Quando o relógio em seu pulso deu exatos 18:30hs ele se encontrava do lado de fora de sua cafeteria favorita olhando para a porta de onde ele sabe que em breve surgiria a atendente que roubou seus sentidos a mais tempo do que ele gostaria de admitir.

Assim como o esperado ela aparece na porta da cafeteria e ao vê-lo esperando por ela, a mesma dá um longo suspiro enquanto fecha seus olhos brevemente para criar a coragem necessária e em seguida atravessa a rua de forma precisa na direção dele.

— Nossa que mulher... — Ele fala para si mesmo ao encará-la vindo em sua direção enquanto a julga ser a definição mais precisa da perfeição.

— Você veio mesmo... — Ela o encara brevemente. — Pronto Lee Minho, agora posso falar com você.

Ele a encara profundamente o que a faz titubear por um instante, mas ela decide encará-lo da mesma forma o que ele ainda não vai revelar, mas com aquele simples gesto ela conseguiu levar ele a loucura com toda a intensidade que se criou naquele breve momento entre os olhares deles, ela o estava desafiando? Era a pergunta dele para si mesmo e ele pedia a todos os deuses que sim, pois ele a faria perder esse desafio se rendendo a ele cedo ou tarde e a sua vitória seria comemorada com o delicioso beijo que vão dar em breve.

— Claro que eu vim, nunca duvide de mim gatinha — Ele a encara ainda mais profundamente. — Então; você pensou no meu convite? Quando poderemos sair?

— Se eu não aceitar você não vai parar, não é? — Ela ainda mantém seu olhar firme no dele e ele estava amando aquilo.

— Ah Annya por favor, eu sou tão ruim assim para você nem cogitar sair comigo?

As palavras dele a atingem de forma inesperada, na verdade ela jamais acreditaria que um homem como Lee Minho sequer olharia para ela então só o fato dele tê-la considerado já a deixou muito lisonjeada, mas a verdade é que ela jamais poderia admitir isso a ele pois isso o daria esperanças das quais ela não pretendia alimentar.

— Não é isso...

— Então saia comigo sim? Pelo menos um date e se você não gostar eu juro que nunca mais a atormento.

Ela sorri pois o pedido dele saiu mais fofo do que ela esperava ou até mesmo gostaria, ele era irresistível e se ela não se vigiasse logo estaria em maus bocados.

— Okay, eu saio com você, mas com uma condição.

— E qual seria?

— Não fique puxando conversa comigo no meu trabalho, eu não posso perder esse emprego.

— Eu prometo gatinha! — Ele sorriu para ela e ela quase se deixa levar por aquele belo sorriso. — Quando podemos sair?

— Estarei de folga só no sábado, caso seu intuito seja algo mais longo, mas se for só um jantar ou algo assim eu saio todos os dias as 18:30hs, mas preciso ver primeiro qual desses dias terei realmente livre após esse horário.

O fato dela dar opções a ele o animou e é claro que ele preferia passar o máximo de tempo com ela então ele já sabia que a sua escolha do dia seria óbvia para ambos.

— Sábado está perfeito, sei que vou morrer de ansiedade, mas como você vai me passar seu telefone nos falaremos todos os dias até lá sim?

Ela sorri, e ele se dá por satisfeito pois aquele sorriso significa que ele conseguiu adentrar mesmo que por enquanto apenas em sua mente, ele dá seu telefone para ela e a mesma coloca seu número no aparelho dele o devolvendo em seguida, ele disca para ela que sente seu celular vibrar no bolso o tirando de lá e mostrando a tela para ele juntamente a uma leve careta que ele julgou perfeitinha.

— Não menti meu número okay? Eu não faria isso.

— E eu não duvidei de você meu amor, foi só para poder salvar seu número certinho e agora você já tem o meu aí também.

Ela fingiu não ter ouvido ele a chamando de amor, e para ela aquilo já estava ficando perigoso demais.

— Bom, eu preciso ir agora.

— Quer que eu a leve em casa?

— Não Minho, deixe essa gentileza para quando sairmos, até lá por favor contenha-se está bem?

Ele sorri para ela mais uma vez e ela se vira deixando-o ali todo bobo pela sua “gatinha arisca” que foi como salvou o contato dela em seu celular sem que ela soubesse.

E entrando em seu carro levando consigo um dos maiores sorrisos que acredita já ter estampado em seu rosto, ele decide ir até a casa de um de seus amigos para poder contar como foi pessoalmente e quem sabe chamaria os demais para ficarem atoa por lá mesmo com eles e era o que iria fazer agora mesmo, mas não sem antes mandar uma mensagem para a dona de seus suspiros involuntários.

“Me —

Espero que chegue bem em casa gatinha

Ps: Mal posso esperar para poder finalmente

Sair com você.

=)”

...

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