Shinku no Kogoro - Season 3 escrita por NortheastOtome1087
Notas iniciais do capítulo
(Era para eu ter enviado o capítulo ontem, mas muita coisa aconteceu então não deu tempo. Me desculpem!)
[Cenário: Bairro de Ginza, Japão]
[Um homem misterioso de cabelos brancos e jaqueta bege cujos olhos são bem escondidos por um chapéu, está falando ao telefone com alguém.]
?????: Escute aqui. Agora é tudo ou nada. Eu dependo de você agora para conseguir os dados daquela garota. Portanto, não falhe comigo desta vez.
Homem misterioso: Certo.
?????: Tenório falhou em se livrar do Kogoro, portanto eu dependo de você para que mantenha a situação sobre controle.
Homem misterioso: Kogoro... Você pretende se livrar dele?
?????: Ele, e se depender de mim, todos os seus colegas.
Homem misterioso: Maldito...
?????: Dentre todos os meus servos, você foi o único que provou ser competente. Portanto, não falhe comigo, senão...
Homem misterioso: Certo. Vou garantir que meu sucesso seja definitivo.
?????: Excelente. Agora vá, e faça o seu trabalho.
Homem misterioso: Sim, Tsuneo-sama.
[O homem misterioso caminha e seu chapéu cai com o vento.]
[Cenário: Colégio Rekka, entrada do colégio.]
[Kogoro e seus amigos estão reunidos com Eikichi e Ai.]
Kogoro: Como assim você vai embora?
Eikichi: Sinto muito, mas não posso te ajudar nesse instante. Meu dever como presidente do conselho estudantil agora é poder encontrar os alunos da Shishioh.
Kogoro: Os alunos da Shishioh... Agora que eu pensei... Você foi forçado a trabalhar pra Takanori porque ele estava com os seus colegas.
Eikichi: Mais do que isso... Dentre todas as traquinagens que ele já fez a esse ponto, usar as empresas Harada para auxiliá-lo para seus motivos egoístas foi o pior de todos.
Shuichi: Harada...
Tsubame: Tivemos sorte de ter salvo o Kogoro enquanto era tempo. Se não tivéssemos ajudado ele, as coisas teriam piorado.
Takuya: Aliás... Eikichi... Porque as Empresas Harada estariam atrás do Kogoro?
Eikichi: Isso é uma incógnita até pra mim.
Kogoro: Então você não sabe de nada?
Eikichi: Não completamente, mas... Eu acabei de descobrir uma coisa em relação a Takanori e as Empresas Harada. Ele pretende raptar todas as garotas de vários colégios para poder ter um harém ou algo do tipo.
Takuya: Credo! Tudo isso por causa de garotas? Takanori deve ser genuinamente insano... Foi por isso que ele capturou a Ai, certo?
[Ai balança a cabeça pra esquerda e pra direita dizendo que não.]
Ai: Takanori estava atrás de mim por causa de minha beleza. Mas não foi ele que capturou as garotas.
Tsubame: Como assim!?
Takuya: Mas ele estava obcecado por você em níveis doentios!
Eikichi: Sim, Takanori pediu auxílio a Harada para que ele rapte as garotas tanto da Shishioh tanto do seu próprio colégio, só que na verdade é a própria Harada que está atrás dos raptos.
Kogoro: Pera... Então a Harada está...
Eikichi: Isso mesmo.
Tsubame: Eu não acredito... Uma empresa de tecnologias sendo responsável por raptos de estudantes? Que coisa horrível!
Kogoro: E então, quando é que nós vamos encontrar de novo?
Eikichi: Eu não sei... Mas estou ciente que não vai ser tão cedo.
Ai: Tentem tomar conta de sua escola. Quem sabe há uma chance de que Takanori possa voltar e atacar novamente...
Tsubame: Vamos fazer o nosso melhor!
Eikichi: Kogoro... Por favor tome cuidado.
Kogoro: Não vamos garantir nada, mas irei lutar com unhas e dentes.
Eikichi: Certo. Até mais.
[Eikichi e Ai saem da Rekka e vão para o seu colégio. Enquanto isso, os outros alunos da Rekka discutem.]
Shuichi: Harada... Sabia.
Kenta: Alguma coisa?
Shuichi: A empresa estava envolvida em várias controvérsias antes mesmo daqueles ataques aos colégios.
Atsushi: Como assim?
Hideo: Tinha ouvido falar que a empresa Harada comprou uma empresa brasileira para obter recursos, e a dita cuja se envolveu em uma polêmica recente.
Kenta: O quão ruim pode ser?
Shuichi: A herdeira da Almeidrea foi morta por um mágico, e pra piorar, há indícios que os dois estavam juntos antes do assassinato.
Atsushi: Credo! E não fizeram nada?
Shuichi: Até agora o mágico foi declarado culpado, fechando o caso de vez. No entanto...
Atsushi: O quê?
Shuichi: É bem estranho uma empresa já rica comprar uma brasileira como a Almeidrea, mas com revelação da Harada sendo a responsável pelos ataques em alguns colégios, já deixa tudo claro que a empresa está atrás do dinheiro dele.
Kenta: Mas isso é algo não-nobre vindo de uma empresa.
Shuichi: Concordo plenamente.
Atsushi: Harada... Mas porque ela está fazendo isso?
[Logo após se despedir de Eikichi e Ai, Jotaro aparece pra ver seus alunos. Kogoro não está feliz com isso.]
Jotaro: E aí pessoal, tudo bem com vocês?
Tsubame: Bem, eu...
Kogoro: Hmph. Tá tudo ótimo, obrigado.
Tsubame: Kogoro!
[Tsubame pisa no pé de Kogoro.]
Kogoro: Ai! Ô Tsubame, eu ainda tenho que me recuperar daquele incidente!
Tsubame: Isso não foi educado!
Jotaro: Incidente? Que incidente?
Takuya: Bem, é uma longa história... Mas no fim das contas tudo deu certo.
Jotaro: Certo. Vou entrar, vejo vocês daqui a 20 minutos.
[Jotaro entra no colégio.]
Kogoro: Qual é o seu problema, Tsubame?
Tsubame: É você que tá falando que as coisas estão ótimas em um tom de desgosto!
Kogoro: E eu sei muito bem o problema... O próprio Jotaro.
Tsubame: Você tem alguma prova?
Kogoro: Ainda não, mas tenho a impressão de que por trás desse sorrisinho, ele esconde algo sinistro.
Tsubame: Vai ver você so está com ciúmes porque ele gosta da Chihiro.
Kogoro: Não é ciúmes. Sei que Jotaro está escondendo algo. Eu não faço ideia o porque, mas é algo que com certeza não tem nada a ver com a Rekka.
Tsubame: Vamos para a sala de aula. Aquela batalha nas docas te deixou maluco.
[Os alunos vão entrar no colégio.]
Kogoro: Jotaro... Quem é você?
[Cenário: Colégio Rekka, 2º ano B]
[Os alunos da Rekka estão fazendo as suas tarefas de classe, com exceção de Kogoro, que está observando Jotaro com atenção, desconfiando do professor. Enquanto isso, Jotaro está observando Kogoro e Mayoi.]
Jotaro: (Eu não posso falhar desta vez. Preciso conseguir o maior número de informação possível sobre esses dois... Especialmente ela...)
[Cenário: Colégio Rekka, corredores.]
[Algumas horas depois, Jotaro caminha tranquilamente quando ele acaba trombando em Chihiro.]
Chihiro: Me desculpe! Não sabia que você estava aqui.
Jotaro: Tudo bem.
[Jotaro dá uma olhada no livro caído de Chihiro e se abaixa para pegá-lo.]
Jotaro: Parece que isso é seu.
[Jotaro devolve o livro para Chihiro.]
Chihiro: Muito obrigada.
[Jotaro dá uma olhada em Chihiro, no qual se vira e dá um sorriso. Ele então começa a se sentir mal.]
Jotaro: (O que estou fazendo? Não era pra eu sentir simpatia de alguém neste colégio. A minha intenção aqui é cumprir com os planos do meu mestre!)
[Jotaro tenta caminhar quando alguém puxa o jaleco dele.]
Jotaro: O que foi!?
[Jotaro, ao se virar, acaba se encontrando com um estudante da Rekka de cabelos e olhos verdes.]
Estudante de cabelos e olhos verdes: Jo... Jotaro-sensei...
Jotaro: Senji? Não era pra você estar no intervalo se divertindo com seus amigos?
Senji: Bem... Acontece que...
Jotaro: Huh?
Senji: Eu queria que você me ajudasse em uma coisa. Eu tô com dúvida em relação a literatura.
Jotaro: Bem, você pode fazer isso na biblioteca. Lá tem alguns livros de literatura que podem te ajudar.
Senji: Mas preciso de sua ajuda!
Jotaro: E então, qual a sua dúvida?
Senji: Acontece que... Eu não consegui prestar atenção na aula hoje, e não falei com você na aula porque eu estava com medo.
Jotaro: Medo? Medo de quê?
Senji: Sou tímido.
Jotaro: Bem eu...
[Jotaro começa a olhar pra Senji.]
Jotaro: Senji...
Senji: Por favor, Jotaro-sensei! Prometo que vou prestar atenção, como um aluno da Rekka!
Jotaro: (O que estou fazendo? Eu não sou um professor! Eu não posso ajuda-lo!)
[Jotaro, numa difícil decisão, decide ajudar Senji.]
Jotaro: Está bem. Que tal irmos para a biblioteca?
Senji: Está certo.
[Jotaro e Senji vão para a biblioteca.]
[Cenário: Colégio Rekka, biblioteca.]
[Jotaro e Senji entram na biblioteca, e cinco alunas do colégio começam a se apaixonar por ele.]
Estudante de cabelos e olhos vermelhos: Olhem, gente! É o Jotaro?
Estudante de cabelos e olhos azuis: Vamos ver o que ele tem para nos ensinar.
[As alunas da Rekka cercam Jotaro e Senji.]
Estudantes: Jotaro-sensei!
Estudante de cabelos e olhos castanhos: Por favor, recita aquele haiku que você recitou hoje de manhã!
Estudante de cabelos e olhos pretos: É... Você é tão bom com poemas...
Estudante de cabelos pretos e olhos castanhos: Com sua voz maravilhosa.
[Jotaro e Senji são presos pelas garotas.]
Jotaro: Olha, olha, eu não tenho tempo pra isso, eu preciso ajudar alguém especial. Talvez mais tarde.
[Jotaro consegue se livrar das garotas e vai para uma das cadeiras com Senji.]
Estudante de cabelos e olhos vermelhos: Ele nos ignorou!
Estudante de cabelos e olhos azuis: Como um gatinho como ele pode ignorar a gente?
[Jotaro e Senji se sentam.]
Jotaro: E então Senji, qual é o seu problema em específico?
Senji: Haikus, como um todo. Não consegui entender nada daquele assunto.
Jotaro: Pelo visto vai ser mais difícil do que eu pensava. Bem, vamos começar.
[Cenário: Colégio Rekka, cantina.]
[Os alunos da Rekka estão estudando, e Kogoro está comendo vários onigiris e dangos como forma de frustração.]
Tsubame: Deste jeito você vai terminar com dor de barriga, Kogoro.
Kogoro: Eu não me importo! Eu não estou feliz!
Tsubame: Por quê? Você ainda tem essa briga com o Jotaro?
Kogoro: Não é briga! Eu tô genuinamente desconfiado daquele cara! Ele me dá nos nervos!
Tsubame: Olha, eu entendo como é ciúme, mas tenta superar isso.
Kogoro: Superar? Eu ainda sinto que Jotaro tem um bom motivo para entrar na Rekka. Eu posso sentir. E quer saber mais? Eu aposto que ele foi o responsável pelo vandalismo que ocorreu no colégio!
Tsubame: Impossível! Quem fez essas pichações todas foram os alunos do colégio Koshimizu. Não se lembra?
[Kogoro, ao ouvir o que Tsubame disse, tem um flashback dos eventos que ocorreram no colégio Koshimizu.]
Kouji: Certo, certo... Eu irei contar tudo a você. Sabe aquela pichação que fizemos na Rekka?
Kogoro: Finalmente você chegou no assunto. Então desembucha!
Kouji: Fomos ordenados a pichar o colégio, mas não por despeito a ele... É que senão cumprirmos o que prometeu, nossas alunas irão sofrer!
Kogoro: O quê?
[O flashback acaba. Kogoro começa a ficar perplexo e Tsubame vê que algo está errado com ele.]
Tsubame: Kogoro?
Kogoro: (Agora que eu estou pensando nisso...)
[Kogoro tem outro flashback em que Eikichi e Ai estavam na Harada.]
Eikichi: Takanori pediu auxílio a Harada para que ele rapte as garotas tanto da Shishioh tanto do seu próprio colégio, só que na verdade é a própria Harada que está atrás dos raptos.
Kogoro: Pera... Então a Harada está...
Eikichi: Isso mesmo.
[Outro flashback acaba.]
Kogoro: (Rapto de garotas em vários colégios... Causados pela Harada... Será... Será mesmo que... Jotaro trabalha para a empresa?)
[Cenário: Colégio Rekka, biblioteca.]
[Jotaro continua a ensinar poesia japonesa para Senji.]
Jotaro: O formato tem suas raízes na renga, um importante manifestação literário da cultura japonesa que remonta ao século XIII. Os versos eram escritos por vários autores, que respondiam a uma forma de desafio elegante entre si ao escrever. Poemas Haikais são tão simples que podem ser escritos por crianças, mas também é o esboço de muito estudo e dedicação. Geralmente evoca em sua narrativa a exploração da vida, procurando criar uma imagem de algum pequeno momento, ligado à natureza de alguma forma. Apesar de muitos poemas expressarem um tom melancólico, também podem manifestar humor e diversão.
Senji: Nossa, isso é muito legal! Nem sabia que haikus podiam expressar vários tipos de emoções.
Jotaro: Textos podem expressar emoções, dependendo de seu poeta.
Senji: Maneiro. Você acha que um dia eu posso me tornar um grande poeta de haiku?
Jotaro: Bem... Isso vai depender de seu desempenho.
[Senji começa a ficar triste.]
Jotaro: Algum problema?
Senji: Não, nada não.
Jotaro: Olha, se você tem algo pra dizer, diga logo. Eu não posso me atrasar para a próxima aula.
Senji: Nem eu... É que acontece que meu sonho é ser um grande poeta. No entanto, os meus pais são monstruosos. Eles acham que poetas são tediosos e não querem nada com a vida. Eles querem que eu trabalhe como médico e cientista e botam muita pressão em mim.
Jotaro: Talvez eles tenham um ponto. O mundo precisa de médicos e cientistas para mudar o mundo.
Senji: Mas eu quero ser poeta. O problema é que eu não sei onde começar...
Jotaro: Olha, se tem uma coisa que eu aprendi como em... Quero dizer, professor... É que ensino e estudo são duas coisas essenciais para o progresso da humanidade.
Senji: Ótimo. E então, vamos continuar?
Jotaro: Bem...
[Jotaro dá uma olhada em Senji.]
Jotaro: Não vai ser problema pra mim.
[Jotaro vira a próxima página.]
Jotaro: Bem, onde estávamos?
Senji: Os vários tons de um poema haiku.
Jotaro: Oh sim, continuando... Haijin é o nome que se dá aos escritores desse tipo de poema, e entre os mestres do século XVII estão Bashō, Buson, Shiki e Issa. Dentre os muitos que se destacou nesta arte, o principal haijin foi Matsuo Basho, que se dedicou a fazer do haikai uma prática espiritual.
[Enquanto Senji presta atenção no que Jotaro diz, o dito cujo fica mais e mais indeciso.]
Jotaro: (Não... Eu não posso ficar aqui ensinando este bando de pirralhos! Meu dever é trabalhar com ele e inspecionar aquela garota! Não posso perde-la de vista!)
[Mas Jotaro continua ajudando Senji a tirar as suas dúvidas.]
Jotaro: Além de ter feito milhares de seguidores, Basho, pela sua própria vontade, abriu mão de suas atividades remuneradas como crítico e instrutor para viver em recolhimento e pobreza e exercer influência sobre o desenvolvimento posterior da arte do haikai, elevando-o a uma forma de ver e de viver o mundo.
[Cenário: Colégio Rekka, corredores.]
[Horas depois, os alunos estão saindo do colégio. Jotaro está andando tranquilamente quando ele encontra Senji.]
Jotaro: Senji... O que faz aqui?
Senji: Vim aqui para agradecer pela aulinha que você me deu na hora do intervalo. Acho que eu peguei o jeito para poemas.
Jotaro: Ótimo, mas é bom que quando você chegue em casa, revise tudo o que você aprendeu e aproveite para pesquisar mais sobre o assunto.
Senji: Valeu, Jotaro-sensei. Você é o melhor professor que eu já conheci!
[Jotaro vê Senji sair. As palavras “melhor professor” ficam grudadas no cérebro do homem de cabelos brancos. O smartphone de Jotaro toca e ele vê que ele teve 5 chamadas perdidas. Jotaro então atende o celular.]
Jotaro: Jotaro falando.
?????: Cinco chamadas perdidas em um só dia!? O que está acontecendo!?
Jotaro: Me desculpe! É que eu estava distraído com o meu trabalho que não notei o tempo passar.
?????: Escute aqui Jotaro, você está na Rekka por um bom motivo. Encontrar informações sobre aquela garota e se livrar do Kogoro. Você só está lecionando para ganhar a confiança daqueles trouxas!
Jotaro: Sinto muito... E então, como estão as coisas na empresa?
?????: Ótimo. Tudo já está saindo como planejado. Agora pegue mais informações sobre a Mayoi e o Kogoro e mantenha seu índice de sucesso. Se não...
Jotaro: Pode deixar, Tsuneo-sama. Vou garantir que seu plano dê certo.
Tsuneo: Ótimo. Tsuneo desliga.
[Jotaro guarda o seu celular e segue seu caminho. Sem que ele saiba, porém, Kogoro esteve este tempo todo espionando o falso professor.]
Kogoro: Eu sabia. Tenho que avisar pra Tsubame e para o Atsushi.
[Kogoro vai em busca de Tsubame.]
[Cenário: Colégio Rekka, entrada do colégio.]
[Jotaro vai caminhando para as empresas Harada, quando ele começa a pensar em tudo o que ele fez ultimamente. Primeiro ele se lembra de uma “conversa” que teve com Chihiro nos corredores da Rekka.]
Chihiro: Jotaro-san, você quer alguma coisa?
Jotaro: Não, nada de especial. Se quiser eu posso acompanha-la ao banheiro. Se importa?
[Jotaro também se lembra de quando ele estreve “infiltrado” no Jiraiya Goketsu.]
Jotaro: Ora, ora... Só estou aqui fazendo uma visitinha. Fiquei sabendo que você mora neste restaurante de lámen tradicional. Achei que isso era uma piada mas pelo visto a piada sou eu. Ohohohohoho!
[O flashback acaba.]
Jotaro: (O que estou fazendo da vida? Meu objetivo é levar Mayoi para Tsuneo-sama, não ser um professor de literatura!)
[Jotaro continua caminhando.]
Jotaro: (No entanto...)
[Jotaro tem um flashback de quando ele foi ajudar Senji nos corredores.]
Senji: Eu queria que você me ajudasse em uma coisa. Eu tô com dúvida em relação a literatura.
Jotaro: Bem, você pode fazer isso na biblioteca. Lá tem alguns livros de literatura que podem te ajudar.
Senji: Mas preciso de sua ajuda!
[Outro flashback acontece, desta vez com Jotaro e Senji na biblioteca.]
Senji: Nossa, isso é muito legal! Nem sabia que haikus podiam expressar vários tipos de emoções.
Jotaro: Textos podem expressar emoções, dependendo de seu poeta.
Senji: Maneiro. Você acha que um dia eu posso me tornar um grande poeta de haiku?
Jotaro: Bem... Isso vai depender de seu desempenho.
[O flashback acaba.]
Jotaro: (Será mesmo que eu sirvo para ser professor... Ou apenas um espião?)
[Cenário: Ruas de Tóquio.]
[Tsubame está caminhando de volta pra casa quando ela encontra Kogoro.]
Tsubame: Kogoro, o que faz aqui?
Kogoro: Te procurei no colégio todo, e não te achei, portanto eu fui pra rua procurar você.
Tsubame: O que você quer comigo?
Kogoro: Te avisar que o Jotaro é um espião.
Tsubame: Espião? Hahahaha! Conta outra. Acha mesmo que eu sou burra em pensar que o professor de literatura é um espião?
Kogoro: É verdade! Inclusive eu até sei quem é o seu chefe!
Tsubame: Deixe-me adivinhar, ele é um agente da CIA?
Kogoro: Pior. Ele trabalha nas empresas Harada, e seu chefe se chama Tsuneo.
Tsubame: Espere um instante... Harada? Não me diga que...
Kogoro: A mesma empresa que tentou me raptar, junto com vários alunos.
Tsubame: Mas isso é impossível...
Kogoro: Dentre todas as coisas que sei sobre ele, Jotaro está aqui porque ele procurava informações sobre mim. Mas claro... A reunião! Isso explica a reunião que em que ele e Jiraiya estiveram no Jiraiya Goketsu!
Tsubame: Você está ficando doido... Eu tenho muito medo!
Kogoro: Tsubame, você precisa acreditar em mim! Jotaro nos enganou desde o primeiro dia!
Tsubame: Estou ciente que a Harada tem bons motivos para acabar com você e com todos os seus opositores... Mas é impossível Jotaro estar de armação com a Harada. Você tem provas?
Kogoro: Não, mas eu ouvi Jotaro no celular. Inclusive ele mencionou alguém chamado Tsuneo, que deve ser o nome do seu chefe. Olha Tsubame, Jotaro está armando alguma coisa, e é só uma questão de tempo para que ele dê seu próximo bote.
Tsubame: Olha, eu tenho que ir. Tenho muita coisa pra fazer em casa e muita coisa pra memorizar. Até mais.
Kogoro: Espere! Você precisa acreditar em mim!
[Kogoro tenta avisar Tsubame, mas sem sucesso.]
Kogoro: Droga! O que posso fazer?
[Kogoro continua caminhando.]
[Cenário: Casa dos Nagano, fachada.]
[Atsushi chega em sua casa e vai abrir a porta.]
[Cenário: Casa dos Nagano, terraço]
Atsushi: Pai, mãe, cheguei!
[A mãe de Atsushi chega pra ver seu filho e o abraça.]
Noriko: Oi filho, como foi a aula?
Atsushi: Foi boa.
Noriko: Legal. Você chegou bem na hora da janta. Vamos comer.
[Cenário: Casa dos Nagano, cozinha.]
[A família Nagano está jantando lámen de carne com batatas.]
Família Nagano: Itadakimasu!
[A família então come sua janta. Atsushi ouve o seu smartphone tocar.]
Kazuhiko: Filho, tem alguma coisa com o seu celular?
[Atsushi vai dar uma olhada em seu smartphone e vê que a ligação é de Kogoro.]
Atsushi: Oh...
[Atsushi desliga o seu smartphone.]
Noriko: Quem era?
Atsushi: É só o Kogoro. Mas não se preocupe, daqui a pouco eu falo com ele. Vamos continuar a janta?
[Atsushi continua jantando o seu lámen e seus pais olham para o filho.]
[Cenário: Jiraiya Goketsu, quarto do Kogoro.]
[Kogoro está em seu quarto tentando ligar no smartphone.]
Kogoro: Até tú Atsushi? Pelo visto tá todo mundo ocupado fazendo sua tarefa de casa. Nem Tsubame acredita mais em mim. O que posso fazer?
[O smartphone de Kogoro toca.]
Kogoro: Uma ligação? Mas de quem é?
[Kogoro atende o smartphone.]
Kogoro: Alô?
??????: Oi Kogoro, tudo beleza?
Kogoro: Atsushi, que brincadeira é essa!? Eu tentei te ligar e você desligou na minha cara!
Atsushi: Sinto muito, mas é que eu estava jantando. Mamãe fez lámen de carne com batatas.
Kogoro: Legal, Jiraiya fez um lámen com ovos, frango, cenouras e alho poró.
Atsushi: E você gostou?
[Kogoro não fica feliz com o comentário.]
[Cenário: Casa dos Nagano, quarto do Atsushi]
[Atsushi tá falando com Kogoro ao telefone.]
Kogoro: A questão é que eu consegui descobrir uma coisa sobre a Harada.
Atsushi: Ótimo! Você pesquisou sobre ela?
Kogoro: Não, mas descobri que alguém do colégio trabalha na empresa. Ou melhor, está espionando para a empresa.
Atsushi: Sério? Se você sabe quem é, então responda.
Kogoro: Tomara que você acredite em mim... Pois esta é justamente a pessoa que ninguém esperava ser um espião, muito menos um membro de uma grande empresa...
Atsushi: E quem é essa pessoa?
Kogoro: Jotaro Shirogane, o professor de literatura.
Atsushi: O quê? Tá... Tá dizendo que...
Kogoro: Exatamente. Jotaro está espionando para a Rekka desde o dia em que ele chegou ao colégio.
Atsushi: Mas... Mas isso é impossível... O Jotaro nunca faria...
Kogoro: Tentei avisar para Tsubame sobre ele mas ela não me ouviu.
Atsushi: Porque você acha que Jotaro faria uma coisa dessas?
Kogoro: Não faço ideia, mas de uma coisa eu sei. Eu não sou a única pessoa que ele está atrás.
Atsushi: Então quem será essa outra pessoa...
Kogoro: Quer mesmo que eu diga, ou você ainda não confia em mim?
Atsushi: Por favor, diga logo! Eu quero saber de toda a verdade.
[Cenário: Jiraiya Goketsu, quarto do Kogoro.]
[Kogoro está conversando com Atsushi em seu smartphone.]
Kogoro: Mayoi Ogata.
[Cenário: Casa dos Nagano, quarto do Atsushi]
[Atsushi, ao ouvir de Kogoro que Jotaro está atrás de sua amiga Mayoi, fica surpreso.]
[Cenário: Prédio das Empresas Harada, sala do chefe.]
[Jotaro aparece para visitar Tsuneo.]
Tsuneo: Enfim você chegou Tsuneo. E então, como vai sua pesquisa?
Jotaro: Pesquisa? Ou assédio?
Tsuneo: O quê?
Jotaro: Eu não sei como, mas você me mandou para a Rekka para dar uma olhada na Mayoi, não é verdade!?
Tsuneo: Sim, é claro. Eu te enviei justamente para você ver como está a situação da minha adorada donzela.
Jotaro: É claro... Você estava apaixonado por ela... A ponto me usar pra fazer seu trabalho sujo.
Tsuneo: Bah, finalmente um dos meus mais leais servos ganha consciência. O que deu em você?
Jotaro: Eu descobri coisas boas na Rekka... Aquele colégio é um lugar de pessoas capazes de fazer a diferença... Eu até me senti como é ser um professor de verdade.
Tsuneo: É só isso que você tem que falar?
Jotaro: Não. Eu tenho mais uma coisa a dizer. Tsuneo... Você é realmente apaixonado por ela? Seu amor é genuíno?
[Tsuneo fica de boca fechada.]
Jotaro: Eu sabia! Você é um farsante! Eu nem devia ter confiado em você!
Tsuneo: Você devia ter pensado nisso duas vezes antes de aceitar seu trabalho como professor-espião. Ou você acha que eu sei sobre suas dívidas?
[Jotaro fica surpreso ao ouvir Tsuneo mencionar as palavras dele.]
Jotaro: O quê?
Tsuneo: Te peguei...
Jotaro: (Mas isso é...)
Tsuneo: Eu sei muito bem quem é você e suas outras razões para ficar na Rekka.
[Jotaro começa a ficar assustado.]
Jotaro: (Eu não acredito... Então Tsuneo não estava apaixonado por ela? Era tudo uma grande farsa? E eu era apenas um mero peão em seus jogos? Não... Não pode ser... Isso só pode ser brincadeira... Isso só pode ser mentira... Tsuneo-sama... Quem é você... Quem é você de verdade!?)
[O capítulo acaba com uma visão do lado de fora do prédio.]
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Glossário
Haiku: Poema japonês curto de três versos.