Como ser romântico: versão Vegeta escrita por GPissollatto


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo


Essa é uma das minhas histórias preferidas. Eu tinha, anteriormente, postado em outro site, que, por algum motivo obscuro, excluiu minha conta. Mas estava em um momento depressivo e cansada de escrever.

Agora retornei.
Em novo site, novo ambiente, animada com minhas histórias.

Espero que goste da minha história.
Boa leitura.

Grazi



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Bulma estava triste.

Embora Vegeta não entendesse nada de sentimentos terráqueos, e nem quisesse saber, era visto que a fêmea de cabelos azuis estava muito infeliz. Ninguém sentava olhando o céu escuro e tempestivo durante mais de uma hora, com os olhos cheios de lágrimas, estando alegre.

 Ele conhecera Bulma em Namekusei e acabou ficando na casa dela após vir para a Terra. Não tinha ideia do motivo de ter aceito a hospitalidade desses terráqueos, mas, como precisava do que era fabricado ali, acabou ficando. Não prestava atenção em ninguém na Corporação Cápsula nem interagia com os terráqueos, ficando apenas treinando sem trégua na nave construída a partir da tecnologia Saiyajin a fim de derrotar Kakaroto e ser, finalmente, o ser mais poderoso do universo.

Bem… não prestava atenção em ninguém até três dias.

Há três dias, por algum motivo que não entendia, Bulma viera até seu quarto de madrugada e o seduzira. O rosto do rapaz corou. Ele tentara resistir a fêmea, mas não conseguiu. Apesar de extremamente forte, descobrira que tinha um ponto fraco. A boca daquela terráquea. Quando ela entrou no seu quarto, ele realmente a mandara embora, irritado pela audácia dela. Então ela deixara o robe que usava cair, ficando totalmente nua na frente dele, fazendo-o hesitar diante não só do gesto ousado, mas também pela beleza da visão em sua frente.

Vendo-o titubear, ela o beijara.

E foi sua perdição. Não conseguiu resistir a ela. E ambos acabaram copulando. Várias vezes durante a madrugada. Até estarem tão exaustos que mal podiam se mover. No outro dia, ele pensou que ela viria com sentimentalismos tolos para o lado dele, mas, para sua grata surpresa, ela agiu como se nada houvesse acontecido. Como não entendia nada da cultura terráquea, ele não ligara. Vá saber o que passava na mente da fêmea? E seguiu treinando sem se preocupar.

Ou, pelo menos, tentou.

Mesmo que não quisesse, sua mente acabava pensando nela. E ele se pegava seguindo o KI dela por todo lugar. Ou olhando-a como um idiota. Ela nunca ficava quieta, sempre movendo-se de um lado a outro, rindo, divertindo-se, derramando seu cheiro adocicado e delicioso por toda casa. Até hoje. Por algum motivo, o céu tempestivo a deixou triste. E ela foi para a sacada chorar.

Embora não fizesse som, ele podia farejar as lágrimas dela.

― O que você quer, Vegeta? ― indagou ela, surpreendendo-o. ― Eu sei que você está aí, se esgueirando pelos cantos.

Vegeta fez uma careta. Achou que ela não o tinha visto escondido nas sombras, mas, pelo jeito, ela era mais atenta do que supunha. Como não era um covarde, saiu do esconderijo onde estava espiando e caminhou até a sacada, de braços cruzados. Parou ao lado dela, mas não a fitou.

― Por que está chorando? ― resmungou.

Não era acostumado a conversar com ninguém, por isso se sentia estranho por estar tão próximo da fêmea. No dia que copularam eles não falaram nada um para o outro. Apertou as mãos. Queria fugir dali o mais rápido possível, evitando qualquer mostra de intimidade, mas sentia muita curiosidade de entender o que estava acontecendo com ela.

― Você tinha alguém especial no espaço? ― perguntou Bulma de súbito, em vez de responder a sua pergunta.

― Alguém especial? ― repetiu Vegeta sem compreender.

― É! Uma moça bonita, talvez, que você visitava quando estava de folga.

― Nunca tinha folga! ― respondeu constrangido ao entender que ela estava perguntando se ele tinha alguma fêmea. ― Nem ninguém.

Bulma concordou sorrindo.

― Eu devia imaginar. ― Ela suspirou. ― Eu tinha alguém especial.

Vegeta a fitou com curiosidade, tentando compreender onde ela queria chegar.

― Yamcha. Você o conheceu. O idiota com as cicatrizes ― continuou ela.

Agora a voz dela baixou um tom, ficando triste novamente. O sorriso sumiu.

― Ele é fraco ― resmungou Vegeta apenas para quebrar o silêncio.

Bulma deu de ombros.

― Estávamos juntos há muitos anos, não me importava se ele não era o cara mais forte do mundo. ― Ela hesitou um momento antes de contar: ― Mas faz um tempo que descobri que ele me traia com outras. Várias outras. ― Bulma suspirou. ― E pensar que eu quase morri de tristeza quando vocês o mataram. Devia ter dado um presente a vocês e não reclamado. Nem ido a Namekusei revivê-lo.

Vegeta franziu a testa.

― Estava chorando por causa de um inseto inútil?

― Não só isso. ― Bulma brincou com a própria pulseira. ― É por causa da tempestade, na realidade.

― Tem medo?

― Um pouco. Mas elas me deixam tristes por causa da escuridão.

Vegeta voltou a fitar o céu. Bulma também.

― E depois que Piccolo destruiu a lua por causa de vocês Saiyajins, as noites passaram a ser todas sombrias. Mas com tempestade é pior. E aumenta as tristezas. ― Ela suspirou. ― Faz eu me sentir sozinha no universo.

― E não estamos todos?

A pergunta saiu dos lábios de Vegeta sem querer. Para sua surpresa, Bulma não falou nada, sem tagarelar como era seu costume, mas esticou a mão e pegou a dele. Era um gesto de conforto mútuo. Algo que ele nunca recebeu na vida. Apesar de tudo que conhecia e acreditava dizer para ele se afastar da fêmea ao seu lado, Vegeta não se afastou.

Não conseguiria. Nem queria.

Ficaram em silêncio por um longo tempo. As mãos entrelaçadas.

Bulma foi a primeira a se afastar.

― Acho que vou entrar e tentar dormir. Boa noite, Vegeta, obrigada pela companhia ― disse ela começando a soltar a mão dele.

Mas, para espanto de Bulma, ele não a soltou, mantendo-a presa.

― Vegeta? ― indagou sem entender o gesto.

Vegeta não disse nada, mas esticou a mão livre e liberou um raio branco em direção ao céu. Bulma fitou a pequena lua que surgiu no meio das nuvens escuras, iluminando tudo ao redor. Um sorriso de puro assombro iluminou os lábios delicados.

― Como…?

― Alguns Saiyajins podem criar luas ― resmungou Vegeta dando de ombros. ― Mas não dura muito.

― Oh, Vegeta! ― Bulma atirou-se contra o peito do homem, abraçando-o apertado. ― Obrigada, muito obrigada!

O rapaz corou.

― Pensei que queria olhar a lua! ― tornou a resmungar, constrangido. ― Para não se sentir triste. Não precisa se agarrar em mim!

― Não preciso da lua para me sentir melhor. ― Bulma murmurou, a cabeça enterrada no peito dele ― Não quando eu tenho você.

Vegeta arregalou os olhos, sem compreender direito o significado das palavras da Terráquea. Mas não pode pensar naquilo, nem perguntar o que ela queria dizer. Bulma puxou-o pelos cabelos e o beijou em cheio na boca. E como os lábios dela eram sua perdição, ele esqueceu completamente de tudo.

No céu, a lua, criada artificialmente, brilhava iluminando o casal abraçado na sacada, única testemunha daquele ato romântico e inesperado do Saiyajin conhecido por todos apenas por seu lado sádico e malvado. Mas ele não era apenas isso, Bulma acabara de descobrir.

E nunca mais esqueceria.


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Notas finais do capítulo

Sim, assim como o Goku, esse é o meu Vegie, meu príncipe. Então eu imagino ele dessa forma, não me importa se não combina com o mangá. Só sei que ele me faz sorrir e suspirar.

Espero que tenha gostado.
Obrigada por ler.



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