Ecos de Orfeu escrita por Shalashaska
Notas iniciais do capítulo
Opa, postei antes sem terminar porque meu tablet bugou aqui KKK Enfim, hoje a palavra tá mais light, né? Mas ao mesmo tempo, curioso piroso vir depois de jereba. Desfaço aqui minha teoria de que a Milla tava vendo algum assunto de indumentária.
Orfeu desapareceu de vista e, entre árvores grossas e escuras, o Perpétuo se viu sozinho. O trancelim dourado deixava rastro nas brumas, mas Morpheus não estava interessado naquele caminho.
Era de um humor piroso estar ali: obedecer seu impulso insensato de perseguir o que deveria estar enterrado e, ao fim, encontrar o vazio.
Orfeu sentiu-se assim quando perdeu a esposa — Eurídice — duas vezes; quando ela morreu e quando ele olhou para trás, quebrando a condição de trazê-la do Submundo.
Tal pai, tal filho sem saber lidar com o luto.
Talvez Orfeu devesse ter sido, de fato, mais diferente do pai.
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Vocês lembram a história de Orfeu e Eurídice?
Em termos muito rasos, é dito que parte da história de Orfeu se trata de impulsividade: a esposa dele morre e ele, sem aceitar a morte, vai até o Submundo resgata-la. O impressionante é que ele consegue. Com sua música e sua voz tão belas, Hades — e Perséfone — se comovem. No entanto, havia uma condição: Orfeu não deveria olhar para trás até que os dois estivessem totalmente fora do Submundo.
E é claro que ele olhou.
Eu nunca havia lido mais da história do Orfeu além dessa parte até assistir Sandman. E se já é horrível, a coisa piora — sendo até mesmo um ponto absurdamente importante pra narrativa do Morpheusito, ou pelo menos até onde sei.
Achei melhor dar essa contextualizada no Orfeu para ficar mais nítido o quanto esse ~olhar para trás é algo de peso para Orfeu e Morpheus.
Ansiosa por mais drama.