Neo Saint Moon Ares escrita por OrochiYashiro


Capítulo 17
O amor das Inner Senshis e dos Cavaleiros de Bronze




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Cinco dias se passaram. Kanon, após conseguir descobrir e localizar a família de Camus, retornara à Grécia, mas estava pronto para ser chamado por Poseidon a qualquer momento. Naquele instante, ele já estava no Parthenon, diante do Patriarca, e dos demais. 

 

SAGA: Enfim, você voltou, mano! - diz – achava que fosse nos deixar na mão... 

KANON: Como é que você pode pensar assim de mim, Saga? Missão dada é missão cumprida! Acontece que o Imperador Poseidon me devolveu a escama do Dragão Marinho, e tive que lutar novamente como um Marina, contra os berserkers de Ares. 

SAGA: Poseidon... ele está de volta? - indaga. 

KANON: Sim, mas agora, tudo é diferente. Ele reviveu todos os outros Marinas, e ainda reviveu as antigas Bruxas Espaciais... 

SAGA: Até as Bruxas Espaciais... as que eram membros dos Caçadores da Morte? É tudo impressionante demais...  

MILO: Bem, mas, nesse ínterim, você conseguiu descobrir a família de Camus? 

KANON: Sim, Milo. A mãe e a irmã dele realmente estão vivas. 

CAMUS: O que... você encontrou minha família, Kanon? - indaga, chegando ali. 

 

Eis que, aos poucos, os demais Cavaleiros de Ouro chegavam ao templo do Mestre, e também o Patriarca Shion. 

 

SHION: Ora, você realmente não nos decepcionou, Kanon. Cumpriu a missão de localizar a família de Camus – diz. 

KANON: Sim, Patriarca. A mãe de Camus, a Senhora Saeko Mizuno, e sua irmã mais nova, Ami, estão mesmo vivas. 

CAMUS: E em que parte do Japão estão morando? Ainda estão em Tóquio? - indaga, ansioso. 

KANON: Sim, moram em Tóquio, no distrito de Juuban.  

CAMUS: Juuban... me lembro que até a ocasião da trágica viagem, morávamos em Hinode.  

KANON: Foi uma emoção sem tamanho... ela ficou muito chocada ao ver sua foto, de como você cresceu, chorou muito... ainda bem que Hyoga estava lá para ajudar a confortar sua mãe, e também sua irmã. 

CAMUS: Hyoga... eu sabia que ele não me decepcionaria! - diz, em meio às lágrimas - obrigado, Kanon, fico mais tranquilo agora... 

KANON: Mas, ao que parece, seu discípulo está a amar sua irmã. 

 

Ao ouvir aquilo, fica espantado. 

 

CAMUS: Como?! Hyoga... ele... apaixonado... POR MINHA IRMÃ?? 

DEATHMASK: Ora, ora... parece que seu discípulo agora é seu cunhado também - graceja. 

 

Irritado pela brincadeira, o tomba pra trás com um lampejo. 

 

CAMUS: Não teve graça! - grita. 

AFRODITE: Acalme-se, meu caro amigo, ele não quis ofendê-lo. Além do mais, se é o seu melhor discípulo quem está protegendo sua irmã, não há nada que temer.  

CAMUS: Pro bem dele, é bom mesmo que esteja cuidado bem da Ami, pois não quero ver minha irmã com qualquer um. Se ele fizer algo que a faça sofrer, sou capaz de aprisiona-lo novamente no gelo! 

SHION: Já basta, gente! - interrompe – Camus... seja mais compreensível com seu discípulo. Hyoga provou ser um homem de grande valor. Na guerra santa contra Hades, pudemos conferir isso pessoalmente. Todos eles deram o seu melhor para que pudéssemos vencer as trevas, e impedir a Terra de tornar-se um lugar eternamente escuro. Haja o que houver, Hyoga há de proteger sua irmã caçula, e proteger também sua mãe, mesmo com a própria vida. 

 

Diante das palavras de seu “tutor”, Camus abaixa a bola. 

 

CAMUS: Sim... me perdoe por ter perdido a cabeça, Mestre Shion. Sabe como é... coisas de irmão ciumento. 

AIOLOS: Não há por que ter ciúmes, amigo. Hyoga é um homem de valor, e sua irmã já é uma moça. Ele há de cuidar bem dela, enquanto você não volta pra casa. 

CAMUS: Sim... que assim seja! 

 

Na porta do templo do Patriarca, as Outer Senshis observavam a tudo. 

 

HARUKA: Nossa... o Camus é mesmo um irmão ciumento. Com ciúme de ver a irmã caçula de namorico com seu próprio discípulo... - ri. 

MICHIRU: Que isso, Haruka! No fundo, Camus é um homem magnífico. Ele pode ter ficado impressionado de primeira, mas, sabendo o homem de valor que é o discípulo dele, não vai pegar no pé da irmã. 

SETSUNA: No fundo, apesar de sua aparência fria e indiferente, é um homem bem sentimental. 

HOTARU: Isso prova que mesmo os brutos também amam – conclui. 

SHAKA: O que as senhoritas fazem aí? - indaga, chegando à entrada. 

MICHIRU: Ah... perdão, Shaka... vínhamos falar com o Patriarca, mas não pudemos evitar de ver o quão seu amigo se emocionou em saber que a família dele está viva.  

SHAKA: Sim, é verdade. Camus sempre agiu de forma fria e até mesmo arrogante, mas, no fundo, era para ocultar esse outro lado dele.  

 

E se retira até seu templo.  

 

HARUKA: Parece que você tem agora um amado, e também uma cunhada, não é, querida? - graceja. 

MICHIRU: Eu... um amado? - fica vermelha de vergonha. 

HARUKA: Não precisa disfarçar, mulher! Sabemos que você ama o Cavaleiro de Aquário. E diga-se de passagem, é um excelente partido. 

 

Haruka tinha razão. Michiru estava apaixonada por Camus, assim como as demais por Dohko, Shura e Saga.  

 

Em Tóquio, outras coisas se passavam. Os Cavaleiros de Bronze e as Inner Senshis estavam na Mansão Kido. E lá também estavam Darien, Koga e Rini, esses dois vindos do futuro. 

 

SEIYA: A mãe da Ami... é mãe do Camus? - indaga. 

HYOGA: Sim, Seiya. Nossa... foi muito emocionante ver o quão ela se emocionou – diz, abraçado a Ami. 

AMI: Sim... também me emocionei em ver como meu irmão cresceu... - diz, em meio às lágrimas. 

DARIEN: Isso tudo é surpreendente demais... saber que uma das Sailors é irmã de um dos Cavaleiros de Atena.  

SAORI: Verdade, meu bem... - e se volta para Ami – mas não se preocupe! Logo você e sua mãe terão seu irmão de volta. 

 

Nisso, todos olham para Shiryu, que estava sentado ao lado de Lita. 

 

SEIYA: Pelo visto, parece que você está recuperado do choque que levou daquela vez... - diz. 

SHIRYU: De fato... não foi fácil, mas hoje encontrei um novo motivo para sorrir – diz, olhando para Lita. 

LITA: Que bom, Shiryu! Que bom que você voltou a sorrir. Foi uma experiência terrível a que você teve, mas não há de se repetir novamente. 

 

Instantes depois, os heróis deixavam a Mansão Kido. Apenas Darien ficou um pouco mais.  

 

DARIEN: Que bom que estamos tendo notícias boas, Saori. Ami descobriu que seu irmão, a quem julgava ter morrido, está vivo, apesar de estar distante... 

SAORI: É verdade. No fundo, Camus se passava por um sujeito mesquinho, frio, grosso e até estúpido para disfarçar esse outro lado dele, o lado amoroso e fraterno. Mesmo sendo um Cavaleiro, nunca deixou de amar sua irmã e sua mãe.  

DARIEN: Que bom... - nisso, segura sua mão - sabe... nunca antes, em toda minha vida, estive tão feliz como agora... desde que nos conhecemos... 

SAORI: Pois é... também estou feliz, meu amor. Penso que o espírito de meu avô nos colocou no caminho um do outro. 

 

Saori e Darien se entregam a um beijo bem apaixonado. Ao fundo, um camafeu de Mitsumasa Kido sorridente pela felicidade de ambos. Uniu sua neta e também seu protegido. 

 

Enquanto isso, Seiya e Serena estavam em Juuban, onde a Princesa Lunar mora.  

 

SERENA: Que bom que a Ami e a mãe estão felizes por saber que o irmão dela está vivo... imagino como choraram bastante, durante anos... 

SEIYA: Verdade, meu bem. Mas agora, tudo é diferente. Imagino a surpresa que Camus deverá ter, quando souber que a irmã está de namoro com o discípulo dele.  

SERENA: Ora, se ele confia no Hyoga, que é seu discípulo, irá confiar dele ser namorado de sua irmã - diz.  

SEIYA: Sim! E sabe... esse tempo todo que convivemos juntos me fez ter uma certeza... 

SERENA: E qual? - indaga. 

 

Um breve silêncio, seguido de uma aproximação de rostos, e quando ambos dão por si, estavam se entregando a um beijo apaixonado. Enfim, mais um casal a se formar! 

 

SEIYA: Serena... a verdade é que... TE AMO! 

SERENA: Seiya... também te amo... com todo meu coração... - voltam a se beijar. 

 

Ao fundo, Lua observava ambos. 

 

LUA (pensando): Pelo visto, Serena encontrou o amor nesse rapaz. Será que ele pode, um dia, vir a ser o rei da futura Tóquio de Cristal? 

 

Essa é uma pergunta que somente o tempo há de nos dar as respostas. 

 

Em outra parte, outras coisas se passavam. Shun e Mina acabavam de chegar diante da casa da jovem.

 

MINA: Obrigada por me acompanhar até minha casa, Shun. Gosto muito de sua companhia. 

SHUN: Eu também, Mina, gosto muito de estar em sua companhia.  

MINA: Sabe... esse tempo que nós convivemos um com o outro... isso me fez ter uma certeza... 

SHUN: Bem... e que certeza é essa? - indaga. 

 

Como sempre foi decidida a abrir o jogo em tudo, ainda mais na questão amorosa, Mina decide ser direta com Shun. Se aproxima do Cavaleiro tímido, e o beija, para surpresa do mesmo. 

 

MINA: Te amo, Shun! Te amo desde que o vi pela primeira vez – diz, sorrindo. 

SHUN: Nossa... que sensação maravilhosa! Nunca senti antes um sentimento como esse. Mina... também te amo – e ambos voltam a se beijar. 

 

Artemis, o tutor da jovem, observava tudo ao fundo. 

 

ARTEMIS (pensando): Que bom que Mina finalmente encontrou seu amor! E Shun é um excelente rapaz, bem pacífico. 

 

Em outra parte, mais precisamente em Hikawa, diante do templo xintoísta, Rei acabara de chegar acompanhada de Ikki. Pelo visto, o outrora lobo solitário já não era mais tão solitário assim. O carinho de Rei parece ter ajudado a mudar seus sentimentos. 

 

REI: Ikki... muito obrigada por ter me acompanhado até aqui – sorri. 

IKKI: Eu que agradeço a você por sua companhia, Rei... até algum tempo atrás, eu era muito solitário, desde que perdi meu antigo amor de forma trágica. Mas a companhia de meu irmão e meus amigos, e agora, a sua, me fizeram rever alguns conceitos até então perdidos. 

REI: Que bom!  

 

Eis que se segue um breve silêncio entre os dois. E quando se dão por conta, se entregam a um beijo bem apaixonado.  

 

IKKI: Rei... a verdade é que... TE AMO! Você me fez ter alegria para amar novamente... 

REI: Ikki... também te amo! Graças a você, minha vida nunca mais será vazia. 

 

Outro abraço seguido de outro beijo entre os dois. Ikki perdeu Esmeralda, seu primeiro grande amor, e também perdera Pandora, que quase foi um novo amor para o mesmo, em meio à guerra santa contra Hades, mas agora tem o amor de Rei. 

 

Em frente ao prédio onde Ami e sua mãe moram, ela acaba de chegar em companhia de Hyoga. 

 

AMI: Hyoga... mais uma vez, obrigada por me acompanhar até minha casa. Minha mãe e eu estamos tão felizes por existir alguém como você no mundo – diz - graças a você, agora sabemos que meu irmão vive, e que se trata do seu Mestre. 

HYOGA: Fico feliz por ter trazido conforto e felicidade à sua família, meu floco de neve.  

AMI: Hyoga... mais que nunca... TE AMO! 

HYOGA: Também te amo muito, meu floco de neve. Hei de te amar para sempre. E hei de proteger a ti e à sua família, na ausência de Camus. 

 

Ambos se beijam, antes de Hyoga voltar ao alojamento da Fundação Graad. Ami estava feliz por ter encontrado um grande amor, e também por saber que o mesmo é discípulo de seu irmão mais velho.  

 

Noutra parte de Juuban, Lita chegava até sua casa, em companhia de Shiryu. E ao que parece, o Cavaleiro do Dragão, que, até algum tempo atrás, estava totalmente amargurado - tão amargurado quanto Ikki, na época em que perdeu Esmeralda – estava mudado. Parecia ter mais alegria para sorrir.  

 

LITA: Obrigada por me acompanhar até aqui, Shiryu, você é mesmo um cavalheiro incrível - elogia. 

SHIRYU: Disponha, Lita. Eu é que devo agradecer-lhe por me ter feito ver que ainda é possível encontrar a felicidade, mesmo após uma decepção cataclísmica.  

LITA: Que bom! Não vale mesmo a pena sofrer por alguém que só lhe fez sofrer no passado. Digo isso por experiência própria, pois também passei por isso. 

SHIRYU: Então parece que temos um bocado de coisas em comum um com o outro... - conclui.  

 

Eis que ambos permanecem em silêncio durante um bocado de tempo, e quando dão por si, se entregavam a um beijo apaixonado, como aconteceu com os demais, antes.  

 

LITA: Shiryu... TE AMO! Você é muito especial para mim. 

SHIRYU: Também te amo, Lita. Você me apareceu na hora mais certa. 

 

E voltam a se beijar. Entretanto, mal sabiam os dois que um par de olhos maus, carregados de ciúme, os observava oculto nas sombros. 

 

???: Finalmente o encontrei... e agora, ele está com uma zinha qualquer, uma brutamontes ladra de homens... não os perdoarei por isso! - diz, cheia de ódio na voz.

 

Espere! Mas essa daí... SHUNREI?! Mas... como ela conseguiu sair da China e ir ao Japão? Como conseguiu descobrir o paradeiro de Shiryu? Será que ela conseguirá levar adiante sua vingança, pelo fato de ter sido desmascarada enquanto o traía, e por ser expulsa de Rozan? 

 

SHUNREI: Eu não vou deixar que essa jamanta roube o Shiryu de mim! Ela não fará o que pretende! 

 

E como ela pretende impedir isso? Afinal de contas, Lita é uma experiente karateka. 

 

Instantes depois, Shiryu se despede de Lita e segue rumo ao alojamento da Fundação Graad, onde fica alojado sempre que vai ao Japão. Entretanto, enquanto caminha pela rua, sente algo estranho. 

 

SHIRYU (pensando): Estranho... tenho a sensação de estar sendo seguido por alguém. Mas não é um berserker, pois não sinto a presença de nenhum cosmo hostil.  

 

Olha para os lados, à procura de seu provável perseguidor, mas não havia ninguém nos arredores. Shunrei procurava perseguir Shiryu de forma bem sorrateira, como forma de saber onde ele estava alojado. Minutos depois, eis que ela o vê entrar no prédio onde fica o alojamento da Fundação Graad. 

 

SHUNREI (pensando): O alojamento da Fundação Graad, de Mitsumasa Kido... então é aí que ele está! E com certeza os outros panacas também devem estar aí. Muito bem, Shiryu... você vai ver por me ter trocado por seus amigos, e também por aquela troglodita ridícula.

 

Melhor ela nem tentar a sorte, pois não sabe com quem está mexendo. Lita é bem calma, mas quando a tiram do sério, melhor correr que lá vem uma tempestade. E não há nada pior e mais terrível no mundo que a fúria de uma pessoa paciente. 


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