Saint Moon Tube escrita por OrochiYashiro


Capítulo 33
A insegurança de Michiru




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Naquele momento, algumas coisas se passavam no Mundo Subterrâneo, dentro do palácio de Zeba.  Barrabás, que conseguira extrair a poderosa e tenebrosa Espada Subterrânea das entranhas do monstro subterrâneo Devildogla, numa luta dramática, que custara a vida de sua mãe, Allabas, mostrava sua nova arma de combate a todos, se gabando o tempo todo de ter, enfim, adquirido uma força ainda mais poderosa, capaz de fazer frente à Irmandade.   

 

BARRABÁS:  Viram?  Com a grandiosa Espada Subterrânea, o chefe do Mundo Subterrâneo Barrabás é agora o mais forte guerreiro de todos – e volta-se para Igan – Já não preciso mais de Igan! 

IGAN:  O quê?? – indaga, sentindo-se afrontada. 

BARRABÁS:  Um príncipe que só pensa em honrar seu nobre nome deve ser banido.  De agora em diante, todas as guerras serão... 

IGAN:  CALE ESSA BOCA!!!! – o interrompe no grito – Não admito que fale de mim dessa forma! 

 

Furiosa, Igan ataca Barrabás, mas ele bloqueia seu ataque com sua nova arma, desferindo uma violenta descarga, que joga a última remanescente da Família Igan para trás, fazendo-a cair ofegante, por conta da força da descarga que recebera.   

 

FUUMIN:  Senhora Igan!!! – corre para ajudar sua chefe. 

BARRABÁS:  Sentiu agora a força do herói? – se gabava. 

 

Melhor não se gabar por muito tempo!  Quanto maior sua sede de poder, maior será sua ruína, Barrabás. 

 

Enquanto isso, nossos heróis estavam treinando para aprimorar suas habilidades de combate, e ficar ainda mais fortes para o próximo embate contra Tube, sobretudo contra Barrabás, já que o mesmo obtivera a poderosa Espada Subterrânea, derrubando Devildogla.  Naquele instante, as Outer Senshis e os Cavaleiros de Ouro realizavam um treinamento em área descampada.  Tudo parecia correr bem, no entanto, Michiru Kaioh, a Sailor Netuno, parecia estar meio desconcentrada, além de insegura.  Camus Mizuno, o Cavaleiro de Aquário, sente que algo não vai bem com a namorada. 

 

CAMUS:  Michiru, meu amor...  o que houve?  Sinto você tão insegura... 

MICHIRU:  Eu...  insegura?  Que isso, meu lindo gelinho...  estou bem. 

 

Torna a se levantar.  Seus amigos formam uma espécie de bloqueio, para que ela possa, sobre eles, saltar, como se fosse um trampolim. 

  

SAGA:  Muito bem, é agora... 

HOTARU:  Vamos, Michiru, você consegue – diz. 

 

Eis que ela, respirando fundo, corre com tudo, e salta, mas quando pisa sobre os ombros de Shura e Haruka, acaba indo ao chão com tudo. 

 

TODOS:  MICHIRU!!! 

CAMUS:  Minha nossa...  não se machucou, minha ninfa? – indaga, preocupado. 

MICHIRU:  AAAA  não...  só que eu...  nunca senti isso antes.  Não sei por quê...  mas eu senti...  MEDO!  Igual daquela vez que eu quase perdi você, meu amor... – derrama umas lágrimas, ao lembrar de uma dura batalha onde quase todos eles foram mortos. 

DOHKO:  Michiru...  você não pode deixar o medo te dominar, senão, o Tube a vencerá.  Todos nós confiamos em você. 

SETSUNA:  Isso mesmo!  Nós, seus amigos, e também seu amado Camus...  todos nós confiamos em ti. 

CAMUS:  É normal a gente falhar na primeira, mas não devemos temer o fracasso.  Temos que continuar sempre! 

 

Reanimada pelas palavras de seu amado “gelinho”, a bela ninfa dos oceanos torna a se levantar, disposta a continuar. 

 

Enquanto isso, outras coisas acontecem no Mundo Subterrâneo.  Ainda se sentindo suja por dentro, por conta da humilhação sofrida perante Zeba, por conta dos ultrajes de Barrabás, Igan se dirige até uma espécie de corredor.  Mas onde será que aquele corredor leva?  E o que ela pretende?   

 

IGAN:  Barrabás...  você vai se ver comigo! – ameaça. 

 

Eis que chega diante de uma porta, que estava camuflada às rochas.  O que será que há por trás daquilo? 

  

IGAN:  Ó Espírito Subterrâneo...  à minha respeitosa presença...  permita minha passagem... – pede. 

 

Eis que uns relâmpagos ressoam.  Fuumin, a guerreira ninja que é a mais leal serva de Igan, chega no encalço de sua chefe, e vê a tal porta se abrir, revelando uma espécie de câmara secreta, com direito a um altar, onde duas tochas estavam acesas.  Fuumin fica surpresa ao ver tal lugar, antes secreto, se abrir, e sua chefe nele entrar.  O que será que Igan pretende naquele lugar?  Será que ela também sabe lidar com o sobrenatural, igual Sailor Marte?  Seja lá o que ela pretende, coisa boa não é! 

 

Na sala do trono de Zeba, Anagumas, pelo telão, observava a tudo, surpreso. 

 

ANAGUMAS:  Ah...  Igan pretende chamar o Dragão Igan – diz. 

BARRABÁS:  Dragão Igan? – indaga. 

ANAGUMAS:  É o tenebroso dragão protetor divino da Família Igan.  Só Igan pode controla-lo.  Dizem que é o maior aliado de Igan. 

BARRABÁS:  O quê? – indaga – então Igan acha que pode me vencer? 

ZEBA:  Chamar o deus protetor é a última cartada da Família Igan – diz. 

 

Eis que Igan se aproxima do altar. 

 

IGAN:  Monstro subterrâneo Ragondogla – e chama por um monstro, que prontamente aparece para ela – purificai-me com o fogo sagrado. 

 

Da sua cabeça, Ragondogla faz acender chamas, e exala uma fumaça vermelha que envolve Igan, em meio ao ritual de purificação.   

 

IGAN:  Fuumin...  enquanto eu estiver a rezar, não permita que ninguém se aproxime – ordena. 

FUUMIN:  Sim!! – fazendo reverência. 

 

Fuumin fica de guarda do lado de fora, enquanto a porta se fecha.  Mais tarde, algumas coisas se passavam em Hikawa, onde todos estão reunidos.   

 

SHIRYU:  Mestre...  como é que foi hoje no treinamento? – indaga. 

DOHKO:  Quase tudo bem, Shiryu...  exceto pela Michiru ter ficado insegura.  Não sei o que está havendo com ela, mas tenho certeza que logo irá se recuperar.   

 

Nisso, o comunicador de Serena toca.  Era Lua, entrando em contato com ela. 

 

LUA:  Serena...  há um grande distúrbio no centro de Tóquio – diz. 

SERENA:  Entendido...  gente, precisamos ir ao centro da cidade.  Outro distúrbio foi notificado. 

SHIRYU:  Então, o que estamos esperando? – indaga. 

 

Enquanto os heróis saem para averiguar qual o próximo passo de Tube, o ritual de invocação ao Dragão Igan prosseguia.  Igan estava de joelhos, diante do altar, fazendo suas preces, para que o guardião protetor de sua família atenda seu clamor e venha em seu auxílio.  O monstro Ragondogla, por sua vez, estava lá atrás, para ajudar a protege-la. 

 

IGAN:  Dragão Igan...  acorde Dragão Igan... – clamava. 

 

Nisso, os heróis andavam pelas ruas de Tóquio, em busca de pistas dos inimigos.  Era tarde da noite.  Naquele momento, Michiru, já como Sailor Netuno, estava a rondar as ruas, mas estava sozinha.  Todos se separaram para melhor procurar, mas estavam prontos para ajudar um ao outro, caso a coisa fique muito feia.  Nesse momento, uma mão, empunhando uma mini espada, a ameaçava por trás.  Só podia ser Fuumin!  Sentindo o perigo, Michiru corre averiguar o mais rápido.  Mais adiante, eis que um golpe a derruba.  Era Fuumin!  Antes que ela se levante, a ninja serva de Igan torna a atacar, tentando apunhala-la, mas Michiru, rapidamente, saca seu espelho mágico, para usa-lo como escudo.  Uma troca de golpes tem início, com Fuumin levando a melhor, já que é treinada em combates militares.  Michiru dá um salto, tentando agarrar-se à sacada de um prédio, mas a ninja subterrânea a ataca cuspindo uns shurikens, que a atordoam.  Michiru luta ao máximo para não cair, mas acaba atingida por uma bola de fogo, que a derruba numa piscina, praticamente inconsciente.  E se ela não despertar, poderá se afogar!  Perto dali, eis que Camus sente o perigo rondar sua amada. 

 

CAMUS:  Oh, não, Michiru...  ela está em perigo! – corre. 

 

Segue o sinal do cosmo de Michiru, e chega até um clube que estava fechado, encontrando-a dentro de uma piscina.   

 

CAMUS:  NÃO!!!  Ela caiu desmaiada na piscina...  se eu nada fizer, irá morrer afogada – e se joga na piscina para retirar e salvar sua amada. 

 

Camus sai da piscina com Michiru desmaiada em seus braços, deitando-a no chão, para fazer respiração boca a boca, além de massagem cardíaca.   

 

CAMUS:  Meu amor...  por favor, resista... – diz, apreensivo. 

HYOGA:  Mestre Camus...  o que aconteceu? – indaga, chegando ali. 

CAMUS:  Michiru caiu desmaiada na piscina.  Deve ter sido atacada por aqueles bandidos.  Miseráveis... – brada de raiva. 

AMI:  Calma, irmão, ela está viva...  

 

Eis que Michiru, aos poucos, acorda. 

 

CAMUS:  Michiru...  que bom!  Você me deu um susto daqueles – e a abraça. 

MICHIRU:  Camus...  meu amor...  achei que fosse morrer...  foi a Fuumin!  Ela me derrotou...  que vergonha! – chora de raiva, por ter sido humilhada. 

HYOGA:  Aquela ninja...  ela realmente é um osso duro de roer.   

AMI:  Depois cuidamos dela.  Agora, vocês precisam trocar de roupa e se aquecer, antes que se gripem.   

 

Os heróis saem daquele lugar, para que Camus e Michiru possam botar roupas secas, e tomar algo quente, para evitar que uma gripe os acometa.  Naquele momento, no Mundo Subterrâneo, o ritual de invocação ao Dragão Igan continuava.  Igan não parava de rezar, na esperança que o protetor divino de sua família ouça seu chamado e intervenha em seu favor.  Para piorar ainda mais a situação, quanto mais Igan rezava ao Dragão Igan, fenômenos estranhos aconteciam na cidade.  Dessa vez, um estranho terremoto fazia tudo sacudir.  No seu esconderijo, abaixo da casa de jogos, Lua, Artemis e Diana descobrem a origem de todos aqueles distúrbios. 

 

LUA:  Serena, pessoal...  descobrimos a fonte de origem desses desastres. 

ARTEMIS:  Vem de um desfiladeiro ao norte. 

MINA:  Já estamos indo pra lá, Artemis! – diz. 

 

Os heróis correm o mais rápido possível ao ponto de origem dos sismos que abalam Tóquio.  Deve ser ali que se encontra a câmara secreta, na qual Igan está a rezar para invocar o Dragão Igan.  Instantes depois, estavam a atravessar uma ponte, quando são cercados por um exército de Soldados Angla, que os atacam usando seus bastões como rifles, disparando várias rajadas, que os atordoam.  Todos saltam da ponte, indo parar à beira do rio que corre embaixo.  Michiru, por sua vez, quando se levanta para continuar a lutar, eis que ela é cercada por Fuumin e pelo monstro subterrâneo Ragondogla, ambos enviados por Igan para garantir que os heróis não cheguem ao local onde ela estava a rezar para o protetor divino Dragão Igan.   

 

FUUMIN:  É o fim da linha para você, Sailor Netuno.  Ontem você escapou, mas hoje não me escapa! – ameaça. 

 

E a ataca com tudo, armada com sua adaga, enquanto Michiru saca seu espelho mágico, pronta para a ação.  Ambas trocam vários golpes entre si, mas Fuumin, por ser uma ninja, e ter diversos treinamentos militares, se sobressaía melhor no duelo.  Para piorar, o monstro Ragondogla entra no meio, atacando a Sailor, que é derrubada. 

 

CAMUS:  Michiru! – se preocupa por sua amada – Ora, seus demônios... 

 

Mas quando vai ajuda-la, eis que um enorme furacão de chamas aparece no alto, e o ataca com várias rajadas.  Era Kiroz! 

 

CAMUS:  Kiroz...  você de novo? – indaga, furioso – Não tenho tempo a perder com você, bandoleiro maldito! 

HYOGA:  Isso mesmo!  Não temos assunto nenhum a tratar com você, seu bandido! 

KIROZ:  Só de saber que a Princesa Júpiter está presa naquele gelo, mais ódio eu tenho por vocês, e mais eu quero destruí-los.  Quero muito salvar a Princesa Júpiter daquela prisão gelada, e ter as suas cabeças, seus ratos fedorentos. 

SHIRYU:  CALE A BOCA!!!!  Quem vai salvar a minha flor sou eu!  Você não conseguirá o que quer, seu vivaldino pé-de-chinelo! 

KIROZ:  Pois tente, se puder, Príncipe Dragão! – saca sua kusarigama. 

 

Shiryu salta na direção de Kiroz, pronto para o combate. 

 

SHIRYU:  Vejamos se pode enfrentar a fúria do meu punho afiado, maldito! 

KIROZ:  CALE-SE!!! 

 

Ambos se atacam de forma mútua, cheios de sangue nos olhos.  Nisso, Seiya, Serena, Hyoga, Ami, Shun e Mina resolvem interferir para ajudar no combate, sabendo que Kiroz não é inimigo para se subestimar.  No entanto, Kiroz parecia se sobressair melhor, pois estava conseguindo dar uma senhora canseira nos heróis, por mais que se esforcem.  Do outro lado, Michiru continuava a enfrentar Fuumin e Ragondogla.  Vendo que eles são muito mais fortes que supunha, resolve jogar sério. 

 

MICHIRU:  Agora sim, vocês vão ver – levanta os braços, invocando sua técnica – MAREMOTO DE NETUNO!!!! 

 

Dispara a primeira técnica que aprendera a dominar contra Fuumin, no entanto, para susto dela, a ninja subterrânea, mesmo com uma só mão, consegue bloquear sua ofensiva. 

 

MICHIRU:  Mas como...  como ela conseguiu bloquear meu ataque?   

FUUMIN:  HAHAHAHAHAHAHAHA  Parece que você perdeu totalmente sua confiança, Sailor Netuno.  Ou será que você realmente não é páreo para mim, por mais que dê tudo de si?  Tanto melhor...  assim, posso eliminar você tranquilamente – diz, cinicamente. 

 

Michiru se via, com isso, num beco sem saída.  E agora, como sair daquela? 

 

FUUMIN:  Ragondogla... – chama o monstro. 

 

Do outro lado, Ragondogla enfrentava Camus, e deixa sua luta para ir pra junto de sua chefe.  Ambos atacam Michiru ao mesmo tempo, que é arremessada para o rio, vindo a cair nele. 

 

CAMUS:  MICHIRU!!! – grita, apavorado. 

FUUMIN:  Agora é a sua vez de juntar-se à sua namorada no inferno, Cavaleiro de Aquário – diz, de forma sarcástica. 

CAMUS:  Malditos...  EXECUÇÃO AURORA!!!! 

 

Os ataca com tudo, lançando-os para trás.  Nisso, avisa Hyoga e Ami, via cosmo. 

 

CAMUS:  Hyoga, Ami...  Michiru caiu no rio.  Eu vou salva-la! 

AMI:  O quê?  Pessoal...  Michiru está em perigo... 

SERENA:  Como?  Precisamos salva-la imediatamente... 

KIROZ:  Ninguém vai salvar ninguém!  Todos vocês vão morrer, ratos de sarjeta...  CRESCENT SCREW!!!! 

 

Dispara novamente sua técnica principal, desenvolvida no Inferno Vendaval.  Os heróis se veem obrigados a saltar no rio, para se salvar de Kiroz.  Julgando-se vitorioso, Kiroz se retira.   

 

Nesse momento, Michiru, engasgada com a água do rio, nada para chegar à margem. 

 

MICHIRU:  COF COF  Maldita Fuumin...  está mais forte que nunca...  como ela conseguiu bloquear meu ataque principal...?  Eu nunca...  nunca me senti tão inútil...  como agora... – e desmaia, em meio aos recifes. 

 

Eis que Camus, em seguida, chega nadando, e encontra sua amada desmaiada entre os recifes. 

 

CAMUS:  MICHIRU!!! – corre até ela – nossa, ela está ferida...  preciso cuidar dela... 

 

Usa umas ervas que crescem naquela região para ajudar a estancar o sangue das feridas, e com uns gravetos, improvisa uma fogueira, para ajudar a aquece-la.  Acomoda sua amada em cima de uma esteira improvisada. 

 

CAMUS (pensando):  Michiru...  sei que você quer dar o melhor de si mesma nessa empreitada.  Mas você não pode exigir demais de si mesma, meu amor.  Haja o que houver, não deixarei que Fuumin e Ragondogla lhe façam mal.  Vou proteger-te, mesmo com a minha vida.  Não quero que você morra, meu amor... – segura sua mão, em meio às lágrimas. 

 

Parece que o Mestre de Hyoga, e irmão de Ami, até então um homem frio e calculista, graças ao amor de Michiru, seu coração abrandou e aqueceu-se. 


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