Transformação - Mansão SKZ escrita por Adnoka


Capítulo 14
Cap. 11 Posso lê-la como a um livro.


Notas iniciais do capítulo

Como puderam perceber eu arrumei o nome da história, era Transformação - Mansão SKZ desde o inicio, eu apenas havia deixado passar e quando notei me senti na obrigação de arrumar.

Desejo uma boa leitura!



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~Na tarde do dia anterior~

Bang Chan estava no seu quarto pensando nas coisas que o Binnie havia lhe dito sobre o que ocorreu em seu encontro com a Naty e o pavor que tomou seus pensamentos só o deixou ainda mais desnorteado. Não gostava de ver o Binnie daquele jeito e sabia que ele se culparia por fazer a Naty sofrer.

Mas não era bem por aí...

“Não Binnie você não tem culpa, todos sabemos que você jamais faria algo assim...” pensou e em seguida lembrou do Hannie, do I.N, do Seung, do Felix, do Hyunjin e pôr fim do LeeKnow todos já haviam visto ela passar por aquela tortura de perto e todos ficaram extremamente abalados, seja lá como fosse aquela que os atormentava estava pegando em seus pontos fracos e isso o estava o tirando do sério e o Bang Chan era conhecido por sua extrema calma e sabedoria quase que cem por cento do tempo, mas algo que ele jamais admitiria era que mexessem com aqueles que ele tanto ama por toda sua existência ele jura não haver mais ninguém neste mundo que ele ame mais do que aqueles sete vampiros e sua amada que agora responde por Nathalia.

Ele estava absorto em pensamentos de todo tipo, havia pedido para o LeeKnow fazer pesquisas e sabia que ele e os dois com ele estavam empenhados poderiam achar algo. Na verdade, era sua esperança já que o que ele conseguiu foi se lembrar que aquela que faz tanto mal a eles era extremamente mais “vivida” e conhecia muito mais deste mundo indo além do sobrenatural para conseguir o que queria sem hesitar as consequências e hoje ele sabia que tudo que ela mais queria é que todo o amor que eles têm pela Naty fosse apenas dela e este pensamento o causou repulsa, pois jamais amaria outra que não fosse a sua amada.

Com os pensamentos a mil ele ao ouvir o relato de antes do Binnie dizendo que havia sangue nas mãos e na roupa da Naty soube na hora que deveria esperar o pior, aquele ser repulsivo havia feito algo horrendo a sua amada e ele tinha certeza disso e só restava apenas descobrir como e em qual nível isso se estendia para poder ter a nítida noção de onde eles estavam metidos.

— Não posso deixar que ela faça a Naty sofrer ainda mais, não posso deixar que ela mais uma vez a leve de nós, eu não vou suportar perde-la novamente.

Ele andava de um lado para o outro em seu quarto com todas essas coisas fervilhando em sua mente até que tomou um susto pois de tão disperso que estava não pode perceber que o LeeKnow acompanhado do Felix e do Hyunjin haviam entrado em seu quarto e agora o encaravam nitidamente compadecidos por terem ouvido suas palavras.

Os três tinham expressões seríssimas o que fez o dono do quarto se largar pesarosamente em sua cama e encara-los como quem já poderia prever o que viria dali.

Sanguis Deducere Animam Connect — Aquelas palavras foram ecoando em sua mente, ele sabia que já as ouvira antes, mas não lembrava de onde até que ao encarar o mais alto entre eles tudo veio até ele como uma força ruim, lembranças o tomaram e ele pôde sentir seu corpo vacilar e como reflexo ele se segurou firme em sua cama como se não o fizesse terminaria de cair de vez enquanto ia encarando cada vez mais o Hyunjin.

— Entendeu, não é? —  A voz do que o encarava era cortante e os outros dois ainda aparentavam perdidos com a linguagem que apenas o Bang Chan e o Hyunjin resolveram usar ali— Entendeu que talvez não haja escapatória? Entendeu que se não acharmos um jeito a Naty poderá não ter outra chance?...

—--

~Momento atual~

Diferente do que o Channie havia sugerido para se caso eu quisesse eu não fosse a o encontro deles hoje eu decidi que precisava disso para tentar manter minha sanidade; ter mais um destes encontros me ajudaria muito por mais estranho que isso pareça, pois eu sei que se ficar trancafiada hoje eu vou surtar. Então após ver o bilhete de despedida do Binnie que me deixou completamente de coração aquecido por suas doces palavras ali escritas resolvi me arrumar e sair do meu quarto decidindo assim não me deixar intimidar por todas aquelas coisas que me foram ditas no dia anterior.

E com esse pensamento sigo para o salão principal da mansão e de lá vou até o final de um corredor que eu ainda não havia explorado me deparando com portas enormes o que me faz parar de súbito.

— UAU — É só o que consigo dizer quando por impulso decido abrir aquelas portas e me deparar com a biblioteca particular deles e nossa aquele espaço era realmente enorme — UAU — Levo minhas mãos a boca de tão maravilhada que fico com o conjunto da obra que está diante de mim.

 A biblioteca é imensa como já constatava e tem um toque rústico, mas nem por isso deixa de ser chiquérrima e conforme vou olhando vejo que ela possui corredores, vários por sinal, tem uma área grande em comum onde com certeza deve comportar todos aqueles maravilhosos vampiros e eu consigo até imaginar eles reunidos aqui, mas também tem áreas reservadas o que me deixa ainda mais boquiaberta.

 — Você ainda gosta de ler? — dou um pulo e um grito que abafo com minhas próprias mãos ao ouvir a reconhecível voz do Bang Chan, ele como em um reflexo me segura firme em seus braços devido ao meu desequilíbrio por conta do pulo que dei — Um encontro clichê — Ele sorri selando rapidamente seus lábios aos meus o que me assusta um pouco, mas de uma forma positiva, afinal ele já havia selado seus lábios aos meus antes, mas de qualquer forma estamos falando dele! Ele é o líder, todo seguro de si e extremamente charmoso Bang Chan e agora me sinto feliz pois posso dizer que finalmente estou com ele.

— Sim, eu gosto muito de ler, mas confesso que ultimamente não tenho lido com a assiduidade de antes. — Sorrio notando que ainda estou em seus braços.

— Aqui é o meu refúgio e você está convidada a se juntar a mim sempre que quiser. — Ele diz se separando de mim apenas para me encarar melhor. — Então; hoje eu fui seu escolhido! — E sorrindo ainda mais mostrando que tem as mais belas covinhas do mundo todo ele se senta e faz sinal para que eu me sente ali também e assim eu faço.

— Parece que sim — digo tímida notando que ele me causa sensações tão fortes quanto as que tive até agora ou até mais não sei ao certo e o medo dele ler minha mente e ver que estou aqui caidinha por ele me assusta e percebo que ele está sorrindo, mas não sei dizer se dos meus pensamentos ou para mim. — Não como se fosse de caso pensado, — me apresso em dizer. — Mas sim, hoje vim diretamente para cá sem hesitar e aqui estamos! — Concluo fazendo ele me encarar mais profundamente.

— Acho que você nos escolhe inconscientemente e isso é bom, pois no seu tempo e ao seu modo cada um de nós poderá entrar um pouco mais em sua vida.

Tá ele me hipnotiza eu confesso! Não sei como ele o faz, mas sei que neste exato momento eu não sei mais nada além dele bem ali na minha frente e não há nada que eu queira saber que não seja sobre ele e o mesmo parece ter plena consciência disso.

— Tem algo que você queira me perguntar? — Ele tem um olhar penetrante quando quer, na verdade tudo que ele faz parece ser exercido com um autocontrole absurdo.

— Você pode ler mentes e isso eu sei bem — falo caindo em uma risada descontraída junto a ele — Mas você tem mais algum dom? — Nem sei se era mesmo isso que eu queria perguntar a ele de cara, mas pergunto realmente interessada e ele me responde tranquilamente.

— Eu também controlo elementos — encaro ele interessada implorando com o olhar para que ele prossiga. — Tenho um detector aguçado de emoções o que vai além de ler mentes, posso sentir o que sentem e também controlo os elementos — Ele fala dando uns de seus lindos sorrisos e preciso confessar aqui que nessa última ele me pegou.

— Elementos e elementos? — pergunto fazendo ele rir

— Sim, sim, elementos físicos, químicos e os elementos da natureza sei que é estranho de ouvir, mas basicamente posso fazer chover e também posso amassar o metal mais rijo como poderia também causar uma explosão molecular — ele me encara rindo ao notar que eu estou com cara de boba com toda a certeza — No começo era só coisas bobas como fazer a neblina cobrir o lugar ou fazer uma flor desabrochar, mas com o passar dos anos eu consegui um controle que nem eu imaginava sobre todas essas coisas então é isso.

Estou espantada e maravilhada.

— E também por mais estranho que isso possa parecer eu posso detectar mentiras — Ele está internamente gargalhando ou é impressão minha?

— Ah, mas aí é claro né Channie — Digo me aproximando dele estreitando meus olhos — você lê mentes espertalhão, claro que detecta mentiras. — Ao que tudo indica estamos nos divertindo com isso pois os dois sorriem juntos como se não houvesse mais nada além de nós ali ou daquele exato momento.

— Sim, sim eu leio mentes, mas esse caso não é sobre ler mentes em si. Sei se alguém mente mesmo que não esteja na mente dele, até porque existem pessoas que não dá para ler.

— Pessoas que não dá para ler — Falo em um tom distante — Interessante.

— Pois é — ele continua a falar e o observando bem percebo sua fofura misturada a toda sua postura, seu lado “líder nato” por assim dizer, o que o deixa ainda mais encantador. — E dessas que não consigo ler acabo conseguindo saber se mentem ou não justamente por ter este dom também.

Sorrio para ele.

— Você é incrível Channie! — Ele parece ficar feliz com meu comentário então faço uma nova pergunta a ele — Você também teve uma era sombria como os demais costumam chamar? — Ele não se altera em nada e me responde de forma bem calma.

— Na verdade eu fui um dos primeiros a ter e talvez ainda esteja nisso até hoje. — Olho para ele buscando seu olhar, eu realmente não consigo imaginar ele de uma forma sombria, ele não. — Mas não se assuste por favor, minha era sombria só esteve aflorada quando tive que me unir contra minha vontade a aquele demônio e acredite em mim ela sabe tirar o pior dos outros e comigo não foi diferente.

Ao contrário do peso e da dor que os outros sentiam ao falar de sua era sombria o Channie fala de forma consciente e precisa, como se aquilo fosse algo que pertencia a ele e que ele convivia tranquilamente por ter seus pés bem firmes no chão sabendo que o passado passou e que hoje ele não era mais o que foi um dia.

— Você é mesmo um líder nato — falo em meio aos pensamentos e conclusões que tive e sem me conter o envolvo em um abraço. — Não deve ter sido fácil pra você e eu fico feliz que tenha superado ou sei lá, assimilado seja lá o que tenha sido tudo isso para você.

— Sou pai de sete filhos, — Ele sorri me devolvendo o abraço na mesma intensidade. — Tenho sete irmãos, amo oito pessoas mais que tudo nesse mundo então não foi tão difícil assim voltar a mim pois vocês sempre estiveram lá por mim.

Seu jeito de falar era tão bonito e calmo que eu apenas o admirava.

— Mas agora estou curioso, você não vai me perguntar como éramos antes de tudo isso? — Ele diz sorrindo ao ver meu rosto enrubescer enquanto minha ficha cai enfim.

— É claro que vocês conversam sobre os encontros. — Viro os olhos, mas sorrio junto com ele. — Na verdade eu acho que sei exatamente como éramos meu amor. — O chamar de meu amor saiu de forma natural, mas ao notar essas palavras saindo da minha boca eu me encolho com vergonha o que ele percebe vindo até mim e me abraçando mais uma vez.

— Seu amor sim não precisa se envergonhar, assim como você é e sempre foi o meu. — Eu o abraço de volta e por um instante eu desejo ficar assim com ele pra sempre como se ali fosse o lugar mais seguro e correto do mundo todo e então sem dizer mais nada ele apenas segura meu rosto em suas mãos e investe sua boca contra a minha em um beijo que há muito era esperado.

O beijo começa suave, nós nos olhamos brevemente enquanto não resta mais espaço entre nós e quando menos espero estou em um dos cantos reservados da enorme biblioteca e ele me coloca sentada em seu colo e sem dar espaço a qualquer tipo de pensamento eu apenas me deixo levar por seu beijo molhado e intenso, suas mãos vão me trazendo para mais perto enquanto eu entrelaço meus dedos em seus cabelos entendendo naquele instante o quanto de alguma forma eu sentia a falta dele e ele retribui a tudo do mesmo jeito e na mesma intensidade beijando meu pescoço me fazendo sentir seus lábios gélidos por toda sua extensão investindo mordidas leves por ali. Eu sou dele e não há dúvidas que no passado também éramos assim, um casal apaixonado intensamente conectado e fogoso. Ele coloca suas mãos em minha bunda sem nenhuma cerimônia me fazendo automaticamente empinar meu corpo de forma inconsciente e eu arranho suas costas em reflexo o que o faz gemer com certa rouquidão.

— Senti sua falta Naty. — Ele sussurra em meu ouvido com sua voz rouca devido a todo sentimento e prazer misturados ali por nós fazendo ser eu quem solte gemidos desta vez.

— E eu a sua Bang. — Falo também em um sussurro em sua orelha descendo meus lábios em seu pescoço em seguida e com isso sinto ele enlouquecer como se eu tivesse apertado algum botão de fogo nele o que faz ele tirar minha blusa e afundar seu rosto em meus seios os beijando, mordendo, lambendo e dando leves chupões ali tudo em um ritmo frenético e então ele me olha com os olhos cheio de luxúria.

— Você se lembra exatamente de como me enlouquecer meu amor. — Ele diz sorrindo em seguida mordendo meu lábio inferior enquanto me ajeita em seu colo o que me faz sentir sua ereção pulsar entre minhas pernas, estamos indo para um caminho sem volta e não serei eu quem vai parar isso. Tiro sua blusa também e olho para um corpo pálido gélido e extremamente definido, ele é perfeito, eu me afasto somente o suficiente para beijar seu tronco desnudo e quando volto a encarar seu rosto o vejo com a expressão mais satisfatória do mundo: O homem que amo rendido em desejo por mim. Nos beijamos intensamente nosso encaixe é mais que perfeito e a saudade contida em cada toque ali nos coloca em um mundo só nosso, não há mais nada além de nós, porém mais uma vez acontece e como se eu fosse puxada bruscamente dali vejo todo o cenário mudar.

Não estou mais em seu colo, muito menos sem minha blusa, agora visto um vestido preto, estou de luto em algum lugar muito, mas muito frio.

Olho em volta e nada, e então ouço aquela voz que já sei identificar:

— Está ficando saidinha Naty, continue assim e matarei não só você desta vez, mas a todos.

Sinto um frio na espinha e o cenário muda novamente.

Agora estou com o Channie estávamos chegando de uma viagem ao que parece e entramos em um belo quarto e ele tranca a porta logo em seguida.

— Channie eles vão perceber — falo quando ele vem até mim todo cheio de más intenções. — Nós devíamos ir contar as novidades a todos.

— Eles já sabem o essencial amor, agora quero meu momento a sós com você, e você sabe que eu mereço isso. — Ele fala todo manhoso segurando meu rosto como sempre faz.

— Você merece tudo Bang, merece o mundo! — falo o beijando o que o faz em um rompante de paixão me agarrar e me levantar fazendo com que eu coloque minhas pernas em volta de sua cintura.

— Você sabe que enlouqueço quando me chama assim e que isso me faz a querer ainda mais.

E estamos tão imersos em nós mesmos que eu só consigo pensar que eu sei que perderei minha virgindade com ele, não tenho dúvidas disso.

— Quero me entregar a você Bang, quero que seja o primeiro. — Falo ao seu ouvido o que o faz soltar um gemido de pura satisfação.

Nós todos já havíamos decidido que eu escolheria quem seria o primeiro e que não haveria discussões sobre minha escolha pois cada um deles teria sua primeira vez comigo e a ordem disso em nada mudaria o amor que tenho por eles ou o deles por mim, mas a escolha estaria em minhas mãos para evitar desconfortos entre eles com pensamentos de que foram levianos me fazendo ceder ou coisas do tipo, mas eu já havia decidido a um tempo que seria o mais velho deles e então resolvi contar a ele naquela noite.

— Farei de tudo para que não se arrependa de sua escolha meu amor.

E quando ele já está apenas com a parte debaixo de suas roupas e praticamente já em cima de mim tudo se apaga e começa minha tortura particular só que diferente das outras vezes a minha mente atual parece estar mais consciente.

O quarto derrama sangue pelas paredes, ouço gritos que me parecem ser dos serviçais da casa e o Bang não está mais ao meu lado e então eu decido sair do quarto. Conforme vou andando me afundo em sangue e quando finalmente chego ao salão principal da mansão vejo todos os oito rapazes “mortos” e meu grito gutural diante tal cena faz minha garganta doer.

Estou cada vez mais afundada em sangue, acreditando que meus amores estão todos de fato mortos e de repente levo uma forte pancada na cabeça e quando estou para cair no chão ouço bem próximo a mim:

— Você jamais ficará com eles para sempre e eu vou me assegurar disso.”

— Naty, Naty, amor!! — Vou voltando a mim em ritmo lento e com uma enxaqueca crescente. — Meu amor acorde por favor não a deixe te dominar, estou aqui, seu Bang está com você.

Abro meus olhos e apesar de seu tom urgente o Channie parecia relativamente calmo, ou seguro o suficiente não sei explicar, ele me abraça forte me dando vários selares pelo rosto todo.

— Meu amor você esteve lá, você reviveu aquela noite novamente, me desculp.. — Agora ele entendia exatamente o pânico dos demais que passaram por aquilo de perto.

Não o deixei terminar, o beijei me demorando com meus lábios no dele, pois seja quem ela for ela não vai me tirar deles novamente e eu não me deixarei intimidar.

— Não se desculpe Channie, você não tem culpa. — Minhas próximas palavras são as mais verdadeiras possíveis e se por acaso ele não lê-se minha mente saberia que falo a verdade por conta do seu dom. — eu te amo Bang, eu amo você e amo todos os outros não há dúvidas disso e se foi assim que nós nos escolhemos no passado e continuamos a nos escolher através dos tempos quero que saiba que nesta vida mesmo que seja minha última eu os escolho novamente, eu sou de cada um de vocês como sempre fui e eu espero que acredite em mim, se não acreditar leia minha mente e vai saber que falo a verdade.

E me encarando com seu olhar doce e gentil ele me acalma.

— Não preciso de nada disso para saber que diz a verdade meu amor pois mesmo sem meus dons eu posso lê-la como a um livro pois sempre fomos assim. — Ele volta a selar seus lábios nos meus e me pega no colo sorrindo por saber que já estou pensando que eles devem mesmo achar que não sei andar e isso o diverte. — Vamos, vou te levar para meu quarto.

...

Chegamos em seu quarto que pelos anjos é tão lindo quanto os outros que já vi, mas que nitidamente tem a personalidade dele, minha cabeça já está voltando ao normal depois da dor cruciante que senti quando finalmente percebo que tenho sangue nas mãos.

— De novo isso! — Mostro minhas mãos a ele extremamente aborrecida. — Channie isso tem que parar, precisamos fazer isso parar.

Ele me olha com carinho e mesmo sendo um vampiro não demonstra sequer vacilar por ver o sangue em mim, ele apenas me leva ao banheiro me despindo carinhosamente e me colocando para tomar banho o que me faz perceber que também há sangue em minha cabeça onde provavelmente fui golpeada em minha lembrança, me sinto brevemente perdida devido a tudo que aconteceu, e agora eu percebo o quão intimo é ele estar me colocando em um banho então eu decido apenas o seguir e diferente do Binnie que me deixou tomar meu banho sozinha ele fica para entrar no banho junto a mim assim se despindo de suas roupas também.

— Nós vamos parar com isso, assim que eu junto aos demais descobrirmos como e acredite em mim estamos todos buscando respostas. — Ele fala enquanto esfrega com carinhos minhas mãos e beijando minhas costas e de repente caio em mim pelo fato de estar com ele em um banho e me sinto corar. — Você quer que eu a deixe tomar banho em paz?  — Ele me pergunta sabendo o que acabo de pensar e eu respondo enquanto me viro para  beijá-lo.

— Bang, a paz nunca foi uma opção. — Nós dois rimos e seguimos ali em um banho tranquilo e acreditem ou não sem malicias apenas um banho relaxante.

Saímos do banho e ele me dá um de seus roupões para usar vestindo um também e diferente dos outros encontros que tive desta vez não voltei ao meu quarto, não teve uma reunião no final do dia e não vi os outros rapazes.

Fiquei com o Channie no quarto dele, contei a ele tudo o que vi e ouvi detalhadamente, ele me disse suas impressões e decidimos só desta vez fingir que nada aconteceu e assim dormi com ele em seu quarto e não, não fizemos nada de mais acreditem, ele só me trouxe comida nas horas das refeições, umas guloseimas para me mimar um pouco e ficamos lá conversando sobre muitas coisas por exemplo como era de fato ser um vampiro...

— Nada tão glamoroso quando se está no início de tudo e sem uma orientação decente logo de cara vai por mim, passamos por maus bocados. — Ele me encara e continua. — Mas nós aprendemos, por nós mesmos, observando outros, fazendo nossas escolhas de estilo de vida já que muitos clãs nos quiseram, mas nós decidimos por não nos unir a nenhum deles sabendo que tínhamos você junto a nós e você sendo uma humana só despertaria instintos que não poderíamos controlar logo que mal controlávamos o Felix. E depois de um tempo encontramos alguma ajuda... — Ele para o relato por aí e sorri para mim então eu decido perguntar.

— Agora eu fiquei curiosa com uma coisa, sei que já falamos sobre isso, mas eu acabei não deixando você explicar com suas palavras e pelo seu ponto de vista — Ele me olha em um sorriso tão lindo que eu me aninho em seus braços e enfim pergunto — Como nós éramos Channie? Antes de tudo isso acontecer como era o nosso relacionamento? Me desculpe se sou redundante nas perguntas, mas é que cada um é de um jeito então eu gostaria muito de ter a visão de cada um de vocês até para me ajudar a entender melhor tudo isso.

— Não peça desculpas Naty, na verdade eu já estava triste por achar que eu não lhe interessava como aos demais — Ele fala fazendo um biquinho fofo me permitindo ver seu leve drama o que me faz sorrir — Vou te contar como éramos; bom nós dois com certeza éramos os mais responsáveis e as vezes brincando com a nossa cara os outros nos chamavam de papai e mamãe — ele faz uma careta fofa ao contar essa parte — Mas em questão do nosso amor nós éramos confidentes um do outro, nos amávamos em uma intensidade só nossa e posso dizer sem medo que tínhamos de tudo entre quatro paredes, química, entrega, sintonia igual foi lá na biblioteca mas também éramos românticos incorrigíveis dos poemas as serenatas cartas de amor e toda sorte de juras para uma eternidade juntos, enfim éramos fofos, intensos e completos por ter um ao outro — Ele finaliza se colocando de frente a mim e me olhando como quem realmente me lê-se por inteira. — E Naty, nada mudou, saiba que eu quero mais que tudo a eternidade com você, mas entenderia se você desistisse de tudo e seguisse um novo rumo afinal tem passado por tanta coisa ruim ao nosso lado.

Eu estou muito emocionada por seu relato e não duvido nenhum pouco de nenhuma de suas palavras, mas como assim se eu desistir? Eu jamais desistiria dele, deles, pelos céus que não e eu preciso que ele saiba então coloco suas mãos em meu peito na altura de meu coração e digo em um tom assertivo:

— Bang por favor leia minha mente agora — E com um sinal de concordância ele me encara e ficamos em total silêncio.

Eu jamais vou desistir, jamais entregarei isso que me faz tão bem assim como se nada fosse, com vocês eu encontrei meu lar, o verdadeiro lugar a que pertenço e eu lutarei até o fim para viver minha eternidade com vocês, com você meu amor.”

Estou chorando, ele limpa minhas lágrimas e depois me abraça.

— No final Channie você me transformará e ficarei com todos vocês para sempre.

Depois de tudo isso eu confesso a ele que estou cansada então ele me arruma para eu dormir.

— Tenho só mais uma pergunta. — Ele que já está comigo em seus braços apenas me encara esperando que eu prossiga. — Não te incomoda o fato de eu amar não apenas você, mas também os outro sete?

— Isso jamais me incomodou, na verdade a nenhum de nós acredite, o seu jeito de nos amar nos uniu permitindo que nós também nos amassemos, não minto que no começo tivemos que trabalhar nossos ciúmes, mas não foi difícil, nós compartilhamos este amor, todos amam e são amados da mesma forma e o que isso fez por nós? Nos deu uma família! Acredito que nos conhecer naquele baile foi desde sempre nosso destino assim como o amor que surgiu daquele encontro, então graças a você nós existimos e cumprimos dia após dia nosso propósito. — Ele termina de falar e me beija.

— Eu te amo Bang, obrigada por hoje, obrigada por sempre!

— Boa noite meu amor durma tranquila, eu estarei ao seu lado a noite toda. Eu também te amo

...

Agora eu acordo ao lado deste lindo homem o que me fez sentir mil vezes melhor do que eu estava e ao olhar em seus olhos ele apenas sorri para mim.

— Bom dia Bang! — agora que sei que ele ama quando eu o chamo assim cuidarei de fazê-lo sempre que estivermos a sós.

— Bom dia bebê — ele me beija e se senta na cama me trazendo para perto. — Agora que acordou você precisa tomar seu café e eu vou deixa-la fazer isso em paz. — Ele beija minha têmpora e se levanta da cama para me trazer a bandeja de café da manhã lindamente arrumada pelo Hyunjin dá para saber que foi ele devido ao capricho de sempre que só ele tem e pela rosa que deixou ali.

E quando faço menção que vou reclamar por ele ter que sair ele volta e me abraça.

— Hoje você terá outro encontro meu amor e seja com quem for você estará em boas mãos acredite. — E sorrindo após me dar um último beijo ele deixa o quarto, mas não sem antes dizer — Mas vista-se antes, andar quase pelada por aí é tentador demais — ele pisca para mim me fazendo corar, não fizemos nada, mas também não nos vestimos ficando apenas com os roupões que colocamos depois do nosso banho. — Tem roupas ali para você.

E assim ele some de vista.

~Ponto de vista Bang Chan~

Estou tão feliz de finalmente ter estado com a Naty, tê-la em meus braços me fez sentir ironicamente vivo novamente.

 Agora que sabemos o que foi usado para unir as almas delas precisamos nos certificar que não haverá mais cartas na manga daquela demônia, e precisaremos encontrar um jeito seguro de separá-las definitivamente...

Preciso acessar minhas memórias pois eu sei, melhor dizendo preciso que tenha algo a encontrar nelas, na verdade preciso mesmo me reunir com meu anjo que está nitidamente atordoado devido suas péssimas lembranças, eu preciso estar ao seu lado agora.

Sei que a Naty ficara bem, mas também sei que quanto mais tempo ela passa ao nosso lado a ira da outra só aumentará, e devemos nos preparar para qualquer investida que ela tentar contra nós.

Preciso de um plano de ação, preciso me encontrar com o meu velho amigo...

Farei o possível e o impossível para salvar a alma da minha amada, e começarei isso agora mesmo.

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Notas finais do capítulo

O Bang Chan foi o primeiro a de fato me fazer cair de amores, ele é tão maravilhoso que nem dá...

Espero que tenham curtido o capítulo, se ficou confuso peço desculpas, eu juro que tentei organizar as informações da melhor forma possível e caso queiram podem me fazer perguntas que eu responderei.

O próximo capitulo virá com mais informações prometo.

Estou tentando dar uma adiantada na história para não perder o ritmo de postagem (a cada dois dias).

Beijos com todo carinho, se cuidem e bebam água tá!

Até mais!



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