O casal estava indo para a cama, despois do jantar que Ingrid preparou, Regina tinha tomado um banho, e agora mais confortável estava lendo um livro.

Emma entrou no quarto com uma garrafinha de água na mão, sentou de lado na cama, a morena olhou para ela com seus óculos de leitura, Emma apenas ficou uns segundo olhando para ela e disse.

E: Preciso te contar uma coisa!

R: O que foi? – colocou a marca páginas no livro e o deixou no criado mudo.

E: Sua mãe esteve hoje aqui!

R: O que? – ficou surpresa e assustada ao mesmo tempo – O que ela queria?

E: Falar com você, mas para que saiba, não foi nada gentil!

R: Ela não consegue ser – revirou os olhos – ela foi cruel com você?

E: Acho que eu também fui um pouco cruel com ela.

R: Oh não se preocupe com ela, meu anjo. Me pergunto, porque será que ela veio até aqui! Provavelmente conseguiu o endereço com Zelena.

E: O que você vai fazer agora? – se ajeitou na cama

R: O que você quer dizer?

E: Você vai procurar ela agora?

R: Não estou tão segura disso...

Regina não quis mais falar do assunto, apenas de aninhou nos braços de Emma e ficou pensando, a loira não demorou muito para pegar no sono, Regina pode sentir que o abraço tinha ficado mais pesado, mas ela por tanto que tentou, não conseguiu dormir, despois da noticia de que Cora tinha procurado por ela, sem ela saber por qual motivo, sua cabeça não deixou de dar voltas essa noite.

Na manhã seguinte, Emma tinha organizado de elas saírem de passeio, aproveitar que ela estava de folga, e também se preparar porque em dois dias ela voltaria ao distrito.

Swan levantou toda animada, arrumou petiscos para levar, arrumou a caixa térmica com água e bebidas refrescantes, colocou no porta mala do carro de Regina, preparou a sua mochila, enquanto Regina estava no quarto preparando sua bolsa.

E: Já está tudo pronto amor!

R: Já vou! – Emma pode ver que a mulher não estava muito animada

E: Esta se sentindo bem? – tocou o braço dela

R: Sim – sorriu doce dissimulando

E: A gente não precisa sair se estiver se sentindo mal!

R: Não estou me sentindo mal, meu anjo, só não dormi muito bem, mas estou bem. Não quero perder esse passeio com você por nada, já já você volta para o distrito e não teremos tanto tempo juntas.

E: Certeza?

R: Sim! Olha – mostrou sua bolsa para Emma – Já esta pronta! Vamos!

O casal se despediu de Ingrid, colocou no carro o ainda fazia falta, entraram no veículo, colocaram o cinto e Emma partiu em direção ao Parque Estatal Castle Island., ficava uns quinze minutos de carro.

O dia estava um pouco nublado, mas estava um clima agradável, era um belo passeio ao ar livre para se fazer, tirar um pouco de tempo para elas duas era o que estava sendo necessário, elas mal tinham tempo de passear na própria cidade, muito menos poder sair para outros lugares.  Castle Island e um parque em meio a natureza, com muitas atracões para casais e famílias passarem um tempo. Uma parada para apreciar os botes a vela, de vários tamanhos e o que impressiona é a diversidade e tipos de velas diferentes, com uma vista deslumbrante, especial para uma tarde de descanso. Além do que também continha um ar romântico que despertava, perfeito para escapar da realidade.

A viagem foi tranquila, Regina pôs musica no radio e elas foram cantando quase a maior parte do caminho, Emma queria que o dia fosse divertido para a sua mulher.  O humor da morena parecia ter melhorado bastante, ao chegarem no local, Emma já começou a tirar fotos do ambiente e de Regina.

A primeira coisa que fizeram foi andar pela passarela de mãos dadas, parece que varias pessoas tinham tirado o dia para relaxar, pois estava bem movimentado o lugar.

R: Obrigada por me trazer aqui, meu amor!

E: Obrigada você por aceitar!

R: Não consigo parar de pensar em Cora, e respirar este ar, e estar com você me faz espairecer um pouco.

E: Eu sei... Sei o quanto é difícil.

R: Mas este não é o momento para falar de Cora – Emma assentiu – Depois eu vou resolver o que fazer com respeito a isso.

E: Qualquer coisa que você decida, saiba que estou do seu lado!

R: Eu sei, meu anjo, obrigada – selou seus lábios lentamente.

Aproveitaram a tarde inteira, entre caminhadas, admirando a paisagem, comendo coisas gostosas que Emma tinha preparado, tirando fotos, rindo e conversando. Estavam carregando energias para voltar para a realidade.

Swan voltaria a trabalhar em poucos dias, Regina teria de resolver a sua história com sua mãe.

Terminaram o passeio em uma praia tranquila que tinha na parte de trás. Águas calmas, areia com pedrinhas, árvores ao fundo.

Emma ajudou Regina a retirar as sapatilhas, logo tirou os seus tênis e sentiram a areia nos pés descalços, era uma boa sensação, relaxante. A passo lentos foram a beira mar molhar os pés.

E: Quando Henry tiver maiorzinho vamos trazer ele aqui.

R: Já está fazendo planos de futuros passeios!? – sorriu

E: Deveríamos ter saído mais com Lucy – Regina olhou para ela – Estou bem, amor! – a tranquilizou – Somente que... tivemos poucos passeios, o tempo foi curto, e eu sei que a maior parte era porque eu não estava, mas...

R: Vamos fazer mais! – tocou o braço da mulher – Vamos fazer mais, ok?

Regina a abraçou! Emma não pode deixar de derramar uma lágrima. E culpa sempre seria um peso na vida de ambas.

E ali na praia ficaram, sentadas, olhando o por do sol que estava chegando ao seu auge.

[...]

Os dias tinham se passado, Swan estava de volta ao distrito. Parada em frente a grande porta, respirou fundo, sorriu de canto e subiu os degraus. Cumprimentando a todos que se passavam por ela, fazendo seu caminho a grande sala de trabalho, quando chegou lá, encontrou Graham falando com Anna.

E: Bom dia! Estou de volta – abriu os braços anunciando a sua presença

G: Heey! E podemos perceber que está animada!

E: Um pouco sim... confesso – cumprimentou com um beijo ambos amigos e se sentou em sua mesa – Tava com saudades.

A: Bom tê-la de volta Detetive – tocou o ombro da loira – Então Graham eu te aviso quando tiver alguma outra novidade!

G: Certo Anna! – falou revisando uns papeis.

E: E a Ruby?

G: Está trabalhando em um caso com a Jones.

Nesse momento um policial entra na sala

— Detetive Swan?

E: OI?

— Ariel Fisher está procurando por você lá embaixo

E: Ariel o que? – estranhou pois não lembrava de ninguém com aquele nome, esse nome tinha figurado em algum momento entre os seus papeis, olhou para a porta para perguntar para o policial de quem se tratava mas ele nem estava mais ali parado. Revirou os olhos, descendo para ver de quem se tratava.

Ao chegar lá pode ver quem era a tal de Ariel Fisher, a moça acenou para ela vindo em sua direção sorrindo. A moça que ela e Graham tinham ajudado algumas semanas atrás estava agora na sua frente.

AF: Detetive Swan! Desculpe incomodar, sei que deve ter muita coisa pra fazer, mas queria apenas lhe agradecer por ter me salvado.

E: Oh – corou – Apenas estava fazendo o meu trabalho.

AF: Mesmo assim! E como agradecimento lhe trouxe estes biscoitos feitos por mim, sei que não compensa – tocou no braço da loira – Mas...

E: Não precisava se incomodar por isso!

AF: Vá em frente! Experimente! – estendeu a caixinha para a loira.

E: Ok! – pegou um sorrindo, levando a boca, mordendo, Ariel observava encantada sorrindo – Nossa!

AF: Gostou?

E: Está delicioso! Você vende? – olhou para a embalagem nas mãos da ruiva.

AF: Sim, tenho uma pequena empresa

E: Muito bom mesmo! Obrigada!

AF: Oh deixe-me – pegou um guardanapo na bolsa – Tirar essas migalhas aqui – levou até o canto da boca da Detetive que ficou surpresa com a tal atitude pigarreando.

E: Muito obrigada senhorita Fisher pelos biscoitos – viu Graham aparecer por cima do ombro da mulher – Oh olha quem chegou! – Ariel olhou para trás vendo o homem se aproximar delas devido os movimentos que Emma fazia com a mão chamando-o discretamente – O Detetive que prendeu um dos assaltantes! Graham, lembra da senhorita Fisher!

G: Olá! Claro que lembro! Está bem melhor do que da última vez que nos encontramos!

AF: Oh me sinto bem melhor também Detetive – sorriu – Passei apenas para agradecer.

G: Ficamos felizes que esteja se recuperando bem – tocou o braço da mulher, indo parar do lado de Emma.

AF: Obrigada! Bom foi bom ver vocês, mas agora eu tenho que ir trabalhar, tenham um bom dia!

G: Obrigado, você também!

E: Obrigada mais uma vez pelos biscoitos!

AF: Era o mínimo que eu podia fazer Detetive – sorriu se afastando logo em seguida.

Graham e Emma a observaram se afastar.

G: Uhm... Nada mal!

E: Cale a boca e coma! – colocou um biscoito na boca do amigo.

[...]

G: Então você acha que ela tem segundas intenções com isso – apontou para os biscoitos se divertindo – Já eu acho que ela apenas está sendo gentil. – levou outro biscoito a boca.

E: Eu não sei, me senti estranha quando ela fez... – imitou o gesto da ruiva limpando o canto da boca do amigo

G: Oh obrigado!

E: Não idiota! Isso foi o que ela fez!

G: Aaaah ela fez isso!

E: Sim! Quem faz isso em uma estranha?

G: Bom você salvou a vida dela e você a teve deitada nas suas pernas por alguns minutos enquanto estancava o sangue do ferimento dela! Isso faz ganhar confiança! – zombou

E: Você é ridículo!

G: Acho que você tá exagerando Swan.

E: É pode ser... Não sei... Mas essas coisas sempre andam rondando!

G: Garotas?

E: Situações!

G: Se ela tivesse trazido biscoitos para mim e limpado as migalhas em mim, com certeza não reclamaria tanto quanto você! – Emma revirou os olhos.

E: Se Ruby ficasse sabendo do pequeno gesto, você estaria em problemas, tanto quanto eu!

O celular da loira chamou, logo o de Graham também.

E: Swan! – atendeu – Ok, me passa o endereço! Estou indo para ai! – desligou levantando da cadeira – O dever me chamando para um novo caso nesta cidade maluca de Boston!

[...]

A noite chegou, Regina estava pela redondeza do distrito saindo da sua aula de preparação para parto, decidiu então passar por Emma para elas voltarem juntas para casa. Não foi problema nenhum eles a deixaram subir.

E: Amor! – sorriu ao ver a morena parada na porta.

R: Oi Babe! Eles me deixaram subir – sorriu fofa – Está tudo bem?

E: Claro, vem cá! – beijou a face da morena – A minha chefa já foi para casa. Senta aqui! – ajeitou a cadeira para Regina sentar.

R: Você já pode ir para casa?

E: Só um segundo e a gente já vai, ok?

R: Ok! – deu uma olhada na mesa da Detetive apesar da bagunça de papeis ficou feliz em ver uma foto delas ali. Pegou o porta-retratos esbarrando na caixinha dos biscoitos, deu uma olhada para dentro vendo que a caixa estava quase cheia, mais do ligeiro pegou um levando a boca, Emma viu.

E: Amor não come isso que tá estragado!

R: Não Emm, não está – saboreou – Ao contrario está uma delícia! – foi pegar outro, mas Emma retirou o pacote comicamente da mesa, Regina franziu tentando não rir – Tinha um cartão neles! – viu o papel cartão cair, Regina se abaixou para pegar – Ariel Fisher...

G: Olha quem está por aqui! – O rapaz apareceu se aproximado beijou a face da morena cumprimentando-a, depois olhou para Emma com o pacote ainda nas mãos dos biscoitos.

R: Me dê outro! – estendeu a mão para a loira, Graham achou engraçada a cena.

E: É do Graham, amor! Depois eu compro outros pra você!

G: Mas o que é isso Swan! Deixar a gravida com vontade não é nada bom! – pegou os biscoitos de Emma entregando nas mãos da morena – Quer lembrar desses biscoitos pelo resto da vida?

E: Deus me livre – sussurrou

R: Obrigada Graham! – sorriu comendo animada os biscoitos – Onde você comprou?

G: Ahm... Pode levar para casa se quiser Regina – olhou para Emma – Na verdade eu não comprei, uma jovem trouxe em forma de agradecimento por ter salvado sua vida.

R: Ah que fofa!

G: Muito! – sorriu com os lábios olhando para Swan irônico – Adorável!

E: Amor vamos? – perguntou desligando o pc, pegando a jaqueta que estava na cadeira.

R: Vamos! – levantou ainda mastigando – Bom te ver Graham! – sorriu se despedindo dele – Obrigado pelos biscoitos Querido!

G: Bom te ver também Regina!

[...]

No carro Emma dirigia de volta para casa quando parou no sinal a morena quebrou o silencio.

R: Quantos anos tem a jovem que vocês ajudaram?

E: O que? Que jovem? – tinha esquecido por um momento da tal senhora

R: A dos biscoitos amor! – percebeu que Emma tinha dissimulado.

E: Oh! Sei lá quantos anos a mulher tem Regina! Porque?

R: Acho que ela ficou interessada no Graham – Regina sorriu, Emma engasgou – Você está bem meu amor?

E: Sim estou – limpou a garganta – Porque você diz isso? Acho que ela apenas estava sendo gentil.

R: Ou usando de desculpa para encontrar com ele de novo, não viu que ela deixou o cartão com o telefone e tudo, vi que ela tinha deixado uma dedicatória também, mas não deu para ler! Não a culpo, Graham é muito bonito – Emma olhou com os olhos arregalados para ela – O que quero dizer é que as pessoas têm o direito de se iludir quando alguém bonito salva a vida delas ou algo assim.

E: Então você gostaria que o Graham te salvasse ou algo assim?

R: Eu preferiria que você me salvasse – colocou a mão na perna da loira subindo devagar enquanto mordia o lábio inferior.

E: Não! Para com isso que estou dirigindo! – falou seca

R: O que foi? – analisou as feições dela.

E: Depois de ouvir o jeito que você falou do meu amigo eu não consigo nem olhar pra você – fingiu estar incomodada meio que estando.

R: O que? Você só pode estar brincando!

E: Não, eu não estou!

R: Eu só disse que ele é bonito, porque é mesmo, não sou cega!

E: E você o quer?

R: Não! Claro que não! Emma por favor não seja boba!

E: Isso é ridículo!

R: Sim, é! – olhou para a loira que estava seria no volante – Você ficou com ciúmes que ninguém levou biscoitos pra você? Eu posso perfeitamente levar biscoitos pra você se quiser – tirou o cinto chegando mais perto da loira começando a beijar sua face e pescoço.

E: Regina! Não, o cinto, sério! – repreendeu, mas a morena pareceu não ouviu, deslizando a suas mãos pelo corpo da sua esposa – Gina... – sussurrou ao sentir o toque da morena contra sua pele quente – Ah droga! – estacionou o carro de repente, tirando também o seu cinto, não aguentando mais as provocações da morena, atacou de forma faminta os seus lábios – Você tá com tudo hoje hein? – falou pegando o rosto da morena entre as mãos observando seus olhos cheios de desejos.

R: Uhum – continuou manhosamente beijando a loira.

...