Tudo estava bem... escrita por Wizard Apprentice


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Talvez eu nunca mais poste... Talvez eu poste muito... Não sei, vai depender do tempo, pois estou ocupada com as tarefas em Hogwarts nesse final de semestre letivo.



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A cicatriz não incomodara Harry nos últimos 19 anos. Tudo estava bem...

Harry acordou com tia Petúnia batendo na porta com força para que ele acordasse. 

Confuso, ele procurou por seus óculos e sua varinha. Os óculos estavam ali, mas e sua varinha? Sua fiel companheira há tantos anos? Estranho... 

E então se deu conta que seu corpo era extremamente infantil e que não havia um único pelo em seu rosto, e a sua volta estavam bonequinhos de madeira com os quais não brincava desde quando se mudara para o antigo quarto de Duda, no andar de cima da casa.

E mais do que isso, não havia motivo nenhum para ele estar ali. 

Se levantou e saiu do armário. Seus tios presenteavam um Duda indignado por estar ganhando apenas 36 presentes, aos invés de 37 como no ano anterior. E seu primo estava igualmente pequeno, muito mais novo do que na última vez que o vira. 

Iriam ao zoológico. 

"Ah não. De novo não." Pensou Harry. 

Em instantes, Harry entendeu o que estava acontecendo. Ele voltara para um dia aleatório, um pouco antes de receber sua carta convite de Hogwarts. Mas por que? 

A última coisa que ele fizera antes de acordar ali... Ele não conseguia se lembrar. Conseguia pensar em sua última noite com Gina, e em abraçar seu filho mais novo antes de sair de casa para trabalhar de manhã... Mas e depois? 

Será que ele estava condenado a ver todos os horrores pelas quais passou novamente? A encarar Voldemort frente a frente, a perder tantos queridos, a sofrer tanto?

Dumbledore! Ele devia estar vivo, pensou, já que voltara no tempo. Talvez ele pudesse ajudar... Explicar o que estava acontecendo...

A cabeça de Harry estava cheia de pensamentos obscuros, sem qualquer resposta. 

Após tantos anos, Harry era um auror poderoso, treinado e conhecedor profundo das artes das trevas... Mas estava ali, preso a uma versão juvenil dele próprio, sem varinha, indefeso.

No Zoológico, Duda e seu amigo, que na visão de Harry continuava um grande bobão, como acontecera na última vez, apoiavam-se perigosamente para ver uma cobra sonolenta. Será que as coisas iriam se repetir? 

Ele se aproximou, após o primo sair de  perto, e cumprimentou a cobra.

"Olá minha velha amiga, faz anos desde que nos vimos... Acho que preciso te libertar daí, não é mesmo?"

A cobra olhou para ele extremamente confusa, mas olhou. Significava que ele podia falar a língua das cobras novamente.

E então o sangue do pobre garoto de 11 anos gelou. Voldemort estava vivo. Ele ainda era uma horcrux, e por mais que soubesse tantos feitiços e fosse um bruxo corajoso, ainda assim, seu maior pesadelo estava de volta.

Quando voltou a si, estava no chão, sentido dor no braço pelo empurrão que levara do primo. Com ódio, viu que ele se apoiava sobre o painel de vídro, até que então, o vidro desapareceu.

"Agradeççççço" disse a cobra sibilante, deslizando para fora do zoológico e criando pânico.

 

 

Na mesma semana, chegou a primeira carta de Hogwarts, e logo o menino ganhou um novo quarto. Harry já sabia o conteúdo da carta, mas fingiu estar extremamente surpreso, e desesperado para se apossar de uma delas, apenas para deixar seus tios ainda mais nervosos. 

Em poucas horas de convivência, Harry relembrou o quão ruins eles haviam sido para com ele. Nunca deram carinho, suporte, atenção, amor... E se deu conta de quanta saudade sentia de seus filhos e esposa. Sua verdadeira família, sua.

A semana se passou e uma chuva de cartas tomou conta da casa. Harry ria tanto por dentro, sentindo-se ligeiramente feliz por reviver aquele dia em primeira mão, sem ter a angústia de querer uma das cartas. E não parou por ai. Logo mais tio Valter, enlouquecido, arrastava todos os moradores da Rua dos Alfeneiros, nro 4 para longe, para bem longe, em um local onde o correio postal não os alcançaria.

Harry não queria reviver aquilo tudo, mas precisava de sua varinha, precisava dançar a valsa até que se livrasse dos seus tios. Enquanto sem varinha ele não era nada além de um menino. Aquele aniversário no meio do nada, sem bolo e sem amigos era o último de sua vida...

BAM 

A porta caiu violentamente no chão, fazendo muito barulho. Hagrid entrou no local, e Duda gritou assustado.

Harry tentou seguir o roteiro, mesmo sem lembrar do que tinha sido dito naquele dia... Pelo menos de quase nada. 

"Você é um bruxo, Harry".

Como aquela frase mudou sua vida... O sorriso que ele abriu foi tão feliz e genuino como a felicidade que sentiu quando soube pela primeira vez. Não se conteve e abraçou um Hagrid surpreso. Sempre gostara dele, e faziam anos que não se viam, desde que Hagrid embarcara pra França para sua lua de mel com Madame Máxime... 

Ele quase perguntou dela. Quase escapou. Ele precisava tomar cuidado para que não soubessem que ele era um homem do futuro.

Tio Valter conseguiu irritar Hagrid mesmo sem que Harry fizesse pergunta alguma, e como antes, Duda ganhou um rabinho de porco.


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Notas finais do capítulo

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