Tudo que não pudemos ver escrita por Little Alice
Notas iniciais do capítulo
Enatar: encher de nata.
Naquele mesmo dia, Eduardo trouxera a torta especial da mãe, cujo creme deixava enatar, para o café da tarde. Emília o recebeu com mais alegria, dessa vez. Gostava de ter o melhor amigo por perto.
— Fico tão feliz que estejam namorando — comentou com diversão, servindo-se de chá. — Álvaro sempre foi apaixonado por você.
— E-ele te disse isso?
— Não precisou. Sou um bom observador. Álvaro costuma ignorar as pessoas que não gosta. Mas com você… sempre foi diferente. Também havia o que chamo de “o olhar”. Às vezes, eu o surpreendia olhando para você de um jeito intenso e arrebatado.
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Que palavrinha, hein? Pelo menos o verbo não estava conjugado... Esse capítulo se passaria no pomar de jabuticabas (com a Emília se lembrando da vez em que passeou com o Álvaro ali, porque sou uma escritora brega assim), mas tive que mudar para um café da tarde por causa dessa palavrinha. Pena.
É isso, o Eduardo atrapalhou, mas agora ele ajudou, né? Ele nunca contou essa teoria para a Emília, porque não era um segredo dele e ele respeita demais o irmão, não o entregaria antes que estivesse preparado. Porém, ele sempre sentiu isso, como a Amália também sentia (dom de casamenteira). O Eduardo é o irmão gêmeo, acho que ninguém poderia conhecer o Álvaro melhor.
Como eu imagino a história do Álvaro: quando ele e a Emília eram crianças, os dois viviam brigando, disputando a liderança nas brincadeiras. Além disso, ele se achava um pouquinho por ser mais velho e gostava de repreender ela. Coisa de criança que não sabe de nada. Porém, quando ficou mais velho (por volta dos 17), ele começou a admirar a Emília, mas já era tarde, porque o clima de "inimizade" estava instaurado, então ele continuou interagindo com ela da única maneira que conhecia: implicando. Era como conseguia chamar a atenção dela, e isso era melhor do que ser desprezado. Só que, óbvio, a longo prazo isso era péssimo e ele sabia.
Estou pensando em dar uma de Julia Quinn e escrever uma continuação com o Eduardo agora. Já até pensei num plot. Imaginei ele sendo um artista em início de carreira, lutando para conquistar um lugar nesse mundo e se encantado por uma jovem misteriosa que vive comparecendo a exposições, apresentações artísticas etc. Porém, mal sabe ele que essa moça é uma crítica de artes (anônima, ela usa um pseudônimo), que uma vez escreveu uma crítica horrível sobre ele e de quem ele guarda um baita ressentimento HAHAHAHA. Quem sabe no desafio do ano que vem? O que acham?
Desculpem as notas enormes, mas vocês já sabem: geminiana aqui.
Beijos e até a próxima :*