Tudo estava bem... escrita por Wizard Apprentice


Capítulo 19
Capítulo 19 - 2o ano.


Notas iniciais do capítulo

Oi, leitores queridos!
Sinto muito pela demora para postar esse capítulo, a correria em Hogwarts tem sido intensa.
Não pretendo abandonar a fic, porque gosto muito de escrever.
Sendo assim, fiquem tranquilos! Ainda que demore, os próximos capítulos virão!



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Harry planejou direitinho como distrair Snape para que Hermione pudesse furtar os itens que faltavam para a poção polissuco. Foi um caos, e Snape ficou furioso. 

Como da outra vez, Harry explodiu um caldeirão inteirinho cheio de poção de inchar, fazendo com que quase todos os alunos da sala fossem atingidos, incluindo ele. Convenientemente, avisara aos seus amigos para que ficassem próximos, assim o grau de desconfiança de Snape sobre eles seria menor. 

Deu certo, e Ron e Hermione puderam continuar sua poção em paz.

Durante a semana, os alunos receberam a notícia de que o clube de duelos seria reaberto. Grande porcaria, pensou Harry. Sendo Lockhart o diretor do clube, ninguém tiraria grandes aprendizados dali... Mas também... Que feitiço poderia ser ensinado para um bando de crianças que poderia lhes ser útil contra o ataque de um basilisco? 

— Você não vai ao clube de duelos, Harry? - Perguntou Ron, desconfiado. 

— Não, prefiro ler um pouco mais sobre monstros lendários. - Disse com tranquilidade.

Ron insistiu. Disse que poderia ser interessante. Que poderiam aprender algo legal. Que muitos professores de Hogwarts eram mestres duelistas!

Harry se levantou da poltrona, com um longo suspiro, e saiu do salão comunal com o amigo, em direção ao clube de duelos.

— Você sabia, não é? - Perguntou Ron, mal humorado, quando se deparou com um sorridente e bem vestido Lockhart.

— Quando eu crescer, quero usar vestes como as dele. - Pontuou Harry, rindo da cara de horror do amigo.

Naquela aula, por mais que Harry se recusasse a admitir com franqueza, ele havia aprendido um feitiço que salvara sua vida mais de uma vez. Expelliarmus. Ah, o feitiço que derrotara o Lord das Trevas. Justamente este feitiço estava sendo demonstrado, naquele exato momento, por Snape, que desarmou com facilidade o adversário.

—Potter. Parece que o senhor pensa já ser bom o bastante para não precisar chegar no horário nas minhas aulas. - Disse Snape, raivoso. 

Harry tinha certeza absoluta de que Snape sabia que a culpa pela explosão do caldeirão era inteirinha dele. 

—Potter, Weasley, venham cá, vamos fazer uma demonstração! - Sugeriu Lockhart.

Snape interviu. Mencionou algo sobre a varinha quebrada de Ron. Indicou Malfoy como substituto. 

O Sonserino subiu para o palco que havia sido montado no salão principal, arrogante. Besteira a dele. Todos os alunos de Hogwarts sabiam com certeza que Harry era, sem dúvida nenhuma, o aluno de Hogwarts contra quem todos eles menos gostariam de duelar.

Ninguém sequer esperava que Malfoy vencesse.

Harry estava com ódio pelas coisas que ele dissera no jogo de Quadribol, sobre Hermione. Estava ainda se corroendo de ódio, e queria se vingar. Em situações normais, até deixaria que Malfoy lançasse algum feitiço e tentasse a sorte... Mas não desse vez.

Em menos de milésimo de segundo, Harry fez uma coisa que jamais fizera antes: Lançou um Expelliarmus não verbal. Ninguém sequer entendeu como foi que a varinha de Malfoy saiu violentamente de sua mão e voou pela sala, até ser apanhada, ainda no ar, por Harry, também perplexo com a própria façanha. 

Quase todos aplaudiram. Harry devolveu a varinha a Malfoy, e se virou para retornar ao seu lugar. 

Naquele momento, Malfoy gritou um feitiço esquisito, e uma enorme jibóia foi arremessada contra o adversário.

— O que é isso, Draco? Atacando pelas costas? - Harry estava bravo. Muito bravo. - Covarde! Se continuar assim vai ser exatamente igual ao seu pai e aos amiguinhos dele. Todos covardes! Atacando os mais fracos e desarmados pelas costas. Pensa bem, se é esse o futuro que você quer para você.

Virou-se para a cobra, e murmurou algo em língua das cobras. A criatura chacoalhou a cabeça como quem afirma algo, e se enrolou em Harry. 

— Fiquem tranquilos, ela vai ser meu segundo bichinho de estimação, agora. Ela é mansinha.

Todos estavam terrivelmente assustados.

Harry pensou que a cobra poderia ajudá-lo a descobrir quem estava por trás da abertura da câmara secreta, mas infelizmente ela era bem burrinha. Depois de algumas tentativas, o garoto se deu por satisfeito, e passou a tratá-la como um animal de estimação padrão. Ela tomava banho de sol, Harry dava alguns ratos para ela se alimentar, e conversavam amenidades de vez em quando. Ela era bem boazinha e preguiçosa.

Os colegas de quarto não gostavam nada de dividir o dormitório com uma cobra, então eventualmente Harry precisou pedir a Hagrid para que ele cuidasse dela. Hagrid gostou da idéia, e a jibóia se tornou um animal de estimação totalmente comum.

Enquanto tomava café com Hagrid, ficou intrigado com o fato de que os galos estavam aparecendo mortos. Quem estaria fazendo isso? Por que?

Hermione pareceu muito feliz quando soube da morte dos galos de Hagrid. Harry franziu o cenho, confuso.

— Harry, você não percebe? Está tudo aí nesse livro que você não solta! Os galos, as aranhas... Você é ofidioglota! Tudo se encaixa. O monstro é um basilisco, Harry! Você tinha razão, é uma cobra! Por isso você consegue ouvir ele falando.

— Hermione, a questão ainda é: "como"? E você andou lendo os meus livros?!

— Sim, todos eles. Eu peguei sua ficha de retiradas e devoluções na biblioteca.

Dumbledore tinha razão. Ela seria a primeira a descobrir o seu segredo. Ela era muito esperta. 

Ocorre que Neville, Ron, Hermione, Fred e Jorge também perceberem que o amigo passava tempo demais na "biblioteca". Por quê? 

O questionamento veio de forma quase inquisitorial. A onde o amigo tanto ia?

—Se você não nos contar, vamos todos achar que você anda frequentando a tal câmara secreta, Harry. - disse Jorge.

— Isso não seria nada legal da sua parte, Sr. herdeiro de Salazar Sonserina - continuou Fred.

— Pessoal, calma. Ok, eu até mostro para vocês aonde tanto estou indo. Mas com uma condição. Vocês não podem contar pra ninguém.

Todos concordam. Harry sabia que, de alguma forma, logo a escola inteira saberia, mas não se importou. Levou os amigos todos para a Sala Precisa, e mostrou, em seu interior, uma altamente equipada academia para treinamento de feitiços. Um verdadeiro clube de duelos. 

— Podemos treinar aqui duas vezes por mês, se vocês quiserem. Eu posso ensinar algumas coisas que eu já aprendi, por exemplo.

Os amigos pareceram maravilhados com a ideia.

Alguns dias se passaram, e Harry notou que Ginny parecia cada vez mais cadavérica. Estava muito magra, muito pálida, com olheiras profundas e o cabelo parecia muito desidratado. Perguntou a Ron se ele sabia de alguma coisa, mas o amigo não sabia de nada, só que ela não estava indo muito bem nas aulas, e estava sempre chorando no banheiro. 

Ron contou que o Sr. e Sra. Weasley estavam bem preocupados com a garota, mas não sabiam o que fazer. Talvez as férias de natal que se aproximavam ajudassem um pouco...

Harry refletiu bastante sobre a condição da menina. Ele precisava descobrir o que estava acontecendo, porque ela parecia fisicamente muito doente... 

 

—Ora, Harry. É claro que o diário está com a garota Weasley. 

—Mas ela me disse que não está com ela! E eu acreditei nela... Professor, eu e a Ginny não mentimos um para o outro... Deve ter outra explicação...

— Harry, Harry... Ela não é a sua Ginny. Ela não é a mulher cuja confiança e sinceridade vocês construíram ano após ano, pouco a pouco. Ela é só uma criança assustada, nas mãos de um bruxo das trevas horroso.

Dumbledore pousou uma mão velha, porém muito firme nos ombros do garoto, que parecia desolado, ao se dar conta de um fato tão óbvio.

Em seguida, Harry sentiu raiva.

— Eu vou descer na câmara secreta essa noite, professor. Vou descer naquela merda e vou matar o basilisco hoje mesmo. - se levantou em direção a espada de Godric Grifinória, que descansava na prateleira.

— Pense, pense. Qual será a reação do fragmentos da alma de Lord Voldemort, quando descobrir que seu monstro foi morto por acaso, por ninguém menos do que Harry Potter? Quantas questões não surgirão na cabeça dele... E o que será da pobre Ginny, já tão à mercê da bondade de Tom Riddle? A vida dela está nas mãos dele - Dumbledore estava muito sério.

Harry sentiu a urgência no que Dumbledore dizia, e tentou se acalmar.

— Pense, Harry. Até mesmo no livro que leu. Como destruir o indestrutível... Para que o basilisco drene para dentro das presas um veneno poderoso o suficiente para destruir Horcruxes, precisamos garantir que ele esteja no ápice da fúria. Que ele esteja preparado para atacar. Acordar um basilisco sonolento e matá-lo não me parece bem a idéia...

— OK. - Berrou Harry. Se levantou e deu um pequeno passeio pela sala do diretor - Ok. Ok. Mas eu vou proteger a Ginny. A alma dela está sendo consumida, e se eu não fizer nada agora, pode ser tarde. Professor, ela está muito pior do que da primeira vez. 

— Muito bem. Não posso te impedir, assim como não me opus em relação à srta Granger. Imagino que ela já saiba?

— Sobre o basilisco, sim. Sobre Tom Riddle, ou minha viagem no tempo, ainda não. Ainda não...

— Inteligente, ela. Bastante inteligente. - Dumbledore suspirou - Interessante a sua ideia de ensinar alguns feitiços e duelos para seus amigos. Dizem por aí que a melhor forma de aprender é ensinar...

Harry se despediu do diretor, e saiu apressado. Iria confrontar Ginny dessa vez. Faria ela confessar que está com o diário, e entregar aquela maldita Horcrux para ele. 

Era horrível pensar que a garota também estava experienciando ser possuída por Voldemort. Terrível. Ginny era tão doce, meiga, assim como ele foi em seu primeiro ano em Hogwarts. Aquilo não era certo, nem justo. Coitadinha.

Ele também fora possuído por Voldemort. Ele sabia na pele o quão doloroso era. Mas ele já estava mais velho quando aconteceu... Foi aos 15 anos, após ter presenciado o suficiente de maldade. Mas Ginny tinha 11. Ela era tão ingênua e indefesa...

Como ela iria superar aquilo? Como ela iria se olhar no espelho quando saísse do transe, e se deparasse com aquela figura horrível, quase sem alma?

Será que ela iria querer voltar para Hogwarts? 

Justino, um garoto da lufa-lufa fora atacado. Ele fora encontrado petrificado no corredor, e a escola inteira estava em pânico. Todos estavam nos salões comunais e só se falava disso. 

Deu sorte de novo, pensou Harry. 

Conforme a noite foi chegando, o salão comunal foi ficando vazio. 

Harry já estava meio sonolento, pensando se deveria ler mais um capítulo ou simplesmente fechar o livro e ir dormir, quando uma mão gelada pousou sobre seu ombro, e ele se levantou num sobressalto. 

—Harry... Eu estou desesperada, por favor me ajuda. - Disse Gina, tremendo e soluçando sem parar.

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, me contem nos comentários!



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