Algum ritmo em comum escrita por Arin Derano


Capítulo 1
Capítulo único




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/809724/chapter/1

— Não queria ter que passar a festa junina “recepcionando” ninguém. Tenho cara de guia turística? — Yasmin questionou com indignação, fazendo aspas com os dedos de uma mão enquanto a outra segurava o copo com quentão.

— Bom, você entrou pro clube de intercâmbio então meio que sim. Só falta um crachá com seu nome, “Guia turística” embaixo e uma foto sua bem feliz — Beatriz brincou.

A garota ao seu lado sorriu torto, nem um pouco feliz com a posição em que se encontrava.

Tinha entrado no clube de intercâmbio para conhecer pessoas de outras culturas sim, mas queria poder aproveitar sua própria quando fosse a hora também, além de que festa junina era uma das festividades que mais gostava.

Foi difícil lidar com Bea no começo, já que ela era o completo oposto de Yas: extrovertida, brincalhona e descontraída. Totalmente diferente de como Yas imaginava que fosse uma colega curitibana. Depois de muita luta contra o orgulho, Correia deixou a guarda baixar e agora tudo que mais queria era ficar ao lado de Bea. Não queria ter que recepcionar uma das intercambistas sozinha.

Mas é claro que não admitiria isso em voz alta.

A festa foi criada com ajuda de todos os estudantes da faculdade, alguns levaram comidas, outros decorações e tudo que uma semana fosse capaz de ajudar. A festa estava pronta na hora certa, tanto para os brasileiros quanto para os intercambistas que haviam chegado poucas semanas antes.

— Olha, já chegaram! — Bea apontou discretamente para as duas figuras que chegavam na festa junina da universidade.

As duas estudantes que as brasileiras teriam que recepcionar eram Janna, da Índia, e Thandiwe, da África do Sul, e era tudo que as latinas sabiam sobre elas.

— Ê dos dreads é bonite, não achou? — Bea comentou respeitando os pronomes de quem ainda não conhecia com um sorrisinho. Yas estava para falar algo com ela, mas ela continuou antes: — Eu fico com elu! Até depois!

A menor parou no meio do caminho e se virou e gritou para a amiga:

— Vê se não assusta ê outre! — E voltou a percorrer seu caminho em direção a intercambista mais alta.

Bea se aproximou de Louw que ainda processava a diversidade de cores, decorações e cheiros. Nunca tinha visto nada parecido, e estava gostando de estar presenciando algo assim.

Oi! — Bea cumprimentou, em inglês — Sou a Bea, prazer em te conhecer! — disse, sorrindo.

O olhar de Louw se voltou para a garota a sua frente, com um chapéu de palha, as mechas arco-íris do cabelo preto caindo nos ombros, a camisa xadrez rosa amarrada, a calça jeans rasgada e tênis brancos com bandeira do orgulho nas laterais.  

Andi. Gostei dos seus tênis — a mais alta elogiou.

Valeu. Você...

A estrangeira entendeu antes que a outra precisasse terminar, e mostrou o pin lésbico e não-binário no casaco esportivo.

Ah! Sou não-binário também, e pan! Mas enfim, esse também é o mês da festa junina! Falaram algo dela pra você?

— Muita comida com milho, e qua... ca... — elu tentava pronunciar sem sucesso.

— Quadrilha? — Bea perguntou, e Andi assentiu. — Ah! É uma dança típica da festa. Já já vai começar, se quiser posso te mostrar como se dança.

— Não sou boa em dança. — Andi começou.

— Ah, mas não é difícil, é só... Bom, você vai ver! Enfim... O que quer ver primeiro?

— Qual comida você me recomenda?

— Hmm, eu tenho umas ideias. Vem comigo! — ela segurou na mão de outre e ê puxou para uma das mesas de salgados.

Andi olhou para trás para avisar sua colega estrangeira, mas ela já analisava uma das mesas de artesanatos.

Yas analisou toda a cena de longe. Invejava como Bea fazia amizades tão rápido. Quando ela e uma das intercambistas foi com ela, ou melhor, puxada por ela, notou a outra se distanciando e fingindo estar ocupada com uma das mesas mais próximas. Ela parecia intrigada com a decoração da festa.

Correia olhou para o quentão pela metade que segurava. Esperou que aquilo pudesse lhe dar um pouco de coragem e bebeu com tudo, sentindo o calor se espalhar pelo corpo e até um pouco de tontura. Jogou o copo de isopor no lixo mais próximo e foi até ela.

Ei. — Começou, e sem saber onde colocar as mãos, colocou nos bolsos da calça.

Essa é a festa dos caipiras? — Janna perguntou de antemão.

Yas se surpreendeu com a pergunta.

Basicamente sim.

Sahni segurou um chapéu de palha pequeno com um elástico.

Por que não está usando um desse?  Estou vendo que é bem comum usar isso.

— Ah. — Yas apontou para o próprio tronco vestido com um casaco xadrez vermelho vinho. — Dá para usar um desses também. Eu prefiro esse.

Janna assentiu, compreendendo.

Acho que nunca vi tantas camisas xadrez num mesmo lugar na minha vida. — disse, enquanto colocava o chapéu na cabeça.

É... — Ela esperou que a outra terminasse de colocar o chapéu para continuar. — Sou a Yas.

Janna. Ou J, eu prefiro.

— Legal... — Yas processou a informação, e ficou sem saber o que dizer depois. O que Bea diria agora?

Então... O que tem para comer por aqui? Estou vendo que comida é o que não falta nessa festa — J perguntou, quebrando o silêncio e o clima estranho que Yas tinha deixado.

Ah é! — Correia xingou a si mesma por dentro — Você gosta de vinho?

***

— Como é o nome disso mesmo? — Andi perguntou, a boca meio cheia.

Pamonha. Tem a doce ali na outra mesa. — Bea apontou para outros pacotinhos verdes como o que Andi segurava.

Nada mal. E isso aí? — questionou para o copinho de isopor que a menor segurava, com um tipo de sopa branca com bolinhas.

É canjica. É um tipo de milho com leite condensado. Dá para por canela por cima também.

Não vai comer algo salgado? Achei que salgados vinham antes — Louw perguntou, e Alves negou com a cabeça.

Eu gosto mais dos doces. Ah, mas de salgado eu gosto desse — apontou com a ponta da colher que segurava para uma série de copinhos com algum caldo preto dentro. — É caldo de feijão. É muito bom e nutritivo. Costumam distribuir desses quando tem feijoada também.

Hmm. — Andi ponderou, analisando a mesa de comida a sua frente. Notou uma travessa com um alimento bege, o entorno dos grãos com a cor voltada para marrom-avermelhada. — E aquilo ali?

É pinhão. É uma coisa que vem das árvores daqui. Eu não gosto, tem um gosto estranho.

Estranho como? — Andi fez uma expressão confusa.

Sei lá. Eles só cozinham e colocam sal, mas a textura é estranha, não gosto nem um pouco.

Andi pensou e decidiu provar. O gosto não era bem estranho, só inédito.

Isso vem de uma árvore mesmo?

Aham — Bea confirmou e pegou seu celular. Quando a imagem abriu, mostrou para a mais alta. — Essa é a araucária, árvore típica daqui. Nela, tem essas coisas, as pinhas. E dentro das pinhas tem os pinhões. — Ela foi mostrando as fotos uma por uma e ê outre observava atentamente.

Interessante. Quem iria imaginar?

Não é?

Uma garota se aproximou, o casaco xadrez laranja combinando com o cabelo ruivo e um pequeno chapéu de palha em sua cabeça. Ela segurava uma bandeja cheia de docinhos quadradinhos.

Paçocas? — perguntou com um sotaque estadunidense, o sorriso com um dente pintado de preto.

Yess! Valeu Farah — Bea pegou de imediato cinco quadradinhos e um já colocou na boca.

E isso seria...? — Andi indagou para Bea com as bochechas cheias do doce.

Sabe pasta de amendoim? É tipo isso, só a textura que é diferente. — Farah respondeu por Alves, que agradeceu com um joinha.

Andi recolheu dois quadradinhos de uma vez. A ruiva piscou para ela e continuou seu trabalho oferecendo paçocas.

Dois? — Bea perguntou com a boca cheia, cuspindo alguns pedaços de paçoca.

É. Caso eu não goste dou o outro para você. Já vi que gosta bastante. — Elu experimentou e logo notou o sabor do amendoim.

A menor ficou sem graça de repente. Talvez não precisasse pegar tantas de uma vez.

Obrigada — agradeceu quando esvaziou a boca.

Não tem de que. —Louw respondeu, com um sorriso sem jeito.

***

Como conseguem comer isso? — J perguntou, lutando para morder um doce grudento com amendoim que segurava.

A ideia é justamente ser difícil de comer — Yas respondeu.

É sério? — ela parecia descontente com a resposta, como se esperasse mais.

Não faço ideia. — A brasileira admitiu.

A outra tentou mais uma morder o doce, e dessa vez conseguiu. Era uma mistura de amendoim com caramelo que deixava um grude irritante na boca.

Tem o pé-de-moça também, que é mais macio diferentemente desse — Yas recomendou depois de comer o último pedaço de bolo de milho que segurava.

Por que não me falou dele antes? — Por um breve momento a intercambista pareceu irritada.

Bom, você pegou antes que eu pudesse terminar.

Sahni a olhou como se procurasse algo no papo da brasileira. Desviou o olhar logo depois para umas barraquinhas mais movimentadas, com pelúcias penduradas e pessoas comemorando.

E aquelas coisas o que são?

Yas seguiu o olhar dela.

São as brincadeiras. Tem a pescaria, o jogo das argolas, barraca do beijo...

Barraca do beijo?  

É. Eu acho a mais sem graça de todas. — Preferiu desviar de assunto de repente. — Quando era menor eu era muito boa na pescaria.

J abriu um sorriso.

Vamos ver se ainda é boa mesmo.

Yas sorriu com ela sem perceber, e a dupla seguiu para as barracas das brincadeiras. Algumas crianças gritavam e corriam ali e aqui e faziam fila para jogar. As duas entraram na fila de pescaria e Yas começou a explicar.

É igual pescar normalmente, mas os peixes são de plástico, óbvio. Quem tiver mais peixes ganha.

Não demorou para chegar a vez delas. Cada uma recebeu uma vara de pescar e, quando o senhor da barraca deu o sinal, elas jogaram os anzóis no tanque de água.

Yas pescou dois de uma vez, e Sahni a olhou confusa.

O quê? — Yas perguntou, inocente.

Como conseguiu pegar dois de uma vez?

— Tenho meus truques. — Correia abriu um sorriso travesso.

Sahni não ia aceitar aquilo, queria se destacar. Focou em seu jogo, e quando o apito soou, estava satisfeita com a quantia de peixes que pegou.

Até ver que a colega ao seu lado tinha pegado o dobro.

Como...

Anos de treinamento. Daqui um tempo você pega o jeito. — Yas garantiu e pegou seu prêmio: uma pelúcia média de capivara. — Toma, pode ficar.

Janna segurou a pelúcia sem saber se perguntava o que era aquele animal ou se agradecia.

Valeu...

Disponha — Yas respondeu prontamente. — Qual a próxima que você deseja ir?

A intercambista olhou ao redor, os olhos varrendo rapidamente as barraquinhas. Uma arena pequena com um animal robótico no meio chamou sua atenção.

Aquilo é...

Touro mecânico. Não é originalmente brasileiro, mas o pessoal se diverte indo — Yas explicou.

J foi na frente, observando uma criança permanecer em cima do touro por um minuto ou menos.

Isso não é perigoso demais para uma criança? — perguntou.

Bem... Sim, mas nós somos brasileiros. Perigo é nosso segundo nome. — Yas brincou.

Ah, é? — Janna a olhou procurando por qualquer sinal dela estar mentindo. — Duvido ficar lá por mais de dois minutos.

Yas a olhou surpresa com o desafio.

O que eu ganho se conseguir?

Sahni olhou para baixo pensativa.

Vai ser meu pagamento para você na barraca do beijo.

Yas não soube reagir por uns instantes.

Não é bem assim que a barraca do beijo funciona.

Eu sei, mas não tem ninguém ali — O olhar de J focou na tenda vermelha com uma placa exagerada de uma marca de batom.

Yas pensou por uns segundos, mas já tinha aceitado muito antes dela precisar explicar.

Quem recusaria beijar gente bonita?

Fechado.

Yas foi em direção a fila do brinquedo enquanto Sahni pegava mais um copo de quentão e se apoiava na mesa quase vazia de comida. O olhar sem desgrudar da brasileira.

Assim que o estudante responsável pelo brinquedo chamou Yas, ela prontamente subiu em cima do touro e agarrou na corda disponível. Em poucos segundos, o brinquedo foi ativado e a brasileira manteve ao máximo a expressão serena enquanto pôde.

Trinta segundos depois o brinquedo foi ficando mais violento, dando baques mais frequentes e até girando mais rápido. Yas manteve as mãos firmes, os nós dos dedos ficando brancos. Tentou procurar a intercambista na multidão sem sucesso. Sua visão mal conseguia focar em algo de tão intenso que a brincadeira foi ficando.

Faltavam quinze segundos para bater sua meta e inclusive o recorde do brinquedo até então, quando o touro alavancou para a frente o suficiente para derrubá-la e quase fazê-la torcer os pulsos. Não o suficiente, assim que aterrissou no chão inflável de PVC o touro bateu em sua cabeça até ser desativado.

Yas resmungou de dor e olhou feio para o estudante supervisor que, conhecendo-a quando está com raiva, se encolheu e escondeu o rosto com a gola da blusa.

Desceu do brinquedo massageando a cabeça e procurando por Sahni. A viu não muito longe dali jogando um copo de isopor no lixo.

Ei. Eu tentei — começou. — E ainda levei uma cabeçada daquela merda.

Sahni riu. Uma risada melódica e genuína.

Isso foi hilário!

Num piscar de olhos o mau-humor de Yas tinha sumido e já estava rindo com a outra garota.

Ah, qual é... Leva uma cabeçada de um touro de metal para você ver como é hilário!

Janna revirou os olhos e segurou na mão da brasileira, puxando-a consigo até que chegassem na barraca. Um casal apaixonado saía da tenda bem na hora.

Espera, mas eu não consegui... — Yas começou e foi interrompida com um beijo. Rápido, mas ainda sim para ela foi como se o tempo parasse.

O beijo deixou um gosto singelo de vinho na boca de Correia.

Isso foi...

Eu disse somente um. — Janna afirmou. Yas fez uma expressão aborrecida.

E então, ouviram uma voz a frente delas.

O que foi isso? — Bea perguntou, o semblante surpreso e ao mesmo tempo divertido. Andi estava ao seu lado surpresa de forma contida.

— Nada da sua conta — Yas respondeu em português e Bea pôs a mão sobre o peito, fingindo estar extremamente ofendida.

Não acredito! Estão vendo isso? — ela dividiu o olhar entre as duas intercambistas.

Duvido fazerem a mesma coisa — J interveio, os três olhares virando para ela.

Ah não — Andi começou.

Não mesmo — Bea completou. Estranhamente, sentiu algo desconfortável dentro de si. Como se mesmo devido as circunstâncias, a resposta dela e dê outre pudessem ser outra.

Tá bem então... — Yas se deu por vencida.

O grupo escutou um sino soar ao campo livre no meio da festa, onde a fogueira ao centro começava a ser preenchida pelo fogo, as labaredas estalando rapidamente. Uma música começou a soar distante e aumentando com o tempo.

Perfeito! — Bea exclamou e puxou Andi consigo para o meio da multidão que se aglomerava ao redor da fogueira.

O que está acontecendo? — J perguntou.

É hora da quadrilha. É uma dança tradicional que costumamos fazer. Você vai ver — Yas foi na frente assim que guardou a pelúcia em segurança, com Sahni indo relutante atrás.

A multidão foi se dividindo conforme a música avançava, como se todos já soubessem o que fazer. Primeiro em quartetos, depois em duplas, alguns até sozinhos. Começaram a dançar ao redor da fogueira e as primeiras duplas começavam a formar um túnel com seus braços. A última dupla se preparou e passou pelo túnel formada a frente, tudo ainda seguindo o ritmo da música.

A música em si era animada, o som do acordeão sendo seu protagonista.

Vem! — Beatriz disse de repente para Andi, ainda tentando compreender como aquela dança funcionava.

Tentou impedir a menor sem sucesso. Se conheciam a pouco tempo e já sabia que nada fazia a garota de mechas arco-íris mudar de ideia.

Mas... como isso funciona? — Elu perguntou enquanto imitavam os mesmos passos das outras duplas.

Só segue todo mundo. A melhor parte é ir na onda.

Ir na onda? Mas não tem mar por...

Bea riu, mostrando alguns de seus dentes tortinhos do qual ela mesma achava ser um charme.

Ir na vibe! Isso que ir na onda significa, mais ou menos isso.

Andi assentiu, compreendendo.

Está chegando nossa vez... agora! — Bea a guiou com as mãos depois que se agacharam e adentraram o túnel de outras duplas ou casais.

Andi não conseguia dizer nada, mas estava maravilhade em como eram sincronizados e como a diversão era o principal elemento da dança. Era... maravilhoso fazer parte disso.

Quando chegaram ao fim do túnel, correram para longe em vez de voltar ao começo dele. Ao Bea ver o olhar dê companheire, teve certeza de que estava fazendo seu papel de “guia turística” certo.

O que achou? — ela perguntou, e Andi demorou para responder, ainda observando a multidão.

Tudo. É... inesquecível. Obrigada, de verdade.

Não tem de que — Bea apontou para as amigas ainda participando da quadrilha. — Olha! É a vez delas agora.

Yas e J fizeram o mesmo que elas, agachando e percorrendo todo o túnel de dezenas de pares de braços até chegar ao seu fim, indo em direção as duas assim que as viram. As mãos ainda entrelaçadas.

— Sabe em Frozen que a Elsa diz que não pode se casar com alguém que acabou de conhecer? Estou me sentindo assim vendo vocês duas — Alves disse a Correia, em português. As intercambistas não precisavam entender ela pegando no pé da outra.

— Cala a boca, Beatriz — Yasmin ordenou.

É... Cala a boca Beatriz — Janna a imitou, a pronúncia até que saindo corretamente. A mais baixa abriu a boca em surpresa, e buscou defesa da pessoa ao seu lado, que desviou o olhar na brincadeira.

Não acredito nisso! — Bea exclamou. — Andi, me defende.

Eu não tenho nada a ver com isso.

Andi! — Bea pediu e viu as duas amigas, provavelmente como casal agora, se distanciarem e buscarem outro copo de quentão.

Quando elas já estavam longe o bastante, Andi pediu:

Foi mal, Bea.

Ah, era brincadeira. Eu gosto de irritar a Yas. Tá tudo bem — a menor respondeu prontamente. — Ei, o que acha de pegarmos uma maçã-do-amor?

O que é isso?

Uma maçã mergulhada em caramelo. Agora, o porquê de ser chamada de maçã-do-amor eu já não sei.

Hm... não sei. Você vai querer me beijar depois disso? — Andi perguntou, um tom divertido em sua voz.

Bom... — Bea abriu um sorriso travesso — Isso nós veremos. Quem sabe?

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Algum ritmo em comum" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.