É amor escrita por strawberry
Felicity
— Sabes perfeitamente que não era capaz de fazer isso! - afirma Oliver, furioso com a declaração da namorada.
— Sei? - pergunta a loira.
— Eu vou embora. - declara o bilionário e sai rapidamente de casa de Felicity batendo com a porta.
— Mamã o Oliver?- pergunta Lucas aparecendo na sala já com lágrimas - Não gosto de gritos! - continua choroso pois tinha ouvido os adultos discutir.
— O Oliver saiu bebé.
— NÃAAAAOO eu quero o Oliver. EU QUERO O OLIVER. OLIVEEEEEER. - grita o garoto desesperado.
— Calma Lucas. - fala Felicity aproximando-se do filho e tenta abraçá-lo para conseguir com que ele se acalme.
— Eu quero o Oliver, eu quero. - continua desesperado a chamar pelo bilionário.
O motivo desta discussão, e das anteriores nos últimos dois dias, era Moira Queen. A matriarca da família Queen tinha cumprido o prometido - infernizar a vida de Felicity e do filho enquanto Oliver não “se comportasse como um verdadeiro Queen”. Notícias nada simpáticas sobre o passado de Felicity e dos seus pais, tentativas mais ousadas de Laurel de voltar a dormir com Oliver, a loira sendo acusada de roubar a QC… a vida de Felicity estava um caos e para piorar ela e Oliver não paravam de discutir e isso estava a afetar Lucas.
— Vamos dormir até o Oliver voltar? - pergunta, alguns minutos depois, a loira ao filho tentando que ele pare de chorar, mas sem muita certeza se o namorado vai voltar.
— Não! Sem dormir até ver o Oliver! - responde teimoso com o rosto vermelho e os olhos inchados de tanto chorar.
Oliver
Oliver estava furioso e precisava de arejar a cabeça antes de voltar ao apartamento da namorada para resolver as coisas.
—OLIVEEEEEERRR! - grita choroso Lucas quando o vê entrar pela porta.
— Estou aqui Macaquinho! - responde Oliver preocupado com o estado do menino e corre para o abraçar e confortar.
— Tu foste embora! - acusa o garoto e abraça-o com força pois tem medo que ele saia novamente.
— Eu nunca vou embora! - declara firmemente olhando para o menino. - Eu nunca vou embora! - repete, mas desta vez olhando para a namorada.
— Vamos dormir agora? - pergunta a loira carinhosamente sabendo que era melhor o filho tirar a soneca da tarde.
— Eu quero o Oliver! - insiste Lucas não querendo soltar o bilionário.
— Eu fico contigo na cama Macaquinho, pode ser?
— Não podes ir embora!
— Eu prometo que quando acordares eu vou estar aqui. - afirma e levanta-se para levar o garoto para o quarto.
Oliver fica com Lucas no quarto até ter a certeza que o garoto está a dormir profundamente e sai disposto a resolver as coisas com a namorada.
— Podemos falar? - pergunta o bilionário assim que encontra a loira na cozinha.
— Estou cansada de discutir Oliver!
— Eu não quero discutir! Eu quero resolver as coisas.
— Nós não nos entendemos. - declara frustrada Felicity.
— Não digas isso! - repreende Oliver e invade o espaço pessoal da loira olhando-a nos olhos uns segundos antes de a beijar.
— Não Oliver! - afirma e empurra-o ligeiramente afastando-se do beijo. - A tua mãe finalmente conseguiu aquilo que queria!
— Cala-te. - diz Oliver e volta a beijá-la.
— Tu não me mandas calar Queen! - afirma furiosa depois de o afastar novamente. - Eu falo o que que... - a loira não consegue terminar pois o bilionário volta juntar os seus lábios com os dela.
— Nunca mais voltes a dizer que a minha mãe ganhou, ou que ela conseguiu nos separar...
— Ela conseguiu! - interrompe a loira
— Não digas isso!
— Sai por favor. - pede Felicity.
— Felicity...
— Preciso de ficar sozinha! - insiste a loira.
— Eu deixo-te sozinha, mas eu não vou embora. - declara Oliver e vai em direção à sala e começa a recolher todos os brinquedos de Lucas para guardá-los.
Oliver sabe que, ao contrário dele que conseguiu aliviar a cabeça, Felicity ficou a consolar o filho e ainda não teve tempo para processar a última discussão por isso aceita que ela precisa de algum espaço e silencio para poder pensar.
Cerca de uma hora depois, Oliver e Felicity ainda não tinham falado, e essa conversa teria de ser adiada pois Lucas tinha acordado.
—Oliver estás aqui! - exclama Lucas excitado.
— Eu disse que não ia embora Macaquinho. - responde e abre os braços para que Lucas se aconchegue com ele no sofá.
— Podemos ver Patrulha Canina? - pergunta manhoso.
— Só um episódio!
— Mamã! - chama Lucas e espera que a mãe responda antes de continuar - senta comigo e com o Oliver!
— Estou a terminar de arrumar a cozinha bebé. - responde a loira ainda não querendo estar muito perto de Oliver.
— Por favor mamã! - insiste o garoto e Felicity sede e aproxima-se dos meninos.
Durante a tarde, Oliver recebe um telefonema de Thea para que ele vá jantar com ela e depois de alguma insistência da irmã ele aceita.
— Não podes ir embora Oliver! - afirma zangado Lucas pois estava com medo que Oliver não voltasse depois de ter ouvido os gritos do casal no inicio da tarde.
— Eu não vou para sempre Macaquinho. Só vou jantar com a minha irmã. - explica o bilionário.
— Amanhã de manhã é dia de carinhos na cama da mamã. Tu e a mamã ainda estão zangados?
— Eu prometo que vou estar aqui para os carinhos e eu e a mamã vamos falar, certo? - faz a pergunta voltado para a loira.
— Certo.
Felicity
— Bom dia. - sussurra Oliver acariciando o rosto de Felicity tentado acordá-la.
— Quero dormir. - resmunga a loira, pois teve dificuldades para adormecer e não esperava que Oliver fosse tão cedo a casa dela.
— Eu queria resolver as coisas entre nós antes da sessão de carinhos... por favor abre o olho. - pede com um sorriso maroto.
— Bom dia. - sussurra Felicity, mas sem o habitual sorriso no rosto.
— Pronta para falar?
— Estou cansada de discutir Oliver.
— Eu não quero discutir mais... vamos resolver as coisas e encontrar uma forma de lidar com tudo? Eu não vou a lado nenhum!
— OLIVEEEEER ESTÁS AQUI!!!! - interrompe Lucas entrando pelo quarto da mãe.
— Eu prometi que estaria!
— Mas não estás de pijama... tens de estar de pijama!
— Está bem, está bem! - responde sorridente. - Deita ao lado da mamã enquanto eu visto algo mais confortável...
— Mamã?
— Hmmm. - murmura sonolenta.
— Ainda gostas do Oliver?
— Claro que sim baby. Eu e o Oliver só não concordamos em algumas coisas, mas não devíamos ter gritado.
— Gritar é mau.
— É, e nós não vamos fazer. - promete a loira e beija a bochecha do garoto.
— Oliver? - chama voltando-se para o bilionário. - Ainda gostas da mamã certo?
— É claro que sim. Eu gosto muitooooooo da mamã e de ti Macaquinho. - responde deitando-se na cama.
— Tenho de ir buscar o Sr. Orelhas ou ele vai ficar triste. - afirma o garoto e sai da cama em direção ao seu quarto para pegar no ursinho de pelúcia.
— Eu amo-te. - declara Oliver, amorosamente, após se aproximar de Felicity o máximo possível sem a beijar.
— Eu também te amo Oliver. - responde não se afastando.
— Mas precisamos de falar primeiro. - fala completando o raciocínio da namorada.
— Quando aquele garotinho não estiver por perto. - declara quando ouve os passos acelerados do filho de regresso ao quarto.
— Sessão de carinhos! Sessão de carinhos! Sessão de carinhos. - exige Lucas enquanto sobe na cama e aconchega-se entre os adultos.
Os 3 passaram grande parte da manhã na cama, pois Lucas estava mais pegajoso do que o habitual. O casal não foi tão afetuoso como normal pois ainda sentiam alguma tensão que só começou a ser resolvida depois de almoço quando finalmente ficaram sozinhos por algum tempo.
— Eu nunca quis que te sentisses assim por minha causa. - começa Oliver. - Assustada, interrogada pela policia, a minha mãe não tem o direito de fazer isto.
— Não tem, mas tem o poder para o fazer e ela não vai parar até conseguir o que quer! Tu casado com Laurel e a seguir todas as indicações dela para gerir a QC.
— Eu não vou casar com Laurel, e vou tomar as decisões que eu acho que são melhores para a QC e para mim.
— Viste o que ela conseguiu fazer com dois ou três telefonemas? Estou com medo do que ela possa fazer se não cedermos, eu tenho o Lucas e eu vou protegê-lo de tudo... mesmo que isso signifique terminarmos tudo. - termina já com as lagrimas a escorrerem pelo rosto.
— Eu não vou viver num casamento sem amor e ter filhos só para tornar os negócios mais seguros como os meus pais fizeram. Está na hora de confrontar a minha mãe de vez, porque evitá-la e não fazer tudo o que ela pede levou-nos a isto e eu estou farto desta guerra, estou cansado de ter de fingir que somos uma família perfeita e odeio-a por tudo o que ela fez a mim, à Thea e tudo o que está a fazer a ti. E, por fim, eu quero que tu e o Lucas sejam felizes e eu quero ser um dos motivos pelo qual vocês são felizes.
— Eu e o Lucas nunca fomos tão felizes como quando estamos contigo, mas tenta perceber o meu lado.
— Eu entendo e é por isso que eu tenho de falar com a minha mãe.
— E depois? - pergunta preocupada.
— Depois? - repete a pergunta com um sorriso no rosto e aproxima-se da namorada. - Depois, eu caso com a mulher que amo e tenho mais filhos com ela. - termina e beija a expressão surpresa dela.
— Mais? - pergunta quando se afasta.
— Mais.
— Mas não agora.
— Agora não estamos prontos, mas um dia?
— Yeah podemos pensar nisso um dia. - responde e aproxima-se para outro beijo. - Como é que passamos de falar sobre a hipótese de terminarmos para a hipótese de termos filhos?
— Porque eu sou irresistível. - responde com um sorriso maroto.
— És um idiota!
— Sabes... ontem durante o jantar a Thea perguntou porquê que eu estava tão desanimado e eu disse-lhe que discutimos por causa da mãe e queres saber o quê que aquela pirralha me disse? "Discutam porque tu estás a trabalhar demasiado, ou porque quebraram uma promessa, ou não concordam com alguma coisa relacionada com o Lucas, mas nunca, jamais discutam por causa da mãe. Ela não merece nem que vocês pensem nela". E ela tem razão.
— É um bocadinho difícil não pensar na tua mãe quando ela transformou a nossa vida num caos.
— Nós vamos resolver tudo, eu prometo!
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Obrigada
Feliz 2024!