Justiça: O Pergaminho de Haruki escrita por Wondernautas


Capítulo 10
9 - Adeus, dias de paz


Notas iniciais do capítulo

Saudações! Como explicado no capítulo 8 de "O Pergaminho de Sakuya", tirei o Carnaval para descansar e por isso não tivemos capítulo na segunda. Aqui está a postagem da semana!



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Arco 2 - A Odisseia de Ikaruga

 

Sob a luz das estrelas… Aldeia da Areia, País do Vento…



Tudo está nublado. É difícil ver com precisão. Apesar disso, sou capaz de reconhecer as cinco silhuetas no que parece ser o campo de batalha. Todos os cinco carregam, em suas cabeças, chapéus que são facilmente reconhecidos por qualquer um. Esses itens, para cada um deles, representa toda a sua autoridade. Afinal de contas, carregam o símbolo de cada um dos Cinco Grande Países e pertencem aos Cinco Grandes Kages. Mas… O que tudo isso poderia significar?

Seus rostos estão sombreados, quase imperceptíveis. No entanto, é fácil reconhecer o delineado de suas silhuetas. O primeiro da esquerda para a direita é o maior deles, assim como o que aparenta ter maior desenvoltura muscular: não há dúvidas, trata-se do Terceiro Hokage Goro Nomoru.

A segunda silhueta parece segurar uma espada em sua mão direita com uma aparente determinação para o combate: é Tier Halibel Hoshigaki, a Terceira Mizukage. A próxima é a de menor estatura, quem rapidamente identifico como aquele em quem a Aldeia da Areia confia há décadas: o sábio ancião Dohko Uzumaki, nosso Segundo Kazekage.

A quarta figura possui o que parece ser uma longa barba esvoaçante pelas ações dos ventos e uma postura levemente curvada: sem titubear, reconheço-o como o Segundo Tsuchikage Genryuusai Shigekuni Yamamoto. Por fim, a última silhueta mal pode ser percebida por meus olhos graças aos seus ágeis movimentos: é Yoruichi Shihoin, a Terceira Raikage.

Ao longe, no entanto, o que se apresenta é um exército, mas não um exército qualquer. São humanóides com traços animalescos variados: uns possuem garras e presas de felinos, outros asas de morcego ou serpentes no lugar da cauda e terceiros são dotados de bicos de pássaros e patas traseiras de bode. Sem nenhuma hesitação, os meus pensamentos os reconhecem como os temíveis Bestiamorfos. O mais aterrorizante, no entanto, é a figura de uma mulher de longos cabelos rosados que se coloca à frente das criaturas e em oposição aos Cinco Grandes Kages. Seu rosto está mais visível e, pelo que posso julgar, parece ser Ikaruga Haruno, uma Nukenin da Aldeia da Folha.

Qualquer pessoa que pelo menos conheça a lenda dos horrores dos Bestiamorfos me questionaria agora… “Por que uma única pessoa causaria mais temor do que aqueles seres da escuridão?”. A resposta é simples… Nunca houve, na história do mundo ninja, alguém que pudesse colocar sobre eles o mínimo controle. Bestiamorfos servem somente ao caos e conhecem apenas a destruição. No entanto, nesta visão, posso concluir sem nenhuma dúvida que Ikaruga está em pleno controle das criaturas. Por isso, elas seguem em direção aos Kages graças às suas ordens.

Logo depois, as imagens se tornam tão turvas que é quase impossível compreender. Não consigo precisar a natureza dessa visão. Possuo um dom único que me permite vislumbrar possibilidades do futuro, mas não sou capaz de identificar o que vejo como uma alegoria simbólica do que se aproxima ou uma representação fidedigna dos fatos. Não há ruídos, não há som, não há palavras. Aquilo que posso ver e sentir é o pavor que tudo isso representa. E então… O pior. Uma cabeça é decepada, rolando pelo terreno rochoso do campo de batalha. Um dos Kages está morto. Um dos Kages, talvez em breve, morrerá… Será que podemos impedir esse futuro? Ou será que o destino já está traçado?

É quando a visão se encerra e os meus olhos azuis, uma vez mais, podem se concentrar na figura do ancião e líder da Aldeia da Areia, sentado em sua cadeira. Estes são os aposentos do grande Kazekage, o salão administrativo no qual Dohko Uzumaki passa a maior parte do tempo. Percebendo o que acabou de me acontecer, ele me questiona com sua voz vagarosa em razão de sua idade avançada:

— O que você viu, Ishizu?

Por alguns instantes, eu hesitei. Apesar de encarar os olhos do Kazekage, ainda estou tentando processar as informações de tudo o que acabei de vislumbrar. Buscando acalmar as aceleradas batidas em meu coração, repouso minhas duas mãos sobre o meu peito esquerdo. Suspiro, fecho os meus olhos e tomo a devida coragem para dizer:

— O Armageddon…

 

…/–/–/…

 

Algum tempo depois, não muito longe das dependências do Kazekage… Aldeia da Areia, País do Vento…

 

Uma garota branca de longos cabelos ruivos corre em desespero pelas ruas vazias da Aldeia da Areia. Sua voz clama por ajuda, seus gritos e lágrimas deveriam atrair a atenção de todos. Porém, é como se nenhuma alma viva estivesse entre as paredes e muros de cada construção que ela avista. Por que ninguém a ouve? Por que ninguém está aqui para ajudá-la? Por que isso está acontecendo novamente…?

— Corra! Chore! Clame! Se desespere! – exclama a voz do seu perseguidor: Marik Ishtar.

Se movendo através das sombras como se fizesse parte delas, o homem persegue a garota como se tivesse grande prazer de testemunhar a sua agonia. Se estivesse na Aldeia da Folha, os olhos dela certamente seriam confundidos com os de um Hyuuga por serem bem claros e com pupilas pouco perceptíveis. Porém, nada disso importa agora. O coração disparado da Gennin indica que ela precisa lutar para escapar e sobreviver. Mas… Como poderá?

— Você sabe qual é o desfecho desse jogo, Anaki… – articula a voz do sujeito que se move entre as sombras, manifestando-se mais como uma entidade inumana do que como um ninja.

Finalmente, ela chega a um beco sem saída em uma ruela estreita. Os olhos da jovem se arregalam, manchados por terror. Seu coração ameaça saltar pela boca. Seu corpo treme como uma folha ao vento. Sua pele se arrepia como a pelagem de um pequeno gato diante do predador. Sua esperança falha… Não há mais nada para fazer.

— Está preparada? – indaga Marik.

Se espremendo no fim do beco, virando-se na direção da voz, Anaki presencia com grande pavor o momento em que o sujeito surge da sombra de um prédio no chão como uma hedionda força espectral. Ele se ergue, curvado, como se carregasse um grande peso nas costas. O rosto baixo não permite que ela observe a face de seu algoz por alguns instantes. Isso muda quando o risonho homem levanta a cabeça, dirigindo a ela um olhar gélido e um sorriso diabólico.

— É chegada a hora de juntar-se aos outros do seu clã no mundo dos mortos… – o Nukenin completa seus dizeres.

A língua do homem está enorme, caindo para fora da boca como se fosse uma criatura úmida desconhecida. A saliva que pinga dali cai sobre o chão e o corrói como ácido. Então, acompanhado de um último grito estridente e desesperado da sua vítima, o Ishtar se lança em alta velocidade na direção de Anaki. Seu corpo se move simplesmente como se o mesmo fosse capaz de voar ou como se fosse atraído por uma poderosa força magnética, em linha reta. Sua boca se abre como a de uma serpente prestes a dar o bote em uma frágil presa à beira da morte. Tudo o que a Gennin é capaz de fazer é gritar com toda a potência de sua alma… Até, enfim, acordar.

A garota está ofegante, mas sã e salva, sentada em sua cama. Seus olhos estão apavorados, mas ao mesmo tempo o seu coração se acalma por ela saber que foi nada mais do que um pesadelo. Suas pernas estão mergulhadas sob um cobertor azul e o seu rosto está bem próximo de uma janela circular na parede ao seu lado esquerdo. Gradualmente, a sua respiração vai se normalizando até a jovem ser capaz de observar a luz da lua através da janela fechada. Não há mais gritos, lamentos ou batidas descompassadas de um coração aterrorizado. Porém…

— Os sonhos estão cada vez mais frequentes… – diz para si mesma, apertando com firmeza a região de sua camisa branca que cobre o seu peito esquerdo. – Por quê…?

Em seu interior, ela busca encontrar uma razão. O dia em que Marik Ishtar a marcou jamais pôde ser esquecido, mas nem mesmo naquela época os pesadelos repetitivos eram tão frequentes. Ao pensar a respeito da habilidade especial de Ishizu Ishtar, Anaki se questiona se o seu subconsciente está tentando alertá-la a respeito de algo. Esse raciocínio é quebrado por duas batidas na porta deste quarto.

— Vovô? – indaga a jovem ao lançar o olhar sobre a porta que se abre vagarosamente, rangendo como consequência.

— Olá, querida – articula um homem de idade bem avançada, poucos cabelos brancos escorridos ao redor do rosto até a linha do pescoço, olhos castanhos bem escuros, pele clara bastante enrugada e postura levemente curvada devido à idade.

O velhinho empurra a porta com a mão direita enquanto carrega com a esquerda uma bandeja de madeira com uma xícara cheia de chá em cima. Ele usa uma longa túnica cinza e uma espécie de turbante branco ao redor da cabeça, ocultando a sua considerável calvície. Passo por passo, o veterano da Aldeia da Areia se aproxima de sua amada neta. É nesse momento que ela se lembra que o sábio Funako estava para preparar um chá, mas ela acabou por cair no sono sem perceber durante a espera.

— Perdão por ter demorado – diz ele, sentando-se em um pequeno banquinho ao lado da cama da neta. – Tive que colher as ervas em nossa plantação porque as da despensa não eram suficientes.

— Tudo bem – garante ela, sorrindo e levando as duas mãos em direção à xícara.

Sem demora, Anaki toma o objeto para si. Enquanto ela aproxima a xícara do rosto, o velho repousa a bandeja de madeira no próprio colo. Em silêncio, a Gennin toma um gole do líquido em temperatura moderada. Funako, por sua vez, se prepara para dizer algo importante.

— Querida, partirei esta noite para uma missão – ele revela, fazendo-a interromper o terceiro gole.

A ruiva olha em direção ao avô com evidente surpresa. Há anos, o mais velho do clã Konjiki é considerado um ninja aposentado, responsabilizando-se somente por pequenas tarefas diárias na Aldeia da Areia. Buscando em sua memória, ela nem mesmo se lembra qual foi a última vez em que Funako partiu para uma missão. Porém, com o devido esforço, eventualmente se recorda: foi durante a Segunda Guerra, a batalha contra os Bestiamorfos… A guerra que todos enfrentaram em busca de novos dias de paz, na mesma época em que Marik Ishtar matou sozinho diversos membros do clã Konjiki.

— Sei que pode parecer repentino, mas eu mesmo pedi ao Kazekage que eu acompanhasse as equipes – o mais velho completa suas palavras sem demora, buscando evitar mil e um pensamentos confusos da neta.

— Mas… Que tipo de missão? E por que você quer ir? É perigoso!? – a ruiva busca entender toda a situação.

Funako sabe que não pode contar todos os detalhes porque, se o fizesse, Anaki não dormiria em paz nesta noite. Afinal de contas, trata-se de uma missão para assassinar Marik Ishtar, o maior foragido da Aldeia da Areia das últimas décadas. Há anos, ninjas da ANBU da Areia buscam rastreá-lo, mas o mesmo teve êxitos sucessivos de escapatória. Hoje, no entanto, horas mais cedo, um grupo com integrantes da ANBU da Areia e da Pedra identificou o alvo nas redondezas de um pequeno vilarejo quase nos limites litorâneos do País do Relâmpago.

Um falcão mensageiro foi enviado com urgência para avisar o Kazekage da situação. Por sorte – ou azar –, Funako estava na sala do Kazekage pouco mais de uma hora atrás e pediu permissão para se juntar ao grupo. A pretensão do ancião era ser enviado para a Aldeia da Nuvem através de um protótipo de uma máquina de teleporte desenvolvida pelo País da Tecnologia. Dali, a viagem até o seu destino final seria bem menor, permitindo-lhe se reunir ao assassino dos seus filhos antes da sua inevitável execução.

— É uma missão secreta para a ONSU. Não posso dar detalhes porque vai além da Aldeia da Areia, minha querida – alega o ancião. – Minha vasta experiência é necessária e eu mesmo me voluntariei para a tarefa. Não se preocupe, não é nada perigoso. Além disso, estarei na companhia de aliados habilidosos.

— Entendo – diz a garota, sorrindo de leve e tomando outro gole do seu chá. – Sendo assim, fico aguardando o seu retorno. Prometo me dedicar arduamente ao meu treinamento enquanto estiver fora.

Com leves risadas, Funako se aproxima, beija a testa de sua neta e declara na sequência:

— Eu sei que sim, Anaki. Mas nada de exageros. E durma bem. Amo você.

— Também te amo – garante, tomando o último gole do seu chá. – Até, vovô.

A Gennin repousa a xícara sobre a bandeja manuseada pelo mais velho. Sorridente, ele se ergue da cadeira e caminha em direção à porta enquanto a garota se deita na cama novamente. Os olhos dela acompanham o trajeto de Funako, que calmamente caminha até a porta. O ancião passa pelo vão, puxa a maçaneta com a mão livre e fecha. Anaki, por sua vez, sela suas pálpebras, sentindo o seu coração tranquilo. A sua desinformação é o que lhe permitirá uma noite tranquila de sono… Por enquanto.



…/–/–/…



Horas depois, nos primeiros raios de sol… Em alguma região do País do Relâmpago…



O local é uma área montanhosa inabitada, no extremo noroeste em relação à Aldeia da Nuvem. Uma sutil neblina, típica desse horário, preenche o ambiente em torno de uma figura misteriosa. Caminhando com passos serenos sobre o terreno rochoso irregular, Marik Ishtar segue o seu caminho com a sua costumeira túnica roxa. Seu corpo está totalmente coberto, exceto parte do nariz e seus lábios.

Há um sorriso sutil, mas tenebroso, em sua boca. Ele sabe que está sendo seguido e observado há horas. Os seus perseguidores acreditam que estão com tudo calculado e Marik tem ciência disso. É graças a esse fato que o Nukenin da Aldeia da Areia quase não contém o seu desejo efervescente de gargalhar em deboche à ingenuidade de quem está em seu encalço. É quando o seu pé direito, calçado por uma sandália preta típica da sua vila, pisa em uma determinada pedra que algo ocorre…

O cenário, por alguns instantes, se transforma em uma densa floresta escura com imensas árvores que cercam Marik por todas as direções. Ele compreende que se trata de uma variação combinada de, provavelmente, quatro ninjas da Ilusão Demoníaca: Técnica do Lugar Falso. O sujeito sente o seu corpo travado por algo, o que o convence a não insistir na movimentação.

Em poucos instantes, a ilusão se desfaz, revelando que o foragido está completamente cercado: dois ninjas com os trajes da ANBU da Aldeia da Pedra com espadas posicionadas na parte de trás de sua cintura; outros dois da ANBU da Pedra agachados, estando um em cada perna do mesmo com uma espada posicionada atrás das articulações dos joelhos; um ninja com trajes da ANBU da Aldeia da Areia em cada lado de Marik com espadas bem próximas ao seu pescoço e outros dois de forma semelhante, mas bem diante dele com espadas coladas à barriga do Nukenin.

— Renda-se, Marik Ishtar – exige uma voz masculina ao longe. – Isso levou anos, mas seu fim chegou.

O sorriso do Nukenin se expande ainda mais. Ele jamais poderia imaginar algo assim. Caminhando ao longe, o ancião Funako Konjiki se aproxima com suas pálpebras relativamente caídas e seu olhar intenso. A sensação de Marik é que, se pudesse, o velho estaria fuzilando-o somente com os olhos neste exato momento. Por outro lado, toda a situação apenas parece diverti-lo.

— A estratégia de ocultação de presença das equipes combinadas serviu para nublar a sua habilidade sensorial, não é mesmo? – constanta o veterano da Aldeia da Areia, parando a poucos metros do assassino dos seus filhos.

Apesar de estar completamente contido, Marik começa a rir ao ponto das lâminas em seu pescoço perfurarem levemente sua pele devido ao movimento frenético de sua garganta. Enquanto gotas do sangue do foragido escorrem de sua carne, os oito ANBUs aqui presentes ficam incrédulos. Seus rostos confusos não podem ser observados por Marik graças às máscaras, mas ele é capaz de imaginar tais feições.

— O que é tão engraçado? Por acaso, perdeu o que lhe restava de sanidade nos últimos anos? – pergunta Funako, interrompendo com sua voz o fluxo de risadas do mais jovem diante de si.

— Velho burro! – exclama o outro, para o espanto do ancião. – Você é que não percebeu onde estava se metendo!

É quando duas figuras femininas começam a emergir do solo, a alguns metros atrás do avô de Anaki Konjiki. De olhos arregalados, ele se vira para tal direção somente para observar Ikaruga Haruno e Lazuli concluindo o uso da técnica Assimilação. Em seu íntimo, a Nukenin da Aldeia da Folha se diverte com toda a situação. Afinal de contas, ela tem a certeza de que muito em breve o pobre velho aposentado terá o espanto substituído pela fria sensação da morte…

Marik aproveita essa oportunidade para reagir: manipulando a sua estrutura óssea através da Kekkei Genkai do Pulso Mortal dos Ossos, o sujeito faz com que vários dos seus ossos brotem simultaneamente dos seus braços, tórax e costas. Graças a uma agilidade apurada, os membros das duas ANBUs presentes conseguem se afastar, saltando para longe antes de serem atingidos por qualquer um dos vários ossos. Na sequência, Marik gargalha profundamente enquanto seus ossos retrocedem, recuando para dentro do seu corpo de maneira lenta e gradual. Os locais de onde brotaram os ossos fecham instantaneamente.

— Mas como…? – Funako, de olhos arregalados, não compreende como um grande grupo com dois ninjas sensoriais, um da Areia e um da Pedra, não detectou a presença das duas mulheres que estão paradas a poucos metros de si.

— Você ainda não entendeu? – questiona Marik enquanto os oito ninjas das ANBUs se reposicionam a alguns metros ao seu redor. – Tudo isso foi uma armadilha. Eu propositalmente me deixei ser rastreado e utilizei a Técnica da Confusão Sensorial de forma bem diluída em torno das minhas novas aliadas. Isso permitiu que ambas passassem completamente despercebidas por horas a fio, mesmo estando próximas a mim.

— Marik, saia daqui com ele logo de uma vez – solicita a mascarada do clã Haruno, encarando o ancião a poucos metros de si com atenção. – O restante fica conosco.

Apesar da situação extremamente inesperada, Funako parece ficar confortável com a proposta dela. Afinal de contas, ele veio até aqui justamente para resolver suas pendências com o assassino dos seus dois filhos. Embora reconheça uma das duas mulheres como a Nukenin Ikaruga Haruno, o ancião acredita que oito ninjas extremamente habilidosos e capacitados na arte do assassinato serão capazes de combater a dupla feminina. Essa crença é o que permite ao ancião dar as costas para elas e se direcionar a Marik Ishtar.

— Pelo visto, você concorda, não é velhote? – questiona o foragido da Aldeia da Areia.

— Vamos a um local mais reservado, lunático – articula o mais velho entre todos os presentes, olhando fixamente nos olhos do Ishtar. – Temos questões antigas para resolver…

Desse modo, com cada um em sua devida posição, ambos ativam selos manuais para utilizar a Técnica de Cintilação Corporal. Trata-se de uma técnica de movimento em alta velocidade, cujo objetivo é mover-se de uma curta para uma longa distância a uma velocidade quase indetectável. Para as duas mulheres e os demais ninjas mascarados, duas baforadas de fumaça surgem ao redor de Marik e Funako após ambos ativarem seus selos manuais. Em instantes, nem a fumaça, nem eles estão mais por aqui. E em breve… Algumas vidas também não…


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Notas finais do capítulo

– Saudações, deuses e mortais! Como vão? Espero que bem! Espere um momento… Você está acompanhando este universo, mas ainda não criou a ficha do seu personagem? Que pecado, amiguinho! Não perca mais tempo e se integre a este wonderverso! Agora é hora de voar!

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Tier Halibel Hoshigaki

Idade: 35 anos

Aldeia: Névoa, País da Água

Cargo: Mizukage

Origem: Bleach (Tier Halibel)

Tier Halibel Hoshigaki é uma dos Sete Espadachins da Névoa, vista por muitos como a mais poderosa da atual geração desse grupo. É perita em Ninjutsu do Estilo Água e uma grande força a ser temida nessa categoria, além das suas assombrosas reservas de chakra e seus talentos valorosos em Taijutsu. É portadora da espada Tiburón, embora poucos conheçam a verdadeira natureza dessa lâmina. É a Terceira Mizukage e a responsável por propor a Aliança Shinobi, um tratado entre os Cinco Grandes Países que trouxe prosperidade ao mundo ninja.



Dohko Uzumaki

Idade: 127 anos

Aldeia: Areia, País do Vento

Cargo: Kazekage

Origem: Saint Seiya (Dohko de Libra)

Dohko Uzumaki é um ninja ancião respeitado por todo o mundo shinobi. Em seus tempos de juventude, viveu na Aldeia do Redemoinho, mas partiu em busca de um novo lar quando um terrível ocorrido devastou o clã Uzumaki. Eventualmente tornou-se parte da Aldeia da Areia, recebido pela Primeira Kazekage. Quando a fundadora se retirou, ele foi escolhido pelo Conselho da Areia como o Segundo Kazekage e está ativo na função desde então. É um grande usuário do Estilo Água, do Estilo Relâmpago e de Genjutsus, além de mestre em Fuuinjutsus e do antigo Estilo do Dragão Voador.



Genryuusai Shigekuni Yamamoto

Idade: 108 anos

Aldeia: Pedra, País da Terra

Cargo: Tsuchikage

Origem: Bleach (Genryuusai Shigekuni Yamamoto)

Genryuusai Shigekuni é o irmão mais novo da fundadora da Aldeia da Pedra e portador da lendária espada Ryuujin Jakka. É membro do clã Yamamoto, que possui distantes relações parentais com os Senju e os Uzumaki. Por isso, os Yamamoto são dotados de grandes atributos físicos e uma invejável vitalidade. Mesmo em uma idade avançada, o Segundo Tsuchikage é muito temido como um dos ninjas mais poderosos que o mundo shinobi já conheceu. Enquanto sua irmã mais velha focou na criação de Ninjutsus do Estilo Terra, Genryuusai se tornou um especialista do Estilo Fogo e Taijutsu.



Yoruichi Shihoin

Idade: 34 anos

Aldeia: Nuvem, País do Relâmpago

Cargo: Raikage

Origem: Bleach (Yoruichi Shihoin)

Yoruichi é a atual líder do clã Shihoin, a família mais rica e influente do País do Relâmpago. Possui o título de “Deusa Relâmpago” por ser considerada como a mulher mais rápida viva, além de grande especialista do Estilo Relâmpago. É a atual Kage da Aldeia da Nuvem, embora demonstre uma personalidade descontraída na maior parte do tempo. Especialista em Taijutsu, possui conhecimento em Ninjutsu Médico, Kekkaijutsu e grande senso estratégico que é de enorme valia para a Aldeia da Nuvem. Sua herança genética lhe concedeu, além da velocidade, grande força e durabilidade.



Ishizu Ishtar

Idade: 28 anos

Aldeia: Areia, País do Vento

Cargo: Jonin, Conselheira, Líder do Corpo Médico da Areia

Origem: Yu-gi-oh! (Ishizu Ishtar)

Ishizu Ishtar, a Profetisa, é uma ninja sensorial, uma das maiores ninjas médicas do mundo e a maior referência no assunto da Aldeia da Areia. Integrante do clã Ishtar, ela é a única pessoa viva no mundo com a raríssima habilidade de prever eventos futuros. Esse dom surge em um único indivíduo dessa família em cada geração. Em diversos momentos, Ishizu se provou uma aliada extraordinária graças a esse poder. Além disso, é uma boa usuária do Estilo Terra e uma ameaça em potencial capaz de utilizar o Bisturi de Chakra de forma ofensiva como poucos.



Anaki Konjiki

Idade: 13 anos

Aldeia: Aldeia da Areia, País do Vento

Cargo: Gennin

Origem: Personagem inscrita

Anaki é neta de Funako Konjiki, um respeitado ninja dos tempos antigos da Aldeia da Areia. No passado, o seu clã foi o principal alvo do traidor Marik Ishtar, o que resultou na morte de muitos integrantes. Por ter testemunhado o massacre, Anaki recorrentemente se vê abalada por suas próprias lembranças. Apesar disso, se esforça para honrar um fato raro: ela é uma das pouquíssimas mulheres do seu clã que manifestaram a Kekkei Genkai do Estilo Aço. Dona de uma personalidade forte, é conhecida por não ser alguém de muitos amigos.



Fugako Konjiki

Idade: 82 anos

Aldeia: Areia, País do Vento

Cargo: Jonin aposentado

Origem: Personagem original

Respeitado shinobi de tempos imemoriais da Aldeia da Areia, Fugako é um Jonin aposentado do clã Konjiki. No passado, se consagrou como um temido usuário da Kekkei Genkai do Estilo Aço e um hábil utilizador de Genjutsus. Como tal, foi um dos poucos homens de sua linhagem a acreditar no potencial de sua neta Anaki com a Kekkei Genkai que, normalmente, se manifesta apenas nos indivíduos do sexo masculino. Possui um grande rancor por Marik Ishtar, o responsável pela morte dos seus dois únicos filhos. Apesar da idade avançada, é um grande apoiador da Aliança Shinobi.

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Técnica Sensorial da Prevenção de Eventos

Rank: S

Classificação: Ninjutsu

Requerimento: Desconhecido

Descrição:

A Técnica Sensorial da Prevenção de Eventos é uma habilidade atualmente exclusiva de Ishizu Ishtar. A lenda diz que, de geração em geração, pode surgir um Ishtar com essa habilidade. O clã é conhecido como a família dos Coveiros ou Protetores de Tumbas. É um clã dedicado a apoiar e proteger o Kazekage. Essa habilidade que Ishizu possui permite que ela veja flashes de eventos importantes, podendo ter relação ou não com ela mesma. Durante a batalha, isso permite que Ishizu eleve suas capacidades de evasão por ver os movimentos do inimigo antes mesmo dele atacar. Além disso, permite que ela lute de olhos fechados se necessário, pois verá claramente todo o ambiente da luta e ainda estará imune a ataques que dependem da visão do alvo para funcionar. A única fraqueza conhecida desta habilidade é que determinados eventos podem não acontecer da forma prevista a partir do momento em que o portador interfere na linha do tempo. O simples fato de interferir para evitar, por exemplo, é o que pode levar um evento a ocorrer antes do previsto. Por isso, é preciso grande sabedoria e intelecto para fazer bom uso de determinadas visões.



Assimilação

Rank: C

Classificação: Ninjutsu

Requerimento: Grande habilidade em Ninjutsus gerais

Selos: 1

Trata-se de uma habilidade suplementar utilizada especialmente em infiltrações. Tal como o nome sugere, a técnica possibilita ao usuário a assimilação — isto é, camuflagem — de seu corpo com algum local. Com um toque, o usuário pode se camuflar em algum local ou reduzir seu corpo à parte de alguma matéria. Enquanto usando esta técnica, o usuário se torna invulnerável a ataques diretos, embora, ainda assim, permaneça vulnerável da destruição de sua localização.



Dança do Lariço

Rank: B

Classificação: Taijutsu

Requerimento: Kekkei Genkai Pulso Mortal dos Ossos, habilidade em Taijutsu

Descrição:

A terceira das cinco danças do Pulso Mortal dos Ossos. Consiste em um movimento de ataque e defesa simultâneos com o qual vários ossos saem todos de uma vez a partir do corpo (do braço, tórax e costas, mas também podendo se expandir para pernas). Isso torna o forte ataque físico do adversário no mais poderoso contra-ataque do usuário, causando dano grave. A defesa súbita, combinada com os ossos como agulha altamente habilidosos para matar, abre caminho para uma técnica com o seu alto potencial para a batalha. Os ossos podem ser usados ​​para bloquear ou interceptar ataques de um oponente. Além de ser uma surpresa desagradável para os adversários, o portador torna-se intocável a curta distância. Se um adversário se aproximar, o usuário pode girar rapidamente, cortando diversas áreas do corpo de seu oponente.



Estilo Relâmpago: Técnica da Confusão Sensorial

Rank: B

Classificação: Genjutsu

Requerimento: Afinidade em Estilo Relâmpago, habilidade em Genjutsu, habilidade em técnicas sensoriais

Selos: 1

Descrição:

Esta técnica é projetada para confundir ninjas especialistas em detectar o inimigo por habilidades sensoriais. O usuário do Genjutsu cria um campo elétrico invisível ao seu redor que é ativado quando alguém tenta rastrear o chakra do usuário, causando alucinações visuais temporárias e tornando o ninja irrastreável durante o uso da técnica. Habilidades sensoriais não-relacionadas ao chakra, como sentidos apurados de visão e olfato, não podem ser bloqueadas por esta técnica.



Técnica de Cintilação Corporal

Rank: E

Classificação: Ninjutsu básico

Requerimento: Nenhum

Selos: 1

Descrição:

Técnica de movimento em alta velocidade, permitindo que um ninja mova-se de uma curta para uma longa distância a uma velocidade quase indetectável. Para um observador, ele aparece como se o usuário tivesse teletransportado. Uma baforada de fumaça é ocasionalmente usada para disfarçar os movimentos do usuário. Ela é realizada usando chakra para vitalizar temporariamente o corpo e se mover em velocidades extremas. A quantidade de chakra necessária depende da distância total e elevação entre o usuário e o destinatário.

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— Espero que tenham gostado do breve início dessa aventura. Uma última coisa antes da minha despedida: este universo compartilhado é parte de um projeto maior chamado Wondernautas. Trata-se de um podcast de informação e entretenimento focado em cultura pop, sociedade e diversidade. Recentemente, um episódio sobre nosso universo compartilhado de histórias foi lançado e você pode ouvi-lo caso ainda lhe restem dúvidas sobre essa loucura. Visite o trabalho do meu criador no Spotify ou no Instagram para conhecê-lo melhor. Acenos virtuais a todos e que a glória de Gaia esteja com vocês!



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