Neo Saint Moon Ares escrita por OrochiYashiro


Capítulo 14
Uma impactante revelação




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Enquanto isso, outras coisas se passavam em Tóquio.  Os heróis conheceram a Koga, o Cavaleiro de Pegasus do futuro, e à nova Rini, agora já uma moça na faixa dos 16 anos, e Nova Sailor Moon.  No entanto, uma coisa que surpreendeu às Sailors foi saber que o Cristal de Prata tem uma joia irmã, que está desaparecida desde que a Rainha Serena se sacrificou para derrotar as forças do Negaverso e Ares, o deus da guerra.  Mas que joia será essa, afinal de contas?  E por sua vez, a Cruz do Norte, a insígnia de Hyoga, e lembrança materna do mesmo, também emitira um brilho misterioso.   

 

LITA:  É tudo muito impressionante isso...  saber que o Cristal de Prata tem uma joia irmã perdida na Terra.  Mas quem será que está com essa joia irmã, afinal de contas? - indaga. 

MINA:  Lembram do que disse o espírito da Rainha Serena?  A pessoa que está com essa joia não é má.   

SERENA:  Será que ela pode estar com o Seiya...  ou com um dos amigos dele? 

AMI:  É bem capaz, Serena.   

REI:  Então, se estiver com um deles, não precisamos nos preocupar.  Menos mau... 

SEIYA:  Olá, Serena, olá meninas... - diz, chegando em Hikawa. 

KOGA:  Rini...  enfim, voltei. 

RINI:  Koga, que bom!   

 

Rini e Koga se abraçam, dando um beijo rápido diante de todos. 

 

SERENA:  Então ele é o namorado de Rini...? 

RINI:  Sim...  é ele!  Koga, o Pegasus do futuro. 

SERENA:  Futuro?! 

SEIYA:  Pois é, parece que eu já conheci meu sucessor. 

SHIRYU:  E ele veio nos avisar que Ares, no futuro, poderá ter nos vencido e conseguido mergulhar o mundo num holocausto nuclear. 

LITA:  Nossa...  isso é muito grave!  Um holocausto nuclear exterminaria por completo a vida na Terra. 

SHIRYU:  Por isso mesmo devemos estar prontos o tempo para enfrentar Ares, Lita. 

 

Nisso, algo surpreendente acontece; a Cruz do Norte, pendurada no pescoço de Hyoga, volta a brilhar, e dessa vez, na frente das Sailors. 

 

HYOGA:  A cruz de minha mãe...  voltou a brilhar...  mas como...? 

REI:  Olhem...  o crucifixo de Hyoga está brilhando! 

LUA:  Essa cruz...  SIM!  É ela! 

ARTEMIS:  A joia irmã do Cristal de Prata...  nós a encontramos! - diz. 

SHUN:  O que...  joia irmã do Cristal de Prata?  Como assim, Artemis? 

ARTEMIS:  O Cristal de Prata tem uma joia irmã, só que nós achávamos que tinha se perdido ou destruído para sempre.  O espírito da Rainha Serena nos apareceu e contou-nos a respeito, dizendo que ela estava aqui na Terra.  E como a cruz do Hyoga brilhou, ela interagiu com o Cristal de Prata, que está oculto no corpo da Serena. 

 

Aquela revelação deixa a todos ali surpresos. 

 

IKKI:  Então...  isso quer dizer que... 

SEIYA:  Que o Hyoga terá que se desfazer de sua lembrança materna? 

HYOGA:  Eu...  me desfazer da única lembrança que tenho de minha finada mãe?  NÃO!!  Não posso fazer isso!  Não posso trair a memória de minha mãe - se assombra. 

REI:  Mas, Hyoga...  se a sua cruz é uma joia irmã do Cristal de Prata, você precisa nos entrega-la.  Acho que sua mãe ficaria feliz se você o fizesse, pois precisamos muito dela. 

HYOGA:  Mas ela...  ela é muito importante para mim!  Tem um significado muito importante, já salvou minha vida muitas vezes. 

SHIRYU:  Ele tem razão.  A Cruz do Norte, por mais que tenha poderes incríveis, é algo de grande valor sentimental para ele.  A única lembrança de sua mãe.  Ele não pode se desfazer desse rosário assim, como se fosse algo que não faça tanta falta. 

SERENA:  Shiryu...  mas a Rei está certa.  Se for uma joia irmã do Cristal de Prata, ela deve ficar conosco. 

 

Diante daquilo, Ami toma a dianteira. 

 

AMI:  Esperem!  Ele tem razão.  É uma lembrança de sua mãe, é muito importante para ele – se põe ao lado do discípulo de seu provável irmão. 

LUA:  Mas, Ami...  a cruz dele pertencia à Rainha, e agora pertence à Serena por direito. 

AMI:  Não!  A partir do momento que a Cruz do Norte viajou milhares de quilômetros desde a lua até a Terra, e foi achada pela mãe do Hyoga, passou a ser dela, até o dia que ela a entregou ao filho.  Eu lhes peço; respeitem os sentimentos de Hyoga!  Essa cruz é muito importante para ele. 

 

Hyoga se comove com a postura de Ami. 

 

HYOGA:  Ami...  você... 

AMI:  Hyoga...  haja o que houver...  estou ao seu lado sempre. 

 

E ambos se abraçam, para surpresa dos demais. 

 

HYOGA:  Eu já sei – e retira o rosário com a cruz do pescoço - Ami, eu lhe peço...  fique com ela. 

 

Ami fica surpresa com a oferta de Hyoga. 

 

AMI:  Eu...  ficar com a lembrança de sua mãe?  Mas...  por quê? 

HYOGA:  Ao me dar este rosário, mamãe pediu-me para cuidar muito bem dele, e no futuro, quando conhecer alguém muito especial, presentear esta pessoa com ele.  Por alguma razão, vejo em você algo mais que especial, e por isso, lhe peço; fique com a minha cruz.   

 

Gentilmente, coloca o rosário com a Cruz do Norte no pescoço de Ami. 

 

AMI:  Hyoga...  não sei como, mas...  muito obrigada – sorri um tanto envergonhada. 

HYOGA:  Ami...  há algo mais que eu gostaria de lhe falar. 

AMI:  Algo mais...  tipo o quê...? 

HYOGA:  Sobre seu irmão...  é que eu...  eu o conheço. 

 

Aquela última declaração a deixa completamente surpresa. 

 

AMI:  Como?!  Você...  você o conhece? - indaga, estarrecida. 

HYOGA:  Mais que isso...  seu irmão...  ele é...  meu Mestre! 

 

Nisso, retira do bolso da calça um retrato tamanho carteira, com a foto de Camus trajando a armadura dourada de Aquário.  Todos ali veem a foto de Camus, como ele está agora, já adulto. 

 

SERENA:  Nossa...  então esse na foto...  é o irmão de Ami? 

AMI:  Irmão...  ele está vivo... - e desmaia. 

TODAS:  AMI!!! 

SEIYA:  Acalmem-se, deve ter sido a emoção em saber que o irmão que ela julgava ter morrido anos atrás está vivo. 

KOGA:  Isso mesmo!  Logo ela vai despertar. 

HYOGA:  Vamos deita-la numa esteira no interior do templo – diz, carregando Ami nos braços, ao estilo princesa. 

 

Dentro do templo, Ami era mantida deitada numa esteira, até que recobre a consciência. O choque em saber que seu irmão, até então falecido para ela, está vivo, foi grande.  

 

SEIYA: Francamente, Hyoga, tinha que falar daquele jeito para ela? Olha só o que aconteceu! - ralha. 

SERENA: Seiya, ele fez o que era preciso. Não é justo a Ami continuar achando que seu irmão está morto, quando em verdade está vivo – apazigua. 

HYOGA: Isso mesmo, Serena. E cedo ou tarde, ela saberia que meu Mestre, aliás, seu irmão, está vivo. E mais que nunca, precisamos fazer a reunião entre ambos. 

LITA: Depois pensamos nisso, gente. No momento, estamos em guerra contra esses bandidos a serviço de Ares. Eles requerem mais atenção nossa. 

 

Eis que eles veem que Ami começa a despertar. 

 

SHUN: Olhem, ela está despertando... 

RINI: Que bom! - sorri. 

AMI: MMMMMMM ai... o que aconteceu...? 

HYOGA: Ami... que bom que você acordou – a abraça. 

AMI: Hyoga... e o meu irmão? Onde ele está? Quero muito poder vê-lo – se aflige. 

HYOGA: Ami... seu irmão só pode estar, agora, num único lugar; em Atenas, na Grécia. Lá é a nossa principal base de operações. 

LITA: Esperem um pouco... outras amigas nossas foram para lá, há alguns dias, cumprir uns compromissos profissionais. E já deviam estar de volta, mas, até agora, nada de retornar a Tóquio. 

SHIRYU: Só espero que elas não tenham sido atacadas pelos berserkers de Ares... e se eles apareceram mesmo assim, espero que os Cavaleiros de Ouro, do qual meu Mestre, e o Mestre do Hyoga, fazem parte, tenham aparecido para protege-las. 

 

De fato, o Dragão está certo. Dohko e Camus, assim como Shura e Saga, apareceram na hora para salvar as Outer Senshis, pelas quais se apaixonaram, e agora estão a protege-las.  

 

Nesse momento, algumas coisas se passavam no Parthenon. Dohko estava de volta em seu templo, em Libra. Estava a dar uma lubrificada nas poderosas armas que constituem sua armadura. Em seguida, faz alguns testes nelas, e a cada movimento de suas armas, raios estelares saíam.  

 

DOHKO (pensando): Minhas armas estão mais afiadas que nunca – e pensa em Setsuna – em toda minha vida... nunca antes vi uma moça tão maravilhosa como é Setsuna. Linda, culta, inteligente... 

SETSUNA: Olá, Dohko, testando suas armas? - diz, ali chegando. 

DOHKO: Ah, olá, Setsuna – diz, sorrindo – sim, preciso estar pronto para entrar em ação sempre. 

SETSUNA: Dohko... você, além dos seus amigos Cavaleiros, tem família ou outros amigos por fora? - indaga. 

DOHKO: Família não, mas tenho outros amigos. Tenho um discípulo chamado Shiryu, a quem treinei desde criança, e tinha uma moça a quem criei também, chamada Shunrei, até que... - pausa. 

SETSUNA: E o que aconteceu com essa moça que você criou? 

DOHKO: Eu... eu a... EXPULSEI! - diz, com voz triste. 

SETSUNA: Oh... mas o que houve? O que foi que ela fez? 

DOHKO: Shunrei e Shiryu eram namorados, ele tinha planos de um dia com ela casar, mas... há pouco tempo, ele e eu flagramos Shunrei com um outro cara, um turista sérvio. No auge da minha raiva, por ela nos ter enganado, eu a bani de Rozan. Talvez eu tenha exagerado, mas... na hora da raiva, a gente não consegue raciocinar, simplesmente agimos. 

 

Com um semblante triste, fecha os olhos e bota as mãos na cabeça, pensando se foi mesmo certo ter banido Shunrei de Rozan. 

 

SETSUNA: Dohko... não se culpe por isso. Você fez o que foi preciso. Essa moça a quem você criou é uma ingrata, traiu sua confiança, assim como traiu a seu discípulo. Não merece a confiança de vocês. Você tomou a decisão que lhe foi mais correta. 

DOHKO: Setsuna... - eis que ambos abraçam um ao outro. 

 

Enquanto isso, outras coisas se passam em Gêmeos. Saga estava muito feliz por ter conhecido Hotaru, a quem acredita ser a moça certa para lhe trazer a felicidade, mas estava também pensando na longa ausência de seu irmão, que fora a Tóquio investigar o paradeiro da família de Camus.  

 

SAGA (pensando): Por que o Kanon não voltou até agora? Faz dias que o Shion o mandou ao Japão investigar o paradeiro da mãe e da irmã de Camus, e não tivemos mais notícias. Não estou gostando disso... espero que ele não nos tenha traído novamente, como daquela vez... 

 

Melhor não se precipitar, Saga! Seu irmão voltou a ser um dos Marinas de Poseidon, mas continua a investigar sobre a família de Camus. 

 

HOTARU: Oi, Saga, está pensando em algo? - indaga, ali chegando. 

SAGA: Ah, é você, Hotaru – sorri – sim, é que o meu irmão gêmeo saiu, uns dias atrás, rumo a Tóquio, foi investigar o paradeiro da família de um amigo nosso, que não pôde sair daqui.  

HOTARU: Hum... e se trata da família de quem? 

SAGA: É a família do Camus – diz. 

HOTARU: Camus... aquele com poderes de gelo. Nossa... não sabia que vocês tinham família... 

SAGA: De fato, a maioria de nós não tem mais. No meu caso, meu único familiar é meu irmão gêmeo, o Kanon, que está ausente. E Camus, pelo que nos disse, ainda tem a mãe e a irmã mais jovem vivas. Ele achava que tivessem morrido num acidente aéreo na Sibéria, quinze anos atrás. 

HOTARU: Nossa, que triste isso... mas, se elas estão vivas, espero que o seu amigo possa abraçar novamente sua família - eis que segura a mão de Saga, para surpresa dele. 

 

Pelo visto, as Outer Senshis demonstravam corresponder aos sentimentos amorosos dos Cavaleiros de Ouro. 

 

Em Capricórnio, algumas coisas se passavam. Shura estava a olhar pela janala de seu templo, o céu estava bem claro, temperatura amena. Sentia-se como se estivesse em Madrid. 

SHURA (pensando): O tempo está muito agradável. É como se eu estivesse na minha querida Madrid... - e depois, deixa divagar seus pensamentos naquela que ele considera a mais bela dama do mundo. 

 

Nisso, eis que alguém ali entrava. Era Haruka! 

 

HARUKA: Shura... está pensando em algo? - indaga. 

SHURA: Ah, olá, Haruka... é que olhando pela janela, de repente me trouxe recordações de quando vivia em Madrid, antes de ser um Cavaleiro de Atena. 

HARUKA: Interessante... já estive em Madrid, onde participei de um racing. Na ocasião, acabei ficando em terceiro lugar no pódio. 

SHURA: Há quanto tempo você está no mundo das corridas? - indaga. 

HARUKA: Há cinco anos. Já corri em vários países, exceto nos países árabes. Já fui convidada, mas recusei, pois não aceito o fato de ter que me cobrir totalmente, como mandam as leis islâmicas - diz. 

SHURA: Entendo... você tem família? - indaga. 

HARUKA: Infelizmente não. Minhas amigas são minha família, desde que perdi meus pais ainda criança.  

SHURA: Posso dizer que temos alguns pontos em comum um com o outro.  

 

Haruka sorri para Shura. Pelo visto, o espadachim espanhol também encontrou seu grande amor. 

 

Em Aquário, outras coisas se passavam. Camus, sentado em sua cama, pensava nos últimos acontecimentos, no seu encontro com Michiru, o fato dela possivelmente ser a filha de Poseidon, a quem jurou proteger, e também no desejo de poder abraçar a mãe e a irmã caçula que acreditava ter perdido, anos atrás. 

 

CAMUS (pensando): Estou estranhando muito a ausência de Kanon... ele já devia ter voltado com notícias. Isso não está me cheirando bem! 

MICHIRU: Oi, Camus, está nervoso? - indaga, chegando ali. 

CAMUS: Michiru... não, que isso. Quer dizer... um amigo nosso saiu uns dias atrás para uma investigação em Tóquio, e ainda não voltou até agora. 

MICHIRU: Tenha um pouco de paciência, logo ele aparecerá com alguma novidade – e senta ao lado dele – bem... além de seus amigos aqui... você tem família? 

CAMUS: Bem... eu morava com meus pais e minha irmã caçula, até que... 

 

E narra sobre o acidente na Sibéria que mudou totalmente sua vida. 

 

MICHIRU: Nossa, que triste isso – se comove – sinto muito por sua família - o abraça. 

CAMUS: Mas há a possibilidade de que minha mãe e minha irmã estejam vivas – e mostra-lhe uma foto dele ainda garoto, com os pais e a irmã ainda bebê. 

 

Ao ver a foto, Michiru fica bastante surpresa. 

 

MICHIRU: Mas essa moça... SIM!!! Eu a conheço... Doutora Saeko Mizuno! 

CAMUS: O que... então... você conhece a minha mãe? - indaga, surpreso. 

MICHIRU: Sim! E conheço também a Ami, a filha dela.  

 

Emocionado, o Mestre de Hyoga derrama umas lágrimas. 

 

CAMUS: Como eu pensei... elas estão mesmo vivas! Obrigado, Michiru, agora não há mais dúvidas. Quero muito poder abraça-las, depois de quinze anos longe... 

MICHIRU: Você vai abraça-las, sim, eu vou ajuda-lo a ter um reencontro feliz com sua família - o abraça, também em meio às lágrimas. 

 

Em seguida, abre o estojo onde guarda seu violino, e toca um pouco para Camus, como forma de trazer um pouco de paz ao coração daquele homem, já muito atormentado. Desde que a vira tocar com a orquestra do músico Yanni, próximo ao Parthenon, o Príncipe do Gelo se encantara por aquela linda jovem, que mais parece uma ninfa marinha. 

 

CAMUS (pensando): Michiru... sua música é tão linda... aliás, você é maravilhosa como um todo. Sinto-me cada vez mais afeiçoado a ti.  

 

Pelo visto, o Mestre de Hyoga – e também irmão de Ami – agora tem mais um bom motivo para sorrir.  


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