Neo Saint Moon Ares escrita por OrochiYashiro


Capítulo 9
O irmão perdido




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/809367/chapter/9

Logo após a vitória em cima de outros guerreiros da linha de frente de Ares, Kanon, que voltara a ser o general do Dragão Marinho, e Molly, agora sua amada, e nova general de Lymnades, acompanham Sorento e os demais, e também as bruxas, ao santuário submarino.  Os sete obeliscos, outrora destruídos pelos Cavaleiros de Bronze, com ar poderosas Armas de Libra, foram restituídos pela força cósmica de Poseidon, que havia abandonado seu desejo de inundar o planeta.  Molly, ao se deparar com o local, fica fascinada pelo fato de haver um mundo paralelo, nas profundezas do oceano, de onde se vê a superfície do mar, como se fosse o céu. 

 

MOLLY:  Nossa...  aqui é mesmo um lugar fascinante, Kanon! - diz, surpresa – o mar, visto de cima, parece até o céu.  E graças ao ambiente deste lugar, podemos respirar normalmente. 

KANON:  Exatamente, Molly.  O cosmo de Poseidon se faz aqui presente desde o princípio de tudo.   

BIAN:  E os obeliscos que sustentam os sete mares foram todos reconstruídos pelo cosmo do Imperador.  Graças à sua benevolência, fomos agraciados em voltar a este mundo, após a fatídica batalha contra os Cavaleiros de Bronze. 

EUDIAL:  E nós, as outrora bruxas dos Caçadores da Morte, fomos também agraciadas pelo Imperador Poseidon, depois de ter lutado contra as Sailors.  E agora, nós e também os marinas, estamos com as Sailors e os Cavaleiros nessa guerra contra Ares. 

MOLLY:  Que bom que vocês encontraram a redenção, Eudial – sorri. 

 

Instantes depois, estavam todos na sala do trono, onde o mesmo estava vazio, desde que Julian Solo fora liberto da possessão de Poseidon, e voltara a viver na superfície.  Entretanto, o cosmo do Imperador se fazia ali presente, e se manifesta através de sua armadura, que fora deixada no trono.  Todos ali se curvam perante a armadura e o trono. 

 

POSEIDON:  Parabéns, Kanon e Molly!  Vocês agiram muito bem contra os berserkers de Ares.  E parabéns também aos demais... - diz, através de seu cosmo. 

ISAAK:  Obrigado, Imperador Poseidon.  Entretanto, outros deles logo irão atacar, cedo ou tarde. 

VILUY:  Mas eles que venham!  Estamos a postos para tudo. 

POSEIDON:  Tudo no seu tempo certo, meus generais.  No entanto, Kanon precisa voltar à superfície, e continuar a missão que lhe foi incumbida pelo Parthenon. 

KANON:  Sim, Imperador, preciso encontrar a família perdida do Mestre de Isaak.   

POSEIDON:  Molly de Lymnades...  vá com ele – diz. 

MOLLY:  Sim, Imperador Poseidon. 

 

Enquanto isso, em outro lugar, Enyo de Byakko, um dos berserkers chefes de Ares, toma conhecimento da derrota de Jano, James e Elon.

 

ENYO:  Maldição!  Então os generais marinas e as bruxas dos Caçadores da Morte também entraram na briga...  mas eles deviam todos estar mortos, como foi que puderam reviver?  A menos que...  o Imperador Poseidon os trouxe de volta.  Muito bem, se Poseidon quer guerra contra nosso Mestre Ares, ele a terá! 

 

Eis que chega outro berserker chefe; Anteros de Suzaku. 

 

ANTEROS:  Quer dizer que o Imperador dos Sete Mares também resolveu entrar de gaiato nessa guerra, Enyo? - indaga. 

ENYO:  Como seus marinas, e também as cinco bruxas, entraram no meio, não há dúvidas.  Já não bastam as Marinheiras Lunares e os Cavaleiros de Atena, agora aqueles que outrora foram seus inimigos também querem nos atrapalhar... 

 

Pelo visto, os vilões terão uma senhora pedreira pela frente, já que terão mais outras linhas de frente de combate a enfrentar. 

 

Enquanto isso, outras coisas se passavam com os demais.  Serena e Seiya estavam cada vez mais próximos um do outro.  Ambos já estavam a nutrir sentimentos amorosos um pelo outro.  Serena, por sua vez, resolve convidar aquele que salvou sua vida para ir à sua casa conhecer sua família.  Eis que o herdeiro de Pegasus chega à residência dos Tsukino, e toca a campainha.  É atendido por Sammy, irmão menor de Serena. 

 

SAMMY:  Boa tarde... - atende a porta. 

SEIYA:  Boa tarde...  você deve ser o irmão da Serena, presumo – cumprimenta. 

SAMMY:  Sim, me chamo Sammy, e você? 

SEIYA:  Prazer em conhecer...  me chamo Seiya. 

 

Eis que é convidado a entrar.  No interior da casa estavam Ikuko e Kenji, pais de Serena e Sammy.  

 

KENJI:  Olá, você deve ser o rapaz de quem Serena falou – diz. 

IKUKO:  Bem-vindo! 

SEIYA:  Obrigado, me chamo Seiya... 

 

Nisso, Serena vinha descendo a escada, após tomar banho. 

 

SERENA:  Seiya...  que bom que você veio – e o abraça. 

SEIYA:  Não podia recusar seu convite, Serena – diz, sorridente. 

 

Pelo visto, a família Tsukino parece ter gostado do jovem soldado de Atena. 

 

Nisso, outras coisas se passavam num pequeno apartamento.  Mais precisamente, no apartamento de Lita.  A mesma acabara de preparar um banquete, e parecia aguardar alguém.  Nisso, a campainha toca. 

 

LITA:  Será que é ele? - pergunta. 

 

Quem será que ela estava esperando?  Eis que vai atender à porta.  Ao abrir, do outro lado estava...  Shiryu!  E com umas belas rosas.  Um tanto incomum para seu perfil, já que ele nunca foi antes de presentear moça nenhuma com flores, nem mesmo Shunrei.   

 

SHIRYU:  Olá, Lita, muito obrigado por me convidar para um almoço... - e oferece as flores – para você... 

LITA:  Para mim?  Nossa, muito obrigada – sorri, toda encantada. 

 

E coloca as rosas num vaso. 

 

LITA:  Sabe, você é o primeiro homem que aqui recebo.  Até hoje, só minhas amigas aqui estiveram... 

SHIRYU:  Eu entendo...  e você mora muito bem. 

LITA:  Obrigada – agradece. 

 

E Lita mostra seu apartamento para Shiryu.  Num dado momento, eis que ele olha um retrato na estante, de um casal.   

 

SHIRYU:  São seus pais? - indaga. 

LITA:  Sim...  na verdade, eles me adotaram e me criaram. 

SHIRYU:  E onde estão agora? 

 

Eis que seu semblante fica triste. 

 

LITA:  Morreram na queda do avião onde viajavam – diz, com voz triste. 

SHIRYU:  Sinto muito...  desculpe por ter perguntado. 

LITA:  Sem problemas...  bem, vamos nos sentar à mesa?  

 

E ambos sentam e se servem.   

 

Enquanto isso, algumas coisas se passavam em outra parte de Juuban.  Ami estava em seu apartamento, como sempre, lendo, já que é estudiosa.   

 

AMI (pensando):  Será que ele vem? - pensava. 

 

Ela estava esperando alguém?  Nisso, a campainha toca.  Sua mãe, Saeko Mizuko, que estava de folga do serviço, atende.  Era Hyoga! 

 

SAEKO:  Boa tarde... 

HYOGA:  Boa tarde, Senhora Mizuno – beija sua mão, de forma educada – a Ami se encontra? 

SAEKO:  Sim, Hyoga. 

AMI:  Hyoga, que bom que veio para estudarmos juntos – diz, chegando. 

 

Hyoga entra.  Instantes depois, estava a fazer uma leitura de alguns livros juntos de Ami.  Pelo visto, o discípulo de Camus é mesmo um estudioso, tal qual seu Mestre, e tal qual a jovem Sailor. 

 

HYOGA (pensanso):  Que bom que ela é muito inteligente!  Sempre gostei muito de ler.  E Ami se parece muito comigo nessa parte.  Aliás, eu diria que ela lembra, em parte, meu Mestre Camus, que sempre foi muito dado à leitura. 

AMI:  Que bom que você curte leitura, Hyoga!  Você realmente tem um ar de intelectual. 

HYOGA:  Obrigado, Ami.  Você também é muito inteligente, além de bela. 

AMI:  Eu...  bela? - fica vermelha de vergonha – obrigada, nunca ninguém me disse isso antes. 

 

Nisso, ao olhar de relance para o lado, Hyoga vê um retrato na estante que lhe chama atenção, e ao mesmo tempo, o deixa de cabelo em pé.  Quem será a pessoa do retrato?  Aparentemente, era um garoto andando no meio da nevasca. 

 

HYOGA (pensando):  Mas isso...  não é possível!  Esse garoto na foto...  ele lembra...  MESTRE CAMUS?! 

AMI:  Hyoga...  o que houve? - indaga. 

HYOGA:  Ami...  esse garoto na foto...  ele é algum parente seu?

 

Eis que ela olha para o retrato na estante. 

 

AMI:  Ah...  sim...  ele é Camus, meu irmão mais velho.  Desapareceu há muitos anos, quando eu ainda era quase recém-nascida. 

HYOGA:  CAMUS?! - se espanta – sabe...  pode parecer uma coincidência e tanto, mas...  o meu Mestre...  ele também se chama Camus. 

AMI:  Sério?  Nossa, isso é muita coincidência mesmo. 

 

Como o irmão de Ami – desaparecido há muitos anos – se parece com seu Mestre, e se chama Camus, Hyoga chega à conclusão que seu Mestre pode ser o irmão mais velho da garota a quem estava a amar.  E agora?  Se for mesmo verdade, como vão ficar as coisas, caso Hyoga e Ami venham a assumir um namoro, sabendo se tratar da irmã mais nova de seu Mestre? 

 

Enquanto isso, outras coisas se passavam em Hikawa, onde fica o templo xintoísta de Rei.  Naquele dia, Ikki, a pedido da mesma, aparece por lá.  O avô da Rei, o Senhor Hino, estava a varrer a frente da casa, quando vê o lobo solitário ali chegar.   

 

SR. HINO:  Boa tarde, rapaz, você quem é? - indaga. 

IKKI:  Boa tarde...  sou Ikki, e sou amigo de Rei, ela se encontra? 

SR. HINO:  Sim, mas ela está meditando dentro do templo... 

REI:  Pois eu já acabei, vovô...  oi, Ikki, que bom que veio – sorri. 

IKKI:  Olá, Rei, vim conforme combinado. 

 

Ambos seguem em direção ao templo.  Ikki, junto com Rei, estava a orar e meditar diante do fogo sagrado.  Pelo visto, parece que o irmão de Shun estava a treinar para seguir os mesmos passos de Rei no xintoísmo.  Mais que isso; o velho lobo solitário sentia um grande ardor dentro dele.  Rei parecia lhe ter devolvido a alegria de viver.   

 

REI:  Ikki...  é isso que você quer mesmo?  Quer seguir os caminhos místicos do xintoísmo? 

IKKI:  Sim, Rei.  Algo dentro de mim me diz que, daqui em diante, este será o meu destino.   

REI:  Fico feliz por sua dedicação...   

 

Nisso, outras coisas acontecem em outra parte de Tóquio.  Naquele momento, Shun e Mina se encontraram na lanchonete onde funciona também uma casa de jogos, que fica em cima da fortaleza das Sailors, agora também uma nova fortaleza para os Cavaleiros.  Entre um lanche e outro, ambos conversavam a respeito um do outro. 

 

MINA:  Você e o Ikki são irmãos? - indaga. 

SHUN:  Sim!  Perdemos nossos pais ainda na infância, e como ele é bem mais velho que eu, cuidou de mim, até o dia em que tivemos que nos separar para treinar e conseguir nossas armaduras. 

MINA:  Imagino como ficou feliz em rever seu irmão, depois disso... 

SHUN:  Infelizmente não foi muito feliz nosso reencontro.  Ele voltou totalmente mudado, fazendo maldades...  o ambiente em que treinou o fez perder sua humanidade.  Mas depois, com muito custo, eu e todos os demais conseguimos faze-lo mudar de ideia, e abandonar essa vingança sem sentido. 

MINA:  Nossa...  imagino como foi triste para você isso... 

SHUN:  Muito!  Mas depois, voltamos a ser amigos.  Porém, ele preferiu estar o tempo todo sozinho, mas sempre que a coisa apertava para o nosso lado, ele surgia para ajudar a equilibrar tudo.  E agora, pelo visto, graças a você e suas amigas, parece que o Ikki não será mais solitário - e arrisca perguntar sobre Mina – e você, como é seu convívio com Serena e todas as demais? 

MINA:  Bem...  eu as conheci depois de voltar da Europa, onde vivi alguns anos.  Morava na Inglaterra.  Na época, eu já atuava como Sailor Vênus, bem antes das demais serem convocadas por Lua e Artemis.  Além de monstros e outros seres místicos, ajudava uma amiga minha, que é policial, a combater o crime.  Mas...  um belo dia, enquanto estávamos encurralando um bandido num galpão, ele soltou uma granada, que quase me matou – seus olhos ficam tristes. 

SHUN:  Minha nossa!  Por sorte você sobreviveu... 

MINA:  Sim, mas logo depois, tive uma grande decepção...  um rapaz a quem eu, na época, muito amava, ele estava namorando essa minha amiga.  Me senti duplamente traída.  Entretanto, logo depois, entendi que ele amava de verdade a ela, e não a mim. 

 

Diante do semblante triste de Mina, Shun segura sua mão. 

 

SHUN:  Ora, mas nem tudo está perdido.  Haverá uma nova chance para você amar novamente, e até mesmo ser correspondida. 

MINA:  Você acha? - sorri. 

 

Parece que mais um casal estava para se formar. 

 

Enquanto isso, em outra parte, algumas coisas se passavam.  Dessa vez, Saori estava acompanhada de Darien, a quem conhecera dias atrás, e a quem estava a se afeiçoar.  Darien se dirigira à Mansão Kido, e chegando lá, caminhava com Saori pelo imenso jardim, com Tatsumi, ao fundo, a observar com uma certa reprovação, já que nunca admitira homem nenhum estar tão próximo de sua protegida, nem mesmo seus Cavaleiros, pelos quais ele sempre nutriu desprezo. 

 

TATSUMI (pensando):  Quem esse rapaz pensa que é para estar tão próximo assim da Senhorita Saori?  Se pudesse, o picava em pedaços vivo! - e aperta as mãos, rangendo os dentes de raiva. 

 

Melhor ele nem tentar a sorte! 

 

DARIEN:  Você, ao nascer...  tentaram te matar?  Mas como pode alguém querer fazer com você tamanha maldade? - indaga, perplexo. 

SAORI:  Não foi porque quis...  Saga estava possuído pela força maléfica de Ares, o deus da guerra.  E agora, como Ares não conseguiu, à época, o que tanto queria, ele resolveu se rebelar contra o mundo, através de seus berserkers. 

DARIEN:  Entendo...  no entanto, Ares quer também o Cristal de Prata, que está em poder de Serena. 

SAORI:  Cristal de Prata...  já ouvi falar nele antes.  Mas, esse tempo todo, achei que fosse uma mera lenda... 

DARIEN:  Não, não é.  Ele é bem real, e pode tornar tudo ainda mais belo.  Entretanto, se cair em mãos criminosas, pode significar o fim de toda a humanidade. 

SAORI:  Mais uma boa razão para que esse cristal jamais caia nas mãos de Ares – e resolve emendar outro assunto – bem, você, como Tuxedo Masked, já deve ter participado de muitas aventuras e batalhas ao lado da Serena e as demais Marinheiras Lunares, sim? 

DARIEN:  Exatamente!  À época, eu estava procurando pela princesa do meu passado misterioso, a princesa a quem eu, na época do Milênio de Prata, tanto amei.  Cheguei a achar que fosse uma das Sailors, provavelmente a Serena, mas...  logo descobri que não era ela.  Pesquisando melhor a história, descobri que meu outro eu, o Príncipe Endymion, na verdade, era apaixonado por uma bela deusa terrena, que liderava um grupo de Cavaleiros.  Mas, em função de suas responsabilidades para com seu reino, não pôde assumir esse amor pela deusa. 

Aquilo deixa Saori um tanto atônita. 

 

SAORI:  Seu outro eu...  então...  ele era... 

DARIEN:  Sim!  Endymion amava a Atena.  Esse foi seu grande amor.  A deusa Atena que, hoje, vive na sua pessoa – sorri para ela. 

SAORI:  Nossa...  isso tudo é tão surpreendente!  Quer dizer então... 

DARIEN:  Sim, Saori!  Nossos destinos estão intrinsecamente ligados um ao outro. 

 

No entanto, se lembra que tem que passar na faculdade de medicina, para continuar com seu estágio. 

 

DARIEN:  Nossa...  preciso ir à universidade, estou em estágio.  Mas foi excelente estar a qui com você, Saori. 

SAORI:  Igualmente, Darien – e ambos se abraçam. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Neo Saint Moon Ares" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.