Naquele momento, as memórias de Zuriel pareciam lhe trair; quando no céu, empoleirado em alguma nuvem e passeando os olhos pela brevidade das ações e das vidas dos humanos, o anjo se lembrava apenas de cenas daninhas – um faminto ser castigado por apanhar uma maça, irmãos se esfaqueando até a morte, mentiras sem fim, balas perdidas, palavras afiadas... Ato abroeirado atrás de ato abroeirado.

Da pedra ele ainda podia ver as ervas daninhas cercando a praça em que ele era a atração principal – mas agora ele também podia ver flores. E o sorriso singelo da mulher plantando-as aos seus pés.