas infelizmente eu fiz o que tinha que fazer- ele soltou seu pescoço, e ela escorregava da parede para o chão, deixando um rastro de sangue no concreto

Observando a linda loira caída no chão, o Salvatore arrependeu-se por um mísero segundo do que havia feito, mas já era tarde, e o arrependimento passou rapidamente, dando lugar a um sorriso maligno.

Então, a contra- gosto, escreveu uma mensagem para Klaus Mikaelson, com um bloco de notas e uma caneta que tinha ali.

Eu transformei a sua linda e adorável Camille em uma vampira e a capturei, se quiser vê-la de novo, venha para Mystic Falls e traga sua preciosa Caroline. O jogo começou, Klaus, Vida longa aos vencedores e que o diabo leve o perdedor.

Assinado: o estripador de Monterrey, seu melhor inimigo e seu pior amigo- Stefan Salvatore

Ele então, a pegou no colo, e a levou para seu carro, saindo de Nova Orleans. Quando ia passar pela divisa da cidade ele a viu

Lilian Gilbert, irmã adotiva de Elena Gilbert, segurando Lexi Branson pelo pescoço, ameaçando-a com uma faca. Ele saiu do carro e a ouviu dizer:

— Olá, Stefan, sentiu a minha falta? - Ela perguntou com um sorriso no rosto. Soltando a garota e ameaçando dessa vez Stefan com a mesma faca.

E ele sorri.


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