Capítulo 12 – Maldito Impriting

“De maneira nenhuma (de maneira nenhuma),

Eu a deixarei para baixo (deixarei para baixo),

Eu sei como é dificil agora (difícil agora),

Para ver (está em mim).

Mas eu vou fazer você dizer que me ama.

A maneira (menina a maneira), que você me olha agora (para mim agora).

Nos precisamos terminar(vamos terminar),

O que você vai fazer agora?

Porque eu vou fazer você dizer que me ama.”

“Tudo mudou naquele momento pra mim. Eu não consegui desgrudar os olhos dela, e ela me olhava também. Era como se nada mais fizesse sentindo, só ela. Como se mesmo com aquela enorme praia, eu só pudesse vê-la. E de repente, não era mais a gravidade que me prendia a terra, era Letícia.”

- Letícia... – Eu disse quando já estava perto dela. Eu sabia muito bem o que tinha acontecido, e Quil e Joanna também, em poucos minutos eles já tinham ido embora e nos deixado sozinhos.

- Senti sua falta. – Ela me disse em resposta e se levantou. Eu a abracei como se minha vida dependesse daquilo.

- Eu também... Desculpe por ser tão... – Não consegui achar uma palavra para me expressar e ela me completou.

- Jacob. – Ela riu e eu concordei.

- Basicamente isso. – Eu a soltei. – Vamos caminhar.

- Vamos então. – Agente saiu de lá e foi em direção a margem da praia. Eu queria tanto contá-la sobre o Imprinting, mas eu sabia que não podia, ainda não. Eu fui pegar na mão dela, mas ela não deixou nem eu tocá-la. Ela me olhou com uma cara estranha. – Vou dizer agora, antes que seja tarde. As lendas quileutes eram verdadeiras, e eu sou um lobisomem, por isso me afastei.

- Agora eu acho que entendo, e acredito. Se vampiros existem, por que lobisomens não? Mas isso não justifica o que você fez. E acho qeu no momento não quero saber os detalhes dessa história. Ainda não estou pronta. – Ela parecia ter sofrido muito.

POV Letícia

- Eu contei a Bella como me sinto... E fiz ela perceber que me ama. Mas sabe Lê, não adiantou nada. Ela se casou. Pior, ela vai ter um filho. – Deus, tanta coisa tinha mudado na minha ausência. – Mas é melhor saber que ela sabe.

- É realmente melhor saber que ela sabe? – Eu perguntei enquanto nos sentavamos naquele velho tronco, o nosso tronco.

- Ás vezes não sei se é melhor saber que a Bella sabe que me ama. Por que assim como ela, eu vi tudo, toda a nossa vida juntos, e eu queria desesperademente aquilo. Se o mundo fosse o que era pra ser, sem magia, nem lobisomens e vampiros, nós iriamos ficar juntos, eu sou perfeito pra ela, como respirar. Tão natural, somos almas-gêmeas nesse mundo, e não há como negar isso. – Ele fez uma pausa e respirou fundo - Eu prometi a ela que seria bom, que seria só amigo dela, como naquela época em que a nossa amizade parecia satisfazer ambos, mas há alguns dias eu não sabia se podia cumprir essa promessa. Eu lutei, até a última batida do coração dela. Eu estive lá. Mas agora, acabou. – ele parecia triste, e aquilo me irritou profundamente.

- Ah, pelo amor de deus Jacob! – Ele pareceu se assustar com minha reação. – Ela se casou! E vai ter um filho! Ela não te quer, e nada que você faça infelizmente vai mudar isso. – Ele parecia magoado com minhas palavras. – Não sou mais a boazinha de sempre... Cansei de tentar te fazer feliz e sofrer! Mas a pior parte... É que eu ainda morreria por você. Posso ter mudado, mas tem algo em mim que não consigo mudar... O que eu sinto por você. Você acha que eu sempre vou estar aqui, porque sabe que sempre estive, e sempre me importei. Mas um dia, quando você mais precisar de mim, e me pedir pra ficar, eu simplesmente vou embora, assim como você fez comigo...

- Não quero que vá embora de novo... Nem que pare de amar... Por que eu finalmente percebi que te amo! – E Ele achava que eu acreditar. Ele estava tão desesperado que faria qualquer coisa para que eu ficasse, mas depois, ia continuar com aquela paixão obsessiva pela Bella.

- É difícil acreditar em alguém, quando todo aquele para quem você entregou seu coração, te desapontaram... Quando você parou de falar comigo, tinha noites que eu ficava acordada o tempo todo, com o telefone na mão, esperando você ligar e dizer que me queria de volta na sua vida... Quando você disse que me amava, eu achei que era verdade... – Eu suspirei e me sentei de novo.

- Era e ainda é verdade.  Eu te amo. – Novamente, esse é um exemplo do que o desespero faz com o homem. Por mais que eu quisesse acreditar naquelas palavras, eu sabia que não podia.

-Se tivesse me dito isso cerca de dois anos atrás, eu teria acreditada. Mas agora, é completamente tarde demais. Já tomei minha decisão. – eu disse friamente e a expressão dele congelou.

- O que você quer dizer com isso? – Ele se sentou ao meu lado.

- Você sabe muito bem o que eu quero dizer. – Ele parecia desesperado quando percebeu do que eu estava falando.

- Não... Por favor! Não pode me deixar... Por quê? – Ele aprecia desesperado e eu apenas sorri.

- Porque Jacob... Pelo menos uma vez na vida eu quero ser difícil de deixar, ter alguém a noite inteira pensando em mim...

- E você tem! – Ele tentava me fazer mudar de ideia, mas não ia ser fácil assim.

- Dá um tempo! Eu já disse que não acredito!

- Olá, por favor pode chamar a Letícia de verdade? Lê, eu quero a velha letícia agora... Eu preciso dela. Não posso viver sem ela... Ela é tudo que tenho, minha vida agora. – Eu não sou segundo opção. Eu não sou segundo opção. EU NÃO SOU SEGUNDA OPÇÃO! Era isso que minha mente gritava.

- Então tenho más notícias... Ela se foi, pra sempre, e a culpa é sua. E só pra você saber. EU. NÃO. SOU. SEGUNDA. OPÇÃO! – Eu disse virando a cara e segurando as lágrimas. Aquela Letícia antiga estava lá, querendo sair, mas eu não ia deixar fácil assim.

- Eu sei que vou conseguir fazer ela voltar. - Ele disse e logo depois ele me beijou. Um selinho rápido, e só. Mas foi o suficiente. Meu coração acelerou, e eu me acalmei. Era como se tudo tivesse mudado, e nada masi importasse, por que dessa vez eu acreditei nele. Eu desabei em lágrimas, deitando minha cabeça no colo dele.

- Eu senti tanto sua falta! Desculpa! Mas tinha se pasado tanto tempo, que eu achei que eu não conseguia mais sentir nada... Parecia que eu estava entorpecida, e eu acreditei que estava. Você conseguiu me trazer de volta com tão pouco... E eu te amo. – Eu sorri e ele limpou minhas lágrimas, sorrindo de volta. - Eu sinto falta desse sorriso... – Eu disse sorrindo enquanto ele também sorria. – E não é só do seu, eu sinto falta do meu, que estava lá quando o seu também estava... – Eu soluçava e ele fazia carinho na minha cabeça. – Mas como posso saber que você está falando a verdade?

- Por que eu tive Imprinting com você.