Unmei no Musume escrita por PolicenaNight


Capítulo 1
Um Dia "Normal"


Notas iniciais do capítulo

No capítulo de hoje, um novo dia começa em uma casa completamente normal, com uma família completamente normal. Bem... quase completamente normal.



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O sol nascia mais uma vez em Crystal Tokyo. Mais uma vez, um novo dia estava começando.

Porém, aquele dia não seria um dia normal... aquele dia era diferente.

Naquele dia, assim como à cada ano, iria ocorrer um desfile em comemoração à uma data muito especial em Crystal Tokyo. Aquele dia, era a comemoração sobre o fim da guerra contra o Clã da Lua Negra, cujo o povo da Terra saiu vitorioso.

Em uma casa normal, em uma área residencial não muito longe do local de onde o desfile iria acontecer, havia uma família um pouco... peculiar.

— "Amanda!" - Derrepente, uma voz feminina acaba interrompendo o sono de uma jovem adolescente de apenas 17 anos.

A garota, Amanda Policena, apenas ignora a voz, se virando para o outro lado, com os olhos fechados, mais uma vez tentando dormir.

A pessoa que estava tentando acordar Amanda solta um longo suspiro, antes de tentar mais uma vez.

— "Amanda!" - A pessoa tenta chamar Amanda mais uma vez, um pouco mais alto que a vez anterior.

Agora, foi a vez de Amanda suspirar, a garota de curtos cabelos castanhos finalmente decidiu levantar a bandeira branca e acordar.

— "Oh? Então você finalmente resolveu acordar, huh?" - A pessoa pergunta.

Amanda abre seus olhos e encara a pessoa que estava a chamando incansavelmente.

Bem... a pessoa... não era exatamente uma pessoa.

Era, na verdade, um coelho de pelúcia da cor branca, com longas orelhas e grandes olhos negros, feitos de plástico.

Amanda Policena era uma garota de pele clara e olhos verdes, com curtos cabelos castanhos. Ela estava usando um pijama, que uma blusa branca de mangas compridas, a blusa estava mostrando um pouco da sua barriga, a blusa também havia o desenho de uma estrela amarela estampada. Ela usava calças brancas e ela estava descalça. Na sua cabeça, estava usando uma touca branca, na frente da touca, estava uma lua crescente em prata e uma pequena estrela amarela, e em ambas suas orelhas, estavam um par de brincos com um formato esférico de cor amarela.

 - "Hmmm? Lily?" - Amanda pergunta, com uma voz sonolenta, sua visão ainda estava se acostumando com a claridade que entrava pela janela do quarto.

— "Bom dia, Bela Adormecida." - Lily cruza os braços, falando em um tom meio sarcástico.

— "Bom dia... ahhh." - Amanda fala, dando um bocejo logo em seguida.  - "Que horas são?"

— "São quase oito horas." - Lily responde e, quase como automaticamente, Amanda arregala os olhos, jogando os cobertores para cima da coelha de pelúcia.

— "E-ei!" - Lily grita, enquanto brigava com os cobertores.

Desesperadamente, Amanda corre em direção ao guarda-roupa, desesperadamente procurando por seu uniforme escolar.

— "A-Amanda!" - Lily grita, após finalmente conseguir se livrar dos cobertores grossos. - "O que você está fazendo?!"

— "E-eu estou atrasada!" - Amanda fala, após finalmente achar seu uniforme escolar e o retirar do guarda-roupa.

A coelha de pelúcia balança a cabeça negativamente, enquanto suspirava profundamente.

— "Amanda, não tem aula hoje, esqueceu?" - Lily fala, enquanto tentava manter a paciência com a garota de curtos cabelos castanhos. - "Hoje é o desfile da família real."

— "Ehhh..." - Amanda, após ouvir a explicação de Lily, acaba soltando o uniforme escolar no chão. - "É hoje mesmo?"

— "É, por que mais eu ia te acordar em um sábado de manhã?" - Lily pergunta, enquanto observava Amanda começar à corar. - "Não... não me diga..."

— "Hoje é sábado...? Eu esqueci." - Amanda fala, enquanto dava um sorriso nervoso.

— "Idiota!" - Lily fala, enquanto balançava a cabeça negativamente mais uma vez.

— "Foi mal, Lily. Eu simplesmente esqueci." - Amanda fala, levemente mostrando a língua, rindo levemente logo em seguida.

— "Você é mesmo uma bagunça, garota." - Lily fala. - "Vai se arrumar, seu namoradinho deve estar te esperando faz horas lá na avenida."

— "E-ei! Hiroshi não é o meu namorado!" - Amanda, agora mais corada, fala com um tom sério para Lily, que estava saindo do quarto.

— "Sim, sim. Engana que eu gosto." - Lily fala, antes de sair do quarto de Amanda com um sorriso vitorioso.

Após Lily sair do quarto, Amanda bufa de raiva.

Enfim, já era normal a coelha de pelúcia a provocar de vez em quando. Especialmente quando o assunto era Hiroshi, o melhor amigo de Amanda desde que ambos eram crianças. Ambos eram inseparáveis, assim como Amanda e Lily, mesmo que ela não seja, tecnicamente... de verdade.

Sim, Lily era apenas uma projeção da imaginação de Amanda, cujo apenas ela poderia conversar.

As pessoas vêem Lily apenas como uma velha pelúcia, porém, Amanda a vê como uma amiga, sua melhor amiga.

Balanço a cabeça, Amanda começa à trocar seu pijama pelas roupas que a garota de curtos cabelos castanhos havia espalhado pelo chão.

Após terminar de se trocar e arrumar seu cabelo, além de colocar alguns acessórios, Amanda se encara no espelho.

Agora, Amanda estava com o cabelo preso com dois coques altos, um do lado esquerdo e o outro do lado direito de sua cabeça, ela agora estava vestida com um vestido azul escuro, com mangas compridas e caídas, perto do peito, o vestido havia duas pequenas estrelas amarelas desenhadas. Ela também vestia um par de meias brancas e um par de tênis brancos. No pescoço, Amanda agora usava um cordão de couro preto, preso com um laço e no dedo médio, Amanda usava um anel de prata com uma pequena jóia amarela, aquele anel... era um de seus maiores tesouros, por algum motivo.

Mas... havia algo à mais. E esse algo, fez a expressão de Amanda mudar.

— "Isso é estranho... mais uma vez, esse mesmo sonho... aquelas mesmas criaturas que me perseguiam..." - Amanda pensa consigo mesma, encarando seu reflexo. - "O que está acontecendo comigo?"

Era verdade. Recentemente, Amanda estava tendo estranhos sonhos, pesadelos, para falar a verdade. Até aquele momento, a garota de curtos cabelos castanhos não havia dito nada à ninguém, nem para seu pai, nem para Lily, nem para Hiroshi e nem à ninguém, pois ela não queria os preocupar.

Porém... isso já estava fazendo Amanda chegar ao limite. Ela estava pensando em falar com seu pai, mas não naquele momento.

Afinal, aquele dia não era um dia para se preocupar, era um dia especial. Amanda respira fundo, se esforçando para abrir um sorriso.

Amanda, agora totalmente pronta, resolve pegar uma bolsa e ir para a cozinha, para tomar o café da manhã e ir em direção ao desfile e se encontrar com Hiroshi lá.

—----

O cheiro de ovos e bacon penetra o nariz de Amanda assim que ela entra na cozinha. Lá, estava o pai de Amanda, Murata Policena. Lily também estava lá, porém, sentada em cima da mesa.

— "Bom dia, pai." - Amanda fala, enquanto chamava a atenção de seu pai.

Murata era um homem de pele clara e olhos verdes, com cabelos castanhos. Ele vestia uma blusa branca de botões e de manga comprida, que estavam arremangadas, calças jeans azul escuro com um cinto preto e sapatos marrons. Murata também usava óculos com o aro com uma coloração preta e um avental vermelho de cozinha por cima da roupa.

— "Ah, bom dia, Amanda." - Murata sorri, enquanto observava sua filha ir até uma cadeira e se sentar. - "Você dormiu bem?"

— "Sim, eu dormi bem sim." - Amanda responde, omitindo a verdade.

— "Ah, fico feliz." - Murata fala, enquanto terminava de fazer o café da manhã de Amanda.

Amanda observa atentamente enquanto Murata trazia o prato e um copo com suco de laranja. No prato, havia dois ovos fritos com duas tiras de bacon em cada, além de uma torrada, já com manteiga por cima.

— "Wow, ovos com bacon. Sabia que o cheiro estava bom." - Amanda sorri.

— "Sim, são seus favoritos." - Murata sorri, enquanto retornava para a cozinha, agora para fazer o seu café da manhã.

— "Uhhh, pai." - Amanda chama a atenção de Murata.

— "Sim, Amanda?" - Murata pergunta, enquanto fritava dois ovos. - "Aconteceu algo?"

— "Na verdade, sim. Eu quero fazer uma pergunta." - Amanda fala. - "É sobre a minha mãe."

...

...

...

— "Essa não..." - Lily sussurra para si mesma, enquanto observava Murata ficar em silêncio.

— "Que... que pergunta?" - Murata encara Amanda.

— "Bom, eu sei que deve ser um tópico sensível, mas nós nós nunca falamos sobre isso antes." - Amanda começa à explicar. - "A minha mãe, pai... como ela era?"

Por alguns minutos, Murata ignorou Amanda para terminar de fazer seu café da manhã, que era a mesma coisa que Amanda, porém, no lugar do suco de laranja, era uma xícara de café.

Murata se senta à mesa com o seu café da manhã, na frente de Amanda.

— "Bom, a sua mãe..." - Murata tentava encontrar uma resposta para dar a sua filha. - "Ela... foi a sua mãe."

— "Sério, velhote? Essa é a sua resposta?" - Mais uma vez, Lily sussurra para si mesma. - "Você sabe que ela não vai engolir essa!"

— "Uhhh, pai, não era isso que eu quis dizer." - Amanda fala. - "O que eu perguntei é como ela era. É que eu nunca vi uma foto dela antes. Você me disse que ela morreu, então você deveria ter algo para se lembrar dela, não?"

— "..." - Murata fica em silêncio, provavelmente refletindo sobre alguma coisa.

— "Pai?" - Amanda levanta uma sobrancelha.

— "Amanda, querida... a morte de sua mãe me deu várias memória ruins. Então, por favor, não fale disso mais." - Murata explica. - "Talvez um dia eu tenha coragem de mostrar algo dela à você."

— "Oh..." - Amanda desvia o olhar. - "Eu entendo... sinto muito, pai."

Por algum motivo, Lily suspira de alívio, mas nem Amanda e nem Murata perceberam, pois a coelha de pelúcia foi bastante silenciosa.

Então, os três ficam em silêncio por alguns minutos, comendo o café da manhã. Até que, derrepente, o barulho da campainha é ouvida.

— "Huh?" - Amanda ergue os olhos em direção à porta.

— "Quem será à essa hora?" - Murata se levanta da cadeira. - "Eu não estou esperando visitas agora."

— "Eu também não. Eu combinei com Hiroshi que eu iria encontrá-lo na avenida principal." - Amanda fala, enquanto o homem de cabelos castanhos caminhava em direção à porta.

Murata abre a porta, mas quando ele abre a porta, uma mulher entra rapidamente, com uma expressão de raiva.

A mulher tinha pele clara e olhos azuis, com cabelos negros e presos em um rabo de cavalo baixo. Ela usava um vestido preto de gola alta e de mangas compridas, por cima do vestido, ela usava um casaco roxo claro com uma espécie de pelugem na gola, a tal pelugem era de uma cor um pouco mas escura. Ela vestia meias transparentes e sapatos pretos de salto alto.

— "Murata!" - A mulher de cabelos negros fala em um tom sério, antes que o homem de cabelos castanhos pudesse falar algo.

— "S-Suki?!" - Murata fala, surpreso com a presença da mulher de cabelos negros em sua casa, especialmente aquela hora. - "O que está fazendo aqui?"

— "O que eu estou fazendo aqui?" - Suki Moegi pergunta, enquanto tirava do bolso do casaco dois ingresos de cinema. - "Você sabe que dia é hoje? É dia do cinema dos melhores amigos!"

— "E você veio aqui apenas para me lembrar disso?" - Murata pergunta.

— "Claro que sim, você sempre se esquece desse dia." - Suki responde, sem rodeios.

Murata e Suki são melhores amigos desde a infância. Desde que Amanda se lembra, aquela mulher sempre esteve em sua vida. Pelo que ela sabe, Suki ajudou Murata à cuidar de Amanda quando a esposa de Murata faleceu.

Algo que Amanda não entendeu é o por que de seu pai e Suki discutirem por qualquer coisa. Era como se Suki quisesse recuperar alguma coisa... algo que seu pai estava sempre devendo à ela.

— "Desculpa, Suki. Mas você precisa remarcar o cinema. Lembra? Hoje tem o desfile da família real." - Murata fala, após Suki finalmente se calar.

— "Huh? É hoje?" - Suki pergunta, o homem de cabelos castanhos responde apenas confirmando positivamente com a cabeça. - "Ah..."

A mulher de cabelos negros balança a cabeça negativamente.

— "Caramba, que cabeça a minha." - Suki fala. - "Eu fiquei tão focada nesse dia tão especial para nós dois que acabei esquecendo do desfile real, de novo."

— "Você pretende ir ao desfile?" - Murata pergunta.

— "Bom... acho que sim. A delegacia me deu um caso meio incomum recentemente." - Suki fala, agora com um certo tom de determinação em sua voz. - "E esse caso acabou caindo para mim, como você sabe."

— "Como assim? Um caso incomum?" - Murata pergunta mais uma vez.

— "É aquele caso de novo, o caso de cinco garotas e um garoto desapareceram sem dar explicações e sem nenhuma testemunha." - Suki explica, mas logo em seguida, ela se lembra de algo, corrigindo a informação. - "Ah, sim, na verdade, um casal conversou com uma das garotas antes do desaparecimento da mesma, mas depois disso, eles não a viram mais, eles só ouviram um estranho barulho de vento na direção de onde a garota foi."

— "Oh, céus. Isso é horrível." - Murata fala.

— "De fato. Eu preciso ir, já que não vamos no cinema agora, vou passar na delegacia para ver as imagens das câmeras de segurança, eu não as vi ainda." - Suki fala. - "Talvez eu chegue um pouco atrasada no desfile."

Enquanto a mulher de cabelos negros se virava para sair, o homem de cabelos castanhos a segura pelo pulso.

— "Suki, uhhh... depois do desfile, talvez, a gente possa ir ao cinema." - Murata fala. - "Claro, se você tiver tempo."

Suki sorri, rapidamente, ela se move, dando um rápido beijo na bochecha de Murata.

Logo em seguida, a mulher de cabelos negros saí, deixando o homem de cabelos castanhos corado, massageando suavemente  a bochecha.

— "Isso daí é amor." - Lily sussurra para Amanda, com um tom de malícia. - "Hehehe."

— "Q-quieta, Lily!" - Amanda sussurra de volta para a coelha de pelúcia, enquanto seu pai retornava para a cozinha.

— "Você já terminou?" - Murata pergunta, já de volta ao normal.

— "Uhhh, sim." - Amanda responde, revelando que, enquanto Murata conversava com Suki, a garota de curtos cabelos castanhos havia acabado de tomar o seu café da manhã.

— "Então vá se escovar e então, pode ir ao desfile, Hiroshi deve estar esperando muito tempo por você." - Murata fala, enquanto se sentava novamente a mesa, para terminar o seu café da manhã.

— "Certo, o senhor vai depois?" - Amanda pergunta, antes de pegar Lily.

— "Claro, eu tenho que me preparar melhor ainda." - Murata responde.

— "Ah, claro." - Amanda dá uma leve risada, antes de correr em direção ao banheiro.

Murata sorri, enquanto observava Amanda desaparecer no corredor. Novamente, ele estava sozinho.

...Ou foi o que ele havia pensando, pois por uma janela atrás dele, uma estranha figura observava o homem de cabelos castanhos.

...

...

...

— "Quem está aí?!" - Murata se vira em direção à janela, após se sentir observado, porém, não havia mais ninguém ali. - "Huh...?"

Murata vai em direção à janela e olha para fora, cuja visão era do pequeno jardim da casa.

— "Que estranho... podia jurar que havia alguém me observando." - Murata cruza os braços, enquanto olhava para o jardim.

Após alguns segundos observando a janela, para ver se algo mais acontecia, Murata se vira, retornando à mesa e continuando à tomar o café da manhã.

—----

Amanda e Lily agora estavam sozinhas mais uma vez, ambas começam à comentar sobre o assunto que Murata e Suki estavam conversando.

— "Cinco garotas e um garoto desaparecendo, e no mesmo dia..." - Lily começa à puxar conversa com Amanda. - "Meio assustador isso, não é?"

— "Sim. Mas por quê?" - Amanda fala, tendo sua voz meio abafada pela escova de dentes. - "Por que alguém sequestraria essas garotas e esse garoto?"

— "Mistério dos mistérios." - Lily dá de ombros. - "Pode ser por qualquer coisa."

— "Hmmm..." - Amanda limpa a boca, após cuspir o que sobrou da pasta de dente. - "Agora eu estou bem curiosa sobre como eles desapareceram bem na luz do dia e sem nenhuma testemunha."

— "O tal sequestrador deve ser bem calculista em seus planos." - Lily fala. - "Só espero que você não seja a próxima vítima dele. Do jeito bobinha que você é, com certeza vai andar para uma armadilha e nem perceber."

— "E-ei! Eu não sou bobinha!" - Amanda cruza os braços, inflando as bochechas.

— "É, só não é mesmo." - Lily revira os olhos.

Após ouvir Amanda bufar, a garota de curtos cabelos castanhos guarda a escova em seu lugar.

— "Mas é sério, talvez não tenha como o sequestrador reagir, já que vai ter literalmente a cidade toda olhando." - Amanda fala.

— "Acho que tem razão, ninguém ia ser tão burro em sequestrar no meio das pessoas." - Lily confirma positivamente com a cabeça.

— "Vamos lá, eu preciso me encontrar com Hiroshi." - Amanda fala, enquanto pegava Lily com uma mão e abria a bolsa com a outra.

— "Ah, céus... lá vamos nós." - Lily fala, enquanto Amanda enfiava a coelha de pelúcia dentro da bolsa.

Após conseguir enfiar Lily na bolsa, Amanda deixa o banheiro.

—----

Murata suspira de alívio após acabar de lavar a louça.

— "Ufa... finalmente acabei." - Murata fala em um tom de alívio.

Então, o homem de cabelos castanhos ouve passos atrás dele, olhando para trás, Murata foi capaz de ver Amanda.

— "Ah, é você, Amanda." - Murata fala. - "Você está pronta agora?"

A garota de curtos cabelos castanhos confirma positivamente com a cabeça.

— "Ótimo, então você pode ir. Irei ficar aqui mais um pouco e me arrumar. Vou sair daqui a pouco." - Murata explica. - "Ah, e tome cuidado, aquele sequestrador deve estar à solta."

— "Sim, pai. Eu sei, eu vou tomar cuidado." - Amanda fala. - "Até mais tarde, pai."

— "Ei, Amanda, só mais uma coisa." - Murata chama sua filha mais uma vez. - "Você está levando aquela sua pelúcia?"

— "Pelúcia é minha mão na sua cara, velhote!" - Lily, ainda dentro da bolsa de Amanda, começa à se debater de raiva.

— "Uhhh, sim. O senhor sabe que eu e a Lily somos bem unidas, não é?" - Amanda responde, sentindo um leve chute em sua cintura, era Lily, provavelmente com raiva sobre o que Murata havia dito sobre ela.

— "Você não acha isso um pouco... infantil? Afinal, você é uma garota crescida." - Murata fala, enquanto levantava uma sobrancelha. - "O que você acha que as pessoas fariam ao ver uma garota de 17 anos andando com uma pelúcia?"

— "Hmmm..." - Amanda começa à pensar um pouco. - "...É, acho que o senhor tem razão."

Amanda então abre a sua bolsa, retirando Lily de dentro dela, a coelha de pelúcia solta um suspiro discreto ao ser retirada da bolsa apertada.

— "Eu vou a guardar para você." - Murata fala, enquanto pegava Lily das mãos de Amanda. - "Ela só vai ocupar espaço."

— "Tudo bem, então até mais tarde." - Amanda fala, enquanto deixava a casa.

...

...

...

Após Amanda deixar a casa, Murata fica parado por alguns instantes, enquanto observava a porta se fechar.

— "Amanda... tome muito cuidado lá fora. Qualquer um pode ser um alvo, inclusive você." - Murata pensa consigo mesmo, enquanto fechava os olhos. - "Mas o que é esse mal pressentimento que estou sentindo...?"

Murata olha novamente para a janela que ele havia sentido aquele misterioso vulto o observando.

...

...

...

— "...Então, velhote." - Por algum motivo, Lily começa à conversar com o homem de cabelos castanhos. - "O que aconteceu enquanto eu e Amanda não estavamos aqui?"

— "...Eu não sei, Lily." - Murata fala, revelando que Lily, na verdade, não era apenas da imaginação de Amanda, mas sim, ela era real. - "Mas se tem uma coisa que eu sei, é que não é uma coisa boa."

Murata aperta Lily suavemente, por algum motivo, ele sentia que, uma hora ou outra, ele teria que revelar a verdade sobre a família para Amanda.

Coisa que ele esperava que nunca acontecesse.

—- Continua --


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Notas finais do capítulo

Até a próxima! ^-^



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