No Mundo Subterrâneo, Zeba, mais uma vez, estava furioso com seus próprios carcamanos.  Desde o começo do levante contra a superfície, os assassinos do Império Tube não tiveram êxito nenhum em dominar a Terra, já que os bravos Cavaleiros de Atena e as Sailors Scouts, unidos, conseguiram frustrar todos os planos dos malvados.  Embora tenham conseguido, com sucesso, capturar Lita, a Sailor Júpiter, a amada de Shiryu, até então, o Dragão e seus comandados estavam a lhes dar trabalho.  Mesmo Anagumas fazendo uso de seu tão terrível poder diabólico também não logrou nenhum sucesso.

ZEBA:  Seus incompetentes!  Como ousam fracassar assim em tomar a superfície da Terra para o Tube? – brada, cheio de ódio.

ANAGUMAS:  Senhor Zeba, um momento...  eu tenho uma excelente ideia!  Como os Cavaleiros e as Sailors são guerreiros dotados de um poder cósmico, o qual está em contínua confluência com o universo, podemos criar então um guerreiro ainda mais diabólico, capaz de lutar de igual para igual com eles.

ZEBA:  E quem? – indaga.

Eis que o braço direito de Zeba ergue sua pérola encantada, invocando seu poder maléfico.

ANAGUMAS:  Mundo diabólico...  mundo de chamas...  mundo de fantasmas...  mundo diabólico...  mundo de chamas...  mundo de fantasmas...

O poder de sua pérola faz aparecer um enorme caixão preto, com o brasão de uma caveira.  Que caixão será esse, e de quem? 

ANAGUMAS:  Desenterrei-o e trouxe-o direto do inferno subterrâneo...

BARRABÁS:  Inferno subterrâneo??

IGAN:  O que você desenterrou e trouxe? – indaga.

ANAGUMAS:  Já devem ter ouvido falar nele.  Por causa de sua magia negra perigosa, o aprisionaram neste caixão e o mandaram para o inferno subterrâneo – e quebra o cadeado que lacra o caixão com seu martelo-bengala – e agora...  RESSUSCITE!!!

De dentro do caixão sai um enorme monstro, armado com um tridente, e com um aspecto ainda mais diabólico e amedrontador que todos os monstros já convocados por Tube, mas todos vencidos pelos heróis.  Que criatura será essa, e do que será capaz?

???:  Monstro subterrâneo Majindogla!! – diz o estranho demônio.

ZEBA:  Está aprovado! – diz.

ANAGUMAS:  Vamos mostrar aos Cavaleiros e às Sailors sua terrível magia – diz, confiante no sucesso do monstro diabólico Majindogla. 

E agora, do que será capaz este monstro diabólico?  Sua aparência é, simplesmente, de dar calafrios!

Naquela mesma noite, uma mulher andava pelas ruas de Tóquio, voltava para casa, após mais um dia de trabalho, mas, do nada, tinha a sensação de estar a ser seguida.  Olha pra trás, com certo medo, achando se tratar de algum maníaco sexual.  E quando vira para ver, se depara com um par de sapatos a segui-la, sem ninguém a calça-los.  Em seguida, um enorme vestido florido flutuava na sua direção.  Achando se tratar de assombração – o que, de fato, é – se desespera.

MULHER:  O que...  AAAAAAAAAAAAA – tenta correr.

No entanto, é interceptada por Majindogla, que empunha seu tridente.  Com sua magia, o monstro faz com que o vestido e os sapatos alcancem sua vítima, que é envolvida por um resplendor, e passado o clarão...  SURPRESA!!!  Eis que a moça atacada por Majindogla se transforma em Lita, o grande amor de Shiryu.  Será esse o novo plano de ataque de Tube, enganar Shiryu com uma impostora de sua amada Lita?  E será que ele será ingênuo de morder o anzol?

MAJINDOGLA:  Ela se chamava Lita quando vivia na Terra.  Agora você é Lita...  a Lita diabólica! – e a controla por feitiço.

Enquanto isso, em seu apartamento, Shiryu dormia no sofá-cama da sala, quando, de repente, começa a ter pesadelos com sua amada.  Revirava pra lá e pra cá, chamando por sua amada, ainda sonhando com o triste dia em que ela foi tragada para as profundezas da Terra, por um dos monstros de Tube.  Afobado, acorda, todo empapado em suor, chamando por sua amada, e vê que estava na sala de seu apartamento. 

SHIRYU:  Lita... – olha para a mesa de canto, e vê o pingente em forma de rosa, que sua amada lhe deu, antes de afundar na Terra – mais um daqueles malditos pesadelos com aquele dia...  quando é que isso tudo terá fim, afinal de contas?  Por Atena...

Mais tarde, com o dia já claro, Shiryu resolve pegar o carro para fazer um giro por uma pista de corrida, onde Haruka gosta de correr.  Do alto da arquibancada da pista, seus amigos o observavam dirigir.  Estava ainda pensativo sobre tudo que viveu com sua amada, a esperança que nutria de ter Lita de volta, embora já tenha a sensação que isso é algo praticamente remoto, pois não sabe quanto tempo mais levará até que a vida de Júpiter seja totalmente consumida pelo gelo onde está confinada.

SHIRYU (pensando):  Lita...  que saudade de você, meu amor...  saudade de tudo que nós dois vivemos juntos, desde que nos conhecemos, uns anos atrás.  Quem dera nunca fossemos guerreiros...  talvez hoje estivéssemos juntos e felizes...  mas a vida assim quis.

E seguia seu caminho, enquanto dirigia.  No entanto, mal sabia a surpresa que teria.  Enquanto dirige, se depara com uma pessoa, mais adiante, a acenar para ele.  E quando se aproxima para verificar, mal pode acreditar no que seus olhos veem.  Era Lita!  Mas será ela mesma...  ou será uma impostora...  provavelmente a impostora criada por Majindogla?  

LITA:  Shiryu...  Shiryu... – o chamava.

SHIRYU:  Mas o que...  LITA??

E eis que para o carro bruscamente.  Seus amigos, que viam tudo do alto da arquibancada, se assombram com o que veem.

SERENA:  Vejam...  é a Lita!! – sorri.

SEIYA:  Mas...  será ela mesmo?? – indaga.

IKKI:  Como ela conseguiu fugir do Zeba?

REI:  Isso não importa, o que importa é que ela está viva – se emociona.

Emocionado, Shiryu desce do carro e corre até sua amada, sem saber o que lhe estava preparado por Tube.  Ambos correm para os braços um do outro, e se entregam a um abraço cheio de amor, sorrisos e lágrimas.

SHIRYU:  Lita...  parece um sonho...  você está viva – chora de emoção.

LITA:  Sim...  eu consegui...  consegui sair daquele inferno...  tudo por você, meu amor...

Os demais chegam no pedaço.

SERENA:  Lita...  que bom!  Como nos preocupamos com você – diz.

SEIYA:  Que bom que você está de volta conosco!

REI:  Como você conseguiu sair de lá...?

Nisso, os heróis são surpreendidos por várias explosões.  Eis que surgem Igan, Fuumin e os Soldados Angla, prontos para mais um combate contra os heróis.

IGAN:  Pensou mesmo que conseguiria escapar de Tube? – indaga.

Lita – ou aparentemente Lita – se esconde atrás de Shiryu.

SEIYA:  Shiryu, Lita...  vão se refugiar!  Deixem-nos conosco – diz.

SHIRYU:  Tudo bem, Seiya...  Lita, vamos!

Mesmo sem seus trajes, os heróis saem na porrada com os Soldados Angla, enquanto Shiryu e Lita vão embora de carro.  Shiryu estava feliz por ter sua amada de volta.

SHIRYU:  Parece um sonho...  é como se eu ainda estivesse sonhando – sorri para sua amada.

LITA:  Queria tanto te ver novamente, meu dragãozinho... – segura sua mão.

No entanto, para estragar a felicidade do casal, eis que as naves de combate Anglamon aparecem a voar, desferindo violentos disparos e rajadas, que criam explosões ao redor do carro onde Lita e Shiryu estavam.  E agora, como será que nosso herói poderá lutar, sem arriscar a vida de sua amada?  Ao menos, sua suposta amada, já que Shiryu, até agora, não se deu por conta de estar caindo na cilada de Tube.

LITA:  Meu dragãozinho...  eu estou com muito medo! – o abraça.

SHIRYU:  Não deixarei que a capturem de novo, minha flor!  Agora que você me voltou, não vou te perder novamente...  que venham esses malditos!

O ataque da frota de Tube continua.  O casal consegue se embrenhar em um túnel, mas, do outro lado, ao sair, se deparam com um caixão.  Era o caixão do monstro diabólico Majindogla.  O caixão se abre, produzindo um forte resplendor e uma ventania.

MAJINDOGLA:  Aquele caixão é para enterra-lo – dizia a voz do monstro.

Nisso, o monstro agarra Shiryu pelo pescoço, puxando-o pra fora do carro.  A magia de Majindogla cria uma espécie de cenário macabro, com uma espécie de altar sacrífico, tochas...  Shiryu é atacado por vários disparos, e veste sua armadura para o combate.  Os Soldados Angla aparecem para o combate, mas são logo vencidos.  Majindogla aparece.

MAJINDOGLA:  Entre logo no caixão! – aponta seu tridente, fazendo uma luz brilhar.

Do caixão, sai uma enorme força de sucção, que começa a puxar o herói para o seu interior.  Lita, de dentro do carro, se horroriza com aquilo.  Shiryu luta para não ser sugado pelo caixão de Majindogla.

SHIRYU:  AAAAAAAAAAA  isso nunca...  jamais serei sugado para dentro deste horrível caixão... 

A força da sucção começa a despedaçar o carro, cujos pedaços são engolidos por ele, deixando Lita desesperada.

LITA:  AAAAAAAAAAAA  Shiryu... – grita.

SHIRYU:  UUFFFFFF  a sucção é muito forte...  não consigo aguentar...

MAJINDOGLA:  Não adianta continuar resistindo, seu imprestável!

E várias paredes cheias de estacas afiadas surgem do chão, tentando atravessar o corpo do herói, mas o Dragão consegue destruí-las.  O caixão continuava a suga-lo para o seu interior, até que ele faz aparecer sua espada mística.

SHIRYU:  EXCALIBUR!!!!

Atravessando Excalibur na entrada do caixão, consegue se firmar para não ser sugado por ele. 

MAJINDOGLA:  Pensa que pode escapar de ser sugado para o inferno subterrâneo, seu louco? – indaga, cinicamente.

SHIRYU:  Já chega...  CÓLERA DO DRAGÃO!!!!

Consegue desfazer a magia de Majindogla, mas a explosão o faz cair, junto com Lita, numa pedreira, e sem sua armadura.  Ao olhar para o outro lado, se depara com sua amada inconsciente, e se desespera.

SHIRYU:  LITA!!!  Oh, não, Lita... – e a massageia nas costas e na barriga, para desperta-la – Lita, minha flor...  acorde...

Eis que ela, aos poucos, recobra os sentidos.

LITA:  Shiryu... – e o abraça – Shiryu, que bom, meu dragãozinho...

Mas o perigo não passou!  Do alto, Majindogla e os Soldados Angla ressurgem.

SHIRYU:  Majindogla...  seu miserável! – brada.

MAJINDOGLA:  Pensaram que podiam fugir de mim?

Shiryu e Lita voltam a fugir.

MAJINDOGLA:  Não vão a lugar nenhum, seus infelizes!

Com seu tridente, Majindogla faz vários disparos, e os Soldados Angla também usam seus bastões de luta para atirar.  Shiryu e Lita continuam a correr.  No entanto, são cercados pelos soldados, que continuam a metralhar, causando explosões.  Entretanto, o casal consegue se esconder num túnel, despistando temporariamente seus perseguidores.  Dentro do túnel, usando uma senha num bracelete, Shiryu abre uma porta, onde ele e Lita entram.  Lá dentro havia um veículo especial guardado, para ocasiões de emergência como aquela.

SHIRYU:  Aqui estamos seguros – e liga a ignição, para o veículo andar.

No entanto, num outro lugar, mais precisamente no subsolo do fliperama do Andrew, os gatos Lua, Artemis e Diana sentem o sinal do veículo especial comandado por Shiryu, dentro do túnel de fuga. 

ARTEMIS:  Lua, o que houve? – indaga.

LUA:  Shiryu está na nave secreta 305!

Artemis tem a sensação que algo errado estava.  A bordo da tal nave, Shiryu, que sangrava no braço, devido aos ferimentos de batalha, olhava sorridente para Lita, sem saber ainda que estava caindo numa arapuca de Majindogla.  Nisso, um dos brincos da falsa Lita, que era uma espécie de localizador disfarçado, emitia um sinal que chegava até a fortaleza subterrânea de Tube.  Anagumas observa tudo pela tela.

ANAGUMAS:  Vejam...  o aparelho de transmissão indicou uma rota secreta.  HAHAHAHAHAHAHAHA

ZEBA:  Excelente...  agora sim, podemos descobrir onde os guerreiros se escondem.  Comecem o super ataque! – ordena.

Enquanto isso, Shiryu seguia pela rota de fuga, a bordo da nave secreta, com a falsa Lita ao seu lado, e sem saber, aparentemente, que tudo era um plano de ataque para elimina-lo.  A falsa Lita, por sua vez, olhava para trás, afim de saber se Majindogla e os Soldados Angla já descobriram aquele lugar.

SHIRYU:  Tanta coisa que eu queria lhe dizer, minha flor...  depois de tanto tempo...

Eis que nota um certo nervosismo da parte de sua amada, melhor dizendo, da impostora.  Nisso, na base dos heróis, Lua, Artemis e Diana veem pelo monitor o monstro Majindogla a se aproximar do túnel secreto com os Soldados Angla.

DIANA:  Perigo!!!  O monstro e os Soldados Angla estão se aproximando do túnel – diz.

ARTEMIS:  O quê?? – indaga, espantado, vendo os inimigos a entrar pela passagem – SHIRYU!!!   Os inimigos querem atacar a nossa base.  Iniciar processo de autodestruição em cinco segundos...

DIANA:  O quê?? – indaga, aflita.

LUA:  Artemis...  mas o que vai fazer...?

ARTEMIS:  Não há outra saída, senão essa...  4, 3, 2, 1...

E o comando de autodestruição é acionando, fazendo tudo ali explodir.  Shiryu consegue acionar o comando de auto ejeção, salvando a si mesmo, e também à falsa Lita, enquanto a passagem secreta explode, e os inimigos são arremessados para fora com o impacto da explosão.  Shiryu e a falsa Lita veem a saída por um túnel.  A saída dá direto para uma praia.  Enquanto isso, na base do Tube, os inimigos estavam furiosos pelo plano de descoberta da base dos heróis ter fracassado, uma vez que Artemis providenciou, para uma ocasião como aquela, um dispositivo de autodestruição. 

ZEBA:  Malditos...  eles já tinham tudo preparado de antemão!  Puseram um dispositivo de autodestruição no túnel que dá para a fortaleza deles... – diz, rangendo os dentes de raiva.

ANAGUMAS:  Esses heróis são ainda mais ousados do que pensamos ser...  mas não importa!  O poder diabólico de Majindogla ainda não foi vencido, o pior ainda está por vir para eles. 

Nesse momento, Shiryu, acompanhado da falsa Lita, andava por uma ponte, após sair do túnel de fuga de onde ficava a passagem secreta para a base debaixo do fliperama, que Artemis precisou destruir para não deixar o Tube saber onde eles se reúnem.  Estavam exaustos de tanto ter que fugir de Majindogla e sua trupe.  Nisso, eis que Shiryu, que estava ferido de tanto lutar, já dava sinais de cansaço, e finalmente cai, completamente ofegante, com o braço a sangrar.  A falsa Lita, por sua vez, o olhava com um olhar bem diferente de antes, já não era mais aquele olhar carinhoso e apaixonado, de quem tinha saudade da pessoa amada, após tanto tempo longe.  Será que nosso herói descobrirá, naquele momento, que estava o tempo todo sendo enganado?

SHIRYU:  AFF AFF  estou exausto... – diz – mas não posso...  não posso descansar...  enquanto não vencer o Majindogla...