La Belle Anglaise escrita por Landgraf Hulse


Capítulo 12
11. Descobertas.




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Sete dias após o aborto, poderia se dizer que Katherine já estava muito melhor, ainda de repouso, mas melhor. E mesmo com algumas limitações, a vida dela voltou a normalidade. A princesa fazia alguns passeios, recebia visitas e escrevia suas cartas com as amigas. Era quase que o normal.

— Ainda me sinto muito ruim por fazer vocês ficarem longe de suas famílias.— Ao lado de Katherine, deitada na cama, estavam suas amigas.— Logo será Natal, mas vocês estão comigo.

— Não foi sacrifício nenhum, Katherine.— A Srta. Caroli respondeu doce. Como seria para ela? Ollerton Hall ficava apenas no outro lado do condado.— Todas viemos de boa vontade.

Lady Courteney e Grace, agora Lady Pembroke, assentiram em concordância. Faltava apenas Lady Lennox, mas ela estava em Warwickshire cuidando do pai, o conde Baster, que estava doente em Rocheberry Manor.

Sentado perto da lareira do quarto, Wilhelm deu um pequeno sorriso. Katherine realmente já estava muito melhor, no momento ela escrevia cartas.

— Mas ainda assim eu me sinto ruim.— Colocando uma carta finalizada no envelope, a princesa comentou.— Principalmente você, Grace. Recém-casada, mas cuidando de uma inválida.

O tom levemente dramático dela tirou alguns risinhos do príncipe, mas ninguém percebeu, ou melhor, ela percebeu, mas não falou nada. Curioso isso.

— Somos amigas, Katherine, em momentos como esse devemos nos ajudar.— Havia doçura e sinceridade nas palavras da baronesa.— Como Josephine disse, não foi um sacrifício. Pelo menos adiantei logo essa tortura com Henry.

O casamento. Lady Pembroke iria casar com Lord Pembroke apenas em janeiro, mas eles adiantaram o casamento.

— Ainda não entendo como seu irmão conseguiu uma licença especial tão rápido.— Balançando a cabeça, Lady Courteney comentou.

— Meu padrinho é o duque de Somerset.— Com uma risadinha travessa Grace respondeu.— Foi assim que conseguimos a licença.

— Eu agradeço de qualquer forma. Estou sendo muito bem cuidada.— Embora não diretamente, Wilhelm sentiu que isso também foi direcionado a ele. Katherine sorriu.— Vamos continuar? Não quero ficar escrevendo cartas para sempre.

As três damas riram junto com a princesa e logo voltaram a escrita. Wilhelm... ele estava feliz que Katherine reconhecia seus esforços em cuidar dela. Não era um trabalho muito fácil, e por algum motivo ela estava muito calada, mas a princesa reconhecia e era grata.

— Logo a rainha da França, sua prima, terá um tão esperado filho.— Sendo tirado de seus pensamentos por Lady Courteney, Wilhelm voltou sua atenção a esposa.— Seria bom você escrever para ela, Katherine. A rainha e a marquesa já farão isso, mas nada impede a princesa Wilhelm de fazer o mesmo.

A realeza europeia era tão estranha. A França e a Grã-Bretanha estavam em guerra, mas as consortes desses dois países continuavam a trocar correspondência. Poderia causar problemas, mas era assim que funcionava. Wilhelm balançou negativo a cabeça.

— Escreva o seguinte a rainha da França: Desejo a amada prima a maior felicidade. Que nasça um belo gordo Filho da França, cheio de saúde e... vigor...— A princesa parou tentando pensar em mais a dizer.— Será que já não está bom?

As quatro riram juntas da sugestão. Revirando os olhos, Wilhelm tentou voltar a ler o livro que tinha consigo. Era uma tal de Evelina, um romance epistolar. Como isso chegou nas mãos dele? Era um mistério.

— O primeiro filho da rainha da França vai nascer, Katherine.— Ainda rindo, a Srta. Caroli repreendeu a princesa.— Seja mais... sensível.

— Estou sendo muito sensível com esse nascimento.— Analisando algumas outras cartas, Katherine ficou em silêncio por um momento. Até que um brilho surgiu em seus olhos.— Falando em nascimento, amanhã é seu aniversário, Wilhelm.

Apertando com força o livro, Wilhelm assentiu. 19 de dezembro não era um dia feliz.

— Sim.— O príncipe queria ter se limitado a isso, mas Katherine o olhava com muita expectativa.— Vinte e dois anos.

Com vinte desses sendo de profundo sofrimento. Apesar da seriedade no rosto dele, Katherine ouviu com atenção e um sorriso, ela parecia animada.

— Você quer algum presente?— O melhor presente para Wilhelm seria apagar 19 de dezembro da existência.— Um livro talvez? Temos uma edição original de Os Lusíadas e também...

De fato, ela estava animada. Seria um pouco doloroso acabar com essa animação, mas Wilhelm assim teria de fazer.

— Não desejo nada, Katherine. O meu aniversário não é um dia de comemoração.— As damas arfaram horrizadas. A princesa iria perguntar, mas ele foi mais rápido:— Foi em 19 de dezembro que a minha mãe... morreu.

— Mas quando a sua mãe morreu você já não tinha...— Pensando em suas próprias palavras, ela entendeu e ficou envergonhada.— Ah, perdão, Wilhelm.

— Está tudo bem, Katherine.— Não estava tão bem assim, mesmo assim o príncipe sorriu.— Foi no meu aniversário de dois anos. Eu não lembro de nada.

Aquele cena veio novamente na cabeça do príncipe, não exatamente o que aconteceu, mas como ele imagina pelo que as pessoas diziam. Por que o príncipe Carl tinha que ser tão duro, bárbaro? Os castigos não eram necessários! Vinte anos haviam passado, mas Wilhelm não esqueceria da sensação, das memórias que outros criaram nele.

— Isso é tão... triste.— E foi apenas isso que Katherine disse.

O assunto morreu depois disso, embora as se sensações, pensamentos e emoções continuassem a perturbar Wilhelm. Como sempre acontecia quando ele pensava muito na mãe, por isso mesmo o príncipe evitava esse assunto.

Mais dias se passaram, e mais ainda Katherine se recuperou. Quando chegou o Natal, e eles foram para o serviço religioso que seria realizado da Catedral de Chester, a princesa estava praticamente recuperada, exteriormente nem parecia que ela havia sofrido um aborto espontâneo algumas semanas atrás. Foi um Natal normal, não muito feliz, mas também não muito triste, exatamente como Wilhelm esperava e sempre tinha.

Da mesma forma que não gostava do seu aniversário, Wilhelm não gostava do Natal. A morte da princesa Louise lançou uma sombra densa sobre todo o mês de dezembro, uma que ficou ainda maior para o príncipe com o aborto de Katherine.

Quando janeiro começou, assim como 1779, Katherine já era a mesma pessoa de antes, isso em saúde e em comportamento. Mas alguma coisa mudou entre os dois, ou melhor, a berreira que existia entre eles ficou maior. A princesa ainda discutia com Wilhelm e as provocações continuavam, mas... existia uma frieza tão grande. E estava fora de questão perguntar a ela.

Wilhelm tentou conversar com o marquês e a marquesa, mas quando eles não desconversavam, simplesmente respondiam:

— Ainda devem ser os efeitos do aborto, Wilhelm.

— Wilhelm, nossa filha abortou, ela ainda está abalada.

— Katherine logo voltará ao que você diz ser normal, Wilhelm.

— É apenas uma fase, Wilhelm.

Ele desistiu de comentar essas coisas com o casal. Não servia para nada.

Mas havia algo que dava um certo alívio ao príncipe. Se algo incomodava Katherine, esse algo claramente foi causado pelo duque de Bravandale. Com Wilhelm ela era fria, mas com o duque... com esse a princesa era grossa. Quando eles voltaram a Hampton Court, quase todos os dias, e noites, Bravandale fazia uma visita, e recebia de Katherine muitas repreensões:

— Cale-se, James!

— Por que você não pensa antes de falar?

— Fique em seu lugar, Bravandale!

— Quem você acha que é para falar assim comigo, duque?

— Por favor, James, lembre-se de quem é, pare de me perturbar.— Essa vez foi mais cansada.

Era muito satisfatório ouvir Katherine dar essas respostas a Bravandale, mas o que não era satisfatório era ver que eles estavam cada vez mais próximos e juntos. Mas o duque era mais um cachorrinho atrás da dona, como Welpe, do que uma paixão.

O que de forma alguma negava que havia algo de errado nessa casa, palácio da verdade. Shakespeare escreveu em Hamlet a frase famosa frase de que "há algo de pobre no Reino da Dinamarca", mas no momento era o dinamarquês que sentia algo de "pobre" no Reino da Inglaterra, e o príncipe Frederik Adolf da Suécia tinha algo haver com isso, Wilhelm tinha certeza.

Mas como o príncipe iria descobrir o que tinha de errado? Perguntando a alguém, mas quem? O marquês e a marquesa estavam fora de questão, Charlotte estava muito ocupada com seu casamento por procuração que aconteceria em breve, sobrava então apenas...

— O que eu ganharia com isso?— Elizabeth perguntou mais do que sarcástica. Ganhar?

— Você não vai me ajudar incondicionalmente?— A princesa balançou a cabeça.— Mas que desonesta é você! Esse tipo de coisa não se paga.

— Katherine vai me odiar quando descobrir.— O príncipe estreitou os olhos, era tão sério assim?— Além do mais, papai e mamãe nos disseram para nunca, nunca, comentarmos com ninguém.

Realmente, era algo muito sério. Wilhelm se perguntava até que ponto da história Elizabeth sabia. Poderia ser pouco, mas também muito. Suspirando, ele acabou cedendo:

— O que você quer?— A resposta ganhou um sorriso da princesa. Era bom não ser algo grande.— Vou logo avisando que não tenho dinheiro para lhe dar.

— Eu não preciso de dinheiro. Quero apenas que você faça papai adiar por mais um ano meu casamento com o eleitor da Saxônia.— Wilhelm ficou extremamente confuso e surpreso. Elizabeth parecia tão resignada a casar antes.— Não tenho objeção alguma a casar com Friedrich August, mas não agora.

O que Elizabeth pedia... Como ela achava que ele poderia fazer isso? Wilhelm era apenas Wilhelm, ou seja, um ninguém.

— Eu aceito.— Sem garantia alguma de sucesso.— Fale tudo, sem esconder nada.

— Não esperava que você fosse aceitar assim tão rápido. Mas que seja.— Novamente, Elizabeth não pediu garantia alguma. Wilhelm tentaria, mas não prometia nada. A princesa suspirou.— Katherine estava, ou está, apaixonada por Frederik Adolf, e eles iriam se casar. Até que o príncipe Wilhelm da Dinamarca e Noruega entrou no jogo.

Apaixonada? Casar? Mas isso... Wilhelm não esperava por isso. Elizabeth continuou a história, mas francamente, ele prestou atenção apenas a essas primeiras palavras. Não era a toa que Katherine o odiava! Mas mesmo assim, que culpa ele tinha!?

Agora as coisas faziam mais sentido, mas de forma alguma Wilhelm sentia mais alívio. Dentro dele alguma coisa quebrou.

*****

26|02|1779 Palácio de Hampton Court

As coisas estavam andando muito depressa nesse início de ano. O primeiro trimestre do ano não havia nem acabado, e ainda faltava mais de um mês para acabar, mas muito já havia acontecido. Apenas a guerra nas colônias parecia não estar andando.

O casamento de Charlotte com o arquiduque Maximilian Franz estava sendo preparado, a temporada social havia iniciado animadamente, a rainha teve alguns dias atrás seu décimo terceiro filho, o príncipe Octavius, e ainda havia o baile da baronesa Cottington hoje, em homenagem a rainha e o novo principezinho.

Esse baile tinha que ser perfeito. Katherine tinha que estar perfeita. Era o primeiro evento social que a princesa iria nesse ano, e ela precisava mostrar que estava com saúde e beleza perfeita. Não era apenas Katherine que lembrava do que aconteceu em Amelian House, mas a sociedade também.

Por isso mesmo ela mandou preparar o seu melhor robe a l'anglaise, assim como chamar i melhor cabeleiro, isso mais cedo.

— Será magnífico.— Sendo ajudada por suas amigas a entrar na banheira para o banho de rosas, Katherine comentou feliz.— Hoje será magnífico.

— Você fala do baile de Lady Cottington?— Grace perguntou desanimada. Poderia ser outra coisa?— Talvez seja sim. Não podemos saber.

Esse desânimo da baronesa Pembroke não ajudava em nada.

— Querida Grace, sabemos que Lord Pembroke não é o príncipe encantado que você queria, mas não seja desagradável, por favor.— Grace fechou a cara com as palavras de Josephine e saiu de perto irritada.— E aquela conversa que tivemos antes? Já esqueceu, Grace? Falamos que príncipes encantados existem apenas em...

— Meninas, por favor! Assim vamos estragar o banho de Katherine.— Com a repreensão de Maria, Josephine calou-se. Aproveitando esse momento, a princesa sentou logo na banheira.— Será magnífico, afinal, você estará lá, Katherine.

— Não entendo como os Cottington podem fazer um baile em homenagem a família real,— Entretanto a princesa um frasco com óleo, Grace iniciou.— Se eles não tem relação alguma com a realeza.

— Qualquer um pode dar um baile comemorando o nascimento do décimo terceiro filho do rei, o oitavo príncipe.— Após explicar, Katherine riu levemente. Por isso o nome.— De qualquer forma, dizem que a família de Lady Cottington, os Cunliffe, tem parentesco com os Tudors.

Pegando um pouco mais de água, a princesa jogou em cima do busto, ela deveria estar preparada para a qualquer hora fazer fazer um principezinho também.

— Só dizem isso porque os Cunliffe são galeses.— Josephine estava certa, chamava-se preconceito.— Se for assim, eu descendo dos escoceses Bruce.

Grande parte da aristocracia e nobreza britânica tinha algum tipo de ligação sanguínea com a atual família real.

— Em toda situação, é um pena que Bess ainda esteja com Lord Baster em Rocheberry.— As outras concordaram com a Katherine.

Não havia mais esperanças para o conde, ele estava doente desde dezembro, a morte estava chegando para ele. Talvez logo Elizabeth passasse de baronesa Lennox, a 4° condessa Baster, um título que poderia passar para mulheres.

Aproveitando o silêncio que estava agora, Katherine tentou relaxar mais ainda no banho. O aroma de rosas era tão bom, facilmente ela poderia esquecer de seus problemas assim.

— A duquesa de Devonshire e suas amigas também estarão presentes.— Assim que acabou o e foi vestir-se, Josephine comentou. Esse era um dos motivos para Katherine querer estar perfeita. A duquesa reinava na moda, mas não em beleza.— Oh, graças a Deus, Lady Melbourne não irá.

— Eu até que gosto de Lady Melbourne.— Maria, Grace e Josephine, principalmente Josephine, encararam horrizadas a princesa.— Não me olhem assim. Ela pode ser uma prostituta, mas sabe o lugar dela. De todas, é a que mais gosto.

— Pois eu não gosto dela.— Sem remorso algum, Josephine afirmou.— Ela é papai... eram íntimos.

O desgosto dela era palpável. Mas isso explicava muito coisa, como o motivo da baronesa viúva ter viajado para o continente assim o 3° barão morreu.

Família era algo muito complicado. Katherine agradecia todos os dias por ter uma família normal, sem ter crescido com algum trauma. Mas ao pensar isso, ela não deixava de pensar nela mesmo e Wilhelm. Um dia eles teriam que formar uma família. Mas a imagem de Frederik Adolf não saia da cabeça dela, ainda mais depois do aborto.

— Por que não consigo tirá-lo da cabeça?

— Disse algo, Katherine?— A princesa fechou os olhos ao ouvir Grace.— Você disse que...

— Não foi nada!— Ela deveria ter mais cuidado com os pensamentos, até com as amigas.— Não disse nada.

As damas voltaram a arrumar Katherine em silêncio, um que estava ficando desconfortável. Até que Josephine acabou:

— E onde está seu marido? Normalmente ele está sempre com você.

— Não faço a mínima ideia.— O paradeiro de Wilhelm era desconhecido, hoje eles haviam se visto ainda menos do que era normal.— Ele deve estar com Voltaire, Rousseau, ou talvez com Montesquieu. Não exatamente com qual dos três.

— Você fala com se não gostasse deles.— Josephine estava errada. Katherine apenas não dava a menor importância ao iluminismo e seus pensadores.— Mas... parece até que vocês dois estão distantes.

Próximos Katherine e Wilhelm nunca foram. Mas a acusação de Josephine era justa, e a princesa não tinha como se defender.

— Eles estão distantes.— Grace falou com certa malícia.— Katherine está muito mais próxima do duque de Bravandale.

— O que você quer dizer com isso, Grace?— Não parecia um elogio para a princesa.— Explique.

— Ora, você e o duque estão sempre tão juntos.— Com ela sendo dura como uma rocha.— James claramente está apaixonado, por isso ele não gosta de Wilhelm.

— James é apenas um amigo, antigamente meu melhor amigo.— Se bem que... Katherine sempre pensou nessa paixão como algo imaginário, criado pelo orgulho.— Nunca vi ele de uma forma diferente.

Não. Elas deveriam estar enganadas, James não poderia estar apaixonado por ela... poderia?

— Grace está certa, Katherine.— Muito séria, Mary falou.— Aproximando-se de James, você afasta-se de Wilhelm. Cuide disso, por favor, os dois se odeiam, pode acontecer uma carnificina.

Por experiência própria, Katherine sabia disso. Mesmo assim...

— Existe nessa história muito mais do que vocês sabem.— Havia Frederik Adolf, Katherine não conseguia deixá-lo.— Não quero mais falar sobre isso.

O assunto morreu, mas não na mente delas, nesse lugar demorou mais.

A tarde passou rapidamente, e quando deu-se por si mesmo, Katherine e Wilhelm já estavam na carruagem, a caminho da luxuosa Cottington House, em Mayfair. Embora não fosse uma surpresa, estava sendo uma viagem silenciosa, mesmo com o príncipe a encarando.

— Por que me olha assim, Wilhelm? Parece até que cometi um crime.— Ele abriu a boca, mas a carruagem parou e a porta foi aberta logo em seguida.— Falaremos sobre isso depois. Vamos sair?

Já dentro da casa, eles foram recebidos por Lady Cottington, a eternamente deprimida, junto do barão, do qual Wilhelm não nutria amores. Logo depois eles foram cumprimentar os amigos, ou melhor, Katherine foi com Wilhelm atrás.

— Sua Alteza, que alegria a reencontrar, creio que lembra-se de mim.- Certamente Katherine se lembrava, do visconde Leverson.– Não pude vir para o casamento, perdão.

— Lord Leverson, o milorde está perdoado, mas apenas porque foi a primeiro a vir falar comigo.— Ser feliz, animada, e não se esquecer de parecer uma tonta, embora nenhuma dama desejasse isso.— Wilhelm, esse é o visconde Leverson, um amigo da família, ele é Lady Eugenie.

— Creio que deve ser um prazer.— O príncipe respondeu.

— Para quem? Ele ou você?- Lord Leverson riu, enquanto Wilhelm para a esposa sem entender.— Diga-me, milorde, como está indo a guerra bávara? Estou tão preocupada, e se prussianos estraguem o casamento de minha irmã?

Katherine as vezes se sentia horrível por falar essas coisas, mas não havia nada que ela pudesse fazer.

— Nada poderia estragar o casamento da princesa Charlotte, nem mesmo os prussiano. Na verdade, minha princesa, essa é uma guerra insignificante. Maria Theresa nem mesmo queria essa guerra, o imperador Joseph que desejava. Embora eu ache que não vai durar muito.

— Fico aliviada, Charlotte terá um casamento inesquecível, e poucas pessoas irão morrer.

Pelo menos agora ela tinha informações significativas. Mas ainda existia um receio, entre a Baviera e Áustria, estava Niedersieg.

Mas logo eles saíram de perto do visconde, Katherine já havia conseguido o que queria, agora, onde estava sua mãe? Ela não conseguia encontrar a marquesa.

— Sua Alteza, o príncipe veio.— Katherine fechou os olhos com força.

— Katherine, que bom que lhe encontrei.— Wilhelm suspirou cansado.

Essas vozes... quando a princesa percebeu, ela e Wilhelm estavam cercados, de um lado a duquesa de Devonshire, junto com o duque, e do outro James. Agora o casal sofria junto.

— Sua Graça, Georgiana, James.— Haviam duques demais nessa festa.— Que alegria em vê-la Georgiana, e o duque também. Como foi a estadia em Chatsworth House?

Iniciando com os Devonshire, a princesa comprimentou.

— Como sempre muito agradável, Sua Alteza. Soubemos o que aconteceu em Amelian House, e a única coisa que posso dizer é que vai passar a tristeza, digo por experiência própria.- Katherine não sabia o que era pior, a duquesa ser sincera, ou comparar elas duas.– Mas a princesa está muito deslumbrante hoje.

— Como sempre.— O duque completou frio e sem emoção.

— Eu agradeço. E mais filhos virão, tenho certeza.— Teria que ser dito mais. Katherine iria se matar!— Mas você também está deslumbrante, Georgiana. Como sempre.

— O seu consentimento me alegria, minha princesa.— Sorrindo falsamente, a princesa assentiu.— E você, meu príncipe, que acha de nós hoje?

Katherine rapidamente se virou para Wilhelm. Era melhor ele não responder, chamar a duquesa de deslumbrante era um sacrilégio!

— São as mais belas de todo o salão. De toda a Inglaterra.— Wilhelm tinha perdido o juízo!? Só poderia ser.— A música logo vai começar, a duquesa deseja dançar o cotillion?

— Será um prazer.— Amavelmente a duquesa aceitou o pedido do príncipe.

O que era isso!? Haviam tantas damas nesse salão e ele escolheu logo a duquesa de Devonshire para sua primeira dança! Katherine não esperava que fosse ela própria, era impróprio, mas poderia ser qualquer uma.

— Deseja dançar Katherine?— Lembrando de Bravandale, ela assentiu desatenta.— Você viu? Será que ele já se cansou de você?

— O que deseja dizer com isso, James?— Quando percebeu, Katherine já dançava o cotillion com o duque. Ele deu os ombros.— Responda!

— Não tenho nada para responder.— Era um idiota! Mais um cachorrinho atrás dela!— Apenas tenha certeza de que eu nunca teria feito o mesmo.

— Apenas dançe o cotillion, James, e faça isso calado.

Tudo poderia ter dado certo. Tudo poderia ter sido perfeito. Mas não foi. Quando eles voltassem a Hampton Court, Wilhelm e Katherine teriam muito o que discutir. O que era toda essa frieza dele?


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Notas finais do capítulo

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