Blindwood escrita por Taigo Leão


Capítulo 4
Pensamentos afogados


Notas iniciais do capítulo

Não sei bem se curti o nome desse capítulo, mas espero que você goste :)



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Após alguns instantes sem respostas da batida, finalmente a porta foi aberta. A figura que se revelou ali, naquele momento, chamou a atenção de Elaine. Era uma mulher com um cabelo negro como a noite que dava um contraste para seu tom de pele. Sua franja era reta e quase chegava na altura de seus olhos e seu nariz era pequeno e pontudo. Seus olhos eram claros e expressivos. Ela possuía uma pinta próxima a seu lábio superior e usava uma espécie de blusa "tomara que caia" vermelha.
— Pois não? – Sua voz era agradável de se ouvir e ela passava um ar de segurança.
— Agatha? Isso pode parecer estranho... Cheguei em Blindwood a pouco tempo e me hospedei aqui, neste corredor de esquina.– Elaine apontou na direção do corredor.– Conheci Marco e Sarah Bove e o primeiro me recomendou vir até aqui para te conhecer. Ele disse que eu devia fazer isso e me falou qual era o seu quarto, por isso estou aqui.
A mulher do 426 franziu suas sobrancelhas após escutar o que a desconhecida em sua porta acabara de dizer e manteve seu olhar fixo em seus olhos como se tentasse ler a sua mente, mas sem dizer uma única palavra. Ela então deu uma espécie de sorriso rápido e se virou, entrando novamente em seu quarto.
— Entre e feche a porta, por favor. Aliás, qual seu nome mesmo?
— Me chamo Elaine Campbell.
Elaine fez o que a proprietária do quarto lhe pediu e entrou. Aquele era um quarto maior do que o seu, dava para ver que sim. Neste, os cômodos eram separados por uma parede. Haviam quadros na parede da sala e um piano escuro. O local tinha um forte cheiro de incenso: havia um queimando em cima da mesa de centro. Os quadros na parede chamaram a atenção de Elaine. Tudo naquele lugar chamava a atenção de Elaine, ela não imaginava que havia um lugar assim dentro do Chariotte, não após caminhar por aqueles corredores sem vida. Aquele quarto, o 426, parecia uma galeria. Sua decoração... Ele era bonito. Realmente a pessoa que morava ali era uma grande fã de arte. Uma artista.
Agatha se sentou no pequeno sofá em frente ao que Elaine havia sentado. Ela acendeu um cigarro e não disse nada enquanto o olhar de sua visitante corria por cada canto daquele quarto. Os quadros, o piano, os armários, as duas estatuetas que haviam ali. Tudo estava sendo observado. Ela já estava acostumada e até achava graça disso. Todos pareciam crianças quando entravam ali.
— Pois bem, Elaine Campbell. Me chamo Agatha como você já sabe. É um prazer... Você disse que conheceu Marco.
— Oh, sim. Estive com ele agora a pouco. Com ele e Sarah.
— E ele lhe falou sobre mim.
— Fique tranquila. Lhe questionei sobre o Chariotte e sua falta de... Vida. No pouco que fiquei aqui senti como se não houvesse ninguém além de mim e comentei isso com ele. Ele me disse que aqui mora uma "artista solitária", essas foram suas palavras. Então disse que eu deveria te conhecer e bem... Aqui estou.
— Artista solitária... – Agatha sorriu novamente. – Marco já esteve aqui outras vezes. Costumo mostrar minhas composições para ele antes do resto. O que você fazia no lugar de onde veio?
— Eu sou uma jornalista.
— Jornalista...
Agatha apagou seu cigarro no cinzeiro que estava na mesa de centro e se levantou, indo na direção do piano. Ela se sentou e estralou os dedos.
— Sabe, eu estava trabalhando em algo antes de você chegar. Se importa se eu lhe mostrar?
Elaine demonstrou curiosidade sobre e Agatha começou a tocar uma melodia. Era algo calmo e melódico. Após algumas notas, Elaine sentiu que a melodia começou a ter um ar mais mórbido e sentiu arrepios em sua espinha. Agatha continuou tocando. Na cabeça da jornalista veio lembranças de seus sonhos na cidade e o motivo pelo qual veio até Blindwood. Ela também se lembrou do momento em que estava no parque, uma hora atrás. Ela lembrou do exato momento em que caminhou até a estátua de Elisabeth Lee e leu a placa que estava ali. Ela se lembrou do rosto deformado da estátua. Mas neste momento, neste exato momento, sua lembrança foi alterada. Quando Elaine se virou para ver e voltar para seus dois conhecidos, deu de cara com algo. Era uma pessoa que estava ali, muito próximo dela. Era uma garota com o rosto pouco deformado, igual a estátua. Era Elisabeth Lee, que estava imóvel e parecia encarar ela.
Elaine abriu os olhos e se levantou do sofá no mesmo instante; Agatha parou de tocar.
— Sabe? Eu acredito que algumas melodias podem ter uma relação com os sentidos das pessoas. Algo emocional; pode trazer uma emoção. Uma simples melodia... O que você achou?
— Eu gostei... Me desculpe por isso. É... Bonita.
— Hm? Não há problema. Você está bem? Quer uma água? Oh, não? Tudo bem então... Elaine, amanhã tocarei no Yoru. Um pequeno bar que existe mais pro centro da cidade, não muito longe daqui. Espero que você apareça por lá.
— Yoru... Estarei presente. Mas agora acho melhor ir para meu quarto, estou com sono.
— Um dia agitado, eu presumo.
— Sim, mas não há mal nisso.
— Eu imagino que não. De toda forma, boa noite... – Agatha se levantou e caminhou até a porta para abrí-la para sua visitante. Quando Elaine passou por ela, Agatha deu uma piscadela e um sorriso para sua nova conhecida.
Elaine se despediu e voltou para seu quarto.
Ela tomou um banho e lembrou que seu celular estava no bolso de seu casaco. O aparelho estava com a bateria cheia, afinal ela não havia usado o mesmo nenhuma vez desde que chegou no vale. Não havia uma ligação de Johny ou algum tipo de mensagem. Ela ainda estava sem sinal. Completamente desconectada do mundo exterior. Elaine deitou em sua cama e começou a pensar sobre o dia de hoje. Tudo correu normalmente, mas dois pontos a incomodaram um pouco, ambos envolvendo a mesma situação. A estátua com mensagem perturbadora no parque e as memórias e sensações que a melodia de Agatha lhe trouxeram. Ela nem ao menos perguntou o nome da música... Pensando em tudo isso, Elaine adormeceu.

Essa noite eu tive um sonho.
Eu estava em um parque e a neblina me cobria como se fosse parte de meu corpo. Minha cabeça estava doendo e minha visão um pouco fraca. Embora não escutasse um único som, haviam outras pessoas no parque comigo. Tudo que se escutava eram alguns passos aqui e ali, mas nada muito alarmante. Eu tentava me aproximar de algumas pessoas mas sem resultado sobre uma possível interação; elas me ignoravam.
Eu tentava falar mas também não conseguia, eu só podia andar e escutar, apenas isso...
Sem saber o que fazer, continuei vagando por ali. Me aproximei do lago. Eu já estive aqui antes... O lago estava calmo, silencioso. Eu vi algo dentro dele.
Aquilo chamou minha atenção, parecia um... Corpo.
Não conseguia chamar por ajuda, então resolvi entrar no lago por mim mesma para tentar ajudar aquela pessoa que estava ali. Nadei em sua direção, ela estava bem no centro do lago. Quando me aproximei o bastante, percebi que era uma garota. Ela estava com os braços levantados e a cabeça para cima, olhando  para o céu nebuloso. Imagino que já estava sem vida. Eu tentei pegar em sua mão mas não alcançava; ela afundava cada vez mais. Cada vez mais inalcançável para mim. De repente, ela virou sua cabeça em minha direção e olhou em meus olhos, mas seu rosto não era normal. Seus olhos... Eles eram apenas dois buracos escuros e profundos...
Neste momento eu acordei.

Já era manhã quando Elaine acordou. Ela teve mais um sonho perturbador. Talvez em seu íntimo ela havia pensado muito na história do parque, em Elisabeth Lee. Ao menos seu sonho foi diferente. Dessa vez não foi um incêndio e uma criança. Foi em um parque com... Um afogamento. Elaine refletiu que, embora a garota desse sonho não tivesse olhos, ela não era parecida com a garota do incêndio. As garotas não tinham ligação, foi o que ela pensou. Mas talvez Blindwood tenha ligação com seus sonhos, mas qual seria o motivo disso e qual fundamento colocou esta hipótese na cabeça de Elaine?
— Eu estou ficando louca.
Elaine pegou seu casaco e resolveu sair para dar uma volta. Novamente o corredor de seu andar estava vazio. Ela foi até o elevador e entrou no mesmo, suspirando fundo enquanto a porta se abria. Quando entrou e se virou, Elaine viu uma criança no corredor de seu andar, era uma garota com um vestido azul. A garota estava vindo em sua direção mas a porta do elevador fechou pouco antes dela conseguir chegar ali. Elaine apertou o botão para abrir a porta e a garota conseguir entrar, mas quando a porta se abriu não havia ninguém ali, para a surpresa da jornalista, que saiu do elevador e olhou para os corredores, procurando a tal garota. Elaine caminhou por todos os corredores do quarto andar mas não viu nem sinal da garota, que havia desaparecido completamente.
A mulher voltou para o elevador e foi até o térreo, indo para o saguão principal. Lá Elaine escutou um movimento vindo da porta que levava para algumas salas, como aquela sala com o mural onde ela havia conhecido Marco. Havia alguém ali agora. Outra pessoa no hotel.
Elaine foi até a sala e viu um homem colocando algo no quadro de avisos. Era um homem de estatura mediana que tinha um cabelo loiro. Seu rosto era limpo, sem nenhum indício de barba e ele estava usando uma roupa clara.
— Olá.
— Hm...? Oh, oi. Não vi que alguém me observava. Por quê está parada atrás de mim?
— Acabei de entrar aqui. Estava saindo do hotel e escutei passos para essa sala, então resolvi vir até aqui. Você mora no Chariotte?
— Não, eu não moro aqui. E quem é você? Aliás, não tenho tempo para isso agora. Outrora podemos nos comunicar novamente. Agora se me der licença, adeus.
O homem saiu da sala rapidamente deixando Elaine ali sozinha. Ela se virou e saiu atrás dele, mas não o encontrou. Mesmo que não tenha escutado o barulho da porta de entrada se abrindo, o saguão estava vazio e a porta estava fechada. O homem havia desaparecido.
Elaine abriu a porta e saiu, olhando para todos os lados mas não encontrou o homem misterioso. A neblina estava como sempre, dificultando um pouco a sua visão. Ela teve uma idéia e voltou para dentro do hotel, então apertou a campainha da recepção. Logo aquele homem de chapéu amarelo apareceu.
— Elaine Campbell. Posso ajudar?
— Olá, eu gostaria de uma informação. Você sabe onde eu posso conseguir informações sobre acontecimentos da cidade? Quero conhecer mais sobre Blindwood. Podem ser jornais antigos, artigos ou algo do tipo. Eu gostaria de saber.
— Não conheço nada assim por aqui. Existem alguns guias em seu quarto, caso não tenha notado. Existem em todos. Mas... Existe uma mulher no mesmo andar que você! Céus, você não a conheceu ainda? 434! No final do corredor saindo do elevador. O seu corredor! Oh céus, ela está aqui a muito tempo. Você pode tentar falar com ela. Mas tome cuidado com o que procura...
— O que você quer dizer com isso?
— Com o que? Você pode encontrá-la em seu quarto a qualquer momento, ela sempre está lá, sempre está... Adeus novamente.
O homem ignorou a pergunta de Elaine e tão de repente quanto chegou ali, logo foi embora, passando por uma porta atrás do balcão.
Elaine logo pegou o elevador até o quarto andar indo de encontro com a mulher. Ela não queria perder tempo. Um elevador silencioso e um corredor mais silencioso ainda. Elaine escutava apenas os próprios passos e começara a delirar, sentindo como se a observassem através das portas. Como se as paredes tivessem olhos e ouvidos. Elas escutavam Elaine ali, sabiam que ela estava ali. Mas por alguma razão incompreendida, ninguém se mostrava para ela. A mulher apressou o passo querendo chegar logo e nesse momento, parecia que o corredor não tinha fim. Como se a porta não fosse chegar nunca.
Quando chegou ali, Elaine respirou fundo. Quarto 434. Pela falta de atenção, ela não notou que a porta estava apenas encostada e a mesma se abriu um pouco após as batidas, que anunciavam que havia uma visitante ali.
— Entre... – a voz veio de dentro do quarto. Elaine obedeceu.

Após entrar, Elaine se viu em uma sala que a princípio lhe trouxe um misto de emoções. Móveis de cor clara e conservados, mas claramente se conseguia notar que eram de época. Enquanto após uma análise visual no local, parecia um ambiente familiar e agradável, Elaine sentia certos arrepios, mas não entendia bem o motivo e não se importava muito com essa sensação: boa parte de Blindwood lhe causava arrepios. O último sentimento e qual a mulher não conhecia explicar era apenas um: nostalgia.
A mulher que sugeriu a entrada de Elaine estava sentada em uma cadeira próxima a janela. Mesmo após Elaine entrar e permanecer parada ali, a mulher continuou olhando pelo vidro, como se procurasse algo. Ela sugeriu que Elaine se sentasse, mas ainda permanecia imóvel e não olhava para a visitante desconhecida. Era uma mulher com um cabelo grisalho preso para baixo, bem encima de sua nuca. Ela estava usando uma roupa de lã e havia uma manta em seu colo. Pelo pouco que Elaine conseguia ver de seu rosto, ela possuía rugas e uma pele um pouco mais senil, mas não parecia ser tão idosa. Seus lábios eram finos e pequenos. Ela deveria estar na casa dos 45 anos, foi o que Elaine deduziu.
— Me chamo Elaine Campbell. – a jornalista disse, tentando quebrar o silêncio que pairava no ar. Só estavam as duas ali. – o homem da portaria me disse que você está aqui a muito tempo.
— Eu sei quem você é, Elaine. Imagino que não deva me apresentar, ele deve ter falado meu nome. De toda forma, sou Annabel Clambert. Você está no 419, não é? Como eu sei disso? Ora, você sabe que Blindwood é uma cidade pequena, este hotel é menor ainda. Sei sobre tudo que acontece aqui dentro.
— Então você sabe por quê estou aqui?
— Não, eu não posso ver o futuro. Você acha que sim? Eu apenas sabia que você viria até aqui, pois senti isso. Você queria me conhecer?
— Estou aqui agora para isso. Você vive sozinha aqui?
— Sim, apenas eu. Blindwood se tornou o meu lar. Moro neste hotel a muitos anos e continuarei aqui até voltar para as cinzas que chamam por nós.
— Você nasceu aqui?
— Não, eu nasci muito longe deste lugar. Mas agora pertenço a este lugar. Você sabe? Não posso mais sair daqui.
— Por qual motivo?
— Porque não quero. Me falta vontade. Simplesmente por isso. A cidade da calmaria... Não imagino minha vida longe daqui.
— Eu cheguei aqui a dois dias. Sou uma jornalista mas estou aqui porque quero saber mais sobre esse vale.
A mulher virou seu rosto na direção de Elaine, que não conseguiu deixar de notar que o olho esquerdo da moradora era de vidro. Ela era cega de um olho. A mulher fitou Elaine por alguns instantes antes de voltar a falar.
— Jornalista...? Interessante. Aqui não há jornais ou coisas do tipo. É como se a cidade estivesse parada no tempo. Mas... Vê aquela caixa? Pegue-a, por favor.
A mulher apontou para uma pequena caixa em cima do armário a esquerda. Elaine a pegou e colocou na mesa de centro. Era uma pequena caixa de sapato que estava fechada. A mulher continuou olhando para Elaine, esperando que ela abrisse a caixa. Foi o que ela fez. Entre as coisas que haviam ali, Elaine pegou um livro preto de capa dura. Era um diário.
— Quando cheguei nesta cidade, costumava anotar muitas coisas que via ao meu redor e o que acontecia. Você pode encontrar algumas coisas nesse diário.
— Por quê está me dando isso?
— Porque eu quero. Tenho a vontade de fazer isso. Você irá descobrir... Agora imagino que você queira saber mais e esse é o lugar onde você pode encontrar minhas anotações sobre coisas que presenciei. Vá e leia, qualquer coisa estou à disposição. Agora que você sabe sobre mim, é inevitável que nos encontraremos outras vezes. Sim, sinto que vamos nos ver, Elaine Campbell. Agora se me der licença, eu preciso descansar um pouco.
Elaine saiu dali e voltou para seu quarto carregando consigo o diário de Annabel que continha suas memórias em Blindwood. Após entrar e fechar a porta, Elaine se sentou no pequeno divã que havia em frente a sua cama e abriu o diário com cuidado. O começo do mesmo falava sobre a chegada em Blindwood, a cidade da calmaria. Um local alegre e cheio de pessoas; pessoas acolhedoras e calorosas. Annabel gostou de estar ali. Para sua surpresa, algumas páginas, em grande número, estavam arrancadas, deixando várias lacunas nas anotações. Mesmo assim,  Elaine continuou foleando aquele diário até encontrar a seguinte anotação:
"8 de setembro de 2005.
Elisabeth Lee está desaparecida. É o que estão dizendo.
Seu nome é familiar, acho que ela é a garota daquele dia. Espero que encontrem ela. Ajudarei no que for preciso. Lee. Lee. Elisabeth Lee."
Logo após, mais páginas arrancadas e mais umas anotações e desenhos:
"07 de outubro de 2005.
O corpo de Elisabeth Lee, moradora local e desaparecida, foi encontrado no lago do Parque Blindwood hoje pela manhã, já sem vida.
Sua pele estava ressecada e ao que parece, algum tipo de animal marítimo que havia no lago se alimentou de seus globos oculares, deixando em sua face apenas os buracos de seus olhos, completamente escuros e fundos. Foi o que eles disseram.
Eu estava perto quando acharam o corpo, eu a vi de perto. Não sei se consigo acreditar no que falaram. Se não bastasse isso, seu rosto estava pouco deformado. O que aconteceu aqui?
E sim, ela realmente era a garota daquele dia... Triste por isso."
Elaine estava tão imersa na leitura que se assustou quando ouviu batidas em sua porta, era a primeira vez que isso acontecia desde que chegou neste lugar. Por algum motivo ela escondeu o diário embaixo do divã antes de ir até a porta e abrí-la. Era Agatha.
— Elaine. Que bom vê-la. – as duas entraram. – Vim pois queria confirmar se você vai ao meu show hoje. Se lembra?
— Sim, eu me lembro. E como poderia perdê-lo? Estarei lá... Oh, consegue me informar se Marco e Bove vão estar lá? Posso convidá-los?
— Bove... Sarah Bove? Oh, eles sempre estão juntos, então não se preocupe. Marco sabe do show, então imagino que eles devem aparecer. No local vamos poder conversar mais, não se preocupe. Até mais tarde.
Agatha deu uma piscadela antes de sair dali da mesma forma que chegou, deixando Elaine sozinha.
A jornalista pegou seu diário e foi em direção ao parque Blindwood com pensamentos enchendo sua mente como a neblina da cidade.


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Notas finais do capítulo

Na próxima semana já lançarei o próximo capítulo, que se chamará "Nostalgia Fúnebre".



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