O sol já dando sinais que a tarde estava finalizando, e mais uma noite se iniciava. Passos. Uma conversa descontraída entre quatro amigos que estavam decidindo em qual lugar novo iriam desfrutar um pouco da companhia um do outro.

A regra era clara, contanto que tivesse uma boa comida, preço acessível e um ambiente agradável já era considerado um lugar válido para ser o novo local queridinho entre eles.

Não precisaram andar tanto, pois ao virarem uma esquina conhecida, perceberam que um barzinho que tinham passado em frente inúmeras vezes nunca tinha sido escolhido como opção entre eles, decidindo que esse seria o momento perfeito para tal experiência. Algumas mesas na calçada, algo que eles amavam em estar, um lugar espaçoso do lado de dentro, mas nada se comparava a sentir o ar puro que emanava ao estarem sentado em uma área mais aberta, que a calçada poderia proporcionar. Fora a oportunidade de ter uma visão privilegiada das pessoas que passavam na rua, entravam no barzinho, ou escolhesse como eles, de se sentarem na área que ficava a calçada.

Uma música animada tomava conta do ambiente, enquanto eles conversavam e lembravam de acontecimentos engraçados do decorrer do dia e da semana deles. Gargalhadas, risos sem fim que cada um transbordava.

Um momento genuíno que tinham quando estavam juntos aproveitando a companhia um do outro. Uma amizade muito especial, única.

Uma forma de encerrar a noite de forma especial, antes de dormir. Tanto que era por isso importante esses momentos entre eles. Poder extravasar o estresse do trabalho e da correria do dia a dia.

Mais uma nova música se iniciava, o barzinho começava a encher e os quatros amigos ainda entre conversas e risos aproveitavam a noite saboreando a comida daquele lugar.

Parecia que era só mais uma noite daquelas que eles iriam se sentir satisfeitos e felizes por terem aproveitado da companhia um do outro. Mas para uma pessoa que estava entre eles, as coisas seriam mais diferentes do que poderia imaginar.

A única mulher presente, desse grupo amigos. Hiro.

Hiro acabava soltando inúmeras gargalhadas que faziam seus amigos rirem mais ainda, pelos assuntos aleatórios que soltavam e da risada estridente que ela emanava. Alto astral. Brilhante.

Todos chegavam na mesma opinião quando o assunto era Hiro. Ela era genuína.

E era sempre agradável, reconfortante estar com ela por perto. Não somente pelas risadas, porém pelo modo compreensivo e especial que tratava a cada um. Fornecendo uma conversa ou apenas um abraço nos momentos mais críticos, ou confusos de cada um.

Hiro com certeza era a chave principal daquele grupo de amigos. E de uma forma inusitada, de repente, mais alguém que estava perto deles acabou capturando a atenção em volta da Hiro.

Sua gargalhada escandalosa que conseguia se juntar entre as melodias que soavam naquele ambiente. Haru acabou percebendo que volte e meia quando aquela risada surgia, sem perceber acabava rindo sem querer. Mesmo prestando a atenção na conversa do seu próprio grupo que estava em sua volta, a risada desconhecida tirava toda a sua concentração e foco. Não conseguindo aguentar a curiosidade de se virar de sua cadeira, para olhar na direção que vinha a risada que roubava a sua atenção.

Rindo automaticamente e olhando na direção dela, ele não tinha nada o que dizer, nem tinha tal intenção. Somente queria ver quem era a pessoa que provocada um riso espontâneo nele.

Hiro ainda rindo sem parar e com os olhos marejados pela gargalhada que tinha dado, viu o momento que ele se virou olhando justamente na sua direção. Um alguém bastante conhecido para ela, mas que julgava ser impossível ser tal pessoa. Não poderia ser, era o que ela ponderou, considerou.