Destino escrita por Winchester B


Capítulo 7
VI - Honestly, I can't believe...


Notas iniciais do capítulo

Último capítulo da semana. Personagens atualizados.
Música: Fade to Black - Metallica



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/80570/chapter/7

 

Capítulo 6 - Honestly, I can't believe...

    NÃO! Mas que merda. Porque eu fui tão burra e não percebi isso antes? Matthew, um caçador, um DIRCI! Tantas cidades, estados, até países, onde não existem caçadores; e eu venho parar em um que tem uma família com tradição em caças? Ninguém merece.

Me levantei e estava indo na direção dele, que me olhava com um maldito sorriso nos lábios. Estava quase lá, mas o professor me parou. Maldito seja!

 

- Srta. Levil – disse ele e me olhou de cima até em baixo, como se eu precisasse de um tarado na minha vida – Como você é nova, deixe me explicar o esquema. As meninas competem com meninas, e os meninos com meninos. Os dois ganhadores competem entre si; capiche?

 

- Sim senhor. - disse friamente.

 

- Muito bem então. Meninas – ele berrou – TODAS AQUI! Vocês começam.

 

Em questão de segundos elas já estavam todas ali.

 

- Ok, ao meu sinal vocês vão fazer 50 abdominais, 50 flexões e subir nas cordas. Quem fizer tudo e chegar aqui primeiro sem morrer, ganha um dez. E nem tentem trapacear, porque eu ficarei sabendo – ele disse sinistramente. Então no três. Um, dois, três!

 

 Ah cara, que babaquice. E eu que estava achando que seria uma boa avaliação, que testaria nossa resistência, que nada, pura perda de tempo. Mais fácil do que matar zumbis.

 

 Fiz as abdominais rapidamente e sem esforço. Flexões idem e quase caio de sono subindo a corda. Tudo isso sem suar e nem ficar cansada. Desci e fui até o professor que estava de boca aberta me olhando, nem ligando para o resto das garotas ofegantes que faziam suas abdominais.

 

- Quanto tempo? - questionei.

 

- Como? - ele perguntou abobalhado.

 

- Quanto tempo? - questionei novamente, só que pausadamente, como se falasse com uma criança.

 

- Err... - olhou no relógio – 2 minutos e 15 segundos. Parabéns, você bateu o recorde feminino.

 

- Ótimo.

 

E saí andando em direção à arquibancada para me sentar. Era a vez dos meninos e não ia dar tempo de falar com o Dirci. O professor finalmente se recuperou e apitou para que eles largassem. Como eu já previa, o Dirci era declaradamente o melhor condicionado ali, seguido de Tom, que parecia estar se esforçando bastante. Os meninos foram mais rápidos e terminaram logo, o Dirci – óbvio – ficou em primeiro com o tempo de 2 minutos.

 

- Srta. Levil! - berrou o babaca professor. - Venha cá!

 

Sai da arquibancada e fui andando até chegar na frente do idiota professor.

 

- Agora, os dois irão disputar. – se virou pra mim – Se você quiser sair em primeiro para ganhar tempo, tudo bem – e sorriu achando que estava agradando.

 

- Não, muito obrigada, eu consigo vencer qualquer um sem a ajuda de ninguém.- sorri sarcasticamente.

 

- Veremos – disse o Dirci me olhando sarcasticamente do lado do professor.

 

- Então está bem. Vocês partem no três. Um, dois, três!

 

Sai ao mesmo tempo que o Dirci, com a adrenalina a mil. Fiz tudo rapidamente e já estava na corda; extamente no mesmo ponto que ele estava. Lado a lado, descemos da corda e corremos até o professor. Chegamos ao mesmo tempo.

 

- Meu bom Deus! Vocês são atletas profissionais ou o quê? - perguntou o professor espantado.

 

- Fala o tempo logo idiota. - disse o Dirci calmamente, mas arfando um pouco.

 

- Vocês foram incríveis! - ele exclamou ignorando o xingamento e parecendo uma garotinha – Bateram o recorde escolar. Fizeram tudo em somente um minuto e meio! Fiquem aqui que eu já volto – e saiu correndo até a diretoria.

 

- Muito bem Dirci – eu comecei calmamente olhando para ele – eu já sei quem você é. 

 

A pouca distância que nos separava ele acabou com dois passos. 

 

- Você tem certeza? - disse ele sussurando em meu ouvido, o que me causou arrepios.

 

- Ah, eu tenho – disse sussurando também – E como vai o seu “querido irmão”?

 

Quem visse de longe provavelmente acharia que somos namorados.

 

- Ah sim, meu querido irmão – sussurrou amargamente – está muito bem. Está morando no cemitério de Lynville, a sete palmos da terra.

 

Me assutei e recuei um pouco. O cara estava morto?

Ele virou e saiu andando sem sequer olhar para trás. Acredito que estava em choque, pois Tom chegou perto de mim perguntando se eu estava bem.

 

- Claro Tom, claro. - ainda estava um pouco surpresa, mas nada grave – Então, cade o Sr. Forbs?

 

- Sei lá, mas o sinal já tocou e acho melhor você ir se trocar. Pode ficar assim também se quiser, eu não tenho problemas com essa roupa

 

- Há há, muito engraçado. Vou me trocar e já volto. Qual a próxima aula?

 

- Olha novata – ele disse enquanto passava os braços por meus ombros e caminhavamos em direção aos vestiários. - Pelo que eu saiba é intervalo. Podemos ficar no pátio ou no jardim, você quem sabe.

 

- Jardim então. Agora me larga para que eu possa me trocar.

 

- Ah... Mas tá tão bom – disse e me deu um abraço vou-quebrar-suas-costelas.

 

- Eu... não... consigo... respirar... Tom!

 

- Desculpe, desculpe – e me largou rapidinho – Vai logo que eu vou te esperar aqui fora.

 

- Mas você não vai se trocar?

 

- Claro que não! Como você acha que eu vou chamar a atenção das menininhas huh? - e imitou esses bombados de academia, flexionando os músculos.

 

- Totalmente hilário – rolei os olhos e sai para me trocar.

 

Minha cabeça estava doendo. Quando o Dirci teria morrido? Como? Por quê? Aonde? Será que tinha sido algum monstro? Fiquei sabendo que o bando de Lestat estava procurando ele por vingança. E enquanto tudo isso fervilhava em minha mente, eu me trocava.

Coloquei minha roupa de qualquer jeito e sai.

 

- Pronto, podemos ir!

 

- Melzinha querida – disse ele enquanto me olhava parecendo um pai falando com a filha de dois anos – Você tem certeza de que está bem? A sua camiseta está ao contrário...

 

- Mas que saco – tirei a camiseta e coloquei do lado certo – Pronto, já podemos ir!

 

Tom ficou parado uns dez segundos sem piscar.

 

- Tom? - estalei os dedos na frente de seu rosto e ele acordou do “transe” - Qual é o seu problema?

 

- Nenhum, nada... - ele disse e enrubesceu, estranho.

 

- Homens... Vamos logo então.

 

Saímos do ginásio finalmente. Lá fora, Sam estava nos esperando. Timidamente ela perguntou se poderia almoçar conosco, e acabamos indo todos juntos.

 

O intervalo passou, a aula de matemática também e nos dois, Tom e Sam estavam comigo, mas era como se não estivessem. Não consegui pensar nem prestar atenção a nada o dia inteiro; passei od ia pensando no Dirci. Por mais que eu não gostasse do cara, eu nunca que iria desejar a morte pra ninguém.

O sinal tocou e eu sai rapidamente da sala. Cheguei ao meu armário rapidamente e peguei meus livros para ir embora; não via a hora de chegar em casa e tomar um bom banho quente para esquecer – em partes – o dia de hoje.

Mas no meio do caminho tinha uma barbie pedra, e ela estava vindo na minha direção.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews? *------*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Destino" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.