As cerejeiras estavam começando a florescer marcando o começo da Primavera. Eu estava sentado dentro da sala olhando para fora. Estávamos tendo aula de matemática e essa é uma aula que não me interessa.

Eu estava perdido em meus pensamentos até que:

 - Eu posso me sentar com você? - Ouvi uma voz ao meu lado, olhei rapidamente para o dono da voz perdendo todos os meus pensamentos.

– Desculpe, mas o que disse? – Eu olhei para ele e com certeza minha faze estava com um ponto de interrogação bem grande estampado.

– O professor Jiang pediu para pediu para que todos os alunos sentassem em duplas e como eu sou aluno novo queria saber se eu posso me sentar com você... –Ele estava meio tímido, o pelo menos parecia.

– Pode sim – Eu falei tentando ser simpático.

Ele se sentou comigo e começamos a conversar e foi assim durante um tempo. Logo viramos grandes amigos, eu contava tudo para ele e Takanori contava tudo para mim.

                                              Um mês depois...        

– Reita... – Ele veio todo animado me abraçar e eu o abracei também. – Você viu que a nossa escola vai para Paris mês que vem?

– Não Ru-chan, eu não vi. - Eu me soltei de seus braços.

–Más... Você vai certo? – Ele fez cara de criança quando quer doce.

– Eu vou sim meu pequeno. - Eu o abracei de novo.

O mês da viajem...

– Falta apenas três dias para gente viajar. - Eu comentei com ele. Estávamos encima do telhado vendo as estrelas.

– É sim. – Ele deu um sorriso angelical, não sei o que sentia mas eu estava me apaixonando por Matsumoto Takanori,pelo meu Ruki.

– Vamos entrar Ruki está ficando frio. - Eu disse quando percebi que seus braços estavam ficando arrepiados por conta do vendo.

Os três dias se passaram...

– É o grande dia da nossa viagem. - Eu disse sorrindo para Ruki que estava parado em minha frente.

– E o que você vai fazer lá em Paris?

– Conquistar as garotas de lá, oras. - Ele fez um bico.

– Ru-chan...-Cheguei mais perto dele.- Você está com ciúmes?- Ele cruzou os braços.

–Sabe Rei-chan...- Os olhos dele brilharam.- Eu amo você...- Uma lágrima escorreu pela sua face.-Eu realmente amo muito você...-O meu pequeno então, começou a chorar.- E eu sei que você pode não sentir o mesmo e isso machuca.

Diante daquelas palavras não consegui fazer mais nada a não ser abraçá-lo.

– Eu também te amo Ruki,amo mesmo.-Eu o apertei contra o meu corpo.

– É hora de a gente ir para o aeroporto crianças. –A diretora Lita se aproximou de todos nós.

A gente entrou no ônibus e o meu pequeno se sentou na poltrona do corredor e eu ao seu lado, na da janela.

– Está animado, pequeno?- Ele me olhou sorrindo.

– Estou muito animado Rei, você nem imagina o quanto. – Ele se inclinou para cima de mim para olhar o “mundo” pela a janela. -Reita, você não me respondeu.

– O que?

– Você não me respondeu o que vai fazer realmente em Paris,

Eu dei um meio sorriso e o puxei para cima de mim.

– Eu Suzuki Akira vou curtir essa semana em Paris com o meu namorado. – E antes que ele falasse mais alguma coisa eu o beijei explorando cada canto se sua boca.

Paramos o beijo quando o ar começou a faltar.

– Você está me pedindo em namoro, Rei?

Sim estou.-Ele me abraçou alegremente e sussurrou um “eu aceito”  bem baixinho no meu ouvido.

Chegamos ao aeroporto...

– Passageiros para o vôo 7788 com destido a Paris por favor comparecerem ao portão de embarque K747.

– Crianças esse é o nosso vôo, vamos.-Disse a nossa professora. Dei um passo olhei o meu lado,não vi ninguém. Cadê o meu pequeno Ruki?

– Rei-chan vem aqui...-Fiquei aliviado ao ouvir a voz dele me chamando. Segui para onde eu acreditava que veio a voz.Achei- olhando uma vitrine de uma loja de livros e tudo mais.

– O que está vendo Ruki?-Eu cheguei perto dele o abraçando por trás.

– Está vendo aquele livro?

–Sim estou,pequeno.-Os olhos dele ainda estavam fixados na vitrine.

–Viu o nome dele?-Ele se virou e eu fiz um "sim" com a cabeça. - O nome dele é "Um amor para a vida toda" e eu não paro de me perguntar se eu sou o seu amor para a vida toda.

   Ele fez uma carinha tão linda e os olhos dele estavam marejados. E eu o abracei colando a minha testa com a dele.

– Sim Ru-chan,você é o meu amor para toda a vida. Você é a pessoa que eu mais amo no mundo.

   E assim nos beijamos novamente, só que dessa vez foi um beijo delicado.

– Akira e Takanori nós estamos atra...-Paramos o beijo e olhamos para Yutaka que estava com uma cara chocada- Atrasados... 

         Ruki e eu rimos da expressão dele.

–Já estávamos indo Yutaka.-Eu falei pegando a mão do meu pequeno. Olhei para o meu Ru-chan e ele estava com uma expressão confusa e tão... Preocupada.

–Pequeno...-Eu o chamei e ele me olhou.- O Kai também é gay,não se preocupe.

   Ele então sorriu e segurou minha mão bem firme. Caminhamos até o portão de embarque e logo entramos no avião.

No avião...

  Nos estávamos sentados da mesma forma que no ônibus só que dessa vez estávamos abraçados.

      Eu fazia carinho em seus cabelos e ele dormia em meus braços.

              Até que eu adormeci.

Finalmente em Paris.

   Acordamos quando a voz da aeromoça soou por todo o avião falando para apertar o cinto de segurança,pois, íamos aterrissar. 

–Estou com medo Rei-chan...-Ele colocou a mão em minha coxa e eu coloquei a minha sobre a dele.

–Vai dar tudo certo pequeno e se não der eu te protejo.-Eu sorri para ele e Ruki para mim.

              Logo o avião aterrissou no aeroporto Charles de Gaulle,o principal Aeroporto de Paris. As arvores estavam todas floridas... E que belas flores. 

         Entramos no aeroporto para pegarmos as nossas malas e depois fomos direto para o hotel .... 

Holtel Pont Royal...

   Esse era o mais caro e bonito de toda Paris,ainda bem que estávamos com tudo pago. 

    Como estávamos muito cansados,ainda não íamos explorar os barzinhos da cidade.

    Eu e Ruki ficamos no mesmo quarto chamado 207 G...

Nossa primeira noite juntos ... 

     O quarto era todo mobiliado com tons escuros como: marrom, preto e cinza. A cama era de casal, feita de ferro preto,os lençóis eram brancos e o edredom e as fronhas dos travesseiros eram pretos. No canto da janela grande de madeira havia um divã preto com almofadas cinza claro. De cada lado da cama tinha um criado mudo marrom escuro com uma luminária de lava de vulcão encima. As cortinas eram clarinhas e o lustre era simples. 

– Rei-chan...- Ruki me chamou colocando as malas no canto da porta.

– Que foi Ruki?-Eu perguntei entrando no quarto ,ele estava com uma expressão preocupada em seu rosto enquanto encarava a cama.

– A cama...

–O que tem a cama?

–É de casal...- Eu dei uma risadinha dele.

–Não se preocupe com nada pequeno.- Eu o beijei na bochecha.-Eu não vou tentar te agarrar nem nada.

        Ruki abriu um sorriso inocente que me fez sorrir também.

– Vou tomar banho, qualquer coisa grita.- Entrei no banheiro.

   De repente ouço o meu pequeno gritando desesperado.

– REITA SOCORROO!

            Me enrolei rapidamente com a toalha e saí do banheiro correndo. Quando chego no quarto vejo a cena mais engraçada de toda a minha vida! Ruki estava encima da cama com um travesseiro na mão,tentando acertar uma borboleta que voava pelo quarto. Eu comecei a rir muito mais muito mesmo.

– Ei será que dá para parar de rir?- Ele pulou da cama e veio na minha direção e me empurrou.-Mata logo essa coisa Reita! 

    Ele me empurrou de novo fazendo assim minha toalha cair.

– Calma Ruki...-Eu peguei a toalha do chão e me enrolei novamente.   

          Olhei pela primeira vez para o rosto dele... O meu pequeno estava um pouco ruborizado. 

–Bem...-Eu falei.-Vou colocar minha cueca. Toma cuidado para não se matar,pequeno.

             Eu sorri e me retirei do quarto. Cheguei no banheiro e vesti a roupa que eu havia pegado:uma cueca e um shorts . Voltei para o quarto sem camisa.

–Pequeno?- Ele não estava mais no quarto,procurei pistas e não achei nada além de um bilhete escrito "Para: Reita de Ruki" Abri-o e estava escrito assim em seu interior: "Rei-chan,já que agora você deve estar devidamente vestido vê se mata esse bicho asqueroso de asas, certo? Fui dar uma volta pelo o hotel com Kai e os outros amigos dele.

Te amo seu grandão!  Ass: Ruki Seu pequeno"

   Bom, pelo menos ele saiu com pessoas confiáveis. Como já estava tarde me deitei para dormir e logo adormeci.  

        Eu estava sonhando que eu morria protegendo o Ruki de um grupo de skinheads e a frase que mais me marcou foi: "Cuide do seu amor seja ele quem for"            De repente eu escuto a porta se abrindo e uns passos vindo em minha direção. Abri meus olhos e vi que era meu pequeno.

–Não fala nada Rei-chan.-Eu sentei na cama e ele se sentou na minha frente. Ruki começou a engatinhar na minha direção até ficar com o seu rosto quase grudado no meu.

–Apenas o quão bom pode ser esse momento.-Ele me deu um selinho e me beijou apaixonadamente em seguida. Ruki ficou por cima de mim acariciando o meu peitoral... E aí a gente se amou intensamente. Hoje eu lembro que em meio ao ato ele falava ofegante: Hm... Te amo Suzuki Akira.