Saint Moon Tube escrita por OrochiYashiro


Capítulo 3
O sono gelado de Lita




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Mais tarde, de volta ao Império Subterrâneo, Zeba, que estava totalmente furioso, punia seus comandados com diversas rajadas, por terem falhado na sua missão de destruir os Cavaleiros e as Sailors.

 

ZEBA:  Seus incompetentes!  Como é que ousam voltar de mãos vazias? – gritava de forma colérica.

 

Eis que Anagumas, conselheiro e procurador pessoal de Zeba, tenta apaziguar.

 

ANAGUMAS:  Senhor Zeba, eu entendo o fato do senhor estar zangado.  Mas nem tudo, de todo, foi batalha perdida.  Ao menos, conseguimos capturar uma das Princesas Planetárias.  Aquela que é a mais forte de todas, e também a mais bela; a Princesa Júpiter.

 

Aquilo deixa Zeba mais confiante.

 

ZEBA:  Ora, então conseguiram capturar a mais bela e formosa das princesas...?  Muito bem...  tragam-na até mim!

ANAGUMAS:  Como o senhor ordena.

 

Anagumas e os Soldados Angla vão até o calabouço no qual Lita se encontrava aprisionada.  Usando sua caneta de transformação, tenta virar Sailor Júpiter, mas, por mais que tente, não consegue.  Parece que há uma fortíssima maldição dentro daquela cela, que a impede de se transformar e usar seus poderes. 

 

LITA (pensando):  Não adianta...  não consigo me transformar, nem fugir desta prisão.  E agora, como vou voltar para os braços do meu dragãozinho, para meus amigos...? 

 

Naquele momento, Shiryu, que se encontrava no Templo Hikawa, se recuperando dos ferimentos na luta contra os sequazes de Zeba, pensava em Lita.  Estava ainda devastado por tê-la perdido para Zeba.  Ao menos, por enquanto.

 

SHIRYU (pensando):  Lita...  minha bela e amada flor...  por que...  por que fizeram isso com você?  Te amo tanto...  você é tudo para mim...

 

Nisso, eis que o herói amargurado sente algo; era Lita, através do cosmo, a interagir com ele.

 

SHIRYU:  Esse cosmo...  LITA!!!  Ela...  está viva!!

LITA:  Shiryu...  meu amado dragãozinho...  estou viva, mas estou prisioneira num lugar, que parece um castelo nas profundezas da Terra...

SHIRYU:  O que...  um castelo...  nas profundezas da Terra?

LITA:  Sim!  E não consigo sair daqui, não posso me transformar, há uma força poderosa que interfere nos meus poderes.  Não sei como vou sair daqui...  só você e os demais poderão me salvar, meu amado Dragão.

SHIRYU:  Lita...  por favor, mantenha-se firme!  Haja o que houver, vou salvar-te, não importa o quão enorme seja o perigo.  Esses demônios do subterrâneo não vão sair vitoriosos.  Irei até aí com os demais, e vamos libertar você da masmorra onde se encontra.

 

Naquele exato momento, eis que Anagumas, acompanhado de alguns Soldados Angla, chegam à cela onde Lita era mantida encarcerada.

 

ANAGUMAS:  Muito bem, soldados, levem-na até o nosso Imperador! – ordena.

LITA:  O que vocês querem comigo, seus monstros? – indaga.

ANAGUMAS:  HAHAHAHAHAHAHA  Logo saberá, Princesa – diz, de forma sarcástica. 

 

Na superfície, Shiryu se preocupava com sua amada, pois sentira algo a interferir na interação cósmica entre ambos.

 

SHIRYU:  Lita...  o que está acontecendo? – indagava.

LITA:  Meu amor...  estão me levando...

SHIRYU:  O quê??  Para onde?? – estava desesperado.

 

Os demais, vendo Shiryu daquele jeito, tentam descobrir o que se passava.

 

SHURA:  Shiryu, o que está acontecendo? – indaga.

SHIRYU:  É Lita...  minha flor estava falando comigo via cosmo...  mas agora, parece que a estão levando a algum lugar.  Maldição...  se eu soubesse ao certo onde ela está agora...

SHURA:  Calma, Shiryu, nós vamos salvar Lita, esses bandidos do Tube não se sairão bem.

HARUKA:  Shura tem razão, Shiryu, não perca a esperança, conseguiremos salvar Lita daqueles demônios.

 

Nisso, na sala do trono de Zeba, Lita era levada até sua presença.

 

ANAGUMAS:  Senhor Zeba, aí está a Princesa Júpiter, conforme ordenaste – diz, apontando seu martelo de críquete, que usa como bengala.

 

Ao ver Sailor Júpiter diante de seus olhos, o crudelíssimo imperador do Mundo Subterrâneo parece ter se fascinado por ela.

 

ZEBA:  Ora...  mas como ela é belíssima! – diz, encantado pela jovem guerreira – Sem dúvida, é a mais bela das princesas planetárias.  A mais bela e graciosa rosa do Universo!

LITA:  Quem é você, afinal de contas, e o que quer de mim? – indaga.

ZEBA:  Não se preocupe, Princesa Júpiter.  Me chamo Zeba, e sou o Imperador do Mundo Subterrâneo. 

LITA:  Imperador?!

ZEBA:  Sim!  E eu, desde já, gostaria de fazer-lhe um pedido.

LITA:  Pedido...  e qual é? – já desconfiada.

ZEBA:  Quero que sejas minha esposa.

 

Aquilo deixa nossa heroína completamente chocada.

 

LITA:  O que...  ESPOSA??

ZEBA:  Sim!  Se você for minha esposa, podemos, juntos, governar o subterrâneo e a superfície.  O que me diz?

 

Melhor Zeba não esperar que ela aceite, já que o coração de Lita pertence a um só homem, e se chama Shiryu.

 

LITA:  Obrigada pela oferta, mas não posso aceitar.

ZEBA:  E por quê? – indaga.

LITA:  Porque meu coração pertence a um único homem, a quem hei de amar por toda a minha vida, e esse homem será a ruína de todos vocês – diz, de forma firme.

 

Aquele último comentário deixa Igan e os demais perplexos, além de zangados.

 

IGAN:  Como ousa falar assim perante o grande Senhor Zeba?  Melhor manda-la de volta ao cárcere, até que mude de opinião.

ZEBA:  Espere Igan! – ordena.

IGAN:  Sim, Senhor Zeba...?

ZEBA:  Uma rosa tão formosa não deve ser presa numa cela, tenho algo bem melhor para ela.

LITA (pensando):  Não estou gostando disso – suava frio.

ZEBA:  Princesa Júpiter...  dormirás no gelo eternamente!

 

Acionando um comando, abre um buraco debaixo dos pés de Lita, que a faz cair numa espécie de câmara congelante, onde ela é rapidamente envolvida por cristais de gelo, que formam uma espécie de ataúde.  Mas antes de ser totalmente congelada, pôs suas mãos no peito, pensando em Shiryu, a quem tanto ama de coração.

 

ANAGUMAS:  HEHEHEHEHEHEHEHE  Dentro em breve, ela será totalmente congelada, desde o sangue à alma, e logo morrerá.

 

Que horror!  Nossa heroína parece estar condenada a ter um destino terrivelmente cruel.  E agora, como os demais poderão salva-la de morrer congelada? 

 

Nesse momento, na superfície, Shiryu nota algo estranho.  Por uns instantes, Lita parara de interagir via cosmo com ele.

 

SHIRYU:  Lita...  o que houve com você, minha flor?  Responda, meu amor... – estava aflito.

LITA (pensando):  Meu dragãozinho...  fui congelada...  no gelo dormente...

SHIRYU:  O que...  GELO DORMENTE??? – grita bem alto.

DOHKO:  Como...  gelo dormente? – chegava seu Mestre.

SHIRYU:  Mestre Dohko...  sabe algo a respeito desse tal gelo dormente?

DOHKO:  Sim!  De acordo com as lendas de Tube, onde sua vítima é mantida congelada, até que o sangue se congele totalmente, levando-a à morte. 

SHIRYU:  O que...  então a coisa é ainda mais séria!  Precisamos descobrir em que parte do subterrâneo o Tube se esconde, e ataca-los o quanto antes, se quisermos salvar Lita.

DOHKO:  Não é assim tão fácil, Shiryu!  A energia das trevas, das quais Zeba se alimenta, protegem o Mundo Subterrâneo, e elas conseguem até mesmo bloquear a energia cósmica.  É um lugar extremamente funesto.  Mesmo na antiga guerra santa contra Hades, nenhum dos Cavaleiros de Atena conseguiu lá chegar, sem isso custar muitas vidas.  Não será fácil salvar Lita!

SHIRYU:  Oh, não, então...  a minha flor...  ela vai morrer! – tem uma nova crise de choro, desesperado por Lita.

 

Arrasado por ver o sofrimento de seu discípulo, a quem literalmente criou, como sendo um filho, Dohko fica também profundamente desolado.  Sua noiva, Setsuna, ali chega.

 

SETSUNA:  Pobre Shiryu, como ele sofre... – diz, com algumas lágrimas nos olhos.

DOHKO:  É verdade, meu bem.  Mas não podemos desistir.  Mesmo que isso possa custar até nossas vidas, temos que salvar Lita, de alguma forma, ou eu não me perdoarei por isso.

 

No Mundo Subterrâneo, Zeba chamava por seus comandados.

 

ZEBA:  Muito bem, agora que temos a Princesa Júpiter em nosso poder, devemos continuar com nossa investida contra a superfície, e exterminar de uma vez os Cavaleiros de Atena e as Sailors Scouts, ou eles vão nos causar mais problemas do que já causaram.  Vão!!!

TODOS:  Sim!!

 

Na superfície, algumas coisas se passavam no Templo Hikawa.  Shiryu já estava de volta ao apartamento que divide com Lita, Hyoga e Ami voltaram ao seu apartamento, sobrando os demais.

 

SEIYA:  Pessoal, por algum motivo, sinto que teremos que poupar o Shiryu de lutar – diz.

SHURA:  E por que você diz isso, Pegasus? – indaga.

SEIYA:  Porque, uma vez que eles têm a Lita em seu poder, isso torna Shiryu, a princípio, o alvo principal desses demônios.  E ele é o nosso líder, além de nossa principal coluna de sustentação.  Se o perdermos, essa guerra contra o Tube poderá estar seriamente comprometida.

LUA:  Tem razão.  Entendemos o que Shiryu sente, mas ele não pode se arriscar assim, é perigoso demais.

SERENA:  É verdade, Lua.  Mais que nunca, temos que protege-lo.  Já basta o que fizeram a Lita...

REI:  Não podemos sofrer mais baixas do nosso lado, isso seria terrível.

IKKI:  E não vamos ter mais baixas, meu amor.  Isso não acontecerá – diz, segurando a mão da sacerdotisa.

 

No apartamento dos Mizuno, lá estavam os irmãos Ami e Camus, e também Hyoga e Michiru.  Estavam bastante consternados pelo ocorrido com Lita, e pela dor de Shiryu.

 

AMI:  Não é possível que fizeram isso com Lita.  Logo ela, que sempre foi uma excelente amiga para nós, literalmente, como uma irmã... – diz, cabisbaixa.

HYOGA:  Não se preocupe, meu floco de neve, nós vamos salvá-la.  Zeba e seus sequazes não levarão a melhor.

CAMUS:  Sei que Shiryu tudo fará para recuperar Lita, mas ele também corre perigo.  Uma vez que raptaram sua noiva, ele pode vir a ser um alvo em potencial do Zeba. 

MICHIRU:  E não podemos permitir que isso aconteça! 

SAEKO:  Olá, meus meninos, o que está havendo?  Sinto uma profunda tristeza vir de vocês – diz a mãe de Ami e Camus, chegando do trabalho.

 

Por mais que não a queiram preocupar com seus problemas, se sentem na obrigação de deixar a Sra. Mizuno a par da situação.

 

SAEKO:  O que...  a Lita...  RAPTADA?? – indaga, aflita.

AMI:  Sim, mamãe.  E estamos muito preocupados com ela, e também com o Shiryu.  Ele está sofrendo muito, pois raptaram seu grande amor.

HYOGA:  Conseguimos repelir o ataque dos bandidos, oriundos das profundezas da Terra, mas eles voltarão a atacar, cedo ou tarde.

CAMUS:  Isso mesmo!  Mas eles que venham, pois não vamos deixar barato o que fizeram a Lita e Shiryu – diz, com voz firme, cerrando os punhos cheio de raiva.

SAEKO:  Não, Camus, por favor, não façam isso!  Não quero ver você e os demais arriscados em batalhas sangrentas.  Pra mim, foi muito difícil viver quinze anos sem você, meu filho – se preocupa pelo filho e os demais.

CAMUS:  Obrigado por sua preocupação, mamãe, mas, se nós aqui não lutarmos, o mal e a desgraça tomarão conta do planeta.  Não é apenas por nós que lutamos, é por toda a humanidade.  Para que não hajam mais mães chorando a perda de seus filhos.

 

Emocionada com as palavras de Camus, Saeko abraça o filho primogênito.

 

SAEKO:  Camus – diz, em meio às lágrimas – você é mesmo um homem muito forte e de bom coração.  Cada vez mais se parece com seu pai...

 

Além de Camus, também Ami, Hyoga e Michiru abraçam a Sra. Mizuno, que se sente mais confortada, apesar da preocupação pela segurança de seus filhos, bem como de seu genro e nora em combate.

 

À noite, Shiryu olhava para a lua cheia, ainda pensando em sua amada, Lita, que segue aprisionada no gelo dormente.  Tenta manter contato com ela, via cosmo.

 

SHIRYU:  Lita...  você pode me ouvir?  Pode falar comigo, amor?

LITA:  Shiryu...  meu dragãozinho...  sim...

SHIRYU:  Lita...  não importa o que lhe tenham feito, eu vou salvar sua vida, e Zeba e sua corja terão o merecido castigo.  Haja o que houver, não a abandonarei jamais!  Te amo com todo meu coração, por toda a minha vida.

LITA:  Também te amo, meu lindo dragão...  até a morte...

 

No dia seguinte, sentindo uma movimentação estranha, Shiryu vai averiguar o que se passa.  Sentira uma energia cósmica cheia de maldade emanar do subterrâneo.  Sabia que eram os bandidos de Tube a preparar mais uma artimanha.

 

SHIRYU (pensando):  Foi aqui...  este é o lugar de onde senti o cosmo maléfico emanar.  Com certeza deve ser Igan ou Barrabás, uma vez que são os mais fortes guerreiros a serviço de Zeba.

 

Nisso, eis que é atacado por um enorme dragão de energia, que o deixa atordoado, e também por umas violentas rajadas, que explodem ao seu redor, o tombando para trás.  Era uma emboscada contra ele!

 

SHIRYU:  AFF  os malditos estão aqui...  vamos, apareçam, seus covardes!  Vocês me pagam por raptar minha amada flor! – gritava, cheio de ódio.

BARRABÁS:  Meça bem suas palavras, antes de referir a nós como covardes, seu cretino! – diz o malfeitor espadachim.

SHIRYU:  Barrabás...  eu devia imaginar que era você!

IGAN:  Esqueceu-se de mim, Príncipe Dragão? – indaga a princesa guerreira da família Igan, a quem se referem como sendo homem.

SHIRYU:  Igan...  eu devia imaginar que ia aparecer novamente.

BARRABÁS:  Como é que pretende lutar sem sua armadura, Shiryu?  Sem sua proteção, você não é páreo para o Tube.

SHIRYU:  Não dependo de armadura nenhuma para vencer você, bandido.  Vamos, defenda-se!

 

Barrabás cospe rajadas energéticas, mas o herói, com a mão nua, bloqueia, fazendo resvalar para os lados.  Em seguida, o espadachim dá um salto do alto da colina, atacando-o com tudo, com sua espada.  Mesmo desarmado, Shiryu consegue fazer frente contra o brutamontes.  Nisso, aproveitando a distração de Shiryu, que estava empenhado em enfrentar Barrabás, Igan o ataca com mais rajadas, o que o faz cair para trás.

 

IGAN:  HAHAHAHAHAHAHA  Isso está fácil demais, logo será um asqueroso cadáver, e todos os seus demais amigos também – se divertia, em meio aos risos.

SHIRYU:  Ora, maldita...  por que não fecha a matraca? – cerra os punhos com ódio – Agora vocês vão ver o que é o verdadeiro poder do Dragão!

 

Manifesta sua energia cósmica, pronto para atacar com tudo.

 

SHIRYU:  Experimentem a minha melhor técnica...  CÓLERA DO DRAGÃO!!!

 

Ataca os vilões com tudo, fazendo-os cair para trás, mas ainda não estavam vencidos por completo.  


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