Destino escrita por Winchester B


Capítulo 12
XI - The friendship is not working


Notas iniciais do capítulo

Nem demorei tato pra postar
Me desculpem o tamanho do capítulo e o conteúdo, é que ele é meio que uma alavanca para o que vai acontecer no próximo. Enfim, espero que gostem.

Música: Inside the fire - Disturbed



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Capítulo 11 – The friendship is not working

 

No dia seguinte, eu já estava de pé antes de vovó Dul vir me chamar. Ela havia concordado no dia anterior, que devolveria minhas armas; com a condição de que eu não utilizasse nada em casa, pois tanto ela quanto vovô J não foram bobos o bastante para acreditar na história dos motoqueiros – ao contrário dos Dirci, que caíram como patos.

 

Tom simplesmente não acreditou na história, e ficou encarando o Dirci, achando que ele tinha feito algum mal para mim.

 

Coloquei meu uniforme escolar (calça jeans, bota, camiseta preta e faca) e peguei uma estaca de madeira, no caso de alguma emergência.

Desci para tomar café, e enquanto comia, vovô e vovó discutiam sobre a cotação do dólar. Ouvi o barulho de buzina e logo dei um beijo nos dois para sair.

 

Tom estava me esperando na porta de casa em seu carro, com um sorriso gigantesco logo de manhã. Entrei no carro e logo fui recebida com um beijo estalado – e bem demorado – no rosto. Ele deu a partida no carro e eu logo pluguei o MP3 na entrada usb para não ter de conversar com ele sobre a noite passada. Percebi que ele me lançava olhares estranhos, como se quisesse questionar algo.

 

Sam estava nos esperando no estacionamento, o que me deixou extremamente aliviada póis não teria de ficar sozinha com Tom.

Entramos na escola conversando – na realidade somente os dois conversavam, estava prestando atenção às pessoas. Me olhavam e cochichavam uns com os outros, não que eu me importasse, mas eles apontavam para mim e riam, como em uma piada interna; e tudo era tão... estranho.

 

Foi aí que eu vi que na frente do meu armário estavam várias pessoas aglomeradas,e conforme eu andava elas saíram da frente.

 

VADIA LOUCA estava escrito por toda a extensão do meu armário com um spray barato de cor verde. Como se não fosse suficiente, tinha uma assinatura embaixo, xoxo P; como se aquilo fosse necessário para que eu soubesse quem tinha feito aquilo – o cheiro forte de perfume barato entregava a estúpida.

 

Ela passou pelo corredor com as amigas (loiras e peitudas) acenando e rindo para mim. Como uma cadela no cio, mandou um beijo para Tom e mandou um L para Sam, de Loser creio eu.

 

- Mas que garota infantil – explodiu Tom – Falaremos com o diretor agora! - pegou minha mãe e já ia me puxando, mas eu fiz com que ele parasse.

 

- Isso não é necessário Tom – disse calmamente - Essa garota é tão covarde que usou um spray que sai com água. Peça para o faxineiro limpar e tudo bem – abanei a mão casualmente – (exatamente como vovô J fazia) e comecei a andar, mas acabei batendo em alguém.

 

- Tem certeza de que não quer acabar com a Prescott? Você sabe que podemos... - disse Matthew Dirci sorrindo maliciosamente e me segurando pelos braços.

 

- Dirci! Justamente quem eu estava procurando, temos de conversar.

 

- Certamente que sim – disse sem sorrir e me largando, adquirindo um tom mais grave – Mas não agora, tenho aula – saiu andando enquanto o sinal tocava, como se estivesse me evitando.

 

Tom estava me encarando enquanto íamos para a aula, e aquilo já estava me irritando, mesmo que ele não tenha dito nada em momento algum.

Entramos na sala da Sra. Dylan e ela logo começou a falar sobre a peça que faríamos no ano.

 

- Como professora de teatro do vocês, eu acho justo que façamos uma peça em que todos participem. Passarei um papel com a lista de possíveis peças, e quero que cada um marque a preferida ok? Lembrando que todas são de Shakespeare! 

O papel passou de mão em mão até chegar em mim. Entre Hamlet (uma tragédia bem legal com mortes e traições), Sonhos de uma noite de verão (uma comédia meia boca aí) e Romeu e Julieta (obra prima de Shakespeare, mas que eu considero uma porcaria melosa demais), marquei Hamlet e entreguei o papel para a professora, que mal pegou no papel e anunciou que Hamlet havia ganho.

Tom e Sam – observei – estavam quase pulando da cadeira de tanta alegria, creio que ficaram interessados em participar.

 

- Quem quiser algum papel, assine o papel que vou deixar no quadro de avisos no corredor – ela mal acabou de falar e o sinal tocou.

 

- Vocês vão se inscrever? - Sam perguntou exultante – Eu vou! Farei uma resenha do livro para o jornal sobre o livro, vai ser tão legal!

 

- Eu acho que todos nós deveríamos nos inscrever – Tom falou sorrindo

 

- Yeah, vocês dois farão algum papel, enquanto eu ficarei cuidando do som, ou qualquer outra coisa pequena.

 

Quase fui espancada por dizer isso. Eles queriam que eu participasse no palco, coisa que eu acho absurda. Fomos para a aula de matemática – com os dois me xingando ainda – e depois segui sozinha para a de literatura.

O professor falou a aula inteira e eu não prestei a tenção em nada. Fiquei pensando em meus pais, tendo de se virar sozinhos nas caçadas. Quando me deixaram eles disseram que iriam para o Alabama procurar um velho amigo caçador que estava desaparecido, mas que mandariam cartas pra mim. Até agora não recebi nada.

 

O sinal tocou anunciando o almoço. Fui para o corredor – que estava lotado de alunos tentando ir para a cantina – e comecei a procurar por tom e Sam, finalmente os achando na frente de uma das máquinas de refrigerante.

 

- Liz – Tom berrou quando eu cheguei perto e me abraçou – Quer coca ou soda?

 

- Coca – disse com Tom ainda me abraçando – Como foi o jantar ontem Sam?

 

- Foi ótimo – ela disse com os olhos brilhando – E o de vocês?

 

- Muito estranho – falou Tom antes que eu pudesse responder – a Liz deu uma de louca junto com o Dirci e saiu da mesa. Depois voltou sem sapatos e com as roupas rasgadas, sem contar que o Dirci estava sangrando e mancando. - se voltou pra mim – O que realmente aconteceu Liz? - questionou com um sorriso sarcástico no rosto.

 

Sam me olhava sem entender nada, enquanto eu tentava bolar algo rapidamente.

 

- Sinceramente, se você não acredita no que eu digo, creio que não devamos ser amigos então – disse friamente para Tom, que desfez o sorriso sarcástico e fez cara de desesperado – Passar bem Leale. Depois falo com você Sam! - e sai andando rapidamente e direção ao jardim.


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Notas finais do capítulo

Capítulo meio tenso certo? Reviews? *----------*
Leitores fantasminhas, comentem T.T



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