Os órfãos de Nevinny escrita por brennogregorio


Capítulo 68
A chegada do trio de ouro




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Chega a noite e, você, Lavínia e Allison estão trocando mensagens pelo telefone finalizando os últimos detalhes para o encontro no bairro Miríade. Sua irmã Lívia já concordara autorizando sua saída impondo a condição mais uma vez de não chegar tarde em casa.

Após pegar suas coisas e despedir-se de sua irmã, logo pega o elevador e em questão de segundos já encontra-se no portão de saída do prédio.

Você: Eu já saí de casa e tô indo a caminho da estação de metrô
Você: Lavínia vc já tá pronta?
Você: Você tem que estar na sua estação me esperando em cinco minutos

Lavínia: Oi S/N eu já tô pronta sim
Lavínia: Acho que a pessoa mais empolgada pra começar essa investigação sou eu
Lavínia: Já tô pronta há séculos

Você: Ótimo
Você: Allison vc já conversou com o seu Akino?
Você: Ele vai mesmo levar a gente até Miríade sem falta?

Allison: Sim, S/N
Allison: Eu já falei com ele
Allison: Tá tudo certo pra chegada de vocês
Allison: Mas ainda tô pensando numa desculpa pra facilitar a entrada da Lavínia

Você: Na hora a gente vê isso
Você: É só falar normalmente que dá certo

Lavínia: Eu confesso que tô com medo dessa parte

Allison: Não precisa ter medo, Lavínia
Allison: Vai dar certo

Você: Certo gente eu tô indo pra estação
Você: Só vou falar no grupo quando eu estiver com a Lavínia

Lavínia: Tudo bem
Lavínia: Eu tô esperando

Allison: Ok S/N
Allison: Estou aguardando vocês


Depois de uns minutos você chega na estação Montreal e não demora tanto até encontrar Lavínia. Para não perder a carona, já entram logo no metrô seguindo juntxs rumo ao bairro Bazinanci.


Sem hesitar, por alguma questão de dúvida a respeito da presença de Lavínia você decide perguntá-la...

— Você tem certeza que quer fazer isso, não é?

— É claro. Eu já tô aqui, agora vou até o final — ela diz, decidida.

— Ótimo.


Mais alguns minutos depois vocês chegam na estação Bazinanci. Assim como havia prometido, Allison já está à espera na companhia do senhor Akino, o mesmo que lhes transportaram na outra vez que fora visitar Miríade.

— Boa noite, S/N. Como vai, Lavínia? — pergunta Allison, sorridente.

— Oi Allison — você diz.

— Boa noite, S/N — diz seu Akino — Que bom que está aqui outra vez. Pelo jeito gostou mesmo do bairro.

— É verdade. Eu adorei esse lugar — diz você meio sem jeito.

— Peraí, outra vez? Quer dizer que você já esteve aqui antes? — Lavínia pergunta olhando para você.

— É que...

— Eu não tô acreditando que vocês estiveram aqui juntxs e não me chamaram.

— Me desculpa, senhorita Lavínia, Allison e S/N. Eu não quis causar nenhuma confusão entre vocês — Akino diz com uma expressão preocupada.

— Não se preocupe senhor Akino. Acontece que Lavínia pode ser um pouco exagerada — Alisson diz.

— Um pouco exagerada? Como vocês tiveram coragem de fazer uma coisa dessa pelas minhas costas?

— Você 'tava doente, Lavínia. Ou será que já esqueceu? — você fala tentando acalmá-la.

Ela nada diz.

— Enfim, será que a gente já pode ir? Eu não posso chegar em casa tarde outra vez — você avisa.

— Vamos, Lavínia. Vamos deixar a conversa pra depois — Allison fala.

— Tá bom, tô indo. Eu tô muito ansiosa — ela diz, empolgada.

 

 

Após algum tempo em uma pequena viagem de carro, enfim vocês chegam a Miríade. Seu Akino, como fez na vez em que foi visitar Allison há um tempo, apenas fez a "entrega" e logo partiu para casa para ficar com a filha.

— Te agradeço mais uma vez, seu Akino — diz Allison sorridente acenando para o homem que vai se distanciando até dobrar a esquina.

— Ele é um homem simpático né? Gostei dele — comenta Lavínia.

— Muito. Seu Akino veio da África. Chegou há pouco tempo aqui no bairro — você diz.

— Humm, já sabe tanto assim dele, é?

— Allison me contou.

— E aprendeu rápido pelo visto — Allison diz, sorridente.

— Bom, agora que chegamos nesse fim de mundo depois de ter passado por aqueles guardas estranhos na entrada... me perdoa, Allison, mas aqui é um fim de mundo. Tanto que as pessoas nem querem vir pra cá. Mas, já que chegamos, por onde vamos começar?

— Pela minha casa. Você não tem interesse de conhecer?

— Tá, pode ser. Mas coisa rápida, porque o meu foco é outro. Sem ofensas de novo. Aí eu já aproveito e faço um xixizinho— ela diz pondo as mãos sobre o rosto.

— Então vamos lá. A gente tem muita coisa pra fazer — você fala.


E assim fizeram. Foi só o tempo de conversarem um pouco dentro da casa e Allison apresentar tudo para Lavínia que logo saem para as ruas de Miríade. Lavínia, como a nova visitante, aprecia tudo nos mínimos detalhes elogiando a estética e a forma de vida que os habitantes miridianos levam na maior empolgação.

— Eu tô chocada! Vocês aqui são tão diferentes do restante da cidade. Não tem nada a ver com o resto. Eu me sinto na impressão como se estivesse num daqueles filmes antigos tipo O senhor dos anéis ou na série Game of Thrones.

— Eu também tive essa impressão — você afirma.

— Mas não são todos que pensam assim, infelizmente — Allisson fala — Vamos logo ao que interessa? Ao que realmente vocês vieram fazer aqui junto à mim? Nós não podemos perder tempo.

— Claro. Mas eu tenho uma sugestão pra fazer. Que tal a gente ir pelo santuário Neshite? — você pergunta.

— S/N, por favor! Isso pode colocar a gente em encrenca — Allison exclama em um tom baixo.

— Não vai. A gente pega um atalho direto pro galpão.

— Galpão? É pra lá que a gente vai? — Lavínia pergunta, confusa.

— Isso fica pra outra hora. Mas é melhor a gente ir pelo santuário. Quase ninguém vai lá, é muito mais seguro e corre menos risco de alguém ver a gente andando pelo bairro. Não é, Allison?

— Tá bom, você tem razão. Eu não queria, pra não chamar atenção dos moradores, mas esse é um caminho melhor pra gente chegar lá no galpão sem sermos percebidxs — Allison afirma.

— Certo, então vamos lá. Vamos pelo santuário Neshite. Lavínia, você vai conhecer o Tidles?

— Conhecer quem? — ela pergunta.

— Vamos, você vai ver — você diz com um sorriso malicioso.


Em um breve percurso, logo vocês passam pelo santuário Neshite e já a caminho do galpão abandonado, você e Allison vão comentando a respeito da inusitada reação de Lavínia ao conhecer o terrível e pavoroso Tidles.

— Eu ainda não acredito que você não teve nenhum pouco de medo do Tidles, Lavínia. Todos têm medo dele. Até quem já conhece e sabe o que é o Tidles — Allison comenta.

— Sinceramente, eu não vi nenhuma razão pra ter medo daquele negócio. Vocês fizeram um falatório tão grande e no final não era nada — Lavínia diz.

— Eu não vou mentir. Morri de medo daquele bicho — você comenta.

— Nem me fale. Ainda lembro até hoje — Allison diz, gargalhando.

— Queria ter visto isso — Lavínia fala.

— Bom, gente, é aqui — Allison fala parando em frente ao mesmo galpão para qual você correra na outra vez em que visitara Miríade naquela noite.

— Vamo' logo começar com isso antes que chegue alguém — você fala.

— Vamos — diz Lavínia saindo na frente.

— Esperem! Vocês não podem entrar aí — Allison fala.

— Por que não? Não é esse o galpão que a gente veio da outra vez? — você questiona.

— Sim, S/N. É esse o galpão.

— Então...

— Mas acho que você tá esquecendo de uma coisa. Por acaso não lembra como foi que você encontrou a passagem secreta? Só tenho que te lembrar que não foi de um jeito tão agradável.

— Ah, ainda tem esse detalhe — você fala com uma expressão preocupada.

— O quê? O que foi que aconteceu? — Lavínia pergunta.

— Eu sem querer acabei caindo num buraco profundo e escuro. Foi um jeito bem rápido de encontrar o esconderijo, mas tenho que confessar que foi bem dolorido.

— É isso mesmo — Allison diz.

— Então, mas o que vocês sugerem que a gente faça? Eu não tô afim de me meter nesse buraco — Lavínia avisa.

— Calma, eu tenho uma solução. S/N, lembra quando a gente 'tava lá embaixo na passagem e do nada os guardas surgiram atrás da gente bem mais rápido que a gente esperava?

— Guardas?! — Lavínia exclama.

— É, eu lembro que você me contou isso, mas de fato eu não lembro praticamente de nada durante toda essa parte — você diz.

— Ah, é verdade. A sua perda de memória — Allison fala em um tom baixo — Mas exato, foi tudo como eu te contei que aconteceu. A minha ideia é a mais lógica e simples possível: a gente tem que achar esse caminho alternativo que os guardas encontraram pra aparecerem tão rápido. É claro que eles sabem de algum canto, já que eles não se jogaram lá de cima assim como fez S/N. O que acontece é que eu não faço a mínima ideia de onde esse lugar possa estar.

— Novidade. Você sempre traz soluções pela metade, Allison. Mas uma coisa já ajuda, agora a gente só precisa encontrar isso de uma vez — Lavínia declara.

— Então vamos. A gente não pode perder tempo — você diz.



⌚️ Minutos depois...

Estando aos arredores do galpão, você, Allison e Lavínia procuram por alguma brecha na qual possa servir para ser a entrada alternativa que os guardas usaram para surgirem na passagem subterrânea sem que tivessem passar pelo galpão. Em todas áreas próximas vocês procuram por algum lugar, mas em meio a tanto esforço mesmo assim ainda não encontram. Até que algo chama a atenção de alguém...

— Olha, aquelas árvores — Allison diz apontando em uma direção cujo há duas árvores distribuídas desproporcionalmente.

— O que tem as árvores? — você pergunta acompanhando Allison que se aproxima delas.

— Elas parecem desproporcionais, meio que mexidas de um jeito estranho.

— Deixa eu ver — Lavínia diz aproximando-se.


Ao passar as mãos sobre as folhas, vocês vêem uma enorme pedra circular na frente. Analisando em volta, notam que, na verdade ela esconde uma espécie de poço cujo há uma pequena escadinha que certamente pode levar a algum lugar específico.

— Só pode ser aqui. É esse o lugar por onde eles passaram — Allison alega.

— Vamos ter que conferir pra ver se é isso mesmo — você fala.

— Mas só pode ser. Já olhamos tudo aqui. Esse é o único local que faz sentido — Lavínia declara.

— E quem vai primeiro?

— Bom, já que você perguntou, pode dar as honras — Allison fala — Lavínia?

— Eu passo essa. Pode ir, S/N. A gente vai logo em seguida — ela diz.

— Nossa, você mais uma vez me empurrando, não é Allison? Bela amizade a de vocês. Mas tudo bem, eu vou primeiro — você diz logo se posicionando na escada.

— Certo. Eu vou logo atrás de você — Allison avisa.


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