"Now I will tell you what i've done for you

(Agora eu vou lhe dizer o que eu fiz por você)

50 thousand tears i've cried

(50 mil lágrimas eu chorei)

Screaming deceiving and bleeding for you

(Gritando, iludindo e sangrando por você)

And you still won't hear me

(E você ainda não quer me ouvir)" (Going Under - Evanescence - http://www.youtube.com/watch?v=UZjf9C6atT4)

“Cidade de Verona, 15 de maio de 1995

Se você, Tom Kaulitz esteja lendo essa carta, provavelmente já deve ser tarde de mais.

Meu nome é Amy, você deve se lembrar de mim não é mesmo? A pobre menina que você enganou por muito tempo. Eu era o patinho feio da escola, e você me veio com palavras bonitas, me dizendo que eu era o amor de sua vida. Se era um jeito de você me fazer sofrer ou de acabar comigo... Meus parabéns.

Depois de um mês de namoro, fui o motivo de chacota na escola inteira, até então não sabia por quê. De acordo com o nosso aniversário de meses de namoro eu novamente era a comédia da escola.

Por quê? Você simplesmente a cada mês me traia com uma menina diferente, você foi até capaz de me trair com o seu próprio irmão... “

-Tom – uma voz sussurrava 

Eu virei assustado procurando a dona daquela voz, mas nada feito. Voltei a ler a carta.

“Uma delas foi Camille Smith... não é mesmo? Você se lembra o que aconteceu com ela? Provavelmente não, morta, sem nenhum fio de cabelo se quer... Sim, fui eu quem fiz isso, e não me arrependo de nada.

Segunda... Catherine Dellatorre? Decapitada sem dó nem piedade. Você deve achar que isso tudo é mentira... Mas se você quiser tirar a prova dos nove, atrás desta carta há um pedaço de jornal. Leia-o.”

-Louca – Era a única coisa que eu conseguia pensar.

Virei a carta e peguei o pedaço de jornal que havia, e comecei a ler.

 “Depois de quatro jovens serem encontradas terrivelmente mortas e quase irreconhecíveis a policia encontrou a assassina, nome Amy Dellatorre, capaz de matar sua própria irmã... motivos? Namorado, nome Tom Kaulitz. Fora presa hoje e cumprirá pena de apenas 5 anos pelo fato de ser jovem de mais, mas será monitorizada por aparelhos.

O resto do papel estava cortado... Então é verdade? Ela realmente fez isso com todas as meninas que eu a trai? Até mesmo com sua própria irmã?

-Tom... – estou começando a ficar com medo, essa voz não para. Que inferno.

Voltei a ler a carta.

“Você já deve ter lido, e ter percebido do que realmente eu sou capaz né, não seria surpresa sua se eu estivesse nesse exato momento atrás de você...”

Virei-me pra trás olhando tudo ao meu redor para me certificar de que aquela maluca não estava lá.

“Calma... eu sei que se virou para trás, eu não estou ai... ou posso até estar. Você provavelmente nem deve se lembrar da minha voz não é mesmo? Como eu queria que fosse mentira para saber o quão perto eu estou de você.”

Olhei para trás de novo, eu não tinha medo de absolutamente nada, mas isso já tava me assustando e muito.

“Se você quiser pode parar de olhar para trás... HAHAHA não vai conseguir me ver, sou muito mais esperta que você, porque ao contrario de você, se eu fosse trair minha namorada eu não deixaria ninguém sabendo, não queria minhas vadiazinhas mortas, e depois disso não viria atrás da minha ex que teve a coragem de matar todas elas com as suas próprias mãos.”

Eu amassei a carta e joguei o papel longe.

-NÃO – um grito estridente vindo da cozinha e logo depois barulhos de coisas sendo quebradas.

-Seja homem Tom... – senti alguém se aproximar e comecei a procurar por alguém – leia até o final, ou você não está pronto para isso? – seja lá quem for estava sussurrando em meu ouvido.

Levei-me até o pedaço de papel amassado. Que agora... Tinha gotículas de sangue. Como? Olhei para cima e vi que vinha do teto (?) como assim? No andar de cima obvio.

Sai do apartamento, subi as escadas.

-Ainda não Tom... – a voz sussurrou de novo – não entre.

Ela não queria que eu entrasse, então não iria entrar.

-HAHAHA – varias vozes agora riam – bom garoto.

Abri novamente a carta, e voltei a ler.

“Sim eu sou louca Tom, mas aprendi com a vida, que quando mechem com alguém que você realmente sente alguma coisa você tem que se vingar. Ainda mais quando quem ajuda é sua própria irmã.

Existe um apartamento que nunca foi aberto por ninguém, você provavelmente deve estar parado na frente dele neste momento. Você deve se lembrar também do meu presente de dois meses de namoro que você até AGORA não sabia para que servia. Pois bem, o pegue e abra a porta a sua frente.”

Olhei para o meu pescoço e vi a chave reluzente que ela tinha me dado, e que realmente não sabia para o que servia.

Olhei em volta, coloquei a chave na fechadura e... não tinha coragem de vira-la. E se eu não fosse forte o suficiente para ver o que havia atrás dela.

-Vamos Tom... – essa voz de novo. – CONTINUE.

Virei a chave a abri de vagar a maçaneta, olhei em volta e fiquei chocado com o que vi, nunca pesei que fosse ver isso.

“Muito bem Tom, você já viu isso antes em sua vida? Acho que não... não é mesmo? Eu simplesmente me cansei Tom, cansei-me de falar com você e você não me ouvir, eu cansei de sangrar por você, eu cansei de chorar milhões de lágrimas por alguém que não merece meu amor. Eu não queria ser arrasada novamente. Agora você deve entender o porque da primeira frase da carta não é? Se você, Tom Kaulitz esteja lendo essa carta, provavelmente já deve ser tarde de mais.”

Realmente foi chocante, o corpo de uma bela jovem pendurado pelo pescoço em uma corda branca, que era invadida aos pedaços com sangue. Ela havia se matado por mim. Ela realmente sentia algo por mim.

-Você deve estar feliz com isso não é? Agora não tem mais ninguém para matar suas vadiazinhas.

Vi um vulto passar ao meu lado e com tal voracidade me derrubar.

“As minhas ultimas palavras dessa carta, serão palavras que você nunca falará a ninguém, já que não tem coração para cumprir tal ato. Mesmo morta Tom, nunca... nunca mesmo se esqueça do quanto eu te amei, ou que eu ainda TE AMO.”

-Como eu gostaria que você dissesse isso pra mim... -eu disse para mim mesmo 

-Eu te amo Tom. Eu apenas parei de Sangrar Por Você.