Nesse momento, algumas coisas se passavam no Castelo Subterrâneo.  O senhor supremo do Mundo Subterrâneo, o terrível Imperador Zeba, mais uma vez estava furioso com seus comandados, por seus constantes fracassos em suas batalhas contra as Princesas Planetárias e os Príncipes do Zodíaco.  Parece que a paciência do todo-poderoso de Tube, enfim, estava por se esgotar. 

ZEBA:  Seus incompetentes! – dispara violentas rajadas para os lados – vocês, até agora, só têm falhado em tentar conquistar a superfície.  Dia após dia, os Cavaleiros e as Sailors só os têm feito de idiotas.  Como me explicam isso? 

IGAN:  Senhor Zeba...  por favor... – tenta se desculpar. 

ZEBA:  SILÊNCIO!!! – e lhe dá uma descarga. 

Do outro lado, Barrabás, com um olhar sarcástico, olhava com o canto do olho para Igan, na certeza que ela era a maior culpada de tudo. 

ZEBA:  Você também, Barrabás! – lhe desfere uma descarga – ouçam todos vocês com atenção; se não vencerem nossos inimigos, podem se considerar MORTOS!!! 

Aquela, pelo visto, é a última palavra de Zeba, levando em conta todo o seu descontentamento com seus subalternos.  E agora, como eles conseguirão o perdão do impiedoso imperador? 

Naquele momento, eis que Barrabás, indignado pela punição de Zeba, dirige-se a um corredor, onde haviam muitas celas, todas seladas a cadeado.  Em cada cela, havia um monstro subterrâneo, ou algum guerreiro do Mundo Subterrâneo, cumprindo pena por não ser fiel a Zeba, ou por tentar levantar-se contra ele.  O que quererá ele ali, num lugar como aquele?  Eis que Oyubu, temendo que seu chefe possa fazer uma besteira das grandes, vai atrás dele, na esperança de demovê-lo de tal ideia. 

OYUBU:  Senhor Barrabás...  não faça isso!  Não pode libertar o Devildogla, ele é o mais terrível de todos os monstros subterrâneos, nem mesmo Zeba tem autoridade sobre ele... 

BARRABÁS:  CALE-SE!!! – o empurra – Se eu quiser ser perdoado por Zeba, preciso destruir o monstro Devildogla em combate, e então, conseguirei a tão poderosa Espada Subterrânea.  Não me atrapalhe!

Espada Subterrânea...  o quão poderosa e terrível deve ser essa arma?  E o monstro Devildogla, será ele tão terrível assim, mais que todos os demais já mortos anteriormente?  Eis que Barrabás, totalmente ensandecido, golpeia a porta com sua Espada Torpedo de Ícaro, tentando quebrar o cadeado que sela a porta da cela onde Devildogla estava preso. 

BARRABÁS:  Vamos...  saia já daí seu miserável!  Saia e lute comigo! – gritava, golpeando a porta. 

De tanto golpear, finalmente consegue romper o cadeado.  Eis que Devildogla emerge de um lago borbulhante, onde parecia estar dormindo, ao ouvir o chamado de Barrabás para um duelo.  Nisso, o monstro, de aspecto tenebroso e violento, surge diante do espadachim subterrâneo. 

BARRABÁS:  Aí está você...  muito bem, miserável...  LUTE!!!  Vou derrubar você, e conseguirei a grandiosa Espada Subterrânea! 

E parte com tudo pra cima do monstro, mas Devildogla, rapidamente, o atinge pelo corpo com várias flechas disparadas por uma ventosa na cabeça.  Embora ferido pelas flechas, Barrabás não quer recuar, pois só vencendo aquele monstro conseguirá a terrível Espada Subterrânea, e assim, obter o perdão de Zeba.  Tenta atacar novamente Devildogla, mas recebe um outro golpe, que o joga para trás.  Nisso, eis que surge alguém.  Era uma mulher, e já devia ter uma certa idade, bem velha, e se parece com Barrabás.  Será algum familiar dele? 

???:  BARRABÁS!!!  Levante-se...  lute... – gritava. 

BARRABÁS:  Ma...  Mamãe??? – indaga, surpreso. 

O quê?  Barrabás...  ele tem mãe?  Na sala do trono de Zeba, os demais observavam a tudo do telão, e ficam surpresos com a aparição da mãe de Barrabás. 

IGAN:  O que a mãe de Barrabás está fazendo ali? – indaga. 

ANAGUMAS:  Na certa, deve estar tentando incentivar o filho a derrubar Devildogla.   

De volta ao campo de batalha.  A mãe de Barrabás tentava fazer o filho voltar a se levantar, e enfrentar o monstro. 

???:  Lute, Barrabás!  Eu não criei um filho tão fraco... 

Nisso, o monstro Devildogla volta a aparecer, e dispara uma violenta rajada, que lança os dois longe, fazendo com que ambos vão parar na superfície.  Com isso, o campo de batalha é transferido do subterrâneo para a superfície.  Será que os nossos heróis entrarão no meio pra interferir? 

Dito e feito!  Sentindo uma agitação muito estranha vindo de um ponto do Mundo Subterrâneo, os Cavaleiros e as Sailors correm o mais rápido possível para o local onde Barrabás estava a enfrentar o monstro subterrâneo Devildogla, sem imaginar a terrível surpresa que eles teriam, chegando lá.  Barrabás e Devildogla continuavam a se enfrentar, com o monstro o tempo todo levando vantagem, uma vez que Devildogla, de acordo com seu histórico, é considerado o mais poderoso dos monstros subterrâneos, até o presente momento.  E derrubar um monstro como aquele será uma verdadeira pedreira, tanto para Barrabás, quanto para os nossos heróis.   

BARRABÁS:  Miserável...  eu vou derrubar você...  não importa como...  

Atacava o monstro com várias rajadas, que respondia pagando com a mesma moeda.  Ambos se atingem um ao outro, mas o monstro, ao que parece, estava em melhores condições de luta, enquanto Barrabás já dava sinais de cansaço, cambaleante estava.  Perto dali, os heróis sentiam a presença do perigo nos arredores. 

SHIRYU:  Sinto perigo no ar...  fiquem atentos! – diz. 

Avançam mais um pouco, e mais alguns metros adiante, veem uma cena que não esperavam ver; Barrabás em combate contra um dos monstros de Tube.  Monstro esse que não é leal a Zeba, já que estivera, durante séculos, aprisionado no grande calabouço do Mundo Subterrâneo, onde são presos os mais terríveis monstros e assassinos subterrâneos que ameaçam a paz local, ou que não são leais ao governante em questão.   

SEIYA:  Mas o que... – se espanta. 

SERENA:  Barrabás e o monstro...  se enfrentando?!  Tem algo errado... 

SHIRYU:  Precisamos intervir, e agora! 

No Castelo Subterrâneo, Zeba se enfurece ao ver os heróis tentando se meter na luta entre Barrabás e Devildogla. 

ZEBA:  De jeito nenhum!  Vocês não vão se meter neste combate!  Oyubu... 

Atendendo o comando de Zeba, Oyubu se dirige ao campo de batalha, em companhia dos Soldados Angla, tentar impedir que Shiryu e seu grupo interfira na batalha entre Barrabás e Devildogla. 

Vendo que Barrabás estava muito ferido, apesar de ser inimigo, os heróis decidem interferir naquela contenda. 

KANON:  Não podemos deixar isso ir adiante... 

MOLLY:  Precisamos vencer este monstro, e agora! 

Mas são atacados por jatos de fogo disparados por Oyubu, recém-chegado ali. 

OYUBU:  Não vão interferir nessa luta, malditos! – ameaça. 

SHUN:  Oyubu...  você de novo...? 

MINA:  Não vamos facilitar para você, maldito! 

OYUBU:  Soldados Angla... 

Os Soldados Angla novamente entram em ação para lutar.  Melhor dizendo; apanhar!  Em poucos minutos, são todos postos para fora de combate.   

HYOGA:  Muito bem, vamos voltar nossas atenções para este monstro... 

Eis que os heróis cercam Devildogla.  No entanto, o monstro, furioso com a intromissão deles, levanta seus braços, e dispara uma violentíssima rajada para o céu, que cai de volta na Terra, fazendo-os cair num penhasco, e se ferindo em várias partes do corpo.   

ZEBA:  Enfim...  agora ninguém poderá atrapalhar o duelo entre Barrabás e Devildogla! 

Barrabás, que já estava cheio de ferimentos pelo corpo, torna a se levantar, determinado a vencer o terrível monstro subterrâneo, e de seu corpo, retirar a Espada Subterrânea. 

BARRABÁS:  Seu miserável...  você ainda não venceu...  eu vou acabar com você...  

Volta ao ataque, mas Devildogla é ainda mais forte que supunha ser.   

Enquanto isso, nossos heróis, que caíram num barranco, após serem atacados por Devildogla, tentam se levantar novamente, mas estavam com diversos ferimentos, além de cambaleantes, e já sem seus trajes. 

SEIYA:  AAAAAAAAA  esse monstro...  ele é...  terrível... 

SHIRYU: UUFFFFFFFFFFF  verdade...  não é a toa...  que o chamam...  Devildogla... 

AMI:  MMMMMMM  que dor...  essa força...  é horrível... 

HYOGA:  AAAAA  não se preocupe, meu floco de neve...  nós vamos vencer esse demônio...  não importa como... 

KANON:  Não podemos desistir...  não podemos deixar esse monstro continuar o que está a fazer... 

MOLLY:  E o Barrabás...  por que ele e o monstro estão se enfrentando...?  Tem coisa muito errada... 

SERENA:  Precisamos...  ir...  até eles... 

Levantando-se com certa dificuldade, os heróis ficam novamente de pé, e procuram seguir caminho, até onde Barrabás e Devildogla estão a se enfrentar.  Nisso, eis que Molly sente alguém a agarrar-lhe o pé. 

???:  Espere... – diz uma voz ofegante. 

Quando ela se vira para olhar, eis que se depara com ninguém menos que a mãe de Barrabás.  A mesma estava com um enorme ferimento na perna, e não conseguia se manter de pé, devido ao ataque de Devildogla. 

MOLLY:  Mas...  quem é a senhora? – indaga. 

???:  Me chamo Allabas, e sou a mãe de Barrabás... 

MOLLY:  A mãe de Barrabás? – fica surpresa. 

ALLABAS:  Sim...  por favor...  me leve até Barrabás.  Eu estou muito velha...  e com essa ferida na perna, não consigo ficar de pé.  Por favor... – implorava. 

Os demais, notando a demora de Molly em acompanha-la, voltam para ver o que aconteceu, e a veem ajudando a mãe de Barrabás.  Mas quando se dão conta de quem ela está a ajudar, falam para ignora-la. 

SEIYA:  Ignore essa mulher, Molly!  Devemos dar pressa... 

MOLLY:  Não, Seiya!  Ela pode nos ajudar nessa batalha... 

ALLABAS:  Por favor, me levem até Barrabás.  Ele é meu único filho... 

Ao ouvir aquilo, Molly se sente profundamente tocada.  Assim como Barrabás, ela também é filha única. 

MOLLY (pensando):  O que...  Barrabás...  ele é filho único, igual a mim. 

Nesse momento, eis que Molly se lembra de todos os momentos que passou ao lado de sua mãe, a joalheira Susan Osaka, a mesma que já fora, certa vez, prisioneira do Negaverso, logo no começo das aventuras de Sailor Moon.  Órfã de pai, Molly sempre foi muito unida à sua mãe, que nunca mais voltara a casar, depois de ficar viúva.  No entanto, desde que Molly foi agraciada por Poseidon, Senhor dos Sete Mares, com a escama de Lymnades para lutar em nome da justiça, ao lado de seu namorado, Kanon, quando este voltou a vestir a escama do Dragão Marinho, tivera que afastar-se de sua querida e amada mãe.  E a mesma, desde então, estava fora do Japão a trabalho.  Molly sente saudade de sua mãe, mas a companhia do namorado e de seus amigos é o que ameniza toda a saudade que sente de sua mãe, Susan. 

Enquanto isso, a batalha entre Barrabás e Devildogla prosseguia, cada vez mais violenta.  Ambos trocavam golpes e rajadas um com o outro, com o monstro levando mais vantagem.  Até que, num dado momento, com um golpe de suas garras, Devildogla consegue quebrar a espada de Barrabás, além de feri-lo com mais flechas disparadas da ventosa em sua cabeça.  Será que Barrabás terá seu fim pelas mãos de um monstro subterrâneo, sem conseguir seu intuito de obter a Espada Subterrânea?   

Do outro lado, Allabas continuava tentando convencer os heróis a leva-la até Barrabás. 

ALLABAS:  Me levem até Barrabás, por favor...  quando criança, ele era uma pessoa bondosa.  Tudo que eu mais quero é meu filho de volta, que ele volte comigo para vivermos felizes no Mundo Subterrâneo.  Por favor... 

Os heróis ainda estavam em dúvida se deviam ou não confiar nela, uma vez que se trata de uma pessoa oriunda do Mundo Subterrâneo.  Mas, como nem todos de lá são maus... 

SHUN:  Gente, acho que devíamos ajuda-la.  É uma mãe que quer seu filho de volta.  Infelizmente quase todos nós aqui perdemos nossas mães, com exceção de Serena, Ami, Camus e Molly.   

SHIRYU:  Se a mãe de Barrabás conseguir convencê-lo a parar com essa guerra contra nós, já teremos dado um importante passo para vencer o Zeba. 

Eis que os heróis decidem levar Allabas para junto de seu filho.  Shun a coloca em suas costas.  Nisso, o comunicador de Mina apita.  Era Artemis! 

ARTEMIS:  Mina...  pessoal...  perigo! 

MINA:  O que houve, Artemis? 

ARTEMIS:  Barrabás está lutando contra o monstro Devildogla para obter a poderosa Espada Subterrânea. 

MINA:  Espada Subterrânea? – indaga. 

ARTEMIS:  Sim!  É uma poderosa e maléfica arma de combate lendária.  Você e os demais não devem permitir que essa arma seja usada neste mundo! 

MINA:  Tudo bem, Artemis.

Agora sim, os heróis finalmente começam a entender por que Barrabás e Devildogla estão se enfrentando. 

SHIRYU:  A Espada Subterrânea...  então é isso!  Mestre Dohko já me contara a respeito dessa poderosa espada.  Uma arma muito poderosa, e também perigosa, capaz de destruir a tudo.  Não podemos permitir que Barrabás a obtenha. 

SHUN:  Por isso levaremos a mãe de Barrabás até ele.  Assim, ele desistirá de vez dessa ideia de ter tal arma, e voltará pra casa com Allabas.   

MINA:  E então, teremos dado o primeiro importante passo para vencer o mal de Tube. 

SHIRYU:  Então vamos todos...  em frente! – comanda. 

Os heróis correm o mais rápido possível até onde Barrabás estava enrascado por Devildogla.  Será que conseguirão chegar a tempo?  E conseguirão fazer com que ele mude de ideia, e desista de continuar sendo inimigo deles? 

No palácio de Zeba, os demais observavam a tudo pelo telão. 

ZEBA:  Malditos...  eles não podem interferir nesta batalha – brada de raiva. 

Alguns instantes depois, eis que os Cavaleiros e as Sailors chegam ao local da batalha, e lá encontram Barrabás caído e ferido, cheio de flechas cravadas no corpo, mas ainda estava vivo, porém, muito ofegante. 

ALLABAS:  BARRABÁS!!! – grita, espantada. 

SHUN:  Oh, não, chegamos tarde – diz, com voz triste. 

Todos ali se reúnem ao redor do vilão, mas veem que ele ainda vivia.

SHIRYU:  Ele ainda está vivo... 

ALLABAS:  Barrabás...  meu filho... – o cutucava. 

BARRABÁS:  AAAAAAA  mamãe... – diz, ofegante. 

Até o momento, Devildogla estava quieto. 

SEIYA:  Que bom que ele ainda está vivo... 

SERENA:  Assim, ele e sua mãe poderão, enfim, voltar para casa. 

SHUN:  Allabas, a senhora agora tem seu filho de volta.  Poderão, com isso, voltar para casa.