Era Uma Vez... Uma Ilusão escrita por Landgraf Hulse


Capítulo 23
22. O que está feito, está feito; não pode ser desfeito.


Notas iniciais do capítulo

Lembrando a todos que estão gostando para favoritar ou marcar em acompanhar a minha história. Assim eu sei que você existe e não fico com a sensação que estou escrevendo para as paredes.



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Maio|1803 Theatre Royal, Covent Garden

No lado de fora do castelo de Macbeth em Inverness, Macduff é avisado por Ross e um velho que o rei Duncan foi assassinado enquanto dormia e seus filhos fugiram, tornando-se assim os principais suspeitos. Agora Macbeth seria coroado rei em Scone. Macduff diz que irá a Fife, enquanto Ross seguirá a Scone.

Com isso os atores deixam o palco e, junto de muitas palmas, as cortinas são baixadas. O segundo ato havia chegado ao fim e o primeiro intervalo finalmente poderia começar. Alguns na plateia já tinham até se levantado, apesar dos que estavam nos camarotes permanecerem sentados... esperando o rei.

— Por Deus, alguém pode mandar a rainha cutucá-lo? Eu preciso mover as minhas pernas! — Robert exclamou impacientemente ao lado do irmão, e fez isso tão alto que... alguns olhares foram direcionados aos Bristol, fazendo Richard fitar negativamente o irmão. — Não me olhe assim, sabe que...

O jovem duque, com uma expressão de dor no rosto, fechou dolorosamente os olhos. Richard olhou para o lado e percebeu Mary sorrindo inocentemente para frente e manuseando o leque com toda a calma do mundo. Foi uma obra dela, mas Robert calou-se, então o marquês simplesmente deu os ombros.

— As divisórias desses camarotes são pequenas demais, Robert, além de muito finas. Não chame indevida atenção. — Era agradável ter uma irmã sensata... apesar dela ter soado levemente ameaçadora. De qualquer forma, a atenção de todos os quatro voltou-se ao rei, que começou a mover-se. — Louvado seja Deus, ele acordou!

No camarote real, praticamente na frente do camarote dos Bristol, o rei despertou e falou algo para a rainha, que assentiu impassível. Não tardou muito e o casal real levantou dos seus assentos e deixou o camarote real, sendo imediatamente seguidos pelas cinco princesas reais.

— Quanto vocês apostam que eles virão para cá? — Com a saída do rei, Robert levantou e, alongando-se, comentou sarcástico.

— Não se aposta no óbvio, Robert, apenas no indefinido. — Também alongando-se, porém permanecendo sentado, o marquês respondeu. Como Cathrine e Mary conseguiam ficar paradas por tanto tempo? Era horrível! Richard, porém, sorriu divertido aos irmãos. — E eu pensando que ao menos dessa vez iríamos conversar sobre a peça.

— Sarah Siddons está perfeita como Lady Macbeth. Isso serve? — Mary, ainda com o leque, comentou distraidamente ao analisar os outros camarotes. Foi o suficiente para fazer o marquês rir divertido e negar, o que acabou chamando a atenção da irmã. — Não!? Mas...

— Por favor, Mary, a Sra. Siddons repete esse mesmo papel desde 1785, ela é Lady Macbeth. Acho até que não existe Lady Macbeth melhor que Sarah Siddons. — As expressões de Robert não estavam erradas, Richard assentiu, embora Mary nem tenha dado atenção. Até que... — Mas acho que nossa marquesa discorda. Está acordada, Cathrine? Alô...!

A atenção de Richard voltou-se à esposa com essa piada do irmão, embora ele tenha dado a Robert um rápido olhar censurador. Cathrine estava quietinha no seu lugar, claro que ela parecia cansada e ainda não tinha dado um pio, mas... a marquesa fitou friamente o cunhado.

— Apenas não entendo o teatro inglês. Ano passado vimos Sarah Siddons como Lady Macbeth, e o mesmo estamos vendo nesse ano, só mudou o teatro. — O que foi uma benção, eles quase não escutavam os atores em Drury Lane. Cathrine negou e virou-se ao marido. — Quer dizer, não cansa ver Sarah Siddons atuando sempre no mesmo papel?

— Não. — Richard, Robert e Mary responderam todos juntos, fazendo Cathrine se encolher. Sarah Siddons era uma celebridade, ela que escolhia os papéis que fazia. De qualquer forma, vendo o desconforto dela, o marquês teve pena. — Se você estiver cansada...

— É só não vir ao teatro quando for temporada de Macbeth. — Porém essa pena foi cortada por Robert, cujo comentário irônico fez não apenas Cathrine franzir o cenho, mas também Richard encará-lo censurador. — É a verdade, ninguém é obrigado a... Majestades!

Fazendo os Tudor-Habsburg lembrarem onde e com quem estavam, o rei, a rainha e as princesas entraram no camarote. Imediatamente os Bristol levantaram e fizeram mesuras à realeza britânica. Com toda essa discussão de teatro e Sarah Siddons o resto passou praticamente despercebido. O soberano assentiu em reconhecimento.

— Você não imagina como é divertido assustá-los, Bristol, a rapidez com que vocês reagem é... esplêndida! — Longe de rir, mas também longe da seriedade, o rei falou. — Viemos aqui para cumprimentá-los, afinal não é sempre que estamos em Covent Garden, prefiro Drury Lane e não gosto muito das óperas do King's Theatre...

— A Sra. Siddons é uma boa amiga e não poderíamos deixar de prestigiá-la em seu maior papel, agora em Covent Garden. — Pegando no braço do rei e o interrompendo, a rainha respondeu e tentou... deveria ser um sorriso, mas... a consorte virou-se a consorte menor. — E a marquesa, o que está achando de Macbeth?

Dando alguns passos para trás e enlaçando o braço envolta do pescoço da esposa, Richard a encarou fixamente e sorriu de lado. Era bom Cathrine pensar bastante na resposta que daria, o rei parecia muito "falante" hoje e não seria bom irritá-lo. A marquesa sorriu e virou-se à realeza britânica.

— Está exatamente como no ano passado, o que não necessariamente é ruim. — Havia inocência na voz dela, bem como um sorriso no rosto, mas Richard ainda encarou tensamente os irmãos.

— Mas também não é bom. Eu havia esquecido que os dinamarqueses não estão tão acostumados assim com o teatro. — O rei negou lentamente, fazendo Cathrine franzir levemente o cenho... mas Richard sentiu-se aliviado. — Mas não fique preocupada, chega um momento que todas as peças shakespearianas parecem iguais. É por isso que fico acordado apenas nas melhores partes.

Automaticamente os Bristol começaram a rir do comentário do rei, ou melhor, os três mais velhos começaram, pois Robert teve que trazer a atenção de Mary para ela fazer o mesmo. O soberano, porém, continuou com a mesma expressão, já as princesas deram um sorrisinho.

— George! Lembre-se que estamos falando de arte. — Mas a rainha não gostou, tanto que, franzindo o cenho, chamou a atenção do marido. O rei apenas sorriu, fazendo ela suspirar. — A cena do sonambulismo é a melhor, Sarah Siddons coloca toda a emoção que sente como Lady Macbeth.

Um estranho silêncio instaurou-se então entre os Tudor-Habsburg e a família real, as princesas sequer sorriam mais, a não ser Elizabeth e Sophia, aparentemente com muito bom-humor e candura. Porém, o marquês mordeu os lábios, já estava começando a ficar difícil de suportar.

— O teatro está cheio hoje, não acham? — Richard tentou retomar a conversa, mas o rei e a rainha apenas assentiram. Entretanto...

— Papai, mamãe, acho que está na hora de voltarmos ao nosso lugar, logo começará novamente. — A princesa Augusta, num tom baixo e levemente tímido, chamou a atenção. Antes, porém, que o casal real pudesse responder, a princesa ainda disse: — Encontrou algo interessante, Mary?

A atenção voltou-se instantaneamente à princesa Tudor-Habsburg caçula, que, sendo pega de surpresa, deixou de olhar para os outros camarotes e negou veementemente. Estava bastante claro quem Mary procurava, ou melhor, procurava evitar, mas o rei ainda teve que falar em voz alta:

— Vorontsov está no hall, pelo menos era para lá que ele estava indo. Não há necessidade alguma para preocupação, esse casamento acontecerá logo. — A tensão tomou conta dos Tudor-Habsburg, e principalmente de Mary, com o comentário do rei... mas ficou pior: — E devemos resolver logo o contrato, Bristol. Se tivermos o apoio russo poderemos atrasar a invasão.

Os olhos de Richard imediatamente arregalaram ao escutar isso, tanto que ele fitou Cathrine, cuja reação era a mesma, e depois voltou-se aos irmãos. Foi, porém, Mary que mais alarmou ele, pois havia nos olhos dela... o marquês negou veemente, havia medo!

— Invasão? — E tal medo saiu extremamente perceptível nessa pergunta de Mary, que até tentou aproximar-se de Richard e do rei, mas Robert a agarrou pelos ombros. — Do que estão...

— Todos já estão retornando aos seus lugares, é melhor fazermos o mesmo. — A princesa Sophia, porém, interrompeu a caçula Tudor-Habsburg, embora com toda a candura e voz angelical.

Logo a família real deixou o camarote dos Bristol, fazendo com que Mary praticamente caísse sentada no assento que ocupava anteriormente. Richard e Cathrine, bem como Robert, fizeram o mesmo e o silêncio instaurou-se no camarote. Tudo não acabou até que a família real apareceu no camarote real.

— Isso... é verdade essa história de invasão? — Virando-se ao marquês e à marquesa, Mary perguntou com respiração pesada. Richard ficou sem reação.

— Faça-me o favor, Mary, você vai realmente acreditar no que o rei disse!? — Foi Robert quem respondeu, e fez isso com todo o ceticismo na voz. Mary virou-se em direção ao palco, hesitante. Kendal respirou fundo. — A única forma de invadir a Inglaterra seria pelo mar e nossa marinha é a mais poderosa que existe.

Grandes potências europeias, quando a Inglaterra não era nada, já tentaram invadir as Ilhas Britânicas pelo mar, porém todas falharam miseravelmente. Mas... as cortinas do palco foram levantadas, revelando o palácio onde Macbeth estava em Forres, então entra Banquo.

— E quanto ao ar? — As palavras de Richard saíram praticamente um sussurro, escutadas apenas por Cathrine e o agora confuso Robert, porém elas foram abafadas quando Banquo começou a falar.

*****

Após fugir para a Inglaterra, e agora diante do palácio do rei com o filho mais velho do falecido Duncan, Malcolm, Macduff sofre amargamente ao ser avisado por Ross que Macbeth mandou assassinar Lady Macduff e os filhos de Macduff, bem como todos os residentes do castelo de Macduff.

Todos os personagens deixam o palco e novamente as cortinas são baixadas, o quarto ato havia chegado ao fim. Novamente muitas palmas são dadas, principalmente para a impecável Sarah Siddons. O maior intervalo começou, então a maioria das pessoas começam a levantar e sair.

— Estou com tanta sede, será que eles estão servindo alguma bebida? — Richard comentou para Cathrine e os irmãos. Porém a atenção de Robert não estava neles, mas sim no camarote real, onde o rei e a rainha saíram com... quatro das princesas. — Serve qualquer coisa, mas vinho ou champagne seria ótimo.

— Seria uma indelicadeza deles não servir, afinal estão presentes duas famílias soberanas, o primeiro-ministro, três ex-primeiros-ministros e vários diplomatas. — A voz de Mary parecia muito distante para Robert, que sorriu malicioso ao ver sozinha... a princesa caçula colocou-se ao lado dele e olhou na mesma direção. — Você está tão calado agora, Robert.

O coração do duque quase saiu pela boca com esse susto. De qualquer forma, Robert virou-se sorrindo aos irmãos e à cunhada, tentando ao máximo não transparecer o que estava fazendo. Mesmo assim, o olhar de Mary era suspeito.

— Eu estava olhando as pessoas. — Uma pessoa em específico, no caso. Balançando levemente a cabeça, Robert pigarreou e acrescentou: — Acho que vou ficar aqui mesmo, sabe? Ninguém me chamou atenção ainda.

— As damas certamente lamentarão a sua falta. — Levantando do assento e ajudando Cathrine a fazer o mesmo, Richard respondeu zombeteiro, mas Robert sorriu convencido e assentiu. — Vamos descer logo? Odeio concorrer por um simples copo de whisky.

Isso se houvesse whisky. Mary, porém, permaneceu encarando fixamente Robert, muito desconfiada com o olhar dele. Mas logo ela teve que ceder. Sorrindo largamente, muito satisfeito, Robert acenou para eles

— Mas ainda quero entender esse boato de invasão. — Pegando o braço do irmão mais velho, Mary disse ao deixar o camarote com Richard e Cathrine. Novamente isso? Robert revirou os olhos. Até que a caçula acrescentou: — E Richard, o conde Vorontsov estava olhando muito para mim hoje.

E quanto Vorontsov não olhava muito para Mary? O duque novamente revirou os olhos e, após os irmãos e a cunhada saírem, voltou-se em direção ao camarote real... para Sophia. A princesa parecia distraída lendo o programa da noite, mas Robert continuou a fitá-la, até que... ela virou-se na direção dele e sorriu.

O príncipe sorriu de volta, mas apenas para franzir de cenho quando Sophia levantou e deixou o camarote. Surpreso, Robert levantou e, apoiando-se no batente, encarou fixamente o lugar que a princesa ocupava anteriormente e... sorriu com malícia. Ele estava começando a entender, e a gostar também, então Robert deixou o camarote para ir atrás de Sophia.

Começou então a "perseguição". Quando o príncipe chegava perto o suficiente, Sophia dava as costas e afastava-se. Robert não fazia ideia para onde eles estavam indo, mas continuou seguindo-a. As vezes ele até pensava ter perdido Sophia, até que via a cauda carmesim do vestido dela, ou a túnica ricamente bordada de musselina quase translúcida sobre o vestido.

— Ah, Sua Alteza Real finalmente decidiu parar? — Após cruzarem corredores e entrarem numa sala deserta, Robert conseguiu encurralar Sophia. — Precisava realmente de tudo isso?

— Havia um homem alto e forte atrás de mim, me seguindo, e eu naturalmente fiquei assustada. — Mesmo? O príncipe assentiu e aproximou-se da princesa, que sorriu. — Aqui é o lugar mais remoto de Covent Garden, pelo menos é o que dizem.

— Eu gosto de lugares afastados, e de apertados também, tirando as roupas no meu corpo, claro. — Tudo nele começava a crescer e... roupas tornavam-se inúteis. Robert sorriu sedutor e acariciou a bochecha de Sophia. — Gostei do seu vestido, está lindo e... te faz parecer até uma rainha.

A princesa sorriu lisonjeada, fazendo ele fechar os olhos e aproximar-se dela para um beijo. Porém Sophia abaixou-se e se afastou de Robert. Um terrível azar!

— Rainha? Mas para isso eu teria que superar meus irmãos ou me casar com um rei, o que é impossível. — O sorriso dela era divertido, tanto que Robert voltou a aproximar-se dela. Os dois ficaram praticamente juntos. Sophia fitou os lábios dele. — Mas eu concordo, vermelho fica muito bem em mim… e vai continuar em mim.

— Eu não falei nada sobre tirar. Não temos tempo para isso. — Agarrando-a pela cintura, Robert trouxe Sophia na direção dele e sussurrou no ouvido dela. — Ensine-me a ser maduro.

Encarando-a fixamente, o príncipe esperou uma resposta, porém a única ação de Sophia foi sorrir e abraçá-lo, passando a mão no largo peito dele. Robert inicialmente não entendeu o objetivo, mas logo o doce aroma de Sophia chegou ao nariz dele, os toques começaram a despertá-lo... quando deu-se por si, Robert estava duro e beijando o pescoço de Sophia.

— Beije-me, Robert! Beije-me! E o faça com toda e excitação que está sentindo!

Oh pelo Senhor! Robert prontamente obedeceu e tomou os lábios de Sophia num desejoso beijo, tão forte que ele apoiou a princesa numa parede e se deixou levar. Era como estar no céu... ou seria inferno? Robert apenas aproveitou e deixou ela aproveitá-lo. Até que, beijando o pescoço de Sophia, o príncipe a levou até um sofá.

Os beijos continuaram com a mesma intensidade, numa busca incessante por sanar todo o desejo guardado desde abril. O tempo foi praticamente esquecido pelos dois. Até que os seios de Sophia "escaparam" do vestido, fazendo Robert parar de beijá-la e fitá-los intensamente... mas sem nada fazer.

— Eu...? Ah... — Sentindo-se corar, Robert gaguejou, fazendo Sophia rir.

— O que foi, Robert? Por acaso nunca viu os seios de uma "mulher madura"? — Ele negou veemente, pensou até em dizer que já tinha visto maiores. Robert, porém, ficou sem reação quando Sophia acariciou docemente o rosto dele. — É só usar a boca... como um bebê.

— Mas eu... você é uma princesa e... eu preciso da sua permissão. — Para falar a verdade, Robert necessitava dela, mais até que do contato físico. Sophia riu levemente, mas o príncipe repetiu... sério: — Nada farei sem a sua permissão, é o seu corpo.

Novamente a princesa riu, ou melhor, ela tentou rir, pois não conseguiu e também ficou séria. Robert e Sophia se encararam fixamente, até que ela aproximou-se do ouvido dele.

— Sou uma princesa, Robert, o meu corpo não me pertence, mas sim ao estado. — Havia uma tristeza imensa nessas palavras. Mas Sophia fez ele esquecer disse ao beijá-lo no pescoço. — Caso não goste, eu falarei, disso não tenha dúvida.

Quem estava no controle aqui? Robert tinha Sophia no colo, mas parecia que ela... que importância tinha isso? O príncipe negou e, rindo divertido, pegou um dos seios de Sophia na mão e, sentindo-o cheio, firme e pronto para ele, o colocou na boca.

Esse momento foi o melhor da noite de Robert, foi como estar no paraíso. As crianças que fossem amamentadas por Sophia teriam muita sorte. Mas acabou, foi bastante rápido, pois logo os dois foram despertados desse momento por... palmas? Os últimos atos! Rapidamente eles levantaram e começaram a arrumar-se.

Assim eles perderiam o início do ato, perderiam o sonambulismo de Sarah Siddons! Robert e Sophia tentaram voltar a ordem o mais rápido possível. Para ele não foi difícil, mas para ela... Robert entregou um lenço a princesa e esperou ela arrumar o vermelhão nos lábios.

— Sophia, sei que é uma ousadia da minha parte, mas... — O receio tomou conta do príncipe, mas a princesa voltou-se para ele e sinalizou, curiosa. Tomando coragem, Robert perguntou: — você é virgem?

Um erro! Foi um erro! Um terrível erro! O lindo rosto angelical de Sophia foi tomado pela raiva e, num ato quase violento, ela avançou na direção dele, encarando-o furiosamente. O arrependimento tomou conta de Robert, mas o estrago já estava feito.

*****

Subindo rapidamente a escadaria que levava aos camarotes, Mary tentava distraidamente amarrar um xale em volta do busto, buscando cobrir ao máximo uma horrenda mancha de vinho no vestido. Tão belo, de seda tão rica e musselina tão clara, seria necessário tingir depois.

— Oh Amélia, colocarei todos os gastos em seu nome. — Afinal, foi a caçula do rei que esbarrou nela com uma taça de vinho. Chegando no final da escadaria, Mary negou e bufou. — Onde já se viu isso, quase me derrubar e ainda manchar-me!? Pelo menos sua bainha não saiu ilesa.

Conseguindo finalmente fazer um nó, a princesa colocou um doce sorriso no rosto e foi em direção ao corredor do camarote. Era melhor ela se apressar ou acabaria perdendo o sonambulismo. Porém, no mesmo momento que entrou no corredor, Mary deu de cara com... Vorontsov, o sorriso dela morreu.

— Mas que surpresa! Sua Alteza Sereníssima não deveria estar no camarote agora? — O conde mantinha-se sério, então a única ação de Mary foi assentir calada. Vorontsov, franzindo o cenho, tentou se aproximar. — Algum problema...?

— Eu estava tentando resolver um problema no toilet. Obrigada pela preocupação. — Recuando para trás, porém mantendo-se séria e com a cabeça erguida, a princesa responde. O desejo dela era sair dali, mas... — Poderia me deixar passar, Excelência? Pois creio que sua dúvida já foi sanada.

— Não, minha princesa, infelizmente minha dúvida não foi sanada, apenas parte dela. — Como assim? Agora foi ela quem franziu o cenho. O sério Vorontsov tentou novamente aproximar-se, mas ela recuou, novamente. — Está fugindo de mim, princesa? Eu não tenho más intenções.

— Sei disso, Excelência, por isso lhe garanto que esses nossos desencontros são apenas os frutos do acaso. — Conspirando com ela, claro. Vorontsov parecia cético com essas palavras, então Mary o encarou fixamente e sorriu de lado. — Eu não tenho medo, que mal o senhor poderia me causar?

Muitos, certamente, mas Vorontsov dificilmente faria algum deles com a pessoa dela... a noiva de um grão-duque. Mary continuou encarando fixamente o embaixador russo, até que ele, sempre muito sério, assentiu lentamente.

— De fato, eu não poderia causar mal algum a madame, mas o grão-duque Konstantin sim. — Os olhos dela arregalaram imediatamente. Por que Vorontsov estava falando isso? A princesa afastou-se, mas o conde aproximou-se. — Desejo conversar sobre seu casamento com a Rússia, madame.

— Mas eu não, esse assunto é desprezível para mim! — Cansando de recuar, Mary afirmou enojada, embora o embaixador não tenha mostrado afetação. De qualquer forma... — Com licença, Excelência, mas não desejo perder Sarah Siddons.

Dito isso, Mary conseguiu contornar o conde Vorontsov e começou a andar em direção ao camarote dos Bristol. O embaixador, porém, virando-se na direção dela, deixou Mary recuar um pouco, até que...

— Espero apenas que minha princesa diga sim. — Sim? Mary parou onde estava ao escutar Vorontsov. Ele se referia ao quê, exatamente? O conde, porém, acrescentou em mais mistério ainda: — Seu Reino Unido agradecerá, principalmente se tiver nosso apoio quando a França invadir.

— Invasão? Mas de que invasão o senhor está falando? — Franzindo o cenho, mas ainda de costas, Mary perguntou.

— A que todos os jornais estão falando, não sabia? — A resposta dele foi curta e levemente irônica, mas ainda assim fez Mary arregalar os olhos. A respiração dela começou a falhar, e então... — Bonaparte logo chegará e... a vida de realeza alguma estará segura. Por isso mesmo eu aviso: diga sim quando chegar o momento.

Sim... Mary sabia que sim era esse, mas... ainda havia isso de invasão. A cabeça dela iria explodir dessa forma! A princesa virou-se então ao embaixador, fazendo o melhor para parecer questionadora.

— Por que você está falando isso?
— Para que minha princesa não seja pega de surpresa. — Surpresa? A dúvida dela, junto do franzir de cenho, apenas cresceu. Então Vorontsov disse: — Porque... será já já.

Já já!? Não aguentando mais escutá-lo, Mary novamente deu as costas e correu em direção ao camarote, entrando tão abruptamente que acabou assustando Richard e Cathrine. A atenção dela, porém, voltou-se imediatamente ao palco, a Sarah Siddons no final da cena do sonambulismo de Lady Macbeth.

Dai-me a mão. O que está feito, está feito; não pode ser desfeito. Para a cama, para a cama, para a cama!

Sem dizer qualquer coisa, Mary sentou no seu lugar e continuou a encarar o palco. O que foi decidido, foi decidido; não poderia voltar atrás. Quando chegasse a hora, Mary diria o sim... seria uma princesa trágica... mas onde estava Robert?

*****

Na sala mais remota do teatro, Sophia continuava a encarar furiosamente o duque de Kendal, cuja expressão era arrependida. Mas... de que servia esse arrependimento agora!? O erro já havia sido cometido. A princesa negou e recuou, era isso ou dar um tapa... virgem!?

— Mas que tipo de pergunta é essa!? Qual o seu objetivo, me humilhar!? — Gritando, Sophia avançou novamente contra ele. Cobrindo o rosto, o príncipe negou... negou veemente. Bastava isso, a princesa respirou fundo e tentou controlar a voz. — Creio que sua pergunta foi respondida, nunca mais volte a fazê-la.

As lembranças daqueles momentos, de Weymouth... virando-se contra Kendal, Sophia fechou dolorosamente os olhos e cobriu o rosto com o lenço. Tudo ainda estava tão recente, as cicatrizes eram tão frescas. O desejo dela era simplesmente apagar tudo isso! A princesa tentou deixar a sala, porém Robert a segurou pela mão... preocupado.

— A curiosidade nem sempre faz bem, foi tolice minha perguntar. O corpo é seu, e se você quis dá-lo a alguém... — Ao chegar nessa parte, as pupilas de Robert dilataram, tanto que, encarando-a fixamente, ele aproximou-se dela, perturbado. — Você quis, não quis?... Não me diga que...!?

— Foi por livre e espontânea vontade, o que provou-se um erro depois... — Um erro que ela teria que carregar eternamente. Sophia fechou os olhos, porém negou e voltou a encará-lo. — Por isso desisti dos feios e comecei a preferir os bonitos, já não se espera muito deles.

Ao dizer isso olhando Robert de cima para baixo, o que fez ele virar o rosto, Sophia devolveu o lenço dele e deixou a sala. O príncipe veio atrás dela, afinal ambos tinham o mesmo destino, mas foi o silêncio que dominou entre eles a maior parte do percurso.

Havia nela um ressentimento pela menção desse assunto. Ninguém, absolutamente ninguém que não fosse a rainha, sabia da profundidade do relacionamento dela com Thomas Garth. As irmãs de Sophia até sabiam desse envolvimento, mas apenas isso. Enquanto os irmãos... ela balançou a cabeça ao imaginar as reações de William e Edward... a fúria de Cumberland.

Mas... suavizando o rosto, a princesa olhou de lado o calado Robert, ele tocou numa ferida que sequer sabia da existência. Robert, porém, reagiu da melhor forma, como nenhum outro homem reagiria. E ele ainda teve a consideração de não pedir nomes.

— Não estou mais tão irritada assim, Robert, pode ficar tranquilo. — Parando no meio do corredor e virando-se na direção do príncipe, Sophia respondeu com um leve sorriso.

— Eu... só posso pedir perdão, Sophia. Sei que você sabe, mas não era meu objetivo ofendê-la. — Olhando para baixo, quase como um menininho cabisbaixo ao errar, Robert respondeu. O sorriso da princesa apenas aumentou, tanto que ela aproximou-se. — Perdão.

— Se lhe faz bem, você está perdoado. — Pegando o queixo de Robert e fazendo-o olhar para ela, Sophia sorriu docemente e aproximou o rosto do dele. — Você não é apenas um homem malicioso, irônico e sedutor, Robert, mas também um perfeito cavalheiro.

Dito isso, Sophia fechou os olhos e beijou Robert, que apenas se deixou levar. Os dois logo pararam o beijo e voltaram a andar, embora tomando o máximo de cuidado possível para não serem vistos. O sonambulismo já havia passado e... seria um escândalo eles sozinhos juntos.

— Quando vamos nos encontrar novamente, Sophia? — A frente dela, espiando se no próximo corredor havia alguém, Robert perguntou. Ela suspirou.

— Tudo dependerá da boa vontade da rainha ao escolher os próximos eventos sociais. — Os dois cruzaram o curto corredor. Ao pararem na frente de duas porta, Sophia sorriu irônica. — Até lá, aproveite suas "diversões".

— Eu não sei... — Passos foram escutados atrás da porta onde eles estariam, calando-os. Sophia foi então agarrada por Robert, que entrou num corredor diferente. Os passos se afastaram, certamente algum empregado, mas eles continuaram no novo corredor. — Onde será que esse lugar vai dar, hein?

— Acho que no hall principal. — Ou algo próximo disso. O príncipe foi na frente, e Sophia apenas o seguiu. — Tente não nos deixar perdidos.

— Esse lugar não é tão grande assim. — Não? Sophia riu em desdém, fazendo simplesmente Robert voltar-se na direção dela e arquear uma sobrancelha, em desafio. Até que... ele sorriu malicioso. — Voltando ao assunto anterior, é difícil se contentar com pouco quando você já provou o melhor dos néctares.

Sophia quase acreditava nisso, faltou muito pouco, mas ela sorriu e sinalizou para eles andarem logo. Uma escadaria foi descida, um corredor cruzado e algumas portas abertas e fechadas, até que Robert e Sophia saíram no hall principal. O príncipe sorriu vitorioso, fazendo ela afastar-se.

— Dê algumas voltas pelos corredores, não podemos chegar no mesmo...

— Sophia? — Os olhos da princesa arregalaram, tanto que ela voltou-se na direção de... Robert tomou o lado dela... Ernest. — O que você está fazendo aqui numa hora dessas...!? Kendal!?

O duque de Cumberland, que havia acabado de chegar ao teatro, franziu o cenho ao ver a irmã mais nova com o duque de Kendal. Sophia, engolindo em seco, estendeu uma mão na frente de Robert, que sorriu tensamente.

— Não era para você estar em Bristol, Ernest? — Cuidado do Estuário de Severn, mais especificamente. Cumberland, porém, continuou a aproximar-se... furioso. Sophia tentou descontinuar:. — O que você faz aqui?

— Vim visitar minha família, que, por acaso, governa todo o país. — Houve uma tentativa de ironia, mas saiu apenas descontentamento. Sophia olhou para Robert e depois para Ernest, carrancudo. — Mas agora eu que pergunto: o que você faz aqui sozinha com Kendal?

— Nenhum de nós é obrigado a lhe dar satisfação alguma. — Desviando o olhar do irmão e focando num lugar qualquer, a princesa respondeu.

— Claro que precisa, eu sou seu irmão mais velho, esqueceu!? — Infelizmente isso era impossível. Porém a princesa não respondeu, fazendo Cumberland voltar-se furioso a Robert. — Kendal, é bom você não ter tocado num fio de...!

— Robert, creio que sua companhia seja desnecessária agora. — Colocando-se entre Cumberland e Kendal, Sophia pediu extremamente séria. O príncipe hesitou, então ela sorriu docemente. — Sou ajuda foi muito preciosa, obrigada... por tudo.

O príncipe ainda assim hesitou, vasculhando cuidadosamente nos olhos dela se deveria ou não sair, no final Robert cedeu e foi em direção ao camarote dos Bristol. Pois bem, respirando fundo, Sophia encarou furiosamente o irmão e, dando as costas, deixou o hall.

 

— Sophia! Mas para onde você está indo!? — Parado no mesmo canto, Cumberland gritou e veio atrás dela. — Eu exijo uma...!

Mas Sophia permaneceu calada, num irônico e frio silêncio. O duque, porém, veio atrás da irmã, gritando praticamente aos montes que ela estava sozinha com Robert. Assim iriam escutar, o que seria pior ainda. Chegando ao camarote real, Sophia entrou furiosa, o que assustou os pais delas... até que Ernest praticamente chutou a porta...

— Mas o que é isso, Ernest!? Vocês dois acham que estão em casa!? — A rainha, imediatamente levantando do assento, exclamou irritada com essa... coisa. — Aja com alguma educação, Ernest! E onde você estava, Sophia?

— Com o macho dela, era lá onde ela estava! — Antes mesmo que Sophia pudesse abrir a boca, Ernest gritou. Algumas pessoas nos camarotes vizinhos começaram a olhar, mas Cumberland não deu importância. — Sophia estava com Kendal!

A acusação trouxe imediatamente a atenção das outras princesas, bem como um olhar arregalado da rainha. Porém o rei... este riu levemente.

— Kendal, é? Eu gosto dele, é um garotinho tão divertido. Às vezes encontro ele brincando em St. James... ou melhor, encontrava. — O comentário do rei saiu acima de tudo bastante confuso, até mesmo ele percebeu. Foi o bastante para Sophia sentar, bem como Cumberland calar-se. — Onde você foi mesmo?

— Ao toilet. — Encarando o camarote dos Bristol, Sophia respondeu.

— Mesmo? Eu fui lá consertar a bainha do meu vestido e nem vi você. — Sophia quase arregalou os olhos ao escutar Amélia, cuja expressão era... inocente demais. A princesa deu os ombros a caçula. — Pode ter sido depois, mas eu fiquei um bom tempo lá.

Parecia até uma conspiração, como se todos quisessem destruí-la. De qualquer forma, Sophia sorriu a Amélia e assentiu, retornando para frente. Quem não gostou nada disso foi Cumberland, que encarava furiosamente a irmã e depois o camarote dos Bristol... até que a paciência dele chegou ao fim:

— MAS QUE BOSTA! Vocês por acaso não dão importância!? — Levantando-se aos gritos, Cumberland apontou então ao outro camarote. — Sophia estava SOZINHA com Kendal!

— Não seja escandaloso, Ernest! E lembre-se que são os Tudor-Habsburg! — Mas agora foi o rei quem perdeu a paciência, iniciando assim uma discussão.

*****

— Pergunto-me o que aconteceu para o camarote real estar tão... animado? — Ao invés de Macbeth, vestido-se para a batalha, sendo avisado que Lady Macbeth estava tendo delírios, a atenção de Cathrine estava no exaltado camarote real. — Qual será o motivo de tanta raiva em Cumberland?

— Eu convenientemente estar ao lado da princesa Sophia quando ele chegou, é um idiota. — A atenção de todos voltou-se ao duque de Kendal, observando a peça de braços cruzados. Ele estava...? Franzindo o cenho, Cathrine fitou Richard e depois o cunhado. — O que foi? Não tenho culpa alguma do ciúme doentio dele pela irmã.

O que não tornava essa uma situação comum. Se fosse assim, havia apenas eles dois no hall. No camarote real, Cumberland apontou furiosamente os Bristol, gritando coisas inaudíveis. Até que a rainha perdeu a calma e, levantando-se, começou a gritar balançando histericamente o leque que tinha. O duque sentou, ainda furioso. Mas que visão singular.

Dava até vontade de rir, o que seria bastante triste, sendo que a peça era uma tragédia. Porém, o que realmente impediu Cathrine, Richard e Mary de rir foi a atenção da família real que voltou-se a eles. Os Bristol apenas sorriram e viraram-se ao palco.

— Mas por que você estava no hall de entrada com Sophia? — Cobrindo o rosto com o leque, Cathrine voltou-se ao cunhado e perguntou.

Fazendo-a franzir o cenho, Robert permaneceu calado, não deu resposta alguma. Cathrine compartilhou um olhar preocupado com Richard, mas no final ele apenas deu os ombros. Que noite mais estranha essa, poderia ficar pior..? A marquesa negou e voltou à peça, melhor não desafiar a Deus.

O resto da tragédia de Macbeth passou como um sopro. Lady Macbeth se mata, acontece uma batalha entre as forças de Macbeth e de Malcolm, Macbeth mata, Macbeth é morto por Macduff e, por fim, Malcolm é feito rei da Escócia. As cortinas são baixadas, então uma estrondosa chuva de palmas começa no teatro.

Cathrine poderia ser bastante crítica com essa peça, principalmente com Sarah Siddons como Lady Macbeth, mas era impossível não impressionar-se com essa tragédia. Estava claro que o personagem principal era Macbeth, mas era Lady Macbeth a grande estrela. A marquesa quase queria uma dama de companhia escocesa.

— Sempre fico impressionado com os finais de Shakespeare, mas o de Macbeth é inalcançável! — Os Tudor-Habsburg, seguindo o exemplo de toda a assistência, levantou-se para aplaudir. Cathrine assentiu ao comentário de Richard, mas...

— Eu ainda prefiro Romeu e Julieta. — Não havia nada como um trágico amor impossível. O marquês riu negando e voltou-se ao palco. Claro que seria assim, Cathrine revirou os olhos e virou-se a cunhada. — E quanto a você... Mary, o seu rosto está branco! Parece até que viu um fantasma!

A marquesa até tentou tocar em Mary, mas a princesa quase perdeu as forças nos braços dela, foi necessário Robert segurá-la pelos ombros. Mary estava pálida como um fantasma, além de fria como um cadáver. Os outros Bristol, alarmados, buscaram saber o que era... até que a princesa apontou trêmula.

— É ele... o Ceto... está chegando! — A atenção de todos os três Tudor-Habsburg voltou-se ao... conde Vorontsov.

Fazendo-os arregalar os olhos, Vorontsov chamou a atenção de todos na plateia e nos camarotes com uma sineta, e ele sorria tão amplamente que... Oh Deus, o que esse homem iria fazer!?

— Milordes, miladys! Desejo tomar apenas um pouco do vosso tempo com uma declaração e um pedido! — Oh Deus! Cathrine abraçou fortemente Mary e negou, sentindo a respiração pesada da cunhada. Vorontsov fitou o camarote dos Bristol, fitou Richard. — Uma declaração e um pedido que visa juntar a grande família imperial russa com a extensa imperial família britânica!

Um grande burburinho começou no salão. Embora todos já soubessem o que era, foi impossível Richard, Cathrine e Robert trocarem olhares amedrontados e... fitarem a pálida Mary. Havia chegado a hora do sacrifício...


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Notas finais do capítulo

* Originalmente esse capítulo não acabava onde está acabando, na verdade eu decidi deixar o resto para o próximo capítulo, já que ele era uma continuação muito direta. Foi bom, ou vocês teriam que ler seis mil palavras.

* Macbeth é uma peça espetacular, embora menos conhecida que "Romeu e Julieta" e "Hamlet". A frase: o que está feito, está feito, foi popularizada por Lady Macbeth, que na minha leiga opinião é a real protagonista... dá primeira parte da peça. Sarah Siddons, da qual eu mencionei bastante, ganhou muita fama ao atuar como Lady Macbeth. Ela tornou-se uma verdadeira celebridade ao mostrar uma trágica Lady Macbeth, da qual muitas atrizes tentaram emular depois.

* Falando dos personagens, não é sempre que eu penso nas roupas que eles estão usando, porque eu acho isso irrelevante... a menos que era queira usar aquilo. Porém nesse capítulo foi impossível não dar atenção, no caso a roupa de Sophia. Originalmente ela estaria usando um vestido azul com uma espécie de véu de musselina, mas iria parecer muito Bridgerton, então eu troquei para vermelho com um manto de musselina. Por que eu escolhi vermelho? Porque quando eu penso na princesa Sophia logo vem a minha cabeça a pintura de Thomas Lawrence fez dela, onde Sophia usava um vestido vermelho. Também vem azul, mas essa cor é muito Bridgerton.

* No próximo capítulo teremos altas emoções, então não se esqueçam de favoritar e acompanhar, para assim serem atualizados.

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